sexta-feira, julho 29, 2016

BATALHA DE STIKLARSTADIR - VITÓRIA DA PAGANIDADE SOBRE A CRISTANDADE

Representação medieval do embate entre tropas em que o herói do povo pagão, Thore Hund, mata o grande cristianizador da Noruega, rei Olavo II

A Batalha de Stiklestad (Stiklarstaðir, na língua norueguesa antiga) ocorreu em 1030 e foi um dos confrontos mais célebres da história da Noruega. As causas dessa batalha assentam na rivalidade entre duas religiões, Pagã e Cristã. Neste momento a religião cristã espalhava-se por todo o mundo e, ao chegar à Noruega não foi muito bem aceite, acabando por gerar conflitos. Nessa batalha, o rei Olavo II da Noruega (Óláfr Haraldsson), que comandava as tropas, foi morto pelo Exército Camponês, em maior número. Mais tarde, Olavo seria canonizado, tornando-se santo patrono da Noruega e Rex perpetuum Norvegiae (o rei eterno da Noruega). (...) As antigas crenças pagãs continuaram a viver sob a superfície do cristianismo e muitos desses elementos pré-cristãos mesclaram-se às práticas cristãs.
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Stiklestad


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Um embate histórico em que ficou especialmente evidente o modo como as tradições étnicas, nacionais, tiveram no povo comum o seu defensor natural, contra as conveniências de uma elite aristocrática sequiosa de poder e talvez por isso mesmo, bem como pela sua convivência natural com elites aristocráticas doutras paragens, talvez por isso mesmo, dizia, se mostrou tendencialmente mais adepta de um credo de índole internacional e, em concreto, universalista. Algo de mais ou menos semelhante tinha-se verificado no caso do confronto de Carlos Magno com os Saxões, no seio dos quais eram precisamente as classes populares que mais lealdade manifestavam aos seus Deuses Nacionais.  Efectivamente, a cristianização do grosso da Europa fez-se «de cima» para «baixo», ou seja, operou-se por meio da imposição por parte dos monarcas, convertidos por motivos porventura políticos, às massas populares, as quais por norma continuaram durante algum tempo a praticar os seus antigos gestos pagãos até que a Igreja, querendo abafar-lhes a índole pagã, os cristianizou. É assim patente, mais uma vez, o carácter eminentemente etnicista, tradicionalista, da massa popular, diante dos planos e exigências frequentemente transfonteiriças das elites. Uma Europa mais verdadeiramente europeia será portanto uma Europa mais democrática e mais voltada para a restauração integral da sua herança etno-religiosa pré-cristã, processo que está já em andamento.