terça-feira, novembro 01, 2022

«APRENDEMOS A LIÇÃO SOBRE O QUE É A DEPENDÊNCIA EM RELAÇÃO À RÚSSIA»


Quanto mais os «analistas» políticos televisivos, eventualmente pagos a peso de oiro, aparecem no pequeno ecrã a perorar sobre «precisarmos de aprender a lição!» de não ficarmos novamente dependentes da Rússia, mais despudoradamente palerma é o seu pretensiosismo. Mostram, logo à partida, que não aprenderam o mais óbvio quando se fala em pessoal com pretensão a ter ideias - a necessidade de dar mais importância às ideias em si do que à «credibilidade» social de quem as profere. Efectivamente, aquilo que agora comentam com laivos de superioridade intelectual, já o «bronco» de «cabelo laranja» tinha dito há anos. Trump avisou a Europa, mais concretamente os Alemães, pelo menos duas vezes, uma delas numa sessão da ONU, pois de facto alertou-os para o risco de ficarem nas mãos do Kremlin devido precisamente à questão da energia. Nessa altura, a delegação alemã riu-se. Está gravado, nada invento. Os sofisticados representantes ao mais alto nível de um dos países mais desenvolvidos do mundo riram-se na cara do odiado «racista» ianque. Agora não há um jornalista, um único, que vá perguntar a cada um dos ridentes porque é que se riu e o que acha agora da sua imbecil reacção de há três ou quatro anos.

Quanto aos «analistas» televisivos, novamente, nem um deles é capaz de, pelo menos, pelo menos, dizer «Pois, até já tínhamos sido avisados, o louco do Trump já o tinha previsto...». Nada, zero. Esta espécie de gente não admite aprender seja o que for com quem acha que está muito abaixo dela (quando na verdade está, afinal, bem acima, em termos concretos, objectivos, se se quiser falar em hierarquias e capacidades demonstradas). Perceber agora o óbvio, depois da casa roubada trancas à porta, não os faz parecer mais especializados no tema do que qualquer outro cidadão - qualquer um -, é o chamado «assim também eu»...