sexta-feira, junho 23, 2006

UNIVERSIDADE ESCOCESA GARANTE LOCAL DE CULTO AOS PAGÃOS

A Universidade de Saint Andrew, que é a mais antiga instituição de ensino da Escócia (onde se graduou por exemplo o príncipe William), decidiu recentemente reservar uma área para que os praticantes de religião(ões) pagã(s) possam celebrar rituais e festivais.

Tal decisão derivou do reconhecimento, por parte dos dirigentes da universidade, de que a ausência dessa medida iria colocá-los à margemn da legislação dos direitos iguais.

Os pagãos que usufruem do direito de aí realizarem as suas cerimónias religiosas comprometem-se entretanto a não elaborar feitiços que possam ser maléficos para seguidores doutras religiões, bem como a invocar «forças da escuridão» ou a praticar a nudez ritual...

Isto aplica-se, como sabem os mais familiarizados, aos seguidores da Wicca, que é a forma de neo-paganismo mais divulgada actualmente.

A comunidade cristã local não gostou deste reconhecimento da liberdade religiosa pagã, considerando-o como pura loucura.

No sítio internético da Sociedade Pagã de Saint Andrew, está escrito: «"Paganismo" consiste numa série de sistemas religiosos que trabalham com e respeitam e veneram a Natureza e o mundo natural. Como os pagãos são politeístas, têm Deuses e Deusas das florestas, do mar e de todos os aspectos da natureza. Os pagãos não acreditam no inferno ou no céu, mas sim na reincarnação*.»


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*Quanto à última afirmação em concreto, é preciso dizer que se trata duma generalização abusiva, dado que muitos pagãos, talvez a maioria dos da Antiguidade, acreditavam num além para onde se dirigiam as almas dos mortos.

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Para os nacionalistas todos estes deuses pagãos são adorados por serem os deuses da estirpe ou acreditam mesmo na sua existência e divindade?

Ou seja...

Estamos perante uma simples afirmação foclórica de tradições ou regressamos, por exemplo, aos tradicionais sacrifícios humanos e animais para que os deuses do Sol ou Lua ou Terra ou tantos outros concedam os seus favores?

P.S. Caturo, vi o que me escreveu, mas ainda não pude completar a resposta. Logo que tenha hipóteses respondo.

Até a uma próxima.
Livia Drusilla

23 de junho de 2006 às 22:46:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Eu sei que sou chato, sempre a falar da imigração. Mas que querem que vos faça? A verdade é que a imigração massiva e extra-europeia é só a maior ameaça à nossa existência enquanto POVO. Por isso há que combatê-la por todos os meios, e a demonstração do quão falaciosos são os argumentos dos imigracionistas é fundamental. Só depois de fazermos ver a todos as mentiras dos imigracionistas estarão as condições necessárias reunidas para uma verdadeira revolta popular contra esta peste. Desmascarêmo-los então!

25 de junho de 2006 às 19:04:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Lívia Drusilla,

Os Deuses da Estirpe são adorados por serem os Deuses da Estirpe e, ao mesmo tempo, são reais. Não há qualquer contradição entre uma coisa e outra - pois porque é que o Divino se há-de resumir a um Deus que Se terá revelado aos Judeus e/ou à humanidade por intermédio dos Judeus?

Em que é que Jesus é mais verdadeiro ou santo do que Trebaruna, Júpiter ou Thor?

Os sacrifícios humanos são dispensáveis, até porque a tendência geral da antiga Paganidade foi a sua abolição.

Cumprimentos

26 de junho de 2006 às 13:00:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Não coloquei a questão no sentido de serem coisas contraditórias, porque acho que não o são.

A questão versava a verdadeira fé ou a verdadeira tradição. Um deus só existe mediante a fé que nele as gentes tenham. Ele só existe porque tem quem por ele pratique acções, sejam orações ou guerras.

Nunca acharia que o monoteísmo é melhor que o politeísmo, nem que Thor é melhor que o Deus Cristão. Por questões práticas, talvez seja mais fácil aos monoteístas praticar a sua fé. Só isso. Ou por questões atmosféricas os templos fechados sejam mais agradáveis que os abertos. Só isso.

Portanto, o que eu pretendia saber era se o Caturo (e os seus companheiros de “luta” ancestral) era um homem de fé, um crente capaz de reedificar, por estes campos e lugarejos, uns templos ao sol/lua/terra... e dançar e beber umas beberagens alucinogéneas e sacrificar uns frangos (já que descartou os sacrifícios humanos por terem ficado fora de moda ainda na época dos nossos pagãos ancestrais) ou um simples tradicionalista que divulga as divindades celtas por pura afirmação ideológica.

Mesmo sem ter entendido bem a minha questão, o Caturo respondeu-me: “Os Deuses da Estirpe são adorados por serem os Deuses da Estirpe e, ao mesmo tempo, são reais.”

Portanto o Caturo acredita na existência desses deuses todos e tem fé neles, porque há 4.132 anos os seus ancestrais de estirpe acreditavam. Para si eles são reais (têm vida própria), porque há 4.505 anos os seus ancestrais de estirpe acreditavam. Simples.

“Os sacrifícios humanos são dispensáveis, até porque a tendência geral da antiga Paganidade foi a sua abolição.”

Dispensáveis?! Tendência geral?!

Cumprimentos.
Livia Drusilla

26 de junho de 2006 às 18:31:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Um deus só existe mediante a fé que nele as gentes tenham.

Discordo radicalmente. Um Deus existe independentemente de sabermos sequer da Sua existência.

Se os Ocidentais esqueceram os seus Deuses, ou Lhes renunciaram, ou, pior, foram obrigados a renunciá-Los, isso não fez com que morressem ou se desvanecessem.



Portanto, o que eu pretendia saber era se o Caturo (e os seus companheiros de “luta” ancestral) era um homem de fé, um crente capaz de reedificar, por estes campos e lugarejos, uns templos ao sol/lua/terra...

Sim, sou.



e dançar e beber umas beberagens alucinogéneas

Não tenho conhecimento disso entre os Lusitanos.


e sacrificar uns frangos

Talvez nem isso, porque também os sacrifícios animais podem ser abolidos; aliás, já na Antiguidade se notava uma tendência para o abandono dos sacrifícios de sangue.



divulga as divindades celtas por pura afirmação ideológica.

Divulgo-As por afirmação ideológica, mas também por religiosidade.

Melhor dizendo, para mim essas duas coisas não se separam radicalmente. A Estirpe não está completa na sua identidade se não tiver o seu vértice superior - a religião ancestral do culto aos Deuses Nacionais.



Mesmo sem ter entendido bem a minha questão, o Caturo respondeu-me: “Os Deuses da Estirpe são adorados por serem os Deuses da Estirpe e, ao mesmo tempo, são reais.”

Portanto o Caturo acredita na existência desses deuses todos e tem fé neles, porque há 4.132 anos os seus ancestrais de estirpe acreditavam.


Correcto. E porque nunca ninguém provou que não existissem...



Para si eles são reais (têm vida própria), porque há 4.505 anos os seus ancestrais de estirpe acreditavam. Simples.

E porque não vejo motivo algum para Neles não acreditar.

Já agora, foi há 4505 anos, mas não só - ainda no século VI d.c. havia ancestrais nossos que adoravam os Deuses, aqui neste Ocidente ibérico.



“Os sacrifícios humanos são dispensáveis, até porque a tendência geral da antiga Paganidade foi a sua abolição.”

Dispensáveis?!

Sim, não são necessários.



Tendência geral?!

Sim. Em Roma e na Grécia, bem como na Índia Ariana e na Pérsia, deixaram de ser praticados. E, entre os Celtas e Germanos, praticavam-se cada vez menos (e há até quem sustente não haver provas de sacrifícios humanos por parte dos Celtas).


Saudações

26 de junho de 2006 às 18:46:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Como ainda se fala de religiões, aproveito para um ponto nos is, porque as conversas são como as cerejas, e às tantas já ninguém se entende. Entre nós houve este diálogo, colocado em vários comentários:

Caturo disse: ”É coisa de semitistas a querer enganar Arianos. Porque, segundo os cientistas, Jesus nada teria de nórdico, pelo contrário, era escuro e de cabelo fortemente encaracolado, quase crespo.”

L.Drusilla respondeu: “Estes semitistas há muitos séculos que são mesmo uns maldosos. A enganar tantos Arianos, por tanto tempo,...”

Caturo disse: “Não foi preciso - bastou que houvesse um primeiro engano e que tal coisa conviesse à elite universalista entretanto formada. Desde então, era difícil, quase impossível, que alguém viesse a terreno provar o contrário ou tivesse sequer interesse nisso, dado que, até à Idade Contemporânea, não se punha sequer a hipótese de que alguém na Europa não fosse cristão, judeu ou muçulmano.”

L.Drusilla respondeu: “Quem eram esses dessa elite universalista, entretanto formada?”

Caturo Disse: “Os que fizeram a Constituição e constituíram os partidos ainda hoje existentes.”

Caturo, pelo que eu sei, as primeiras representações conhecidas de Jesus foram feitas por volta do séc.IV, na zona da actual Grécia e Itália e nenhuma foi encontrada que tivesse sido feita na Judeia na época de Jesus. Foram feitas com base na imagem das gentes que aí viviam e que seria familiar aos criadores das obras. A partir daí foram-se copiando e acrescentando pormenores mais ao gosto das modas e das culturas de quem as criava ou encomendava.

Mediante isto, perdi-me na argumentação sobre o verdadeiro rosto de Jesus e não consigo entender o contexto do que o Caturo diz sobre o primeiro engano e sobre a cabala universalista dos que fizeram a Constituição e dos partidos ainda existentes.

Sempre a considerá-lo.
Livia Drusilla

26 de junho de 2006 às 18:46:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Com tanta conversa pelo meio, metendo séculos e milénios uns pelos outros, confundi-me na resposta.

A Constituição não tinha efectivamente nada a ver com o caso.

A elite universalista formada era a do padralhame que entretanto tomara conta do Império e que, a partir daí, estendeu o seu poder a toda a Europa.


Quanto às primeiras representações de Jesus, se são do século IV, então datam da época em que o Cristianismo se tinha imposto ao Ocidente e tinha já começado a absorver (ou usurpar...) certas tradições pagãs, as mais populares, tais como o Natal e o culto Solar, daí que talvez não seja coincidência que o Dia do Sol latino (Dies Solis; Sunday em Inglês, Sontag em Alemão, etc.) tenha passado a ser o Dia do Senhor (Domingo).

E, entretanto, a semelhança das imagens de Jesus com Zeus são notórias.


Saudações

26 de junho de 2006 às 19:11:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Quando o objectivo é fazer vingar e dessiminar algo de diferente, a melhor forma de o fazer é adaptando o que é diferente ao que é comummente reconhecível e aceite. Pode ser usurpar, pode ser absorver, dependendo de como se vê a questão, mas o objectivo é manter referências que as gentes entendam e reconheçam para mais facilmente assimilarem o que é diferente. Por isso mesmo, quando o Cristianismo começou a ser “projectado” como instituição de pedra e cal e com hierarquias e regras, os seus “construtores” basearam-se nas hierarquias e estruturas sociais e políticas vigentes, adaptando-as aos seus objectivos e mensagem.

Quando os nacionalismos começaram a despontar, como ideologia política ainda actual, como fizeram? Não usurparam ou absorveram os símbolos e rituais simbólicos dos pagãos ancestrais? Claro que se não existisse um qualquer tipo de adaptação, não usariam hoje esses símbolos e rituais ancestrais. Apesar de os europeus de hoje descenderem dos ancestrais que há milénios dançavam e sacrificavam em “stonehenges”, a enorme maioria de nós não se reconheceria nesses preparos. Dizer que Maio corresponde ao mês da deusa xpto dos ancestrais, interessa à maioria na mesma proporção que esta se interessa por signos chineses. Uma suástica, à grande maioria, só faz recordar o bigodinho do Sr.Hitler. A palavra fascismo lembra a careca do Sr. Mussolini ou, para alguns patetas alegres portugueses, o Sr.Salazar. Nunca um facho romano. A saudação nacionalista a poucos lembra César ou Augusto, mas sabe que se levantar o braço na típica saudação romana em plena rua muitos vão puxar pela garganta para lhe chamar uns nomes, no mínimo. A ancestralidade desses símbolos e rituais é muito curtinha. Para a grande maioria vai até há umas décadas. E porquê? Porque os ideólogos nacionalistas souberam muito bem adaptar esses símbolos às novas realidades do séc.XX. De tal maneira que passaram a ter conotações completamente diferentes das que tinham ancestralmente. Ganharam nova vida própria.

A prova disso está na forma como o Caturo se esforça por mostrar às massas “amigas” que é Identitário, mas elas insistem em chamar-lhe Nazi com todas as letras, todos os fornos crematórios e todos os dobermans.

Tá a ver o porquê de as “semelhanças das imagens de Jesus com Zeus” serem “notórias.”? E porque hoje milhões recorrem a Jesus pelas suas alminhas, enquanto Zeus é mais um nome chato a lembrar para o teste de história (se ainda fizer parte do programa)?

Cumprimentos.
Livia Drusilla

28 de junho de 2006 às 15:37:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Quando o objectivo é fazer vingar e dessiminar algo de diferente, a melhor forma de o fazer é adaptando o que é diferente ao que é comummente reconhecível e aceite.

Correcto.



Pode ser usurpar, pode ser absorver, dependendo de como se vê a questão,

Não, não depende de como se vê a questão: quando a atitude é tentar destruir o que é dos outros, ao mesmo tempo que se apropria do que lhes pertence, então isto é usurpação. E foi isto que o Cristianismo fez, ao perseguir o Paganismo por um lado, ao mesmo tempo que, por outro, tentava fazer seus alguns símbolos pagãos como se fossem do mais cristão que imaginar se possa (caso do Natal, por exemplo). A isto chama-se «usurpação» com todas as letras.



Quando os nacionalismos começaram a despontar, como ideologia política ainda actual, como fizeram? Não usurparam ou absorveram os símbolos e rituais simbólicos dos pagãos ancestrais?

Absorveram, sim; usurparam, não, porque nunca se opuseram ao Paganismo ou tentaram suprimi-lo de algum modo. Pelo contrário, usaram esses símbolos precisamente em honra dessa ancestralidade.



Dizer que Maio corresponde ao mês da deusa xpto dos ancestrais, interessa à maioria na mesma proporção que esta se interessa por signos chineses

Não se sabe, uma vez que a comparação não está bem feita: de facto, os signos chineses conhecem ampla divulgação no Ocidente, ao contrário das informações relativas aos Deuses da ancestralidade europeia.


De tal maneira que passaram a ter conotações completamente diferentes das que tinham ancestralmente.

Completamente diferentes, não, até porque, formalmente, foram adoptadas precisamente em honra dessa ancestralidade.
Os cristãos, por seu turno, quando adoptavam símbolos pagãos, faziam precisamente o oposto. Sempre quiseram desonrar o passado pagão donde eram originários esses símbolos.


A prova disso está na forma como o Caturo se esforça por mostrar às massas “amigas” que é Identitário, mas elas insistem em chamar-lhe Nazi com todas as letras, todos os fornos crematórios

Não confunda o que dizem as massas com o que dizem os auto-proclamados porta-vozes das massas, porta-vozes esses que, curiosamente, têm muito medinho que as massas possam escolher directamente o que querem...


Tá a ver o porquê de as “semelhanças das imagens de Jesus com Zeus” serem “notórias.”? E porque hoje milhões recorrem a Jesus pelas suas alminhas, enquanto Zeus é mais um nome chato a lembrar para o teste de história

Só há uma razão para isso - foi porque os arautos do Judeu Morto trataram de destruir o culto do Pai Celestial dos Trovões tal como era adorado pelos Gregos.
Não houve uma evolução natural e absorção - houve, isso sim, puro combate ideológico e usurpação.


Saudações.

29 de junho de 2006 às 12:14:00 WEST  

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