quarta-feira, janeiro 15, 2025

QUEM QUER DITADURA?

A ditadura é nada menos que repugnante. Não se justifica, na esmagadora maioria dos casos.
A forma de poder adequada aos Europeus é a Democracia, que é, note-se, uma invenção autenticamente europeia. Já o politólogo de Esquerda Norberto Bobbio fazia notar que, de todos os produtos ideológicos exportados pela civilização europeia, a Democracia foi o que teve menos sucesso fora da Europa e mais sucesso dentro da Europa...
Aliás, não é por acaso que o que está escrito abaixo se encontra redigido numa variação não europeia do Português.
URGE, todavia, entender que exprime um sentir pelo menos ligeiramente sedutor para a maioria da população das classes baixas, incluindo as da Europa, não por as classes baixas europeias serem receptivas a regimes não democráticos, que de facto não são, pelo que os partidos de Ultra-Direita não democráticos têm quase sempre votações muito limitadas em solo europeu, em notório contraste com os partidos de Ultra-Direita democráticos, que estes sim, alcançam sucesso a olhos vistos - o partido de Meloni, bem como a RN, os SD, o FPO, o PVV, a AfD, o SPD/UDC, são disto bons exemplos - mas, saliente-se, as pessoas estão cada vez mais desesperadas diante do aumento da criminalidade violenta em solo europeu. Chega-se ao ponto de haver por exemplo na Alemanha gente que sempre votou na Esquerda e que agora vota na Ultra-Direita (AfD), mesmo não gostando deste partido, mas vota nele porque já teme verdadeiramente o resultado, já à vista, de certas políticas de imigração...
De resto, o que é, na prática, a Liberdade, em termos diários e rotineiros? Houve em tempos quem tivesse dito que «quem dá prioridade à Segurança sobre a Liberdade, não merece nem uma coisa nem outra.» Ora a verdade é bem ao contrário. A verdade é que sem Segurança não há Liberdade. Quem vive no conforto do «high-life», ou «ái-láife», vive em bairros privilegiados e em condomínios fechados, põe os filhinhos em escolas privadas e só frequenta sítios bem policiados, ou por outro lado tem algum entendimento suspeito com o submundo do crime, pois pessoal desse não percebe o valor de poder andar na rua sem ser vítima de assalto ou agressão, depois ainda pode ter o descaramento de dizer que a insegurança é mentira porque o «povinho» é que anda com más impressões... A propósito, até pode acontecer que, se num futuro possível, essa gentinha correr tanto risco de levar nas ventas ao andar na rua como a população das classes baixas portuguesas, aí talvez perceba o valor da tranquilidade...

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