sexta-feira, agosto 15, 2025

DIANA - NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO

Diana em anel de oiro datado de 225 a.c., encontrado no Egipto

Na Religião Romana, os dias 13 e 15 de Agosto são assinalados pela Nemorália, celebração em honra de Diana no lago Nemi, em Itália. 

Na Cristandade, 15 de Agosto é dedicado à celebração de Nossa Senhora da Assunção, introduzida pelo bispo Cirilo de Alexandria no século V. A assunção de Maria foi a alegada subida de Maria, mãe de Jesus, ao céu, segundo alguns depois de morrer e, segundo outros, antes de morrer fisicamente. 
Actualmente, é feriado nacional na maioria senão em todos os países católicos, incluindo Portugal, bem como em áreas católicas/ortodoxas da Alemanha, da Suíça, da Eslovénia, da Croácia, da República do Norte da Macedónia, da Bósnia-Herzegóvina e da Roménia. O dia também é celebrado na Rússia, na Bulgária e na Chéquia.

Nalgumas versões da narrativa da assunção, esta parece ter tido lugar em Éfeso, na chamada «Casa da Virgem Maria». Mais tarde, no século V, foi também em Éfeso que a Virgem Maria ficou definitivamente consagrada como Theotokos, ou «Portadora de Deus», por ter dado Jesus à luz... 

Ora Éfeso era nem mais nem menos que a cidade onde se situava o mais famoso templo pagão da Antiguidade, uma das chamadas Sete Maravilhas do Mundo Antigo, que era o templo de Ártemis, conhecido portanto como Artemision. Ártemis, Deusa lunar da Floresta e da Caça, tinha aí uma feição notoriamente maternal e fertilizante, sendo ao mesmo tempo denominada como Virgem, note-se. A grega Ártemis é equivalente à latina Diana 

Por ser considerada como «Portadora de Deus», a Virgem Maria tem na teologia cristã o título de Rainha do Céu. 

Rainha do Céu é designação muito arcaica na história da Religião. Foi atribuída à mais antiga Deusa conhecida na história, Inana, da Suméria, e, posteriormente, à Sua equivalente semita ocidental, Astarte. 
O Antigo Testamento condena expressamente o culto à Rainha do Céu, praticado sobretudo pelas mulheres; a Bíblia censura asperamente este culto como estrangeiro, que provoca a ira de Jeová (o «Deus ciumento» que Se diz único), como se lê em Jeremias 7:18, 44:15-19 e 44:25, passagens nas quais se descreve a adoração desta Deusa com incenso, bebidas e bolos. 

Diana, ou Ártemis, é a única Deusa pagã Cujo nome se lê no Novo Testamento, mais concretamente em Actos 19, que merece especial atenção:
²¹ E, cumpridas estas coisas, Paulo propôs, em espírito, ir a Jerusalém, passando pela Macedónia e pela Acaia, dizendo: Depois de ter ali estado, importa-me ver também Roma.
²² E, enviando à Macedónia dois daqueles que o serviam, Timóteo e Erasto, ficou ele por algum tempo na Ásia.
²³ E, naquele mesmo tempo, houve um não pequeno alvoroço acerca do Caminho.
²⁴ Porque um certo ourives da prata, por nome Demétrio, que fazia de prata nichos de Diana, dava não pouco lucro aos artífices,
²⁵ Aos quais, havendo-os ajuntado com os oficiais de obras semelhantes, disse: Senhores, vós bem sabeis que deste ofício temos a nossa prosperidade;
²⁶ E bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são Deuses os que se fazem com as mãos.
²⁷ E não somente há o perigo de que a nossa profissão caia em descrédito, mas também de que o próprio templo da grande Deusa Diana seja estimado em nada, vindo a ser destruída a majestade Daquela que toda a Ásia e o mundo veneram.
²⁸ E, ouvindo-o, encheram-se de ira, e clamaram, dizendo: Grande é a Diana dos Efésios.
²⁹ E encheu-se de confusão toda a cidade e, unânimes, correram ao teatro, arrebatando Gaio e Aristarco, macedónios, companheiros de Paulo na viagem.
³⁰ E, querendo Paulo apresentar-se ao povo, não lho permitiram os discípulos.
³¹ E também alguns dos principais da Ásia, que eram seus amigos, lhe rogaram que não se apresentasse no teatro.
³² Uns, pois, clamavam de uma maneira, outros de outra, porque o ajuntamento era confuso; e os mais deles não sabiam por que causa se tinham ajuntado.
³³ Então tiraram Alexandre dentre a multidão, impelindo-o os Judeus para diante; e Alexandre, acenando com a mão, queria dar razão disto ao povo.
³⁴ Mas quando conheceram que era judeu, todos unanimemente levantaram a voz, clamando por espaço de quase duas horas: Grande é a Diana dos Efésios.
³⁵ Então o escrivão da cidade, tendo apaziguado a multidão, disse: Homens efésios, qual é o homem que não sabe que a cidade dos Efésios é a guardadora do templo da grande Deusa Diana, e da imagem que desceu de Júpiter?
³⁶ Ora, não podendo isto ser contraditado, convém que vos aplaqueis e nada façais temerariamente;
³⁷ Porque estes homens que aqui trouxestes nem são sacrílegos nem blasfemam da vossa Deusa.
³⁸ Mas, se Demétrio e os artífices que estão com ele têm alguma coisa contra alguém, há audiências e há pro-cônsules; que se acusem uns aos outros;
³⁹ E, se de alguma outra coisa demandais, averiguar-se-á em legítima assembleia.
⁴⁰ Na verdade até corremos perigo de que, por hoje, sejamos acusados de sedição, não havendo causa alguma com que possamos justificar este concurso.

Ora pelos vistos a multidão tinha bem razão em precaver-se contra os alógenos que ali traziam culto alógeno universalista. Com efeito, os Actos de João do século II incluem um conto apócrifo da destruição do templo: o apóstolo João orou publicamente no Templo de Ártemis, exorcizando os seus demónios e «de repente o altar de Ártemis partiu-se em muitos pedaços ... e metade do templo caiu», convertendo instantaneamente os Efésios, que choraram, oraram ou fugiram. Mais tarde, Cirilo de Alexandria viria a atribuir a destruição do templo ao arcebispo de Constantinopla, João Crisóstomo, referindo-se a ele como «o destruidor dos demónios e o destruidor do templo de Diana». Um arcebispo de Constantinopla posterior, Proclo, observou os feitos de João, dizendo «Em Éfeso, ele saqueou a arte de Midas»... Em suma, vários cristãos regozijaram-se de tal modo com a destruição do templo que até o reivindicaram orgulhosamente, cada qual à sua maneira...

O festival de Ártemis de Éfeso foi amplamente promovido na Antiguidade pagã, incluindo a época da dominação romana. Realizavam-se aí jogos, concursos e peças de teatro em nome da Deusa; Plínio o Antigo descreve a Sua procissão como uma magnífica atracção de multidões, tendo esta sido representada numa das pinturas de Apeles, que retratava a imagem da Deusa transportada pelas ruas e rodeada de donzelas.

É ainda de registar que, na Cristandade católica, o 13 de Agosto é dedicado a Hipólito de Roma, alegado mártir do século III; por coincidência, Hipólito era, antes disso, o nome de uma personagem mitológica que prestava culto a Ártemis. 
Historiadores como 
CM Green, James Frazer e outros notaram paralelos entre esses dias de festa e especularam que a Igreja Católica primitiva pode ter adaptado não apenas as datas, mas também o simbolismo da Nemorália. É possível que, como originalmente celebrada, a Nemorália celebrasse uma descida de Diana ao submundo em busca de Hipólito ou Virbius, seguida pela Sua ascensão como Rainha do Céu e da lua cheia no terceiro dia. Celebrações semelhantes foram reconhecidas no mundo antigo envolvendo Deméter e Ísis, com as Quais Diana era frequentemente identificada... 

Podem ler-se aqui mais informações sobre a Nemorália e o culto de Diana no Ocidente, incluindo Portugal: https://gladio.blogspot.com/2025/08/diana-nossa-senhora-da-assuncao.html

quinta-feira, agosto 14, 2025

BATALHA DE ALJUBARROTA - VITÓRIA DA NAÇÃO SOBRE O IMPÉRIO E A ELITE TRANSNACIONAL


No dia 14 de Agosto de 1385, a batalha iniciou-se com uma carga de cavalaria francesa a toda a brida para romper as linhas portuguesas, que falhou redondamente, devido à disposição de obstáculos no terreno, à resistência da infantaria portuguesa e à actuação dos arqueiros britânicos - ingleses e, maioritariamente, galeses - aliados dos Portugueses. As forças castelhanas propriamente ditas tardaram a chegar porque, diz-se, estavam desagradadas com a arrogância do seu aliado franciú, dado que os cavaleiros franceses, sequiosos de exibir a sua supremacia, precipitaram-se impulsivamente... O historiador francês medieval Jean Froissart conta destarte o que se passou:
«Também é verdade que a batalha começou cedo demais; mas fizeram-no para adquirir maior honra e para tornar boas as palavras que tinham dito na presença do rei. Por outro lado, segundo ouvi, os Castelhanos não tiveram grande pressa em avançar, pois os franceses não estavam em boas relações com eles e disseram: "Deixem-nos começar a luta e cansem-se: encontrarão o suficiente para fazer. Estes franceses são muito presunçosos e muito vaidosos, e o nosso rei não tem nenhuma confiança perfeita a não ser neles." Em conformidade com esta resolução, os Espanhóis mantiveram-se em grande grupo, pelo menos vinte mil, na planície, e não avançaram, o que irritou muito o rei; mas não pôde evitar, pois disseram: "Meu senhor, está tudo acabado (embora ninguém tenha regressado da batalha): estes cavaleiros franceses derrotaram os seus inimigos: a honra e a vitória do dia são deles.».[8]

As forças portuguesas lideradas no terreno por D. Nuno Álvares Pereira e D. João I acabaram depois por derrotar pesadamente as tropas castelhanas de D. Juan I. Os invasores castelhanos trouxeram, além de mais de dois mil cavaleiros franceses, um certo número de combatentes italianos; do lado de Portugal, estava, como é bom de ver, um contingente de arqueiros britânicos, com o seu então temido «longbow», ou arco longo, terror dos inimigos da velha Albion.
Nesta ocasião, todo o povo se levantou pela causa nacional, tendo, na quase lendária padeira de Aljubarrota, um símbolo assaz significativo: mulher forte, guerreira, lutando ao lado dos homens, fazendo lembrar referências às antigas mulheres celtas, que alegadamente combatiam por vezes ao lado dos maridos. Coincidentemente, até o seu nome próprio, Brites, recorda a antiga celticidade.
Pode ler-se mais sobre a batalha aqui
Para saber mais sobre a efeméride, e sobre actuais actividades a seu respeito, aceder a esta página.

Perdura doravante o exemplo de uma Nação em armas que, pela sua independência, enfrentou um oponente cuja superioridade numérica ganha laivos de inverosimilhança quando se sabe que perdeu a batalha; entretanto, os Portugueses, é bom lembrar, tinham boa parte da elite do seu próprio país contra si, uma vez que o grosso da nobreza e do alto clero de Portugal estavam por Castela. 

Esta foi pois uma vitória do povo, até mesmo ao nível do aspecto técnico-militar, uma vez que parece ter-se tratado de uma das primeiras ocasiões na história medieval militar da Europa em que uma massa de combatentes a pé - em princípio de origem plebeia - conseguiu, mesmo contra números esmagadores, levar de vencida a cavalaria. 

Uma vitória que só pôde acontecer porque, quem parecia estar na iminência da derrota, insistiu em manter livre a Nação, conseguindo assim fazer história que ainda não estava feita, permitindo que brilhassem os defensores da Nacionalidade em todos os níveis sociais, do mestre de Avis que, mesmo sendo bastardo lutou pelo seu poder, e também de D. Nuno Álvares Pereira, sempre inspirado na pérola da cultura tradicional europeia que é a literatura arturiana - mais concretamente na figura de Galaaz ou Galaaz, cavaleiro do Graal, modelo pessoal do Condestável - à padeira de Aljubarrota, Brites, figura emblemática, como que telúrica, talvez ecoando a presença de antigas Deusas da Guerra Cujo sopro move a Grei.  

Avançava do lado oposto o irmão de D. Nuno Álvares Pereira - D. Pedro Álvares Pereira, que liderou tropas castelhanas contra Portugal, ou não fosse frequente no seio da nobreza a traição à Nação, que a essa nobreza interessava inequivocamente menos do que as suas linhagens e relações transfronteiriças, daí a incompatibilidade, tarde ou cedo, entre um regime autenticamente nacionalista e uma sociedade hierarquizada em que os membros da classe dirigente devem mais lealdade aos seus homólogos estrangeiros do que à sua própria Nação. A vitória de Aljubarrota não é «o nascimento» de uma Nação, que nesta altura já tinha séculos de história, mas sim uma vitória da Nacionalidade sobre os princípios tradicionais medievais de aristocracia.

quarta-feira, agosto 13, 2025

INGLATERRA - PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE IMPRENSA ESTRANGEIRA DIZ QUE NÃO SE PODE ABATER UM REPÓRTER MESMO QUE ELE SEJA DO HAMAS...

Isto foi declarado pelo presidente da Associação de Imprensa Estrangeira, Ian Williams:
«Francamente, não me interessa se al-Sharif era do Hamas ou não. Não matamos jornalistas por serem republicanos ou democratas ou trabalhistas. O Hamas é uma organização política, bem como uma organização terrorista, talvez (...)»
«Frankly, I don’t care if al-Sharif was in Hamas or not. We don’t kill journalists for being Republicans or Democrats or Labour Party. Hamas is a political organization, as well as a terrorist organization, perhaps(...)
https://x.com/EFischberger/status/1955200371480998178
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Fonte: https://jihadwatch.org/2025/08/foreign-press-association-prez-i-dont-care-if-reporter-worked-for-hamas

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Sim, é real. É real e não foi dito por um gajo qualquer, ou por um activista de pé descalço, keffiyeh no lombo e ranho na penca a guinchar «Palestina livre do rio até ao mar!» Isto foi dito pelo presidente da Associação de Imprensa Estrangeira, a deixar claro que um país em guerra não pode abater um terrorista se ele for jornalista e, de caminho, a pronunciar uma tirada no auge do mais moralmente impune relativismo moral criminoso que imaginar se possa, dando por adquirido que a oposição entre Israel e Hamas é como a oposição entre partidos políticos de uma sociedade democrática, ou que o Hamas só «se calhar» é terrorista, depois de ter intencionalmente tomado a iniciativa de sequestrar, violar e assassinar mais de 1200 civis de uma só assentada. Dificilmente se encontraria uma imagem mais clara do que são os grandessíssimos mé(r)dia na actualidade.

OZZY OSBOURNE, MESTRE DO HARD'N'HEAVY E BOM SIONISTA


O mundo está de luto pela perda de 
Ozzy Osbourne, o lendário astro do rock e vocalista do Black Sabbath, que faleceu aos 76 anos. Mas, no contexto da dor, alguns activistas pró-palestinianos celebraram a sua morte de forma chocante. Porquê? Porque Ozzy era franco no seu apoio a Israel e a sua esposa, Sharon, é judia.
Ozzy não se esquivava de se manifestar contra o anti-semitismo. Ele condenava as mentiras espalhadas sobre Israel e mantinha-se firme no seu apoio, mesmo quando este era impopular. Ao longo dos anos, recusou ceder à pressão para cancelar apresentações em Israel, tocando em Telavive em 2010 e em 2018. Também excursionou por Jerusalém, visitando locais importantes como a Cidade Velha, o Muro das Lamentações e Yad Vashem.
Em 2025, Ozzy e Sharon juntaram-se a mais de 200 figuras públicas para assinar uma carta aberta exigindo uma investigação sobre o "preconceito sistemático da BBC contra Israel".
Ozzy era conhecido como o Príncipe das Trevas, mas não tinha medo de defender o que era certo — independentemente da reacção negativa. Ao relembrarmos a sua vida e o seu legado, somos lembrados de que ele nunca se importou com as opiniões daqueles que discordavam dele. Descanse em paz, Ozzy.
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Fonte: https://portuguesejewishnews.com/news/ozzy-osbourne-rock-icon-who-defied-antisemitism-and-backed-israel-dies-at-76/?fbclid=IwY2xjawMKRp9leHRuA2FlbQIxMABicmlkETB4QjZ4WUhYbXZ4RWptNzF0AR7TE0dvNcHbmDANe5oM0N5oexSgBVjm8unPb7uap3d5Dw202vfCaCKUfI-JTg_aem_5Qip0SrGB1Nb9uXS_xS2nA

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Mais um ponto a seu favor - a sua dimensão ética corresponde, em matéria de excelência, à sua qualidade como grande voz do Metal. A terra lhe seja leve e o céu o tenha sempre.

ALEMANHA - ESTADO PROMOVE BENEFÍCIOS PARA ALÓGENOS E JÁ GASTA COM ELES DEZENAS DE BILIÕES DE EUROS

A Agência Federal de Emprego da Alemanha está a promover activamente o “benefício do cidadão” (Bürgergeld) do país para jovens imigrantes, apresentando-o on-line como uma opção simples e atraente para aqueles que não têm trabalho.
Uma secção dedicada do site da agência, escrita em Inglês para "pessoas do estrangeiro", apresenta um jovem casal sorridente — incluindo um homem de trinta e poucos anos segurando um livro e uma mulher de hijab — sob o título: "Se você não conseguir financiar as suas próprias despesas de subsistência, sob certas circunstâncias o Jobcenter apoiá-lo-á com o benefício do cidadão".
O site descreve que o benefício é um pagamento de assistência social estatal para aqueles que "não têm renda ou não ganham o suficiente" para se sustentarem a si e aos seus dependentes. Os critérios básicos de elegibilidade são listados de forma clara: "Você é capaz de trabalhar", "Você tem pelo menos 15 anos de idade" e "Você mora na Alemanha e o centro da sua vida é aqui". A orientação enfatiza que os candidatos não precisam de ser idosos ou inaptos para o trabalho — menores de 15 anos ou incapacitados para o trabalho também podem receber apoio se fizerem parte de uma "comunidade de necessitados" com alguém que se qualifique.
Além dos requisitos, o site apresenta o processo como rápido e simples. Uma caixa vermelha destacada convida os visitantes a "inscreverem-se online", informando que, se já possuem uma conta, podem iniciar a inscrição "imediatamente".
A página também define obrigações para os beneficiários — comparecer a consultas no Jobcenter, informar a agência sobre quaisquer mudanças nas circunstâncias pessoais — mas o tom geral é de facilidade e acessibilidade.
Em artigo no Focus, o colunista Jan Fleischhauer usa o site como ponto de partida para uma crítica mais ampla à política de bem-estar social da Alemanha em relação aos imigrantes. Observa que "um em cada dois beneficiários do benefício de cidadania não tem passaporte alemão" e afirma que o tom caloroso e promocional do material online da agência enfraquece as alegações políticas de que a imigração é essencial para sustentar a rede de segurança social. “A Alemanha é tão generosa que não só explica aos imigrantes do exterior como conseguir um emprego, mas também como sobreviver na Alemanha sem emprego”, escreve.
Fleischhauer argumenta que poucos países promoveriam os seus sistemas de bem-estar social tão abertamente para os recém-chegados, e que a política tem sido "um sucesso total" em impulsionar a adesão entre os não cidadãos. Ele aponta para o aumento constante dos custos — de €39 biliões em 2022 para €47 biliões em 2024 — sem incluir despesas com acomodação e saúde.
Ele também destaca a proposta da Ministra da Saúde, Nina Warken, de transferir os custos médicos dos beneficiários do Bürgergeld dos orçamentos dos seguros de saúde para os impostos gerais, alegando que os defensores do benefício "não temem nada mais do que a transparência" sobre o verdadeiro fardo financeiro.
O Remix News tem noticiado com frequência o desequilíbrio entre cidadãos alemães e estrangeiros que recebem benefícios sociais. Em Novembro do ano passado, citamos estatísticas da Agência Federal de Emprego (BA), que mostraram que, dos 4 milhões de pessoas que podem trabalhar e receber benefícios sociais na Alemanha, mais de 2,5 milhões têm origem migratória, representando 63,5% do total de beneficiários.
Este grupo inclui estrangeiros e aqueles que têm origem estrangeira, o que significa que os seus pais podem ter nascido no estrangeiro.
Em Junho, o Bild noticiou que quase metade dos €17,68 biliões em auxílio habitacional da Alemanha para 2024 foi paga a estrangeiros, citando dados do governo. O dinheiro, distribuído pelo sistema de benefícios sociais, foi usado para cobrir aluguer, aquecimento, custos operacionais e depósitos para moradores de baixa renda.
Do total, €8,15 biliões foram para pessoas sem cidadania alemã, embora estas representem apenas cerca de 15% da população.
Os €9,53 biliões restantes foram para cidadãos alemães — isto inclui indivíduos nascidos na Alemanha e aqueles nascidos em outros lugares que se naturalizaram.
Após o seu sucesso eleitoral, a União Democrata Cristã (CDU) prometeu lidar com os custos crescentes dos imigrantes que solicitam benefícios. O seu Secretário-Geral, Carsten Linnemann, alertou contra essa tendência em Abril. "Mais uma vez, isto mostra a urgência da abolição desse subsídio de cidadania." Disse que o novo governo, liderado pelo seu partido, "resolverá isso rapidamente".

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Fonte: https://rmx.news/germany/germanys-federal-employment-agency-is-promoting-welfare-benefits-to-young-migrants/

POLÓNIA E HUNGRIA CONSEGUEM TRAVAR GRANDE PARTE DA IMIGRAÇÃO ILEGAL NA EUROPA

De acordo com um relatório da Frontex referente aos primeiros sete meses de 2025, o número de travessias ilegais de fronteira da UE diminuiu 18% no geral e, de acordo com dados preliminares, as autoridades detectaram 95200 travessias ilegais de fronteira. 

Apesar destas boas notícias, houve um aumento de 9% nas travessias ilegais na rota do Mediterrâneo Central, envolvendo principalmente a Itália, escreve o jornal italiano Il Giornale
O documento acrescenta que a maioria dos imigrantes ilegais parte de portos líbios, onde os contrabandistas estão a tornar-se cada vez mais cruéis e a aproveitar-se da instabilidade política na região.
A concentração de imigrantes que viajam para a Europa aumentou em algumas rotas, enquanto outras diminuíram, relata o jornal italiano. O país de origem dos imigrantes nem sempre é fácil de determinar, mas houve um aumento no número de chegadas de Bangladesh, Afeganistão e Egipto. 
A maior redução nas travessias ilegais da UE foi observada em rotas terrestres, com o jornal italiano a reconhecer os esforços feitos pela Hungria e Polónia nessa frente: Devido às medidas decisivas de protecção de fronteira dos governos húngaro e polaco, o número de entradas ilegais na fronteira leste diminuiu em 45% e na rota dos Balcãs em 47%”, escreveu Il Giornale.
relatório da Frontex também observou uma queda de 46% na rota da África Ocidental. 
Cerca de 3400 agentes da Frontex continuam a trabalhar com países da UE para combater a imigração ilegal. 
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Fonte: https://rmx.news/article/hungary-and-poland-praised-for-helping-achieve-massive-drops-in-illegal-migration-on-two-routes/

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«Se fecharmos a porta, eles entram pela janela», guinchava um propagandista do sistema aqui há anos... ora afinal constata-se que é realmente possível travar a imigração... como dizia outro esquerdista, «yes, we can», mas desta vez é realmente o que mais interessa fazer...

ALEMANHA - CRIMES COM FACA AUMENTAM, ALÓGENOS DESPROPORCIONALMENTE REPRESENTADOS ENTRE OS AGRESSORES

O número de crimes violentos com facas na Alemanha aumentou drasticamente mais uma vez, com dados recém-divulgados da Polícia Federal a confirmar uma tendência de piora.
No primeiro semestre de 2025, 730 casos foram registados sob a jurisdição da Polícia Federal, um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados, fornecidos pelo governo alemão em resposta a uma consulta parlamentar do porta-voz para assuntos internos da Alternativa para a Alemanha (AfD), Martin Hess, e obtidos pela Junge Freiheit, mostram uma acentuada super-representação de suspeitos estrangeiros.
Dos crimes registados, 278 envolveram suspeitos alemães e 270 envolveram estrangeiros. Embora os estrangeiros representem pouco menos de 15% da população alemã, representaram mais de 36% dos suspeitos de crimes com faca. Entre eles, os sírios formaram o maior grupo, com 29 casos, seguidos pelos afegãos, com 23, e os polacos, com 20. Suspeitos argelinos e afegãos estavam entre os mais propensos a usar uma faca em vez de simplesmente andar com ela, com 83% dos casos envolvendo uso real.
A Polícia Federal registou a maioria das ocorrências em estações de comboio, com 409 casos.
Hess afirmou que os números eram "em grande parte uma consequência directa da imigração em massa", acusando partidos de esquerda de "negação da realidade" e alertando que os espaços públicos não devem tornar-se "lugares de medo". Criticou medidas simbólicas, como zonas livres de armas, e afirmou que controles de fronteira eficazes e deportações em larga escala ainda não tinham sido implementados.
A violência com facas não se limita a Berlim, embora a polícia da capital tenha sido ridicularizada no ano passado por recomendações num site que sugeriam que as vítimas cantassem alto para dissuadir os agressores — uma dica posteriormente removida após a reacção pública. Na Renânia do Norte-Vestfália, o Estado mais populoso da Alemanha, os crimes com facas aumentaram 20,7% em 2024, após um aumento de 44% no ano anterior. Lá, os estrangeiros representam apenas 16,1% da população, mas 47,6% dos suspeitos de crimes com facas.
Em Maio, o advogado criminalista alemão Udo Vetter alertou que o país tinha "importado violência com faca" após vários incidentes de grande repercussão, incluindo um homem kosovar que feriu uma menina de 12 anos e outras duas pessoas, um requerente de asilo sírio que esfaqueou cinco pessoas em frente a um bar estudantil e um manifestante que feriu um polícia. Apontou para normas culturais que consideram o porte de facas como símbolo de estatuto.
Manuel Ostermann, do Sindicato da Polícia Federal, também pediu uma acção urgente, alertando que a faca “representa sempre imediatamente uma ameaça concreta à vida e à integridade física” e que os políticos devem usar todas as medidas disponíveis para conter essa tendência.
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Fonte: https://rmx.news/article/knife-crime-in-germany-surges-with-foreigners-heavily-overrepresented-in-latest-figures/

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«Sensações» expressas em números...

SOBRE O MODO COMO OS MÉ(R)DIA OCIDENTAIS DÃO COMO INFORMAÇÃO AQUILO QUE É PROPAGANDA DO HAMAS

Eis, no texto a itálico, um excelente trabalho jornalístico de Sofia Afonso Ferreira (SAF) que, ao fim ao cabo, só diz o básico e o óbvio que o grosso dos grandessíssimos mé(r)dia tinha obrigação de revelar à população.

Nada disto que o post da jornalista descreve poderia estar a suceder se as elites culturais/mediáticas não estivessem há muito fanatizadas - mais do que o intelecto, é toda uma sensibilidade formada, ou formatada, para sistematicamente fazer um «mea culpa» contra tudo o que é ocidental, e este é o motivo pelo qual a Esquerda em peso está contra Israel, porque o Estado Judaico faz o papel, no contexto, de país «branquinho» e ocidental a «oprimir» o Santo Por Excelência, que é o Sagrado «Não Ocidental», neste caso é o «escurinho» muçulmano ou «palestiniano». O Hamas e seus propagandistas não dão quaisquer provas de especial subtileza intelectual, pelo que não teriam qualquer hipótese de continuar a sua cruzada anti-sionista depois de 7 de Outubro de 2023 se não tivessem o grosso da intelectualidade mediática ocidental do seu lado. Chegar-se ao ponto de haver jornalistas que na verdade são terroristas, isto então já está no campo da palhaçada, e que isto não seja referido pela maioria dos média, já é, só por si, sinal de corrupção moral sem pudor, é o vale-tudo.
De resto, o essencial tornou-se já num elefante na sala: quando neste tema se começa qualquer conversa - qualquer uma - a exigir paz sem começar por dizer - começar por dizer - que o Hamas tem de libertar imediatamente civis inocentes em seu poder... a partir daí está tudo dito.

Eis, então, o texto de SAF:

É mais fácil apelar às emoções do que apresentar factos. A crise da comunicação social internacional tem-se agravado nos últimos anos, particularmente na cobertura do conflito entre Israel e Gaza. Muitos órgãos de comunicação, incluindo grandes agências como a BBC, a CNN e o The New York Times, têm disseminado propaganda ao apresentarem narrativas enviesadas que favorecem a perspectiva do Hamas, uma organização terrorista. A erosão da imparcialidade jornalística deve-se aos factos serem subjugados a agendas ideológicas, apelando mais às emoções do público do que à verificação rigorosa, pilar central do jornalismo esquecido. No contexto do conflito, a crise manifesta-se na aceitação acrítica de informações provenientes de fontes controladas pelo Hamas, perpetuando desinformação que influencia a opinião pública global e políticas internacionais.
Um dos exemplos mais flagrantes é a publicação de números de óbitos fornecidos pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, como se fossem factos incontestáveis. Estes números, que ultrapassam os 50 mil mortos segundo relatórios recentes, são frequentemente citados sem nenhum jornalista questionar, apesar de evidências de manipulação. O ministério inflacciona os números de civis, especialmente mulheres e crianças, para maximizar o impacto emocional e demonizar Israel, enquanto minimiza as mortes de terroristas do Hamas. Estudos independentes, como os publicados pela Henry Jackson Society, revelam inconsistências técnicas e remoções silenciosas de milhares de nomes das listas de vítimas, sugerindo uma fabricação deliberada para fins de propaganda.
Embora alguns relatórios da ONU e do The Lancet considerem os dados do ministério como geralmente fiáveis ou até subestimados, análises mais profundas indicam o contrário. Por exemplo, a ONU reduziu para metade as suas estimativas de mulheres e crianças mortas em Gaza, alinhando-se com críticas de que os números iniciais eram exageradas. Esta discrepância destaca como a comunicação social internacional, ao não escrutinar estas fontes, contribui para uma narrativa distorcida que ignora o uso do Hamas de civis como escudos humanos e a sua estratégia de guerra assimétrica. Apelar às emoções através de imagens gráficas e estatísticas não verificadas é mais fácil do que apresentar factos equilibrados, perpetuando um ciclo de desinformação.
Outro aspecto alarmante é o caso de jornalistas mortos supostamente por Israel que, segundo as forças israelitas, eram também membros ou afiliados de grupos terroristas como o Hamas. Desde o início do conflito, mais de 200 jornalistas foram mortos em Gaza, mas muitos deles não eram meros repórteres, mas operativos do Hamas disfarçados. Esta acusação levanta questões sobre a dualidade de papéis, onde indivíduos credenciados como jornalistas participam em actividades terroristas, usando o estatuto mediático como cobertura. Organizações como o Comité para a Protecção de Jornalistas condenam estas mortes, mas evidências apresentadas por Israel, incluindo documentos e salários pagos pelo Hamas, suportam as alegações em vários casos.
Casos recentes ilustram esta controvérsia, como o de Anas al-Sharif, um jornalista da Al Jazeera morto num ataque aéreo israelita em agosto de 2025, juntamente com quatro repórteres. Israel afirma que al-Sharif era o chefe de uma célula terrorista do Hamas, responsável por ataques com rockets e recebendo salário da organização. Outros jornalistas como Ismail al-Ghoul, morto em Julho de 2024, foram identificados pelas Forças de Defesa de Israel como membros militares do Hamas. Estas mortes geram indignação global, mas sublinham a complexidade do conflito, onde a linha entre jornalismo e terrorismo se esbate, e a comunicação social ignora estas alegações para manter a narrativa de vítima do Hamas.
Em particular, o caso do refém Shlomi Ziv expõe a cumplicidade de alguns jornalistas com o terrorismo. Ziv, resgatado em Junho de 2024 durante uma operação israelita em Nuseirat, foi mantido em cativeiro na casa de Abdallah Aljamal, um jornalista afiliado à Al Jazeera e ao Palestine Chronicle, que também servia como operativo do Hamas. Aljamal e a sua família foram mortos na operação, mas revelações subsequentes confirmaram que ele detinha Ziv e outros reféns (Almog Meir Jan e Andrey Kozlov) no seu lar, misturando o papel de repórter com o de captor. Este caso não só demonstra como o Hamas utiliza civis e jornalistas para fins militares e actos de terrorismo, mas também questiona a credibilidade de órgãos como a Al Jazeera, acusados de empregar indivíduos ligados a organizações terroristas, preferindo sempre apelar às emoções em detrimento dos factos.

OS JORNALISTAS-TERRORISTAS PALESTINIANOS QUE SÃO NOVOS MÁRTIRES DA ESQUERDA ME(R)DIÁTICA


Um deles, o mais falado recentemente, Anas Al-Sharif, escreveu o seguinte comentário em rede social durante o massacre cometido pelo Hamas contra civis israelitas a 7 de Outubro de 2023:
«9 horas e os heróis ainda percorrem o país a matar e a capturar... Deus, Deus, quão grande és tu.»


 

DIANA, NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO


Dia 13 de Agosto é marcado pela celebração da Nemorália (também conhecido como «Festival das Tochas»), mais tarde adoptado pelos católicos como Festa da Assunção.

Este festival é realizado ou no dia 13 ou no dia 15 de Agosto ou na Lua Cheia de Agosto, em honra de Diana.

Neste dia colocavam-se cornos de vaca - símbolo de Hércules - na parte da frente do templo da Deusa.

Ovídio (século I a.c. ou VI A.U.C.) descreve esta celebração do seguinte modo:

«No vale Ariciano,
Há um lago rodeado de florestas com sombra,
Consideradas sagradas por uma religião dos tempos antigos...
Numa longa cerca, pendem muitas peças de novelos feitos de fios de linho entrelaçados,
E muitas tábuas estão lá colocadas
Como ofertas de gratidão à Deusa.
Muitas vezes, uma mulher cujas preces foram por Diana respondidas,
Com uma grinalda de flores coroando-lhe a cabeça,
Vai a pé desde Roma carregando uma tocha ardente...
Lá, uma corrente flui, sussurando, do seu leito rochoso...
»


Durante a celebração, os adoradores formavam uma luminosa procissão de tochas e velas à volta das escuras águas do Lago Nemi, ao qual se chamava «Espelho de Diana». As luzes das suas velas juntavam-se às da Lua, dançando, reflectindo-se sobre a superfície da água.

O festival é levado a cabo à maneira grega, isto é, Grecu Ritu, de cabeça descoberta. Centenas de adoradores juntavam-se perto do lago, usando grinaldas de flores.
De acordo com Plutarco, parte do ritual (antes da procissão em torno do lago) consiste na lavagem do cabelo e na sua decoração com flores.
É um dia de descanso para mulheres e para escravos. Os cães também são honrados e adornados com flores. Os viajantes entre os bancos do norte e do sul do lago são transportados em pequenos barcos iluminados por lanternas. Candeias similares eram usadas pelas vestais e foram encontradas imagens da Deusa em Nemi, por isso Diana e Vesta são por isso, algumas vezes, consideradas como sendo a mesma Deusa.

Um poeta do primeiro século d.c. (oitavo século A.U.C.), Propertius, que não foi ao festival mas que o observou de fora, disse, a alguém que amava:

«Ah, se tu ao menos pudesses andar por lá nas tuas horas de ócio.
Mas não nos podemos encontrar hoje,
Pois que te vejo exaltada com uma tocha ardente
Em direcção ao bosque de Nemi foste tu
Levando uma luz em honra da Deusa Diana
»


Pedidos e ofertas a Diana podiam incluir:

- pequenas mensagens escritas em laços atados ao altar ou a uma árvore;
- pequenas estatuetas feitas de barro cozido ou de pão, representando partes do corpo que precisem de cura; pequenas imagens de barro de mãe e filho;
- finas esculturas de veados; dança e canto;
- fruta, como, por exemplo, maçãs.

Faziam-se oferendas de alho à Deusa da Lua Negra, Hécate, durante o festival.



Era proibido matar ou caçar qualquer animal durante a Nemorália.
Entretanto, Estácio escreve na sua obra «Silvae», 3.1.52-60, o seguinte:
«É a estação em que a região mais escaldante do céu toma conta da terra e a afiada estrela canina Sirius, tantas vezes atingida pelo sol de Hipérion, queima os campos ofegantes. Este é o dia em que o bosque arício de Trivia, conveniente para reis fugitivos, fica enfumaçado, e o lago, tendo conhecimento culpado de Hipólito, brilha com o reflexo de uma multidão de tochas; A própria Diana enfeita os cães de caça merecedores e lustra as pontas das flechas e permite que os animais selvagens sigam em segurança, e em lares virtuosos toda a Itália celebra os Idos Hecateus».

Diana é uma Deusa Itálica celestial e luminosa. O Seu nome parece provir da palavra «Dius», que expressa a ideia de brilho relacionado com o céu. Diana tem um carácter nocturno e lunar, não sendo no entanto o mesmo que a Lua, como mais tarde veio tantas vezes a ser identificada. Há também aqui uma relação etimológica com os teónimos Janus (Deus dos Inícios) e Anna Perena, outras Duas Deidades latinas. Esta última pode estar relacionada com um monte hindu de nome Anna Purna. «Anna Perena» significaria «Anna Que fornece».

É possível que Anna e Diana, sendo teónimos de certo modo «pan-indo-europeus», fossem originalmente genéricos entre os Ítalos e agrupassem Deidades de distintos santuários como se Estas fossem aspectos diferentes da mesma Divindade, havendo espaço para importações, sincretismos, etc..

É, desde cedo, uma Deidade protectora da virgindade e das meninas, embora também pudesse presidir aos partos, sob o nome de Diana Lucina, isto é, «Diana Que faz vir à luz», tendo este epíteto, Lucina, em comum com Juno.


Diana pode ter sido em tempos a parceira de Júpiter; todavia, na época histórica conhecida, a esposa deste Deus é Juno.


Apesar de, por ter sido considerada equivalente à helénica Ártemis, ter adquirido, na mente dos adoradores, um aspecto florestal, de caçadora, nunca perdeu o Seu carácter propriamente lunar, o qual a própria Ártemis também possui. Tal como Ártemis, exibe uma faceta violenta e sanguinária, vingativa, embora Se notabilize pelo Seu lado mais pacífico e protector. 
Os Seus santuários mais antigos ficavam em Cápua - onde é conhecida como Diana Tifatina, ou Diana de Tifata, montanha situada a norte de Cápua, e onde Lhe é consagrada uma corça, símbolo de longevidade, garante da existência da cidade, o que traz repentinamente à memória o facto de que o romano Sertório conseguiu a estima e a admiração dos Lusitanos ao afirmar que se comunicava com uma corça mágica, e é de notar que a Deusa Diana foi das Deidades mais adoradas na Lusitânia - e em Arícia, povoação vizinha de Roma. Nesta última localidade, o Seu templo estava situado mais precisamente no bosque de Nemus. O facto de este local de culto estar associado a escravos pode ter a ver com a total liberdade de que estes gozavam no dia 13 de Agosto.

Aqui, no bosque de Nemus, onde Lhe chamam Diana Nemorensis, a Sua dimensão florestal é talvez mais notoriamente marcada, pois que «Nemus» significa «bosque», com sentido sagrado, o que se torna particularmente interessante se se tiver em conta que «Nem», nas línguas célticas, significa ao mesmo tempo «Sagrado» e «Céu», estando na raiz da palavra «Nemeton», a qual por sua vez significa precisamente «Bosque Sagrado». Esta semelhança etimológica não surpreende quando se sabe que o Latim e o Celta são da mesma origem: partem do grande ramo Celto-Italiota da família Indo-Europeia ocidental. Em território hoje português, pouco a norte do Douro, viveram os Nemetati. Na Galiza registou-se a existência de «Nemetóbriga», já nos tempos da Romanização. Na Ásia Menor, actual Turquia, existiu uma povoação com o nome de Drunemeton.

O santuário de Nemi, de origem latina, perto de Roma, teria sido, de acordo com a tradição romana, fundado por Egerius Baebius ou Laevius, ditador latino que representava várias povoações, tais como Aricia, Tusculum, Tibur e Lanuvium, entre outras. Outro possível fundador poderá ter sido Manius Egerius. Entretanto, uma tradição estrangeira atribuía o surgimento do santuário ao herói helénico Orestes, o qual, depois de matar o rei Thoas do Queroneso Táurico (Crimeia), fugira com a sua irmã para Itália, trazendo consigo o culto de Diana Táurica. Em Nemi havia uma outra Deidade, associada a Diana, que era Vírbio – e Vírbio tinha com Diana uma relação similar à de Hipólito e Ártemis: um Deus jovem e moribundo e uma Deusa Mãe telúrica que O ressuscita, esquema assaz conhecido e divulgado no Mediterrâneo Oriental, classicamente representado pelo mito de Cíbele e Átis, Osíris e Ísis, Afrodite e Adónis… Aparentemente, os Romanos achavam que Vírbio era o mesmo que Hipólito.

Segundo Estrabão e Ovídio, vivia nos montes da floresta de Nemi um sacerdote-rei (Rex Nemorensis) que, em determinadas circunstâncias, tinha de lutar com quem o desafiasse, isto porque quem quisesse ocupar o lugar deste monarca tinha de o matar, golpeando-o com um ramo arrancado de certa árvore. Pode haver aqui uma semelhança com mitos célticos.

O templo de Diana mais importante foi o do monte Aventino, edificado antes de 509 a.c. ou 244 A.U.C. pelos Romanos com o intuito de colocar a confederação das cidades do Lácio sob a protecção da Deusa

A igreja tentou abafar o Seu culto com a instituição da Assunção de Maria, no dia 15 deste mês - mas Diana permaneceu viva nas tradições populares dos povos meridionais onde a Romanidade deixou vestígios.


Nas colónias ou províncias imperiais o culto de Diana assumiu diferentes formas.


Na obra «Guia Arqueológica de España», pode ler-se o seguinte a respeito da origem do nome de Saldanha, em Mogadouro, Trás-os-M0ntes:

«Os Romanos conquistaram a povoação e chamaram-lhe Saltus Dianae, ou Santuário de Diana, mas na escavação arqueológica do local não se encontrou até ao momento nenhum templo, apenas inscrições e moedas romanas.»

É possível que o topónimo Font Janina (em Catalão) ou Ribagorza Fonchanina (em Castelhano), seja vestígio da Deusa, visto que se encontra nessa zona uma montanha com silhueta de mulher.


E que dizer do caso português?


A Crónica Geral de Espanha, texto medieval, dá a conhecer um mito segundo o qual o nome «Lusitânia» deriva do facto de Hércules ter por aqui passado e resolvido dedicar jogos à Deusa Diana (Ludi + Diana = Lusitânia).

Entretanto, o templo de Évora é popularmente conhecido como o «templo de Diana», apesar de provavelmente ter sido local de culto imperial. 

Voltando agora ao concreto e sabido, registam-se em várias da Europa Meridional algumas palavras que derivam de Diana, não apenas em etimologia, mas também, de certo modo, em significado:


Janas: espécie de espíritos femininos da Floresta, usualmente referidos no plural (diz-se «Jãs» no Algarve);

Xanas: o mesmo que Janas, mas nas Astúrias e estando aí ligadas às fontes e nascentes, como as Camenas latinas, que eram também adoradas em Roma no dia XIII de Agosto;
Jana: pesadelo, em Occitano (língua do sul de França);
Yana: bruxa, en Sardo logudorês (língua da Sardenha);
Zâna: fada, em Romeno;
Zanë: fada, em Albanês; é também uma personagem mitológica albanesa que protege os heróis e, tal como Diana e Ártemis, tem um animal acompanhante, que, no caso, é uma javali ou uma cabra.

 Xana, Jana ou Jã


O folclore europeu situa as Janas em locais como este

É de lembrar que na Antiguidade tardia ou nos primórdios da Idade Média, um certo evangelizador, S. Martinho de Braga, denunciava o culto das Dianas...
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Parte deste artigo deriva de um texto apresentado no forum religioso da organização norte-americana Nova Roma, da autoria de Arnamentia Moravia Aurelia, Sacerdos Dianae (Sacerdotisa de Diana) e de Lucia Modia Lupa, Sacerdos Dianae, duas modernas sacerdotisas de Diana.

terça-feira, agosto 12, 2025

CLARO QUE A LEI DE ESTRANGEIROS NÃO PODIA PASSAR, PELO MENOS NÃO PARA JÁ...

Não admira rigorosamente nada que o tribunal constitucional tenha chumbado a nova lei «racista», o que se torna surpreendente é que tenha ainda havido juízes a votar favoravelmente esta «lei de estrangeiros», uma vez que o credo da elite cultural reinante é o «anti-racismo» militante.
Razão tem Trump, muita razão, em limpar os tribunais, deitando abaixo uma elite ideológico-jurídica que se alcandorou na posição que ora ocupa e impede que a vontade popular se realize, e alguns dos representantes dessa «gente» nem sequer o escondem, ainda há pouco se ouviu um deputado do PS ou do PCP a dizer que «a constituição serve para impedir que as maiorias infrinjam os direitos das minorias», ou seja, a constituição serve para que a elite impeça o povo de se defender contra a presença de «minorias» não nacionais em solo nacional.
Resta continuar o combate para que a Ultra-Direita parlamentar portuguesa possa crescer ainda mais e alterar de algum modo a Constituição, e, também, apoiar na justa medida a UE, porque na UE há países influentes onde o Nacionalismo democrático já está mais avançado e começa a conseguir impedir efectivamente o aumento da imigração em todo o continente a partir do parlamento europeu, valha essa esperança... que Portugal, sem a UE, já estaria transformado num Cabo Verde em solo europeu, que a elite tuga (portuguesa é outra coisa) já desde os anos sessenta adora a ligação à CPLP. E nem é só a elite tuga, note-se, que a elite ocidental é em geral muito amiga de importar o «sul global» em peso, só que, noutros países do Ocidente, onde, repita-se, o Nacionalismo democrático já está mais avançado, aí as elites têm de ter mais cuidadinho com os magotes alógenos que deixam entrar nos «seus» países, porque, se não tiverem cuidadinho, sobem (ainda mais) os votos nos partidos «racistas»...

segunda-feira, agosto 11, 2025

JUÍZA DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL EXPLICA PORQUE É QUE A LEI DE ESTRANGEIROS DO CHEGA DEVERIA TER SIDO APROVADA

Maria Benedita Urbano, Conselheira do Tribunal Constitucional, votou contra o chumbo da nova Lei de Estrangeiros e lamentou desta forma que esta iniciativa tivesse sido reprovada pela maioria dos juízes que participou na votação:
«A rejeição (…) tem, como consequência, a manutenção de uma política de fronteiras abertas, expressão de um «indirizzo politico» firmado em momento histórico anterior e em contexto social e económico diverso, que não o da pressão de um fluxo migratório repentino, contínuo e massivo. Por assim ser, essa rejeição, materializada na presente pronúncia de inconstitucionalidade, mostra-se alheada (ou não tem na devida consideração), antes de tudo, da realidade socio-económica actual do país, com sectores vitais, como a saúde, a habitação e o ensino, em risco de colapsar. Basta viver em Portugal e ter em atenção e, mais do que isso, sentir a realidade que nos rodeia para ter a certeza de que a situação catastrófica que presentemente presenciamos no nosso país, não entra na categoria das «fake news». Situação catastrófica que não afecta apenas os cidadãos nacionais, mas que, de igual modo, gera uma incapacidade sistémica que afecta a integração dos imigrantes, com o que isso implica em termos de não poderem ser acolhidos em condições condignas.»
Nem é preciso ser-se nacionalista para se dizer o óbvio - e quando o óbvio é negado pela maior parte da elite, fica bem à vista mais uma confirmação de que as elites estão, de facto, ideologicamente enterradas até à testa em lama «anti-racista».