A Directoria de Segurança e Inteligência do Estado (DSN), principal órgão de inteligência nacional da Áustria, foi atingida por um escândalo depois de um funcionário ser acusado de ter passado informações secretas a um grupo terrorista islâmico proscrito, a Irmandade Muçulmana.
A organização é oficialmente designada como anti-constitucional na Áustria, e o próprio DSN tem a tarefa de a identificar, monitorizar e combater.
O homem, que foi temporariamente designado para a agência, teria mantido contacto com membros da Irmandade Muçulmana enquanto trabalhava em departamento responsável por contra-espionagem e avaliação de ameaças extremistas, informou o Exxpress. Após semanas de vigilância, investigadores confrontaram-no após uma reunião com representantes da Irmandade. Ele foi imediatamente suspenso e agora enfrenta processo por actividades de inteligência prejudiciais à República da Áustria.
Autoridades do DSN tentaram tranquilizar o público, alegando que "os mecanismos de controle interno estão a funcionar e foram eficazes neste caso", mas o departamento foi criticado, pois críticos argumentam que a capacidade da agência de descobrir um informante somente depois de material confidencial já ter sido vazado demonstra exactamente o oposto de controle.
Em comunicado à imprensa divulgado na Mércores, o Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) acusou o Ministro do Interior, Gerhard Karner, do partido governista ÖVP, de negligência grave. "O facto de um radical islâmico conseguir desviar informações secretas do cerne do nosso serviço de inteligência é o ápice de uma série de fracassos catastróficos sob o comando do Ministro do Interior, Gerhard Karner", disse o porta-voz de segurança do FPÖ, Gernot Darmann, que pediu a renúncia do ministro. Ele descreveu a situação como “o cúmulo do cinismo e da incompetência”, acrescentando que “o ÖVP, que tenta constantemente difamar o FPÖ como um 'risco à segurança', está-se a revelar como a maior ameaça à segurança da nossa pátria”.
Darmann argumentou que o incidente lança uma nova luz sobre a iminente renúncia do director do DSN, Omar Haijawi-Pirchner, questionando se a sua saída "por motivos pessoais" seria, de facto, uma tentativa de escapar à responsabilidade. "Será que ele sabia desta e de outras bombas-relógio em sua própria casa?", questionou Darmann.
O FPÖ também rejeitou a tentativa do DSN de rotular o caso como um "incidente isolado", argumentando que ele "destrói a confiança nas instituições estatais". Darmann disse: "Não se pode falar em mecanismos de controle funcionais quando um extremista pode obviamente desviar dados confidenciais sem ser notado por um longo período".
Acusou ainda Karner de ter como alvo "cidadãos cumpridores da lei em vez de islâmicos", citando as propostas do ministro para ferramentas de vigilância digital e leis de armas mais rígidas, ao mesmo tempo em que afirmava que as redes islâmicas "aparentemente podem fazer o que quiserem dentro dos serviços de segurança do Estado".
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Fonte: https://rmx.news/article/austrian-government-left-red-faced-after-islamist-spy-scandal-within-state-intelligence-agency/
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Omar Haijawi-Pirchner é filho de pai árabe, mais concretamente jordano, e de mãe austríaca. Não significa isto que todo o filho de muslo em solo europeu seja traidor à Europa, mas só por parvoíce pode esta notícia ser vista como surpreendente.
Actualização - Haijawi-Pirchner demitiu-se ontem do seu cargo de director da agência de segurança do Estado, como aqui se pode ler, https://militaeraktuell.at/en/omar-haijawi-pirchner-resigns-as-director-of-the-state-security-and-intelligence-directorate/, artigo que, curiosamente, não diz uma palavra sobre esta escandaleira islamista, pelo que o leitor menos informado pode até ficar que a pensar que o motivo da demissão do híbrido árabo-germânico se deveu a alguma caganifância pessoal e pronto...
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