quarta-feira, dezembro 10, 2014

UCRÂNIA, CANADÁ E EUA OPÕEM-SE A RESOLUÇÃO RUSSA DE CONDENAÇÃO DO NAZISMO

Os Estados Unidos, o Canadá e a Ucrânia foram os únicos países que, numa reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas, votaram contra o projecto russo de resolução condenando a heroicização do nazismo. A adopção do documento supostamente seria ser dedicada ao 70º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial, que acontecerá no próximo ano.
A favor do documento apresentado pela Rússia votaram 115 dos 193 estados membros da ONU. Três países votaram contra: Canadá, EUA e Ucrânia. As restantes 55 delegações, incluindo a da União Europeia, abstiveram-se de expressar suas opiniões sobre este assunto.
O texto da resolução foi publicado e pode ser encontrado na internet onde está disponível ao público. Quem o ler, poderá conferir que ele não contem nenhumas “armadilhas”. A resolução, em particular, condena tentativas de negar o Holocausto, exorta a garantir a ratificação universal e a aplicação eficaz da Convenção internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial. O documento expressa preocupação com a glorificação do movimento nazi e dos antigos membros da organização Waffen-SS.
Tudo isso baseia-se nos princípios adoptados pela ONU desde o fim da Segunda Guerra Mundial e dos Julgamentos de Nuremberg. Mas ultimamente alguns países têm se afastado desses princípios. Na Ucrânia, soldados da Guarda Nacional põem suásticas nos seus uniformes. Nos países bálticos, o dia da libertação dos ocupantes fascistas é declarado dia de luto. Estes e outros factos causam preocupação em Moscovo e na maior parte do mundo. Mas não em Kiev, Ottawa e Washington, nota o vice-presidente do Comité para assuntos internacionais do Conselho da Federação russo, Andrei Klimov:
“Os Estados Unidos, o Canadá, seu aliado leal, e a Ucrânia formaram agora um trio de Estados que têm uma certa realidade sua, distinta da internacional. Eu entendo os canadianos, onde a diáspora ucraniana determina em grande parte o comportamento de seus dirigentes. Mas os EUA, que faziam parte da coligação anti-hitleriana, participaram na preparação e realização dos Julgamentos de Nuremberg e, nas últimas décadas, frisavam, pelo menos em palavras, a sua adesão à luta contra a ideologia hitleriana, foram longe demais durante o governo de Barack Obama. Acabaram praticamente por tomar o lado dos nacionalistas, dos seguidores de Bandera e dos descendentes da Waffen-SS. Facto que foi confirmado durante a votação (na reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas)”.
O presidente da Ucrânia, Piotr Poroshenko, declara publicamente que o país está preparado para uma guerra total com a Rússia. Total quer dizer por todos os meios e formas. Isto não é apenas uma ideologia, mas também uma terminologia hitleriana. Mas a Europa, como na década de 30 do século passado, está escondendo a cabeça na areia: espera o assunto seja resolvido sem ela, enquanto que ela, despercebida, defende os seus interesses. Esta política de avestruz não vai levar a nada de bom, adverte o senador Andrei Klimov:
“Tal política já resultou em seu tempo na Segunda Guerra Mundial. Os europeus incentivavam o agressor durante muito tempo guiados por certas considerações racionais de que, supostamente, incentivando Hitler, eles poderiam assim pôr a União Soviética em seu devido lugar. E acabaram mal – praticamente todos foram vítimas de ocupação. Infelizmente, a história repete-se”.
Até recentemente, parecia que não pode haver mais perguntas sobre o assunto. O fascismo é a praga castanha, derrotada e condenada por todo o mundo civilizado ainda no meio do século passado. Mas, na verdade sucede que hoje, na véspera do 70º aniversário da vitória sobre o fascismo, está acontecendo o seu renascimento. E existem forças disposta a apoiá-lo. A resolução visa lembrar aos países sobre as consequências de uma tal política, sobre a inviolabilidade do veredicto dos Julgamentos de Nuremberg. É bom lembrar antes que seja tarde demais.
*
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_11_24/Foram-identificados-os-pa-ses-que-apoiam-o-nazismo-6795/

Ora esta é a versão russa do que se passou, com raiva e esperneanço até fartar, compreensível da parte de quem queria talvez aproveitar a «deixa» para apertar a Ucrânia.

Interessa acima de tudo conhecer a versão ucraniana, norte-americana e canadiana sobre a motivação da sua atitude, e curiosamente não encontrei isto na imprensa cá do burgo - será porque a elite mediática tuga, tão obamista, não sabe mesmo o que dizer diante disto, nem tem noção nenhuma do que está a acontecer?, «se calhar» se o presidente dos States fosse agora o Bush, a imprensa tuga andava para aí pelo menos mês e meio a gritar aqui d'el rei que o Bush é mesmo naziiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! - tenho de traduzir do Inglês:
http://www.huffingtonpost.ca/2014/11/26/canada-united-nations-nazism-resolution_n_6228152.html
 - a Ucrânia rejeita a resolução porque esta não condena o Estalinismo com a mesma intensidade com que condena o Nacional-Socialismo;
 - o Canadá argumenta que a resolução procura «limitar a liberdade de expressão, reunião e opinião»; indica também a origem desta declaração no texto anti-semita da Conferência Mundial Contra o Racismo em Durban, no ano de 2001, e também na Conferência Mundial Contra o Racismo em 2009 (referida pelo Gladius nessa altura);
 - os EUA justificam a sua actuação devido à motivação obviamente política desta atitude russa e também pela mesma razão do Canadá, a saber, a da salvaguarda da liberdade de expressão, como aqui se pode ler em detalhe: http://usun.state.gov/briefing/statements/234361.htm

Mais uma vez, é graças à América do Norte, que nisto é bem um bastião do verdadeiro Ocidente, que se salvaguarda um bocado da grande jóia da Civilização Ocidental, que é a liberdade de expressão. Valha isso...

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olha so os eua sao odiaveis mas mesmo kuando sao koshers ainda preferem a agora ao menos no palco claro o ke ja e algo perto do resto despotico alem bastidores

10 de dezembro de 2014 às 14:16:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O atual regime russo nao e nacionalista. Ele se limita a no maximo ser patriota, mas de maneira alguma nacionalista. Todo o imperio deve rejeitar a visao nacionalista, pelo simples fato de que um imperio e per si algo de antinacional, pois visa o expansionismo e assimilacionismo dos povos conquistados, bem como seu desaparecimento como povo distinto atraves da miscigenacao racial. Vem da ai a acusacao vazia e que a Ucrania e nazi. Claro que tb e um tentativa do Kremlin de atacar a ucrania, de que ha muito mais nazis na Russia do que na Ucrania, que os partidos nacionalistas acusados de serem nazis sequer conseguiram o minimo para entrarem no parlamento, fazer propaganda internacional contra a Ucrania e etc...

10 de dezembro de 2014 às 20:21:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Patria = terra dos pais/homeland ancestral..ate o signo vocabular corromperam

12 de dezembro de 2014 às 21:55:00 WET  

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