segunda-feira, fevereiro 04, 2013

INDIVIDUO (FINALMENTE) PRESO APÓS SÉRIE DE ASSALTOS VIOLENTOS DOS QUAIS FICOU IMPUNE

Um homem de 36 anos, que nos últimos meses foi detido por quatro roubos violentos na zona do Intendente, Lisboa, mas saiu sempre em liberdade, voltou a ser preso anteontem pela PSP, na rua do Benformoso, após outro assalto. Desta vez, o ladrão, a quem o tribunal tinha determinado a proibição de frequentar o Intendente como medida de coação, ficou em preventiva.
Segundo fonte da PSP de Lisboa, o homem, em conjunto com outro suspeito, de 38 anos, assaltou com violência física duas pessoas na rua do Benformoso, pelas 6h00 de anteontem. Roubaram 2,10 euros, um maço de tabaco e um telemóvel, mas foram apanhados minutos depois. Ainda tinham os bens roubados e um cheque no valor de 110 euros, que havia sido furtado anteriormente. O segundo suspeito era procurado para cumprir uma pena de cadeia de três anos e seis meses.
 
Na zona abundam africanos; na foto da página do jornal acima lincado, o sujeito que está no chão, apanhado pela polícia, parece ter carapinha e uma orelha negra... e mais nada é revelado, pelo que se fica assim, sem nada mais se saber sobre o caso...

2 Comments:

Anonymous Salustius said...

Segundo Aristóteles, porquanto o bem do Estado e o bem do indivíduo sejam da mesma natureza (por consistirem ambos na virtude), o bem do Estado é mais importante e mais prefeito, mais divino. O motivo deve ser procurado na própria natureza humana, que demonstra claramente que o homem é incapaz de viver isolado, e para ser ele mesmo, necessita de estabelecer relações com os seus semelhantes em todo o desenrolar da sua existência.
Primeiramente, a natureza distinguiu o ser humano em machos e fêmeas, que se unem para formar a primeira comunidade, ou seja, a família, que visa à procriação e à satisfação das necessidades elementares (para o Filósofo, na família entra também o escravo, considerado tal também por natureza).
No entanto, a família não se basta a si mesma, e assim surge a aldeia (ou vila), comunidade mais alargada, com o objectivo de garantir, de forma sistemática, a satisfação das necessidades vitais.
Mas se as famílias e as aldeias são suficientes para satisfazer as necessidades da vida em geral, não o são ainda para assegurar as condições da “vida perfeita”, ou seja da vida moral. Esta forma de vida, que se pode com propriedade chamar de espiritual, só pode ser garantida pelas leis, pelas magistraturas e pela complexa organização de um Estado.
(Cont.)

4 de fevereiro de 2013 às 14:57:00 WET  
Anonymous Salustius said...


...É no Estado que o indivíduo, por efeito das leis e instituições, sai do seu egoísmo, e a viver de acordo com o que é subjectivamente bom, da mesma forma com o que é objectivamente bom. Assim, o Estado, que é último cronologicamente, vem primeiro ontologicamente, porque se configura como o todo do qual a família e a aldeia são partes, e do ponto de vista ontológico, o todo precede as partes, porque o todo, e só ele, dá sentido às partes. Portanto, o Estado dá sentido às outras comunidades e apenas ele é autárquico.
Se calhar esta é a mais radical apologia do Estado da antiguidade, feita contra as tentativas de algumas escolas da sofística para reduzir a pólis a mero fruto de convenções artificiais, bem como as negações extremistas dos cínicos.
Claro que Aristóteles, ao reivindicar o carácter natural do Estado, foi muito para lá do que poderia, mas há que ter presente o peso que, neste caso, tiveram as condicionantes sócio-políticas e culturais da Hélade da sua época: os Gregos, como notaram alguns investigadores, à falta de uma Igreja ou de algo semelhante, foram fatalmente levados a reconhecer uma única forma de sociedade que contivesse fins espirituais e biológicos, identificando-a com o Estado, ou a pólis.
Certamente que Aristóteles deveria ter identificado o homem como “animal social” em vez de “animal político”. Mas é também verdade que, para fazê-lo, deveria poder distinguir sociedade de Estado. Contudo, ainda estava de tal maneira longe dessa distinção que não foi sequer capaz de compreender que pudessem existir outras formas de Estado para além da cidade, ou a pólis helénica, tão imbuído estava na mentalidade grega o modo de conceber o Estado e a coisa pública.
A expressão “zoon politikon”, ou “animal político” é usada por Aristóteles para descrever a natureza do homem – animal racional falante e pensante (zoon logikon) – interagindo na pólis. Este é um dos mais discutidos conceitos estudados em filosofia política bem como um dos argumentos essenciais para a organização da sociedade.
Para Aristóteles, o homem é animal político na medida em que se realiza no âmbito da pólis. Segundo ele, a cidade ou sociedade política é o maior bem, e por isso os homens associam-se em células, da família à vila, resultando daí a cidade e o Estado.
Ser complexo, o homem é o único ser capaz de agir guiado por uma moral, de forma que os seus actos e juízos resultam quer em vício, quer em virtude. O que define essa moral?
Como resposta, recupere-se um pensamento referente ao modelo republicano: a sociedade precede o indivíduo. Ou seja, o todo vem antes da parte. Para Aristóteles, um homem incapaz de viver em sociedade ou alheio ao Estado é “bruto ou divindade”.
Em algumas edições da “Política”, é assim traduzida a frase: “O todo deve, necessariamente, ser posto antes da parte”. Tal seria próprio de uma vocação gregária comum a várias espécies.
Para finalizar, e ainda segundo o Estagirita, a especificidade do homem está no facto de ele não se unir aos demais apenas para a satisfação dos seus desejos imediatos (alimentação, protecção, etc.) satisfeitos no âmbito familiar ou da aldeia. O homem tende a ir mais longe, dar largas às suas capacidades, e aqui entra a importância da pólis...

4 de fevereiro de 2013 às 14:58:00 WET  

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