CADA CIVILIZAÇÃO ACLAMA OS SEUS HERÓIS...

É de registar, bem registado, que o terrorista líbio Abdelbaset Ali al-Megrahi, condenado e preso pelo atentado bombista de Lockerbie e recentemente libertado ao abrigo de um acordo entre os governos escocês e líbio, foi recebido como um herói,

onde, nalgum quartel-general da Alcaida?, não,

então, no seio de algum grupo de jovens palestinianos coitadinhos e mui vitimados pelos Judeus e por isso revoltados e violentos?, também não,

então?

por dezenas de parlamentares da União Africana.

Ou seja, não por alguma minoria desfavorecida, pobrezinha, perseguida, mas por líderes de primeira ordem.

Ali al-Megrahi já tinha sido ovacionado depois de sair da prisão britânica, quando chegou à Líbia - nesta sua primeira aparição pública, o terrorista foi efusivamente recebido pela população líbia.

Agora, numa segunda aparição pública, quem o saudou foram os representantes políticos africanos em peso. Cerca de quarenta parlamentares aplaudiram-no entusiasticamente. O porta-voz do parlamento da União Africana, Idriss Ndele Mousa, chadiano, declarou que ele e os seus colegas queriam «expressar solidariedade».

Solidariedade para com um assassino de europeus em massa, portanto.

Mais declarou, o referido porta-voz, que «ele [o terrorista] é a vítima da injustiça internacional e de uma política de padrões duplos. Congratulo-o pelo seu retorno a casa e acheio-o muito corajoso apesar do seu estado de saúde.»

O parlamento da União Africana compõe-se de representantes de quarenta e oito nações, de entre as cinquenta e três que fazem parte da União Africana. Este corpo legislativo africano foi convidado a ir à Líbia por Muamar Cadáfi para assinalar o décimo aniversário da sua criação.