quarta-feira, julho 10, 2024

NOVA FERRAMENTA CENSÓRIA PARA DETECTAR «DISCURSO DE ÓDIO ONLINE»

Investigadores portugueses criam ferramenta para detectar discurso de ódio online.
O recurso a estereótipos é a estratégia mais vezes utilizada para disseminar ódio online que, na sua maioria, assume uma forma velada, subtil e implícita, e que, também por isso, muitas vezes escapa aos mecanismos de moderação. Esta é uma das conclusões de uma investigação portuguesa desenvolvida no âmbito do projecto Knowing Online Hate Speech (kNOwHATE), financiado pela União Europeia, ao abrigo do programa Cidadãos, Igualdade, Direitos e Valores.
Precisamente para combater esta tendência, uma equipa de investigadores do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, do Inesc-ID (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores: Investigação e Desenvolvimento em Lisboa) e da Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento (IST-ID) criou uma ferramenta de detecção automática de discurso de ódio online. Com base na avaliação de mais de 24 mil comentários do YouTube e quase 30 mil tweets, o protótipo avalia mensagens e comentários escritos em língua portuguesa e tem como principal público-alvo «a maioria silenciosa».
“Por um lado, esta ferramenta pode ser utilizada num contexto mais educativo, isto é, no contexto de sala de aula. Mas essencialmente diria que o principal público-alvo é a «a maioria silenciosa, o cidadão comum que não tem necessariamente formação em engenharia e que pode até nem saber o que é um algoritmo”, explica ao PÚBLICO Rita Guerra, coordenadora do projecto kNOwHATE. “Através da utilização do protótipo é possível compreender a função deste tipo de modelos na moderação de conteúdo de discurso de ódio online”.
Convidando toda a gente a testar “os muitos limites” do protótipo, a investigadora do Centro de Investigação e Intervenção Social (CIS) do Iscte alerta que “as pessoas têm uma enorme criatividade lexical e os termos que são utilizados variam com uma rapidez quase estonteante”, para enfatizar que “é muito difícil ter modelos que consigam estar a par destas mudanças”. De acordo com os resultados da investigação que agora serve de base ao modelo da nova ferramenta, e a que o PÚBLICO teve acesso em Março deste ano, o recurso a metáforas, ironia e alegado humor é uma estratégia comum que dificulta a identificação do discurso de ódio e que pode ajudar a explicar o baixo número de queixas.
A análise de milhares de mensagens dirigidas a comunidades ciganas, imigrantes, racializadas e LGBTQI+, partilhadas no X (antigo Twitter) e YouTube sugerem, ainda, variações na forma de expressão de ódio consoante as comunidades visadas. A raiva foi a emoção mais prevalente no discurso contra as comunidades LGBTI+, e o ódio dominou no discurso dirigido às comunidades ciganas e imigrantes. Outra variante avaliada foi a frequência de contradiscurso, que se revelou maior no X (54.9%) quando comparada com o YouTube (12.5%).
“Se formos capazes de treinar ferramentas com esta granularidade, seria interessante pensarmos em desenvolver possíveis mecanismos de respostas automáticas que vão criar mensagem pré-carregadas, digamos assim, que mobilizam determinadas informações, nomeadamente empatia ou contra-estereótipos, por exemplo”, refere a coordenadora do projecto. Uma realidade que está ainda distante e que exigirá um “enorme esforço de investigação nos próximos anos”.
Víctor Costa, representante da Casa Brasil, uma das associações parceiras do projecto, faz uma avaliação positiva destes resultados, num momento em que “se assiste a um vácuo da gestão pública para lidar com o crescimento do discurso de ódio”. “É muito bom ver que o meio académico e a sociedade civil se mobilizam para procurar compreender este fenómeno e se organizam para criar mecanismos de moderação”, diz ao PÚBLICO.
A par da Casa Brasil, também a SOS Racismo, a ILGA e a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) são parceiras neste projecto. Todas estiveram presentes na sessão de apresentação dos resultados finais da investigação, com excepção da CICDR, que desde Janeiro está num limbo, responsável por um vazio legal na análise de queixas de discriminação e discurso de ódio.
“Infelizmente a legislação portuguesa deixa muito a desejar em relação às denúncias e aos processos de discriminação”, refere Víctor Costa. “Eu acredito mais na rede de apoio da pessoa imigrante, que passa pelas associações e colectivos. Quanto mais fortes e unidas estiverem essas associações, maior é a oportunidade destes imigrantes encontrarem acolhimento nestes espaços e conhecerem os seus direitos em Portugal.”
O representante da Casa Brasil revela ainda que “é notória uma validação de pessoas que disseminam o discurso de ódio, alimentada pelo actual contexto político que as legitima”. “O discurso de ódio está a começar a sair do espaço online e a chegar aos espaços comuns, ao espaço de trabalho e de convívio. E isso chega à pessoa imigrante, é um facto”, refere.
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Cá pelo burgo, seria preciso recuar aos tempos da Inquisição para se ver um zelo censório destes...  

No tempo do Estado Novo, por exemplo, o teatro de revista tinha abundante mensagem política contra o regime e ficava muitas vezes impune, isto dito por alguns dos seus próprios glorificadores de Esquerda, orgulhosos de terem várias vezes «enganado» os censores da PIDE, ou seja, o sistema deixava-os mandar as suas farpas ao governo e ficava tudo por aí - note-se que, sendo o teatro de revista feito precisamente para ser entendido pelo comum cidadão, mesmo o menos culturalmente desenvolvido, torna-se nada menos do que mentecapto partir do princípio de que a PIDE teria censores ainda menos intelectualmente capazes do que o mais intelectualmente desfavorecido dos espectadores. Só o mais imbecilmente desonesto dos propagandistas poderia concluir que a PIDE iria procurar no seio da população nacional os indivíduos mais atrasados mentais para vigiar o que era dito no teatro, sucede simplesmente que certos «anti-fascistas de longa data» que hoje se gabam da sua alegada resistência pela via do teatro de revista, podem dizer destas e doutras porque isto de estar do lado de quem manda permite a mais cretina das impunidades morais. 

Voltando ao que mais interessa - agora os neo-inquisidores nem disfarçam ao que vêm: referem, sem qualquer pudor, querer atingir a «maioria silenciosa», expressão conhecida cá pelo burgo desde há décadas para designar uma população anónima de Direita, não activista, passivamente resistente à ordem que os revolucionários lhe quiserem impor... 

Assumem implicitamente que já não lhes basta perseguir «meia dúzia» de militantes «fachos», agora querem mesmo silenciar o «povinho», aliás, silenciá-lo ainda mais do que antes, pois que visam precisa e declaradamente a parte «silenciosa» da massa popular que não acata a evangelização anti-racista...  

Nem um desabafo será permitido, nem sequer uma piada, se os bufos do sistema suspeitarem que há ali uma intenção «odiosa»... Com coisas sérias não se brinca... Como diziam os beatos da Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana, «Graças a Deus, muitas; graças com Deus, poucas...» Actualmente, os clérigos e beatos da sua sucessora moral laica, a Santa Madre Igreja do Anti-Racismo e do Multiculturalismo dos Últimos Dias do Ocidente, estão atentos e chispam de raiva impotente sempre que se deparam com uma subtil «boca racista», ainda por cima levam pelos cornos adentro com toda a força as votações crescentes da Ultra-Direita, é que  quanto mais guincham contra o «discurso de ódio!» mais os Nacionalistas ganham votos na Europa, daí que não tenham mãos a medir para acabarem de vez com a corrente de transmissão de perspectivas opostas às suas. criminalizando-as sempre que podem, tudo para «combater o ódio!», claro está... combate este que, diga-se de passagem, é só mais uma merdalhice doutrinal condizente com a qualidade moral da elite reinante, logo a começar pela terminologia, azeiteiramente descendente da moral cristã: o amor é o bem, o ódio é o mal, logo, os bons só amam, os maus é que odeiam... 

Amor e ódio são na verdade dois sentimentos como quaisquer outros, mas no Judaico-Cristianismo estão maniqueizados. 

Estão também maniqueízados na subsequente moral humanista laica e universalista das actuais elites. Claro que quando foi preciso incitar o mais ardente ódio à Alemanha no coração de dezenas de milhões de britânicos, norte-americanos e soviéticos, aí já nenhum dos actuais escribas da moral vigente lhe chamou «ódio», mesmo sabendo que de outro modo não se punham em movimento nem um décimo das forças que foi necessário lançar contra as legiões hitlerianas, pois que, na verdade verdadeira da alma humana, só os anjos combatem só ódio - os anjos, os cavaleiros andantes das lendas medievais e os heróis da banda desenhada infanto-juvenil... 

Na senda deste moralismo «anti-ódio», o ódio é sempre proibido e sempre sinal de mal absoluto - e, quando é sentido e activamente promovido pelos «bons», muda-se-lhe o nome, chama-se-lhe «indignação!» ou «revolta!» e já 'tá, é mesmo assim tão simples, fácil e baratucho...

Faz lembrar um episódio emblemático da propaganda nacional-socialista da Alemanha de há oitenta e tal anos: quando o ministro da propaganda, Joseph Goebbels, propôs ao famoso realizador Fritz Lang que trabalhasse para o regime NS, o cineasta disse-lhe que não podia porque era meio judeu, ao que Goebbels terá lendariamente respondido algo como «Meu caro, nós é que decidimos quem é que é judeu!» Ora isto era uma brincadeira de crianças comparado com o à vontade moral com que elite actual acredita piamente que tem o direito de dar às palavras o significado que lhe apetecer.
Goebbels: «só é judeu quem nós dissermos que é judeu».
Elite actual: «só é ódio o que nós dizemos que é ódio»... 

Detalhe digno de nota na notícia é a inclusão no novo sistema censório de «possíveis mecanismos de respostas automáticas que vão criar mensagem pré-carregadas, digamos assim, que mobilizam determinadas informações, nomeadamente empatia», ou seja, uma espécie de cassete ou lembrete daquilo que é correcto pensar-se, mais uma ferramenta de mentalização, auxiliar da lavagem-cerebral antirra, invocando desta feita a supostamente bela intenção de infundir «empatia», entenda-se, a empatia selectiva das elites, a empatia para com o alógeno, incluindo o que for criminoso, e isto nem é simplificação da minha parte, viu-se bem o despudor recente com que toda a classe política dominante, do BE ao PSD, se solidarizou com as alegadas vítimas norte-africanas de alegado racismo no Porto imediatamente depois de não ter proferido uma só palavra a respeito dos portugueses de classes baixas assaltados por mouros precisamente na mesma área da cidade...



11 Comments:

Blogger Lol said...

eles acham muito a emenda um ja toda castrada esquerdista so sabe viver em ditadura plena pois se baseiam em lobotomia fraude imposicao anti natureza eu noto censura nas redes simulando falsos bugs no insta face tik tok etc ate sabotam a internet sinal dela fingindo ser defeito na rede bug

11 de julho de 2024 às 16:52:00 WEST  
Blogger Lol said...

ha um 1984 ilegal e as stasis forjam contra nao reds so por esses amarem suas nacoes povos etc e isso ir contra o genocidio globalixista anti racas/nacoes

11 de julho de 2024 às 16:54:00 WEST  
Anonymous PF said...

Haverá, no futuro, este tipo de ferramentas nas nossas conversas privadas online? Parece que sim. Se Estaline ou Hitler as tivessem tido, chamá-las-iam um figo de poderem controlar tão eficientemente a vida privada dos cidadãos. Totalitarismo travestido de Democracia à vista...

11 de julho de 2024 às 17:07:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Eram os mesmos que diziam que nunca um partido que falasse contra a imigração em massa iria ter peso político em Portugal. Agora como já viram que tem, vá de censurar, se antes já censuravam, agora ainda o querem fazer com mais ímpeto. E querem censurar o próprio povo.

11 de julho de 2024 às 19:28:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Eram os mesmos que diziam que nunca um partido que falasse contra a imigração em massa iria ter peso político em Portugal. Agora como já viram que tem, vá de censurar,»

É rigorosa e exactamente isto. Andei décadas a ouvi-los grunhir, frequentemente com ares doutorais, que «ai, o nosso povo não é racista, isso cá não pega, o bom português é já muito misturado, mouro e judeu, portanto gosta é de mulatinhas e de tropicalismo. o racismo é lá para os nórdicos...», ou ainda «os racistas têm de ter muito cuidadinho se alguma vez disserem coisas racistas em público...», querendo com isso intimidar e desmobilizar os «racistas». Acho que a parte de baixo da elite (os aprendizes de anti-racista) acreditava mesmo nisto, como também acho que os da parte de cima da elite (os mais argutos) sabiam ou pressentiam que não era bem assim, eles bem ouviam os comentários dos taxistas nas suas viagens para os aeroportos e assim, já estavam a ver que o caraças do «povinho» tinha um elevado potencial «racista», por isso mesmo é que era preciso apostar nas campanhas anti-racistas, sempre assentes na vergonha, na culpabilização histórica do colectivo branco e do indivíduo branco que pudesse ter pensamentos racistas, bem como na intimidação implícita...

Agora cada vez lhes cai mais a máscara, não têm mãos a medir, estão por tudo, mas também estão numa corrida, a de, por um lado, atrasar tanto quanto possível o desenvolvimento político nacionalista, enquanto por outro lado tratam encher a Europa de imigrantes à tripa-forra para depois lhes darem direito de voto, esperando assim aniquilar de vez os «racistas», OU SEJA, toda a resistência branca europeia...

A parte mais idiota é ter havido tanto pessoal da área nacionalista a acreditar no discurso anti-racista a respeito do povo.
Fosse por imbecilidade ou por conveniência ideológica de quem queria motivos para desprezar ideologicamente a Democracia,
a verdade é que muito deste pessoal dito nacionalista aceitava como dado adquirido que o nosso «povinho» era anti-racista e que, portanto, «isto só lá vai com um golpe de Estado» ou análoga parvoíce, tendo por isso ficado de costas para o povo demasiado tempo. Isto pode ter sido um atraso fatal, a ver vamos.

12 de julho de 2024 às 03:06:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O sistema a fazer mais censura

Elon Musk has announced a MASSIVE lawsuit after evidence was unearthed in Congress today that the government, media, and advertisers with Israeli ties are working together to censor free speech as well as throttle opinions they don't like using targeted attacks with a near-monopoly on advertiser dollars!
https://x.com/MattWallace888/status/1811403123048493549?t=5vPdNpmZ3b417nkr36i1BQ&s=19

12 de julho de 2024 às 13:32:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

vc viu a esquerda recem eleita na ilha alem de cancelar a deportacao de aliens pra africa tao libertando bandidos nas ruas pois com aliens a lotacao ta maxima

12 de julho de 2024 às 23:40:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Como as burras finlandesas esperam evitar violações? Não é a votar na extrema direita e impedir que entrem.
É dancar pó violador a cantar para não tocar nela. Burro branco no seu expoente máximo de burrice
https://www.instagram.com/reel/C9OE0XltXuL/?igsh=enI2anExMHNhOWEz

13 de julho de 2024 às 20:39:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Os media:

https://youtu.be/dg1hRBrNK8I?si=ZZrD33EZLq7A08Zr

14 de julho de 2024 às 09:13:00 WEST  
Blogger Lol said...

tenho nojo da covardia cuck quando aparece asiatico monhe indio com falta de higiene ou gay eles esculacham mas se aparece niggas com falta de higiene ou jews em videos da net eles chamam de virtude comecam a babar ovo nos posts direita fraca so tem coragem com minorias que consideram fracas no lobby

15 de julho de 2024 às 10:57:00 WEST  
Blogger Lol said...

e isso que tem sangue lingua asiatica mas basta conviver com cultura branca que ate marrom sudaca vira cuckold ja vi varios adotando no malawi achando que sao brancos e tem dividas kk

18 de julho de 2024 às 19:46:00 WEST  

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