segunda-feira, abril 09, 2018

SOBRE O IMPERIALISMO DE UM PAÍS ASIÁTICO QUE QUER ENTRAR NA UE...


Nem sempre o PNR critica o que se faz na ilustríssima Assembleia da República. Há poucos dias este sítio, tantas vezes mal frequentado, dignificou-se ao condenar a invasão turca de Afrîn. O imperialismo turco salienta-se pelo quase inverosímil arrogante despudor com que invade território alheio para dar seguimento à sua política genocida contra uma etnia minoritária que luta pela sua sobrevivência e soberania, a Nação Curda, Povo (ainda) sem Estado. O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, islamista de longa data que já antes de sequer chegar ao governo dava continuidade à re-islamização turca iniciada nos anos oitenta, lamentou desta feita a decisão portuguesa – é bom sinal, trata-se tão somente da confirmação de que Portugal desta vez está no bom caminho. Erdogan tem-se distinguido ao longo dos últimos anos pelas suas declarações e atitudes marcadamente islamitas, como por exemplo, e só a título de exemplo, a ocasião em que manifestou o seu apoio ao chamado genocida de Darfur, Omar al-Bashir de seu nome, com o argumento de que «um muçulmano não comete genocídios», podendo-se, a propósito, imaginar o que diriam os grandes opinadores mediáticos se algum Chanceler austríaco declarasse que Hitler não cometeu genocídio algum, porque um austríaco, ou um indivíduo com formação católica, como foi o ditador nazi, não comete genocídios…

Na Assembleia da República, o BE e outros partidos parecem incomodados, e bem, com as consequências que esta invasão turca acarreta para os Curdos em Afrîn, da violência e do massacre em si até à regressão dos direitos das mulheres e ao fortalecimento do patriarcado islâmico que a Turquia veicula com cada vez mais à-vontade. Efectivamente, boa razão tem a Esquerda em geral para temer a islamização, inimiga dos direitos liberais conquistados pela Civilização Ocidental…

Resta agora saber se quem condenou a actuação turca em Afrîn estará igualmente disposto a condenar a igualmente imperialista e ofensiva actuação turca no Egeu contra a Grécia, nação europeia que só por o ser já merece a solidariedade de todos os demais europeus e cuja independência foi conquistada a custo, precisamente contra o Império Otomano, que Erdogan diz querer restaurar. Como Conselheiro Nacional do PNR, solidarizo-me com a Grécia, irmã helénica de Portugal, tal como também me solidarizo, de resto, com a Nação Curda, de raiz indo-europeia, tal como a maioria das Nações europeias – reforço, assim, o apelo do PNR para que não seja permitido o ingresso da Turquia na União Europeia, ingresso este que foi e eventualmente ainda é apoiado por todos os actuais partidos com representação parlamentar em Portugal. Até mesmo a inclusão turca na OTAN é problemática, como se tem visto, sobretudo quando a Turquia exige apoio da Aliança Atlântica nas suas incursões em território sírio, quanto mais não seria a integração desse país asiático na União Europeia, que já tem problemas que chegue.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O que mais enraivece o "Ocidente" é o facto de a Rússia somar cada vez mais pontos no seu crescimento económico.A maior Nação Indo-Europeia do planeta mostra assim não necessitar do "Ocidente" para nada.Quem perde somos todos nós, principalmente os povos e Nações Europeias.



https://br.sputniknews.com/economia/2018040910942269-russia-mercado-agricola/

9 de abril de 2018 às 22:55:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

A coisa começa a aquecer. Pode originar uma guerra,já vimos este filme no passado.

https://br.sputniknews.com/economia/2018040910940615-eua-china-guerra-comercial-ouro/

9 de abril de 2018 às 22:58:00 WEST  

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