quinta-feira, novembro 24, 2005

DISCURSO DE FILIPE SILVA DA JUVENTUDE NACIONAL

Recomendo a leitura do discurso de Filipe Baptista Silva, líder da Juventude Nacionalista. Neste site, encontra-se uma ligação para o texto no artigo intitulado «Conferência Nacionalista», numas letras azuis que dizem «Ler discurso completo» ao fim do segundo parágrafo.

Quatro excertos (engrosso as partes que me apetecer):

(...)
Quando falamos de Nacionalismo, falamos necessariamente da ideologia que eleva a Nação ao valor supremo. Note-se bem: Nacionalismo remete inequivocamente para Nação. E se é de Nação que falamos, importa saber o que ela é. Não me cabe aqui entrar em profundas dissertações etimológicas ou filosóficas. Por isso, passo directamente para uma definição simplificada de Nação:

Comunidade de homens aparentados que partilham de uma mesma história, língua e cultura. Essa comunidade de homens investe a sua realização plena através da autodeterminação política e da construção de um Estado Nacional cuja função primeira é a salvaguardar do bem comum. Por outras palavras, a Nação é uma unidade etno-cultural, impulsionada por uma vontade política que resulta, geralmente, num destino histórico comum.
(...)
Mas, afinal, uma Europa de Nações soberanas pode ou não responder ao grande desafio do presente, designadamente: a invasão demográfica, económica e cultural que sofremos? Sim, se as nações aplicarem o velho princípio da solidariedade de civilização, que tão bem funcionou nos áureos tempos da Reconquista e da resistência ao Império Otomano.

Com efeito, estamos todos cada vez mais conscientes que, na actualidade, uma nação isolada não pode assegurar a sua sobrevivência ou proteger-se dos perigos externos. Esta consciência comum de vulnerabilidade obrigará os futuros Estados Nacionalistas ao acordo em torno das grandes questões de geopolítica e geo-estratégia. E daí deverá resultar uma aliança europeia de Nações. Essa aliança deverá ser forjada não sob os princípios dogmáticos do capitalismo liberal, mas sim sob o cimento da nossa ancestralidade, identidade e valores tradicionais comuns.


O conhecimento que tenho travado com nacionalistas por essa Europa fora permite-me acreditar que, numa Europa de Nações Livres com Estados Nacionalistas, os laços de civilização serão largamente reforçados. Entre muitas outras coisas, esse reforço civilizacional deverá passar, a meu ver, pelo seguinte:

- Política comum de fronteiras que ponha termo à invasão do território europeu;
- Impedimento de qualquer ingresso não Europeu na Aliança de Nações;
- Exército estritamente europeu que substitua a OTAN e que sirva os interesses da Europa, e não os da América;
- Autonomização da Europa relativamente à influência norte-americana;
- Convergência cada vez maior com a Rússia, no sentido de a reaproximar do nossa esfera civilizacional;
- Oposição em bloco às influências culturais do exterior, em especial daquelas provenientes da Ásia e de África;
- Construção de uma auto-suficiência e sustentabilidade alimentar e energética;
- Criação de sinergias ao nível científico e tecnológico;
- Recuperação conjunta do património e dos valores históricos, naturais, espirituais e folclóricos mais profundos da Europa, com o respeito e a valorização das especificidades nacionais;
- Compromisso genuíno ao nível da protecção ambiental;
- Solidariedade entre as nações em caso de catástrofes e tragédias.

Enquanto não realizarmos a Europa das Nações aqui preconizada, teremos ainda que passar por sérias circunstâncias que colocarão em risco a própria sobrevivência das nações e da civilização europeia.

O que tem ocorrido em França, e já um pouco por toda a Europa, nas últimas semanas é apenas uma amostra do que vai acontecer num futuro muito próximo, e revela que, com efeito, os problemas da Europa já não têm fronteiras. A invasão é a invasão da Europa como um todo, e não a do país A ou B.

Infelizmente, ao contrário do que seria espectável, a revolta étnica que está a alastrar por toda a Europa vai alimentar ainda mais a imposição institucional e Estatal do multiculturalismo, do politicamente correcto e, inclusive, da repressão àqueles que põem em causa todo o actual sistema de valores fabricados pela esquerda ideológica. A lavagem cerebral, ou melhor dizendo, o emporcalhamento cerebral com o lixo igualitário e relativista vai-se intensificar. Preparemo-nos também para um maior controlo da opinião, supressão e silenciamento das vozes dissidentes.

(...)
O Islamismo vai fornecer a ponta da flecha à revolta agora dispersa e difusa. Vai dar um sentido, uma vocação e um objectivo concreto àquilo que agora é ainda anárquico e despropositado. Nessa altura haverá uma verdadeira guerra de civilizações e de povos! Ernesto Milà, num recente artigo, prevê que isto possa acontecer até 2010 («De las revueltas étnicas a la guerra étnica que vendrá», http://infokrisis.blogia.com, 13/11/2005).

Perante a ocorrência de tais acontecimentos, acaso pensais que os governos europeus mandarão os seus exércitos pagos com os nossos impostos para nos defender? Jamais! Se por altura dessa guerra não tivermos chegado ao poder, terão que ser os genuínos povos da Europa a defender-se com os meios disponíveis…

Desafortunadamente, o cenário que vivemos é em tudo idêntico ao relatado no livro escrito há mais de 30 anos por Jean Raspail: Mortos: 200 milhões – Todos nós. O povo caminha alegremente para o suicídio. Em boa verdade, mais do que os governos anti-nacionais que estão no poder, o que me preocupa objectivamente é essa apatia desconcertante dos povos europeus face ao assalto, à usurpação e à profanação dos seus próprios lares nacionais e civilizacional!

(...)
Ao contrário do que nos tentam fazer crer, o nacionalismo não surgiu no séc. XVIII. De uma forma genérica, o nacionalismo é algo que é congénito ao Homem. Mesmo quando não havia ainda nações, havia já o tribalismo, que era uma espécie de nacionalismo em estado bruto. O nacionalismo é uma atitude humana natural de proteger aquilo que é igual ou identificável consigo. Portanto, o nacionalismo tem, na base, o sentimento da identidade comum, identidade essa definida de acordo com critérios essencialmente etno-culturais. O nacionalismo é como que a defesa da “família alargada”. Por isso, antes de ser uma construção ideológica, essa sim surgida na Era Moderna, o nacionalismo é algo inato e estrutural em qualquer sociedade organizada que deseje cumprir um “destino comum”. E esse destino comum corresponde à preservação identitária face aos eventuais perigos externos que possam impor uma diluição etno-cultural.
(...)

Que é precisamente o que tenho dito.

Há muito mais afirmações de grande valor no texto, volto a recomendar a sua leitura.

E não resisto a colocar um quinto excerto, que é como se fosse eu escrever:
Todo o relativismo histórico e cultural que nos tem fragilizado será esmagado e o sentimento de culpa que nos tem feito prisioneiros da moralidade maçónica será extirpado. Seremos briosos da nossa grandiosa civilização. Honraremos altivamente o nosso panteão e daremos ao Mundo e à História novos Heróis. Libertaremos o potencial do nosso sangue e da nossa alma, e seremos novamente a Europa do triunfo!

embora eu e o Filipe falemos de panteões diferentes... o que, diga-se, em nada afecta o combate comum pela Estirpe.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bom discurso, o Filipe esta de parabens!
Caro Filipe não sei se este é o melhor local, mas penso que o assunto até se enquadra no tema do seu discurso. Gostaria de saber a sua opinião acerca do recente nacionalismo Galaico. O que acha disso?
Mais uma vez parabéns pelo trabalho que tem realizado.

25 de novembro de 2005 às 02:13:00 WET  
Blogger Suevo said...

Convem esclarecer que o "nacionalismo galaico" não é nenhum partido nem nenhuma organização.A JN é, e diga-se de passagem que está em muito boas mãos!

Resumindo, independentemente da opinião do Filipe sobre este assunto, até porque ele é responsavel por uma organização do Minho ao Algarve , o "nacionalismo galaico" não é alternativa à JN,nem pretende opor-se à JN ou a qualquer outra organização seria e responsavel que lute pelo racialismo, a pergunta não é para mim, mas como falas em "nacionalismo galaico" achei que devia dar este esclarecimento.

25 de novembro de 2005 às 16:13:00 WET  
Blogger Suevo said...

E só mais uma nota, não falem em nacionalismo galaico, porque para além de serem proibidas as organizações racialistas tambem são proibidas as organizações lutem por determinada região ou separatismos,etc.

Portanto, eu apenas exprimo as minhas opiniões, não criei, nem pretendo criar nenhuma organização deste cariz na situação actual, e também não me apetece nada nada ir a tribunal diga-se! :)

Quanto à JN, é uma organização que recomendo a todos os jovens racialistas!

25 de novembro de 2005 às 16:24:00 WET  

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