domingo, março 27, 2005

EQUINÓCIO DE PRIMAVERA

A Páscoa tem antigas raízes pagãs.
Nas religiões europeias do norte e do sul, tratava-se da celebração da Deusa da Fertilidade. Esta Deidade primordial era representada em símbolos como a amêndoa, o coelho, o ovo e a lebre, nas culturas orientais tais como a egípcia e a persa.

Cada povo, tinha a sua própria Deusa da Fertilidade relacionada com a Primavera, época do renascimento da vida na terra: Vénus em Roma, Afrodite na Grécia e especialmente em Chipre, Ostara(daí o nome que os Ingleses dão à Páscoa, que é Easter) entre os Germanos, Demeter em Micenas (Grécia) e, fora da Europa, Astarte para os Fenícios, Ishtar na Assíria, Hathor no Egipto, Kali na Índia.

Mas o que parece mais interessante destacar é o paralelismo entre o culto de Cíbele e o de JC.
Assim, em Roma, existia, no Monte Vaticano (nomeado em honra de Vaticano, Deus que ajuda a criança a emitir os primeiros sons) um templo de Cíbele, grande Deusa frígia (Ásia Menor) da Fertilidade. Esta Deusa tinha um amante mais novo, Átis, espécie de semi-deus da renovação da vegetação: um Deus que sofre, morre e renasce pelo bem-estar do Cosmos. Por isso, os cristãos e os pagãos de Cíbele discutiam frequentemente sobre qual dos moribundos-e-renascidos era o original e verdadeiro, se Jesus, se Átis. Como o culto de Átis, Cíbele e outras Divindades deste tipo eram inegavelmente anteriores ao de JC, os cristãos, para justificarem a sua afirmação que só a sua própria doutrina era verdadeira e divina, diziam que o Diabo, pressentindo a vinda do Salvador, inventara uma série de mitos semelhantes aos de Jesus para confundir os mortais...

Mais ou menos nesta altura, os Gregos celebravam Afrodite e Adónis: este último, era um jovem de beleza rara amado pela Deusa do Amor que um dia foi morto por um javali e chorado pela Divindade. Também na mesma data, realizavam rituais, as Bacanália, em honra de Diónisos, outro Deus que morre e renasce. Por esta época, prestavam especial culto a Deméter (Ceres em Roma), Deusa das Colheitas conhecida como Mater Dolorosa porque muito chorou a morte da Sua Filha, Perséfone (Prosérpina em Roma).

Clique neste sítio se quer ler mais.

2 Comments:

Blogger Rodrigo N.P. said...

HEHE,és tramado Caturo, achas então que a ideia de Cristo ressuscitado é tirada de um anterior mito pagão?

28 de março de 2005 às 21:25:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Que já existiam mitos muito parecidos, é um facto histórico... ;)
Isso não quer dizer que seja falso (nem que seja verdadeiro). O facto de por exemplo o mito de Átis ser semelhante ao de Adónis, não significa que um deles seja falso. Mas, tanto quanto sei, os pagãos desses tempos não consideravam os seus próprios Deuses mais verdadeiros do que os Deuses dos outros pagãos. Só os cristãos, herdando isso dos Judeus, é que vieram proclamar que todos os Deuses das outras religiões eram, ou falsos, ou demónios maléficos. Ora, se os seus próprios mitos cristãos (isto é, narrações sobrenaturais cristãs) são semelhantes a alguns dos anteriores mitos pagãos, com que legitimidade é que determinavam o que era ou deixava de ser falso?

29 de março de 2005 às 07:44:00 WEST  

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