segunda-feira, outubro 20, 2025

ÁUSTRIA - NA CAPITAL, CARNE DE PORCO VAI RAREANDO NAS EMENTAS ESCOLARES ENQUANTO QUASE METADE DOS ALUNOS É MUÇULMANA

Pratos com carne de porco, como schnitzel, macarrão com presunto e porco assado, tornaram-se raros ou totalmente ausentes de um número crescente de cantinas escolares em Viena, disse a Associação de Agricultores, relatando que algumas instituições oferecem agora aos alunos apenas uma opção vegetariana, além de cardápios à base de carne que excluem completamente a carne de porco.
A associação, citada pelo Heute, disse ter sido contactada por uma mãe vienense cuja filha “só tem a opção de escolher entre comida vegetariana ou 'sem carne de porco' na escola”.
"Um pequeno número de escolas já não oferece carne suína", afirmou a associação, e em alguns casos, alunos teriam recusado pratos que não contêm carne suína por incerteza quanto à sua presença. A Associação de Agricultores descreveu o facto como "preocupante" e afirmou que ele reflectia um declínio mais amplo da carne suína no quotidiano escolar.
“Ninguém é obrigado a comer carne de porco, mas esta deve constituir alternativa. A carne de porco faz parte da nossa cultura culinária”, disse Corinna Weisl, directora da Associação de Agricultores. O presidente da Associação, Georg Strasser, pediu que as opções sejam preservadas, acrescentando: “Diversidade no prato significa liberdade de escolha para todos. Cada um pode decidir por si, mas a oferta deve permanecer.”
As revelações da associação ocorrem no contexto de uma rápida mudança demográfica nas escolas de Viena. Dados obtidos no início deste ano pelo gabinete de Bettina Emmerling, vereadora responsável pela educação, mostram que os estudantes muçulmanos representam agora 41,2% de todos os alunos da capital. No ano passado, a proporção de estudantes muçulmanos era de 39,4%.
A mudança demográfica gerou um debate mais amplo sobre integração e pressão sobre os serviços escolares. O Partido da Liberdade da Áustria alertou para a substituição cultural.
Em Julho do ano passado, o Remix News relatou as preocupações de uma professora anónima de Alemão que trabalhava em programa financiado pela cidade para crianças imigrantes, que descreveu aulas que muitas vezes "caem em desordem", dizendo que há "barulhos de Árabe, futebol na sala de aula e respeito zero". “Lutei por duas horas contra a recusa total em aprender”, disse a professora ao Express. Ela disse que muitos alunos matriculados não frequentavam as aulas regularmente e reclamavam contra alunos a brincar com telemóveis, exigindo orações durante as aulas ou saindo da sala por ela ser mulher. A professora também descreveu incidentes de intimidação e perturbação. Por exemplo, contou sobre uma colega que tentou seguir uma criança que saía da sala de aula, mas acabou por ser trancada por outros alunos. "Sempre que ligo o quadro electrónico, uma das crianças desliga-o imediatamente", contou, acrescentando que o assédio é contínuo. "Uma colega é constantemente ridicularizada por um grupo de meninos. Alguns saem a chorar."
Informou que alguns alunos lhe disseram que preferem passar o Verão no estrangeiro — "Não quero aprender nada no Verão — estou na Turquia por dois meses!" — e que quando os alunos são questionados sobre o que gostam na Áustria, alguns respondem: "Absolutamente nada".
Representantes sindicais e funcionários escolares afirmam que a pressão sobre o sistema levou a uma onda de demissões, com até 20 professores a sair num único dia no Verão passado. Thomas Krebs, membro do sindicato dos professores, disse a repórteres que os professores culpam o governo estadual por não estabelecer requisitos suficientes de proficiência em Alemão para o ingresso nas escolas e por não agir de forma eficaz contra a violência, o extremismo e a misoginia.
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Fonte: https://rmx.news/article/pork-disappearing-from-vienna-school-menus-as-farmers-group-warns-of-cultural-loss/