sábado, outubro 05, 2024

DIA DA SOBERANIA, DIA DA REPÚBLICA





Cinco de Outubro de 1143: a coroa de Castela e Leão reconhece a independência de Portugal.
Cinco de Outubro de 1910: Portugal torna-se numa república.
Ou seja, primeiro livrámo-nos de um rei estrangeiro, mais tarde livrámo-nos de todos os reis, boa evolução... evolução no sentido da Liberdade: primeiro, a liberdade nacional face ao estrangeiro; depois, a liberdade do povo face a quem não pode ser escolhido democraticamente...

Quanto à implantação da República, é preciso dizer que, independentemente de se ter tratado ou não de uma iniciativa maçónica, e de a época ter sido subsequentemente marcada por violência e instabilidade, o feito não deixa a meu ver de se revelar meritório. A República é, por princípio, uma instituição mais democrática do que a Monarquia, o que está longe de significar, obviamente, que toda a república seja democrática ou que toda a monarquia seja anti-democrática. É verdade, admita-se, que o país europeu com mais tradição democrática na Idade Contemporânea, o da velha Albion, é monárquico; enquanto isso, os dois expoentes máximos do totalitarismo no século XX foram as repúblicas comunistas soviéticas e chinesa. Tais factos históricos não ofuscam contudo a essência da diferença entre República e Monarquia - é incontornável que um dos regimes permite a escolha e, mais importante do que isso, a remoção dos líderes, ao passo que no outro tal substituição é notoriamente mais difícil. Acresce que, entretanto, afigura-se muito mais democraticamente edificante ser cidadão do que ser súbdito...

Por mais que as tradições de governo indo-europeias sejam todas originariamente monárquicas, não me sai da cabeça que a República é um modo de governo tipicamente indo-europeu. Surgiu entre Povos indo-europeus: formalmente na Grécia e na Roma antiga; em esboço, no seio de certas tribos gaulesas e celtibéricas... 
Atente-se por exemplo na propaganda de guerra helénica contra os Persas (que frequentemente diz mais sobre a própria mentalidade de quem a faz do que sobre o seu inimigo propriamente dito) aquando das Guerras Médicas: os Gregos comparavam-se com os Persas para destacarem a sua própria liberdade, que alegadamente os distinguiria dos Asiáticos, orgulhando-se os Helenos de obedecerem, não a um homem, como o «rei dos reis» persa, mas unicamente à Lei... 
É oportuno lembrar, a propósito, que já foi observada a diferença, na Ibéria pré-romana, entre, por um lado, os reis e príncipes tendencialmente divinizados do sul e oriente, de influência marcadamente mediterrânica, e, por outro, as assembleias e líderes eleitos das áreas centro, norte e ocidente da Ibéria, ou seja, da grande zona indo-europeia da Península Hispânica, sendo esta característica tendencialmente «republicana», passe o anacronismo, particularmente visível entre os Lusitanos - todos os seus líderes cujos nomes são actualmente conhecidos, nomeadamente Púnico, Caucainos, Caisaros, Viriato, Tautalos, foram escolhidos pelo seu mérito, não consta que tivessem qualquer estatuto de carácter real.

De resto, um bom nacionalista, isto é, um racialista-etnicista, sabe bem o perigo que as famílias reais europeias andam a representar para a Europa... compostas de gente completamente educada na Igreja e no consenso politicamente correcto das elites, facilmente se moldam pela mentalidade da abertura ao alógeno, como se constata no apreço que o eventual herdeiro da coroa real portuguesa tem por África e especialmente por Timor, pela militante receptividade à imigração e à ligação africana da parte de outro que diz ser seu rival e verdadeiro herdeiro do trono, e também de um príncipe do Mónaco que já tem um filho mulato e ainda do herdeiro da coroa britânica, sempre tão simpatizante do Islão... e do recente apoio declarado do rei de Espanha à imigração... Imagine-se o que era esta gente ter mais influência na Europa do que tem actualmente, a relativa facilidade, por exemplo, de algum mestiço vir a ser monarca português ou monegasco, o modo como isso poderia ser utilizado para abater de vez toda a resistência «racista» do pobre cidadão ingénuo e psicologicamente indefeso diante dos mestres e propagandistas da retórica anti-racista... rapidamente se ouviria aos quatro ventos a conversa totalitária do «todo-o-nacional-que-se-preze-tem-que-ser-anti-racista!» a ser duplicada, multiplicada e elevada ao cubo...

Outra vantagem da República é que os Portugueses até ficaram brilhantemente bem servidos com o Hino «da República», A Portuguesa, cuja letra é simplesmente uma das mais belas coisas que o País tem...
 «A Portuguesa» cantada por Isabel Silvestre e tocada com gaita de foles https://www.youtube.com/watch?v=CflKSgVMAew

«A Portuguesa» cantada pelo povo
https://www.youtube.com/watch?v=5fLF9m4t7bc

A Portuguesa cantada na íntegra (três 3 partes)
https://www.youtube.com/watch?v=bpb5zF185Sc

O carácter mais positivo do que negativo da queda da Monarquia não deve de qualquer modo permitir que se continue a esquecer outra efeméride que na mesma data se assinala, ou deveria assinalar - a da fundação oficial da independência portuguesa: 5 de Outubro de 1143, assinatura do Tratado de Zamora, em que Castela e Leão reconheceu o estatuto de reino a Portugal. 
A celebração deste evento por parte do pessoal monárquico em Coimbra constitui obviamente uma espécie de provocação e bofetada sem mão dada à República, mas o total esquecimento, por parte da República, do feito de 1143, nunca foi bom sinal da sua boa vontade para com a herança histórica da Pátria. 
De ambos os «lados» há quem tenha por certo que as duas celebrações se contradizem, o que só pode entender-se numa lógica de mesquinho, e sobejamente cretino, espírito de partidarismo, ou aliás, pior ainda, de clubice daquela mais primária e mentecapta. 
A oposição que alguns querem fazer crer que existe entre as duas efemérides dá sempre a impressão de que há demasiados caganifrates da bola a contaminar questões pátrias com o seu padrão mental rasteiramente futeboleiro, de quem dá por adquirido que não se pode elogiar o estádio ou o presidente ou uma boa jogada da equipa adversária porque do «outro lado» é tudo para abater. 
Essa primarice poderá ter o seu lugar numa tarde de sábado diante do televisor, ou no estádio, ou, num outro extremo, nalgum campo de batalha real em que seja mesmo preciso matar ou morrer, mas torna-se soberanamente idiota quando aplicada ao debate histórico, político e ideológico.  
A vitória política de 1143 não foi uma vitória «da monarquia», mas sim da soberania de um Povo, e obviamente que tal vitória teria de se revestir de uma forma monárquica, pois se nessa altura todos os poderes políticos soberanos eram monárquicos, seguramente que não iria passar por baixo do elmo de D. Afonso Henriques a ideia de subitamente se declarar presidente ou primeiro-ministro... do mesmo modo, a vitória política contra a monarquia em 1910 não foi a vitória sobre todo o passado português, muito menos a sua rejeição, mas tão somente a alteração interna, entre concidadãos, da forma de governação. 
Já é mais que tempo de se entender que tanto o feito de 1143 como o de 1910 serviram para dignificar a liberdade desta estirpe da faixa ocidental ibérica, como se estivesse no destino da gente lusa não se submeter nem a forças externas nem a donos internos, tendência que Júlio César, agastado pela crónica resistência lusitana, condensou em famosa frase: Há, na parte mais ocidental da Ibéria, um Povo muito estranho que não se governa nem se deixa governar»... E, fosse neste contexto ou em qualquer outro, não devem esquecer-se as palavras atribuídas a Viriato: «A Pátria está na liberdade.»

Não deixa entretanto de constituir coincidência valiosa que o dia de hoje fosse, na Antiguidade Romana, religiosamente consagrado ao «Mundus Patet», ou Abertura do Poço do Mundo dos Mortos, para que estes, os Ancestrais, voltassem temporariamente ao contacto com os vivos, que faz vir à memória a passagem do Hino Nacional que fala em escutar a voz dos Egrégios Avós...

sexta-feira, outubro 04, 2024

ELÊUSIS, UM DOS GRANDES SANTUÁRIOS DA EUROPA AUTÊNTICA


É sempre pertinente recordar um dos grandes momentos da Religião Nacional dos fundadores da civilização ocidental - vale por isso a pena lembrar que, mais ou menos nesta época, final do Verão, realizavam-se em Elêusis os chamados Grandes Mistérios de Elêusis, consagrados a Deméter e Sua filha Perséfone (equivalentes às romanas Ceres e Prosérpina, respectivamente).

Plutarco, historiador, biógrafo e ensaísta grego dos séculos I e II d.c. (46 - 127), parece ter sido um dos iniciados nesses ritos secretos e sobre os mesmos escreveu o seguinte sobre o que nestas cerimónias secretas sucedia:
"Quando um homem morre, é como aqueles que estão a ser iniciados nos mistérios... A nossa vida inteira é nada mais do que uma sucessão de errâncias e percursos dolorosos... mas assim que partimos, locais de pureza recebem-nos, com canções e dança e solenidades de palavras santas e visões sagradas

O santuário de Elêusis foi entretanto destruído pelos cristãos, como se relatou aqui aqui.


Mas a sacralidade que lhe é inerente não morreu, como não poderia morrer, enquanto o respectivo Povo continuar a existir. Surgiu assim na região um culto a uma «Santa Demetra»; e, já na época contemporânea, registou-se precisamente em Elêusis um episódio bizarro que, segundo o grande historiador de religiões Mircea Eliade (em «História das Ideias e das Crenças Religiosas», Volume II), foi amplamente noticiado e discutido pela imprensa ateniense em Fevereiro de 1940:

«Numa das paragens do autocarro Atenas-Corinto, subiu uma velha magra e ressequida, mas com grandes olhos bem vivos. Como não tivesse dinheiro para pagar a passagem, o fiscal fê-la descer na estação seguinte; era precisamente a estação de Elêusis. Mas o motorista não conseguiu arrancar com o autocarro; finalmente, os passageiros decidiram quotizar-se para pagar o bilhete da velha. Ela tornou a subir para o veículo que, dessa vez, partiu. Disse-lhes então a velha: "Vocês deveriam ter feito isso mais cedo, mas não passam de egoístas; e, como estou entre vocês, vou dizer-vos mais uma coisa: vocês serão castigados pela maneira como vivem, não terão mais plantas e até a água vos faltará!" Ainda não tinha concluído as suas ameaças e desapareceu. Ninguém a tinha visto descer. Olhares eram trocados, olhava-se de novo as passagens para ter a certeza de que realmente um ticket fora destacado.

Citemos, para concluir, a prudente observação de Charles Picard: "Creio que os helenistas, em geral, não resistirão a evocar, diante do episódio, certas lembranças do célebre Hino Homérico em que a mãe de Coré, disfarçada de velha na morada de Celeu, o rei de Elêusis, também profetizava e - numa crise de cólera, censurando aos homens a sua impiedade - anunciava que terríveis catástrofes se abateriam sobre toda a região.
»


Entretanto, no dia 4 de Outubro tinha lugar em Roma o Ieiunium Cereris, ou Jejum em honra de Ceres, equivalente romana da helénica Deméter, prática romana possivelmente de origem oriental, visto que só surgiu na cidade latina durante o século II a.c..

DIA MUNDIAL DO ANIMAL

 

Calha o Dia Mundial dos Animais no dia em que na antiga Roma, berço directo do Ocidente, se realizava o Ieiunium Cereris, ou jejum em honra de Ceres...


Uma ideia tipicamente ocidental, a da protecção dos seres vulneráveis, tanto mais protegidos quanto mais vulneráveis forem.

quarta-feira, outubro 02, 2024

CHILE APROVA LEI PARA PROIBIR QUE SE COMAM ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO, VISANDO INCLUSIVAMENTE OS IMIGRANTES HAITIANOS, SEGUNDO O AUTOR DO PROJECTO DE LEI...

Os média esquerdistas têm falado muito sobre Trump e Vance “difamando” os haitianos com comentários sobre eles comerem animais de estimação.
Analisando o quão incrivelmente sinistros são os poderosos esquerdistas e o quão crédulo o público pode ser, algumas generalizações podem ser feitas.

  • Líderes esquerdistas, com seus cãezinhos de colo dos média a tiracolo, sabem pouco ou nada sobre culturas minoritárias; nem se importam com elas. Dependem de grupos de interesses especiais activistas dentro dessas culturas para "educá-los". Ambos os grupos manipulam um ao outro como amigos de conveniência, mas nenhum deles realmente se preocupa com os mais desfavorecidos entre os grupos que eles supostamente defendem. Esses líderes são todos manipuladores de políticas de identidade e predadores dos mais fracos. Governos «wokes» exercem e usam causas sociais para seu próprio auto-engrandecimento, enquanto fazem acusações de racismo para difamar os seus oponentes.
  • Os correctores de poder esquerdistas geralmente realizam uma de duas coisas ou ambas: i) estereotipar e insultar minorias (por exemplo, dizendo que as leis de identidade de eleitor prejudicam as minorias, como se as minorias fossem colectivamente estúpidas e condenadas a essa existência, e rebaixando os padrões universitários para minorias); ii) prejudicar os seus próprios países ao fingir que todas as culturas são iguais e, então, implementar políticas que promovam essa suposição, incluindo a imigração de portas abertas.
  • Os esquerdistas assumem presunçosamente que minorias trabalhadoras devem concordar com eles, e intencionalmente excluem aquelas minorias que não concordam. Por exemplo, há uma boa razão pela qual o apoio à administração Biden-Harris entre os hispânicos está a diminuir , devido às suas políticas de fronteiras abertas, mas os esquerdistas são muito egocêntricos e cretinos para descobrir a razão óbvia do porquê.

Isto leva-nos aos ataques incessantes a Trump e JD Vance por causa de comentários feitos sobre imigrantes haitianos comendo animais de estimação em Springfield, Ohio.
Obviamente, Vance não quis dizer que todo o haitiano come animais de estimação. Mas é suficiente para justificar a menção de que nem todas as culturas são iguais.


https://www.youtube.com/watch?v=EQ_q7DFeucY&t=3s

Os média esquerdistas estão-se a tornar mais desesperados em cobrir as consequências da política de fronteiras abertas dos democratas. Como podem eles esperar que qualquer eleitor seja tão desinformado a ponto de confundir imigração responsável com imigração aberta e sem controle?
Sempre se pode contar com a Esquerda a trabalhar em conluio com elementos de interesses especiais entre grupos minoritários, que podem ter segundas intenções, ou que estão a querer ganhar reconhecimento, financiamento e coisas do tipo. Veja a chamada organização de advocacia haitiana conhecida como Haitian Bridge Alliance, que entrou com acusações criminais privadas contra Trump e Vance que alegam: "Vance e Trump interromperam o serviço público, fizeram alarmes falsos, cometeram assédio nas telecomunicações, cometeram ameaças agravantes e violaram o estatuto de cumplicidade". Não é de surpreender que a Haitian Bridge Alliance seja apoiada e financiada por George Soros.
Agora vem um relatório que destaca exactamente o que Vance e Trump têm denunciado, enquanto os líderes do campo esquerdista estão ocupados “a lutar” mais uma vez pelas comunidades minoritárias: “Chile avança na proibição do abate e consumo de animais de estimação”, por Joana Campos, Gateway Pundit-Gateway Hispanic, 28 de Setembro de 2024:
O Congresso chileno deu um passo decisivo na protecção dos direitos dos animais domésticos ao aprovar recentemente um projecto de lei que classifica o abate, a distribuição e a comercialização de carne de animais de estimação e de companhia como crime.
O deputado chileno José Carlos Meza, autor do projecto de lei que penaliza o abate de animais de estimação, falou sobre isso:
No Chile, está documentado que comunidades estrangeiras, particularmente haitianas, consomem carne de animais domésticos e de estimação, como gatos. Há muitos relatos, alguns até mesmo mostrando a venda dessa carne nas ruas (sem declarar claramente que é carne de cão ou gato). É por isso que buscamos criminalizar, com penalidades relativamente altas, o abate, o consumo e a distribuição de carne de animais domésticos, de estimação e de companhia…
Os Americanos deveriam estar em pânico porque o seu governo emitiu o que equivale a um convite aberto a todos os criminosos, comunistas, jihadistas, gangsters e tarados do mundo todo. Dito isto, haverá alguns facilitadores comunistas deliberadamente cegos que repetirão como papagaios a resposta reaccionária de que tal declaração é "racista". Como bem dito sobre a política americana:
A comunidade hispânica nos EUA tem sido manipulada pelos média ultraliberais que só buscam vitimizá-la e usá-la como marionete e porta-voz da Esquerda mais extremista e anti-democrática da história.
Tudo para que fim? O avanço do marxismo por membros ricos de um governo socialista-elitista que odeia e oprime o seu povo. Para esse fim, as elites esquerdistas continuarão a sugar os contribuintes e a praticar o engano. Trabalham para dividir e conquistar e explorar completamente a propaganda, bem como usar intimidação, incitar à violência e sufocar a verdade e as liberdades.
*
Fontes:
https://jihadwatch.org/2024/10/chile-government-approves-bill-to-outlaw-eating-domestic-pets-citing-foreign-communities-particularly-haitians
https://gatewayhispanic.com/2024/09/chile-advances-in-banning-the-slaughter-and-consumption-of-pets/

* * *

E esta, hein?, como diria Fernando Pessa... afinal o Chile também já está a ficar trumpista, ou foi o Trump que pagou a haitianos para comerem animais de estimação no Chile, ou então as elites me(r)diáticas não sabem, e, sobretudo, não querem saber, tampouco querem que se saiba, o que realmente se passa com esta minoria terceiro-mundista que alegremente enfiam fronteiras adentro... e que, afinal, o «monstro do cabelo laranja» tem mais uma vez razão...


ISRAEL CONSIDERA SECRETÁRIO-GERAL DA ONU COMO «PERSONA NON GRATA»

O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros anunciou que o secretário-geral da ONU é considerado "persona non grata" e não pode entrar em Israel. Katz afirma que Guterres vai ser lembrado “como uma mancha na história da ONU”.
Israel Katz escreve, nas redes sociais, que “qualquer pessoa que não consiga condenar inequivocamente o hediondo ataque do Irão a Israel, como fizeram quase todos os países do mundo, não merece pisar em solo israelita.”
Na mensagem que publicou na rede social X, o ministro israelita sublinha que “este é um secretário-geral que ainda não denunciou o massacre e as atrocidades sexuais cometidas pelos assassinos do Hamas em 7 de Outubro, nem liderou quaisquer esforços para declará-los uma organização terrorista”.
Katz acusa Guterres de apoiar “terroristas, violadores e assassinos do Hamas, do Hezbollah, dos Houthis e agora do Irão – a nave-mãe do terror global”. 
"Será lembrado como uma mancha na história da ONU."
“Com ou sem António Guterres”, Israel vai continuar “a defender os seus cidadãos e a defender a sua dignidade nacional”.
Há cerca de um ano, depois do ataque terrorista do Hamas, a 07 de Outubro de 2023, o secretário-geral da ONU afirmou: “condenei inequivocamente os horríveis e sem precedentes actos de terror de 7 de Outubro perpetrados pelo Hamas em Israel.”
Na altura, António Guterres defendeu que “nada pode justificar o assassínio, o ferimento e o rapto deliberados de civis – ou o lançamento de foguetes contra alvos civis. Todos os reféns devem ser tratados humanamente e libertados imediatamente e sem condições.” No entanto, no mesmo discurso, Guterres afirmou que “é importante reconhecer também que os ataques do Hamas não aconteceram no vácuo. O Povo Palestino foi submetido a 56 anos de ocupação sufocante”. 
O secretário-geral da ONU lembrou, então que os Palestinianos “viram as suas terras constantemente devoradas por colonatos e atormentadas pela violência; a sua economia foi sufocada; as suas pessoas foram deslocadas e as suas casas demolidas”.“Mas as queixas do Povo Palestiniano não podem justificar os terríveis ataques do Hamas. E esses ataques terríveis não podem justificar a punição colectiva do Povo Palestiniano”, disse Guterres.
Em Setembro, os membros da ONU apoiaram esmagadoramente uma moção não vinculativa que apelava a Israel para acabar com a ocupação de quase seis décadas dos territórios palestinianos da Cisjordânia.
*
Fonte: https://www.rtp.pt/noticias/mundo/persona-non-grata-antonio-guterres-proibido-de-entrar-em-israel_n1604254

* * *

Israel brilha nesta decisão. Já em Outubro do ano passado a verve de Guterres metia nojo, ou mais concretamente as suas contas, as suas continhas, ele bem dizia que «é fazer as contas» mas não as soube fazer no seu comentário desse discurso - não foram «56 anos de ocupação sufocante», foram 77 anos de ataques anti-sionistas tendencialmente genocidas, porque os muçulmanos de toda a área não admitiram nunca que os Judeus pudessem ter o seu território soberano numa área que o Islão tinha conquistado pela força... 
A passividade geral de Guterres diante do Irão e, mais flagrantemente, diante da contínua e quotidiana agressão do Hezbollah - «é a vida...», dirá talvez o socialista... - é uma vergonha e um insulto não apenas a Israel mas ao próprio princípio de Nação diante de um credo totalitário.

BANGLADESH - MUÇULMANOS ATACAM E QUEIMAM CENTENAS DE PROPRIEDADES DE HINDUS E DE BUDISTAS

Não satisfeitos com os 205 ataques contra hindus perpetrados desde 5 de Agosto para marcar o fim do governo da deposta primeira-ministra Sheikh Hasina, alguns muçulmanos de Bangladesh clamam agora pelo sangue de tribais e budistas.
Multidões muçulmanas lançaram ataques direccionados a budistas e hindus tripuris (tribais não muçulmanos) na Joves, 19 de Setembro, em Dighinala e Khagrachhari Sadar na Divisão de Chittagong de Bangladesh. Membros do “Bengali Chhatra Parishad” (Bengali Students Union) começaram a agitação em resposta à morte de um criminoso muçulmano local chamado Mohammed Mamun. Mamum era um ladrão conhecido com 17 casos registados contra ele, e foi apanhado a roubar uma motocicleta no dia anterior. O sindicato estudantil organizou uma procissão no dia 19 para protestar contra a morte de Mamum, e então utilizou esse incidente para atacar os grupos étnicos.
Relatos sugerem que a multidão ateou fogo em mais de 200 casas e empresas pertencentes às comunidades minoritárias. Invadiu um templo budista e realizou ataques incendiários em toda a região, resultando na morte de vários moradores. De acordo com os relatórios iniciais, o número de mortos foi de três, embora moradores de Chittagong tenham atestado que os relatórios oficiais eram enganosos e o número real de mortos foi muito maior. Dezassete outros também sofreram ferimentos graves. Os falecidos foram identificados como Dhananjoy Chakma, de 50 anos, Rubel Tripura, de 25 anos, e Junan Chakma, de 20 anos, todos vindos de comunidades indígenas minoritárias. Embora a carnificina no primeiro dia tenha sido controlada até certo ponto no final da noite, a multidão invadiu novamente na manhã seguinte e continuou com a violência durante todo o dia na Vernes, 20 de Setembro.
Pouco depois, uma mesquita local começou a utilizar os seus altifalantes para espalhar uma falsa alegação sobre os ataques tribais aos bengalis. A alegação levou mais muçulmanos a juntarem-se à multidão enfurecida para cometer destruição em larga escala e destruir tudo o que as pessoas étnicas possuíam.
As áreas afectadas fazem parte do Chittagong Hill Tracts, que abriga comunidades indígenas, incluindo os Chakma, Tripuri, Marma, Chak, Bom, Khumi e Lushei, bem como alguns outros grupos tribais. As pessoas que vivem neste terreno acidentado têm condições desafiadoras e quase nenhuma oportunidade de emprego. A maioria administra pequenas lojas que vendem itens diversos para colocar duas refeições na mesa. Vive em casas pequenas e frágeis. Todas elas foram consumidas pelo fogo. Havia fumaça por todo lado. Falando ao Daily Star, uma vítima chamada Insta Chakma relata: “Como muitos, fugimos daquela área e não tínhamos abrigo na floresta. Fogo e fumaça podiam ser vistos da floresta.”
Os recentes pogroms minoritários realizados em Bangladesh demonstraram que tais massacres irrompem em local remoto e se espalham como fogo por todo o Bangladesh. Então, o que começou em Khagrachari não demorou muito para se espalhar para o distrito adjacente de Rangamati. Houve relatos de mesquitas locais a incitar os seus seguidores a atacar os grupos minoritários no distrito.
No meio de todos esses avanços perturbadores na região, o director do Rights & Risks Analysis Group (RRAG), Suhas Chakma, fez uma acusação chocante contra o exército de Bangladesh. Ele alegou que o “Exército de Bangladesh apoiou a queima das lojas e casas de Chakmas em Dighinala Sadar hoje. Consequentemente, já não há Chakmas na área de Dighinala Sadar.” Acrescentou: “Tal acto de violência ressalta a crescente insegurança enfrentada pelas comunidades indígenas nos CHTs. A questão da falta de segurança para os Chakmas será levantada perante órgãos internacionais, incluindo o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.” A administração local concordou em agir somente após a maior parte dos danos ter sido feita, e impôs um toque de recolher em Rangamati a partir das 13h30 em diante na Vernes.
Os média também estão a trabalhar de mãos dadas com os jihadistas, e tentam pintar todo o massacre como um choque entre os tribais e os bengalis (isto é, como na população de língua bengali, independentemente da identidade religiosa). Mas esta foi apenas mais uma tentativa nefasta dos média de Bangladesh de proteger os muçulmanos do país, e durou pouco: vítimas e testemunhas confirmaram o facto de que apenas muçulmanos participaram no ataque contra os Tripuris e os Chakmas (tribais) que seguem o Budismo ou o Hinduísmo. Novamente, a multidão que incendiou o templo budista também era composta exclusivamente por muçulmanos. O conflito entre muçulmanos e a comunidade tribal está em andamento há décadas. A agressão de grupos muçulmanos em relação aos grupos étnicos tem sido tão feroz quanto a sua intolerância em relação aos Hindus. Tentaram repetidamente converter os Chakmas, Tripuris e outras tribos ao Islamismo. Pessoas desses grupos étnicos vivem em pobreza abjecta e, para capitalizar a sua situação, grupos islâmicos convidam-nos frequentemente a juntarem-se ao rebanho islâmico em troca de ofertas lucrativas; intimidam e ameaçam essas pessoas quando estas recusam a sua oferta.
*
Fonte: https://jihadwatch.org/2024/09/bangladesh-muslims-attack-buddhists-and-tribals-three-people-killed-200-properties-burned-down

* * *

Passa-se isto em território que já foi de maioria hindu, antes da invasão islâmica... ou não fosse o abraamismo universalista inimigo mortal de todo e qualquer credo religioso, especialmente das religiões pagãs ou étnicas...


ISRAEL - ISLAMISTAS REZAM EM MESQUITA E ASSASSINAM SETE PESSOAS NA RUA ATÉ SEREM TRAVADOS

Uma investigação sobre o massacre de Martes em Jaffa, no qual sete pessoas foram assassinadas, descobriu que os terroristas, moradores de Hebron, chegaram a Jaffa por meio de um posto de controle na área de Jerusalém.
A investigação também mostra que os terroristas chegaram à mesquita onde permaneceram por um curto período e rezaram. Depois disso, partiram para executar o ataque assassino.
Os terroristas caminharam em direcção ao comboio. Testemunhos de pessoas feridas mostram que eles realizaram tiroteios e esfaqueamentos.
A investigação aponta para uma grave falha de segurança no comboio leve, já que os dois terroristas escaparam de Hebron com uma arma e uma faca e estavam no comboio.
Na Martes à noite, o Shin Bet e a polícia interrogaram vários fiéis da mesquita onde os dois terroristas rezavam e eles foram libertados após as autoridades recolherem evidências.
Além disso, também foram colectados depoimentos de patrulhas de segurança comunitárias que disseram estar acostumadas a incidentes de tiroteio na área, então, quando ouviram o tiroteio pela primeira vez, pensaram que se tratava de um incidente criminoso.
Depois disso, quando ouviram gritos de "Allah Akbar", perceberam que se tratava de um ataque nacionalista. Os dois fizeram contacto e neutralizaram o terrorista, juntamente com um cidadão que estava a comprar mantimentos no mercado.
A polícia e o Shin Bet ainda estão a investigar se os dois terroristas tinham antecedentes nacionalistas antes do ataque.
*
Fontes:
https://www.israelnationalnews.com/news/397071
https://jihadwatch.org/2024/10/israel-muslims-who-murdered-7-people-while-screaming-allahu-akbar-prayed-in-mosque-before-attack

* * *

«Nacionalistas» em vez de islamistas, pois 'tá claro... como bem observa o Jihad Watch, a sanha «palestiniana» contra Israel é de fundo religioso, muito mais do que nacionalista, se é que há sequer algo de nacionalista nesse ódio. Sucede simplesmente que, de acordo com a doutrina islâmica, um território conquistado pela força pelo Islão deverá ser sempre muçulmano, pelo que o próprio estabelecimento do Estado Judaico numa terra islamizada e, ainda por cima, incluída no legendário muçulmano, foi uma punhalada brutal na sensibilidade islamista...
Salientou-se neste episódio a justiça poética de um dos atacantes ter sido abatido por um israelita, Lev Kreitman, que tinha sobrevivido ao ataque islamista de 7 de Outubro, conforme aqui se lê: 
https://www.jn.pt/2481820015/sobrevivente-do-ataque-de-7-de-outubro-do-hamas-matou-atacante-em-telavive/

ALEMANHA - MUÇULMANOS NAS RUAS A FESTEJAR ATAQUE DA REPÚBLICA DOS AIATOLAS CONTRA ISRAEL...

Israel é atacado com mísseis balísticos e o ataque é comemorado freneticamente em vários lugares de Berlim!
Dezenas de pessoas que odeiam Israel foram às ruas da capital para celebrar o regime iraniano, que, segundo o Jerusalem Post, disparou 181 mísseis.
No distrito de Wedding, em Berlim, as pessoas gritavam "Resistência" e "Allahu Akbar" (Deus é grande). Um homem gritou: "Foguetes disparados contra Israel" – ao que várias pessoas tamborilaram, aplaudiram e, em alguns casos, bateram palmas.
Vários participantes no protesto agitaram lenços palestinianos e bandeiras palestinianas e libanesas, como pode ser visto nos vídeos.
Um porta-voz da polícia de Berlim disse que não podia "confirmar nem negar" os relatos de comemorações.
À noite, uma manifestação pró-palestiniana também ocorreu em Kottbusser Tor, no distrito de Kreuzberg, em Berlim. A polícia não forneceu inicialmente uma declaração policial para nenhum dos eventos. A justificação do Irão para os mais de 100 mísseis é a morte do chefe terrorista do Hezbollah, Hassan Nasrallah, pela força aérea de Israel. Israel relatou que os mísseis atingiram várias cidades, incluindo Telavive.
O porta-voz do exército de Israel anunciou 'ataques poderosos no Médio Oriente' para a noite. Não está claro se isso também se refere ao Irão. Apenas: 'O evento de hoje terá consequências.'
*
Fonte: https://jihadwatch.org/2024/10/germany-muslims-throng-streets-of-berlin-scream-allahu-akbar-to-celebrate-irans-attack-on-israel

ALEMANHA - IRANIANOS FIÉIS AO REGIME ISLAMISTA VIOLAM REFUGIADO DO SEU PAÍS

(...) 
Dizem que vários homens abusaram sexualmente e humilharam um refugiado do Irão. De acordo com o Ministério Público, as identidades exatas dos suspeitos ainda não foram totalmente esclarecidas na Joves, como o FOCUS Online soube mediante solicitação.
Dizem que os perpetradores são homens de origem iraniana com cidadania dinamarquesa e holandesa, relata o “Rheinische Post”. “Até hoje, as identidades de dois dos quatro suspeitos foram estabelecidas com certeza”, disse Michael Burggraf, porta-voz do gabinete do promotor público de Hagen, ao FOCUS online. O “Rheinische Post” havia relatado que os supostos perpetradores não tinham passaportes com eles quando foram presos.
(...)
Como a FOCUS online descobriu, os supostos perpetradores são iranianos leais ao regime que entraram em disputa política com a vítima antes do crime. O “Spiegel” foi o primeiro a relatar isto. A vítima do estupro era oponente do regime de Mullah, e “de acordo com o conhecimento actual, a vítima deveria ser humilhada principalmente”, disse o gabinete do promotor público ao jornal.
(...)
*
Fonte: 
https://jihadwatch.org/2024/10/iranian-opponent-of-islamic-regime-raped-by-regimes-supporters-in-germany

* * *

Portanto, em cinco, senão sete alógenos, só um era verdadeiramente refugiado e os outros entraram na Europa ou como falsos refugiados ou como imigrantes económicos... e, pelos vistos, não houve uma verificação da sua índole ou coisa parecida, eventualmente nem haveria maneira de o fazer, a menos que a imigração fosse feita a conta-gotas, caso a caso, em vez de ser feita em massa...


SOBRE A DETENÇÃO DE ANTIFARIA DURANTE A MANIFESTAÇÃO ANTI-IMIGRAÇÃO

Informação colhida numa rede social que é em tudo verosímil, para quem conhece a agressividade usualmente impune da piolhagem «antifa»:


Pois diante de um tribunal ou de uma chusma de «jornalistas» do tipo Miguel Sousa Tavares e afins, se calhar os pivetes «anti-racistas» ficavam mesmo impunes, mas o caraças dos «bófias» não têm (ainda) a mesma endoutrinação ou aliás evangelização anti-racista e, por conseguinte, costumam cumprir o seu dever...



EUA - NEGRA ESFAQUEIA COLEGA BRANCA «AO ACASO» EM UNIVERSIDADE

Notícia de há uns dias:

Uma estudante da Universidade Estadual do Arizona está no hospital após ser esfaqueada por uma colega de classe — que estava à procura de alguém para esfaquear e atacou a vítima por ser um "alvo mais fácil".
Mara Daffron, 19, foi esfaqueada na última quinta-feira depois de Kaci Sloan, 19, saltar da cadeira e enfiar-lhe uma faca duas vezes quando ela entrava numa sala de aula em Glendale, Arizona, relataram o 12 Newso AZ Central e o FOX 10 Phoenix.
Sloan estava supostamente a decidir entre duas pessoas diferentes para atacar em sala de aula, mas decidiu ir atrás de Daffron porque Sloan "acreditava que a vítima era um alvo mais fácil", disseram documentos judiciais obtidos pelo 12 News.
Daffron foi levada ao hospital com ferimentos sem risco de vida após o esfaqueamento e passou por uma cirurgia após o ataque, disse a polícia.
Sloan foi presa logo depois em conexão com o esfaqueamento, disse o Departamento de Polícia da ASU.
Sloan foi à aula a planear magoar alguém, de acordo com documentos judiciais obtidos pelo 12 News, embora o seu motivo exacto ainda não esteja claroA ré admitiu que veio à aula para magoar alguém e estava a planear o ataque desde a noite anterior”, dizem os documentos, de acordo com o veículo. Esse planeamento incluía colocar a faca usada no ataque na sua mochila para levar para a escola. A ré disse aos detectives que sabia o primeiro nome da vítima, mas não sabia mais nada sobre ela." “Ela conhecia a vítima de uma aula anterior e partilhou uma aula com ela neste semestre”, dizem os documentos.
Daffron não sabia quem a atacou ou porque foi alvo de Sloan, de acordo com os documentos. 
Sloan enfrenta acusações de agressão agravada com arma letal e conduta desordeira com arma, de acordo com registos judiciais. Está detida sob fiança de US$250000 em dinheiro, disse um porta-voz da ASU à revista PEOPLE.
Os vizinhos criaram uma campanha do GoFundMe para Daffron apoiar a sua família durante este momento difícil. “Sabemos que Mara sairá mais forte do que nunca desse ataque inimaginável”, afirma o GoFundMe. “Está a fazer um grande progresso e está-se a recuperar.”
Sloan deve retornar ao tribunal a 30 de Setembro.
*
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: https://nypost.com/2024/09/27/us-news/asu-student-stabbed-stabbed-twice-while-entering-classroom/

* * *

Isto com «««jovens»»» é sempre uma animação, um quotidiano destes pode sempre ser enriquecido a qualquer momento com um acto «inesperado», é tipo selva... e esta é então mais uma notícia que não vereis e não veríeis nunca nos grandessíssimos mé(r)dia cá do burgo, a menos, talvez, que os papéis estivessem invertidos e a agressora fosse a jovem branca...


JOVEM VENEZUELANA VIOLADA, «AO QUE TUDO INDICA», POR IMIGRANTES

Uma mulher, de 21 anos, de nacionalidade venezuelana, foi violada, nesta tarde de Martes, entre Espinho e Gaia, por quatro homens.
Ao que tudo indica, os suspeitos são imigrantes. A vítima terá sido abordada, quando seguia numa moto elétrica, na rua da Idanha, em Anta, e sequestrada pelo grupo.
A jovem foi obrigada a entrar numa carrinha, foi violada e abandonada, depois, na zona sul do recinto da Feira de Espinho.
A PSP de Espinho foi accionada mas o caso passou para a alçada da Polícia Judiciária do Porto.
As autoridades investigam o paradeiro dos suspeitos.
*
Fonte: https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/jovem-de-21-anos-sequestrada-e-violada-por-quatro-homens-em-espinho?ref=DET_MaisVistasSite

terça-feira, outubro 01, 2024

FIDELIDADE, UMA DEUSA DA HERANÇA ETNO-RELIGIOSA OCIDENTAL

Fides e Marte apertando as mãos

No primeiro dia de Outubro celebrava-se na Roma antiga, raiz civilizacional e parcialmente étnica de Portugal e do Ocidente, o «dies natalis» ou «dia do surgimento» de um templo dedicado a Fides, personificação divina da Fidelidade. Nesta data, os três Flâmines Maiores (sacerdotes devotados a um Deus em particular), Flamen Dialis (Flâmine de Júpiter), Flamen Martialis (Flâmine de Marte), e Flamen Quirinalis (Flâmine de Quirinus), guiavam uma procissão ao Capitólio, dentro de um carro coberto. Com os dedos das suas mãos direitas envoltos em tecido branco, realizavam sacrifícios às Divindades Fides e Honos. O poeta Horácio reforça o valor do pormenor da mão coberta de tecido branco ao descrever a estátua da Deusa: «Rara Fidelidade, a Sua mão atada com pano branco».
Isto corrobora a descrição de Tito Lívio [ «Ab Urbe Condita», 1.21.4 ] do culto de Fides instituído pelo rei Numa Pompilius:
«Também instituiu um sacrifício anual à Deusa Fides e mandou que os flâmines fossem para o Seu santuário numa biga coberta, e que executassem o serviço religioso com as suas mãos cobertas até aos dedos, para significar que a Fidelidade deve ser protegida e que o Seu assento é santo mesmo quando está nas mãos direitas dos homens».
Os ritos cerimoniais incluíam a purificação e a comemoração do juramento, sendo depois seguidos de festejos.

Trata-se de um ritual que parece ser da maior importância no contexto religioso da Romanidade, e, em termos do estudo de História das Religiões, tem sido um dos elementos cuja análise contribui para a promoção da teoria trifuncional de Georges Dumézil, segundo a qual os Romanos, sendo Indo-Europeus, têm uma tríade divina na qual um dos Deuses representa a primeira função indo-europeia, a da soberania, do poder mágico e da justiça (Júpiter), outra das Deidades representa a segunda função indo-europeia, a da guerra (Marte), e a terceira Divindade representa a terceira função indo-europeia, a da fertilidade e da produção (Quirinus), isto porque neste ritual, de cariz provavelmente muito arcaico, os sacerdotes desta tríade trifuncional participam num ritual que parece fortalecer a coesão da comunidade.
O detalhe da mão direita oculta é, repete-se, de grande relevância, porquanto evoca a importância da mão no juramento, uma vez que o ritual é realizado em honra precisamente da Fides, conceito de valor crucial para a generalidade dos povos Indo-Europeus. Não é certamente por acaso que dois dos mais importantes Deuses arianos da Índia, Mitra e Varuna, sejam padroeiros do Contrato e do Juramento, respectivamente.
Na tradição nórdica, na céltica e na romana, há uma figura mitológica (historicizada em Roma) que não tem a mão direita e representa de algum modo a Fidelidade, a Justiça, o Juramento (o Direito): Tyr, do panteão escandinavo, sacrifica uma das mãos para que o lobo Fenrir, inimigo dos Deuses, possa ser preso; Nuadu, rei (soberano de jurista) dos Tuatha de Dannan, (que são os Deuses irlandeses mais importantes), perdeu um/a braço/mão em combate; o romano Mucius Scaevola sacrificou uma mão sobre um braseiro para mostrar ao inimigo que não tinha medo de sofrer e que por isso não iria trair a Pátria.
A respeito de Nuadu, é interessante notar uma coincidência que pode revestir-se de grande valor simbólico: sabendo-se que foi por vezes considerado o mesmo que Neit, outro Deus irlandês, menos conhecido, mas mais categoricamente ligado à guerra, e sabendo-se que na Ibéria existiu o culto a um Deus da Guerra Luminoso chamado Neton, torna-se particularmente interessante que no norte da Celtibéria tenha sido encontrada uma inscrição na qual se lê a palavra «Neitin», junto da qual se encontra o desenho de uma mão, talvez uma mão cortada; de notar que os Lusitanos cortavam a mão direita aos inimigos vencidos. Na Lusitânia foi achada uma inscrição dedicada a Netus e outra a Netoni.

Disse Silius Italicus, em «Punica» 2.484-87, a respeito da Deusa Fides:
«Deusa mais antiga do que Júpiter, virtuosa glória de Deuses e de homens, sem a qual não há paz na Terra, nem nos mares, irmã da IustitiaFides, silenciosa Divindade no coração dos homens e das mulheres

Fides é pois um dos principais constituintes da identidade romana, bem como de outros povos indo-europeus.

O motivo de este dia Lhe ser consagrado deriva do facto histórico de ter sido num primeiro de Outubro que se dedicou um templo à Fides Publica no monte Capitólio (em 258 a.c./495 a.u.c., ou em 254 a.c./499 a.u.c.). Este santuário era usado em certas ocasiões para reuniões do Senado, e cópias de acordos internacionais eram afixadas nas suas par
edes.

... COMEÇA OUTUBRO, CONSAGRADO A MARMOR...

Estátua de guerreiro romano encontrado nas ruínas das termas romanas dos Cássios em Lisboa. Reconstituição de J.Espinho segundo a descrição que se conservou e publicada por Augusto Vieira da Silva na sua obra " Epigrafia de Olisipo: (subsídios para a história da Lisboa romana)" em 1944

É uma coincidência no mínimo interessante que a figura marcial acima exposta não tenha a mão direita, eventualmente por degradação acidental do material... a imagem traz à mente que na Lusitânia se oferecia a mão direita dos guerreiros vencidos aos Deuses, talvez aos da Guerra, tal como sucedia na Cítia, outra nação indo-europeia, com laços que a ligam aos Celtas arcaicos. Os Citas ofereciam o braço direito dos guerreiros inimigos em sacrifício ao Deus da Guerra. Ora na Irlanda uma das principais Divindades é Nuadu do/a Braço/Mão de Prata - Nuadu Airgedlamh - que perdeu um/a braço/mão em combate recebendo em contrapartida um/a braço/mão de prata. E, na Celtibéria, encontram-se várias imagens de mãos direitas num monumento em que aparece o teónimo «Neitin». Neitin é eventualmente o mesmo que Neton, Deus da Guerra celtibérico, Cujo nome tem toda a parecença com o de Net ou Neit, Deus da Guerra Irlandês. Em Conímbriga encontrou-se uma inscrição dedicada a um Netus; em Cáceres, que fazia parte da Lusitânia, outra inscrição é dedicada a um NetoniNeton é um Deus luminoso, segundo o testemunho de Macróbio, que diz que os Accitani veneravam com a maior devoção um «Marte», portanto, um Deus da Guerra, ao Qual chamavam Neton, que parecia ornada de raios, talvez porque brilhasse. Na figura acima a ideia de brilho está presente no tronco, atrás do escudo.

Marte, o Marte propriamente dito, latino, é tido na tradição romana como o Pai dos Romanos, Mars Pater, devido ao mito de o fundador de Roma, Rómulo, ser filho de Marte e da vestal Reia Sílvia. Na Roma arcaica, Marte formava uma tríade com Júpiter e Quirino, tendo porventura devido a isso um flâmine maior. Os flâmines eram os sacerdotes dedicados ao culto de um Deus em particular. Existiam quinze, três «maiores», e treze ditos «menores». O de Marte, flâmine martialis, é um dos três maiores, segundo em importância relativamente ao de Júpiter.

Marte, protector de Roma, é não apenas Deus da Guerra mas também da Agricultura. Nalguns locais é ainda um defensor contra as doenças, como sucede na Gália, onde o culto de Mars Lenus tem carácter salutífero, tratando-Se porventura de um sincretismo com alguma Divindade local céltica. Actualmente, o rico e bem organizado património turístico na Alemanha permite uma visita ao templo de Mars Lenus em Marberg («Monte de Marte» em Alemão) por dois euros, com direito a permanecer no templo por muito tempo, deixar moedas de oferenda, até mesmo queimar incenso. Há até possibilidade de encomendar bolos no café local, com uma semana de antecedência, como se pode ler aqui (em Alemão): http://incipesapereaude.wordpress.com/