sábado, novembro 01, 2025
RITO DA NOITE DE OUTUBRO PARA NOVEMBRO
MorriganEsta noite celebra-se a passagem do ano na antiga religião céltica do Ocidente europeu.
Acreditavam este Povos que, nesta altura do ano, se tornava especialmente efectivo o contacto entre o mundo dos vivos e o Outro Mundo, o dos mortos. Uma vez que se tratava aqui de um tempo caótico, um tempo simbolicamente entre os tempos, ou seja, antes do ano seguinte e depois do ano anterior, era socialmente lícito assumir comportamentos desregrados e desordenados. Neste contexto inserem-se as mascaradas e a folia pela noite dentro.
Era também nesta data que na mitologia irlandesa se situava a mítica Cath Mag Tuireadh, grande batalha entre os Deuses Tuatha de Dannan e os monstruosos Fomor.
Trata-se de um elemento da mais genuína cultura europeia; esta celebração só se popularizou na América por intermédio da maciça imigração irlandesa, visto que, inicialmente, os puritanos dos EUA a reprimiam, isto é, adoptavam a postura cristã mais rígida, enquanto, antes disso, a Igreja tinha adoptado a postura cristã mais maleável e manhosa, que consistiu em cristianizar as festas pagãs, daí o Samhain ter originado o «Halloween» e, em Portugal, o Dia de Todos os Santos. Como se pode ler nesta notícia,
A festa de todos os mártires era nos primeiros séculos da cristandade a 13 de Maio. Passou para Todos-os-Santos a 1 de Novembro de 835 com vista a ocupar a tradição do Samhain, que era o Ano Novo para os pagãos celtas.
Os Irlandeses celebravam-na por isso com grande fervor e levaram essa tradição para além mar. Ver mais pormenores aqui, num curto documentário, um bocado simplificado e básico (na linha da americanice por vezes bacoca que agora domina o canal de História da TVCabo), mas suficientemente claro e informativo.
O mais interessante nesta celebração é que a sua forma comercializada é essencialmente semelhante à forma tradicional portuguesa - crianças que, em conjunto, batem à porta a pedir comida a coberto de uma simbologia, ou um poder sobrenatural (os fantasmas das máscaras americanas, o «pão por Deus» em coro das crianças portuguesas), e que, em vendo-lhes recusado o pedido, lançam sobre o morador não generoso alguma forma de maldição.
Quanto ao aspecto sombrio, que tão marcadamente caracteriza o «Halloween» anglo-saxónico, também existe na tradição portuguesa - segundo Leite de Vasconcellos, citado por Consiglieri Pedroso, há em Mondim da Beira a crença de que «as almas fazem na noite de Todos os Santos uma procissão com muitas luzes».
A festividade tem profundas raízes na tradição portuguesa, que serão eventualmente de origem pré-romana: vale a pena lembrar o que diz o professor Adriano Vasco Rodrigues na sua obra «Os Lusitanos - Mito e Realidade»: segundo o autor, a festa do Primeiro de Novembro era a mais importante do ano para os pastores da Serra da Estrela, mais até do que o Natal, sendo também celebração de primeiro plano na Estremadura.
E porquê?
Porque o Natal consiste na celebração do solstício de Inverno, sendo por isso uma festividade típica de Povos sedentários e agrícolas, enquanto o Primeiro de Novembro, marcando o começo da estação sombria (por oposição à luminosidade do Verão e da Primavera), é próprio de Povos nómadas, semi-nómadas, enfim, gentes de economia pastoril, que nesta altura recolhem o gado e abatem a parte deste que não podem guardar.
Mais adianta, Vasco Rodrigues, que, na aldeia de Longroiva (possível descendente do castro de Longóbriga), os jovens subiam ao Morro da Faia, monte íngreme, levando consigo figos e uma cabaça de vinho ou de aguardente, e, uma vez no seu topo, lançavam pedras, evocando um santo a cada lançamento e bebendo um trago de vinho em sua honra.
Estas pedras podem bem ser resquícios das cabeças de gado que outrora eram sacrificadas pelos Celtas em grandes hecatombes, pois que esta era a altura de abater todas as reses que não fossem necessárias à criação. Assim, na Serra da Estrela, é este o momento em que os pastores se reúnem e abatem o gado que não podem guardar no Inverno. Tomei conhecimento, já não sei onde, que há um ritual similar em aldeias escocesas, isto é, em plena Nação celta...
Ao mesmo tempo é curioso que. na tradição anglo-saxónica, haja um só dia de celebração nesta festividade, ao passo que na tradição portuguesa há dois: o Dia de Todos os Santos, primeiro, e, a seguir, o Dia dos Mortos. Ora, sabendo-se que o Catolicismo aniquilou o politeísmo por meio da substituição dos Deuses por Santos, e que, em total contraste, os protestantes, mais radicais e austeros, pura e simplesmente suprimiram por completo tudo o que se parecesse com o politeísmo, acabando com o culto dos Deuses sem «dar» ao Povo nada em troca (daí que o Protestantismo seja geralmente considerado mais seco e frio do que o Catolicismo), pode pensar-se se «Dia de Todos os Santos» não será sucedâneo do «Dia de Todos os Deuses», talvez porque esta fosse para os pagãos da Lusitânia a celebração religiosa por excelência...
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| O Caldeirão, elemento que na cultura popular moderna se associa de imediato à bruxaria e que no mundo céltico pagão (Irlanda) era um dos objectos sagrados de Dagda, o «Bom Deus», possível equivalente de Endovélico, se estiver correcta etimologia proposta por Leite de Vasconcellos para este último: «Nd + Well», ou «O Muito Bom» |
sexta-feira, outubro 31, 2025
CROUGA, COCA, ABÓBORAS LUMINOSAS...
Na inscrição lusitana de Lamas de Moledo, parece ler-se que a Crouga Magareaicus é sacrificado um ovídeo jovem, o que lembra o facto de a Crom Cruaich serem sacrificados os primogénitos de cada clã, crianças nalguns casos. Ambos os teónimos (nomes de Deuses) podem estar ligados ao vocábulo «Craic» que designa «Pedra» em Irlandês.
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| Inscrição de Lamas de Moledo, na qual se pode ler «Crouga Magareaicus» |
quarta-feira, outubro 29, 2025
CATALUNHA - MOUROS TENTAM SEQUESTRAR CRIANÇA
FRANÇA - POLÍCIA BRANCO POR ABATER A TIRO UM MOURO QUE TINHA INVADIDO A CASA DA SUA AVÓ
SUÉCIA - CRIANÇA IMIGRANTE USADA COMO ATIRADOR EM HOMICÍDIO DE GANGUE
terça-feira, outubro 28, 2025
DINAMARCA - MAIS DE SETENTA POR CENTO DOS CRIMINOSOS DE GANGUES É ORIGINÁRIO DO TERCEIRO-MUNDO
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E por cá, como seriam os números se Portugal, em vez de imitar a França e abster-se da recolha e revelação pública destes dados, fizesse como faz a Dinamarca e deixasse assim o povo saber quais os efeitos da imigração oriunda do terceiro-mundo? «Não sabemos» porque os números não existem, pelo menos oficialmente, pelo que só nos restam duas conclusões formalmente possíveis: ou os Dinamarqueses tiveram azar com o terceiro-mundo que importaram ou então é mesmo verdade o que qualquer «racista» de rua, de mesa de café ou de trazer por casa já sabe há décadas - quanto mais não europeus, mais merda & sangue vertido. Caso a primeira alternativa corresponda à verdade, talvez Portugal conseguisse tornar-se num país exportador de imigrantes do terceiro-mundo, pois se pode fazer «turismo de saúde», com muito mais razão pode fazer isto... Parece, todavia, que a Dinamarca não estaria interessada em tal negócio, pois que há poucas semanas queixou-se precisamente do excesso de brasucas que vai parar ao seu país devido à porta de entrada de imigração na Europa em que a elite tuga transformou Portugal, fazendo com que este país se transforme num porto de entrada de gente que nada tem de Gal ou Cale ou gente lusitano-galaico-romana, como era na origem...








