quarta-feira, agosto 31, 2022

ESPANHA - RITUAL EM HONRA DE CERES E PROSÉRPINA


Desta vez, mostramos-vos as fotos da recreação que realizámos em Valeria (Buenca) do culto greco-romano a Ceres e Prosérpina, com a colaboração das Associações de Saguntum Civitas e Asociación Cultural Cruz de Mayo às quais agradecemos por nos ajudarem a preparar e realizar isto.
Este culto consistia na festa celebrada pelas parteiras recordando o encontro de Deméter (Ceres) com a Sua filha Perséfone (Prosérpina), que tinha sido raptada por Plutão. Comemorava-se a festa com vestes pretas ou de luto acompanhada de golpes no peito e lamentos de mulheres por Prosérpina desaparecida. É por isso que em cada cruzamento, se abaixam para gritar o nome da filha de Ceres e procurá-La.
A alusão mais directa de Juvenal deve ser à procissão chamada aniversário sagrado de Ceres, que desde a época da Segunda Guerra Púnica (especialmente depois do desastre de Cannas em Agosto) as mulheres romanas celebravam neste mês quente. Sem dúvida alguma as mulheres que participaram na procissão vestiam-se de sacerdotisas de Ceres e apertavam as suas cabeças com as ínfulas da Deusa. É também este feriado ligado aos elementos de fertilidade, por isso as mulheres mostravam alguns pénis e gritavam obscenidades à Deusa.
Capa a Deusa num andor, vestida de luto, é levada para o local de encontro final, o templo, onde se situaria Prosérpina. Lá, as mulheres usariam o andor para mudar a roupa da Deusa para celebrar a descoberta. Finalmente, celebrar-se-ia o sacrifício de uma porca em homenagem a Ceres, terminando assim o ritual.
(...)
*
Fonte: https://www.facebook.com/mosreligiosusMR/photos/pcb.2443974132424926/2443973855758287/

DESCRISTIANIZAÇÃO E ISLAMIZAÇÃO DA EUROPA?

O escritor francês André Malraux disse: "Uma civilização é tudo o que se reúne em torno de uma religião". E quando uma religião declina, outra toma o seu lugar.
Sarcelles, Saint-Denis, Mulhouse, Nantes, Chambéry, Estrasburgo, La Rochelle... As impressionantes imagens dos estádios cheios de fiéis muçulmanos, que chegaram de toda a França para a festa do Eid Al Kabir, setenta dias após o fim do Ramadão. Em Saint-Denis, a cidade onde descansam os reis de França; em Nantes, a cidade dos Duques da Bretanha; em Estrasburgo, a cidade da catedral e sede do Parlamento Europeu, em Mulhouse, no coração da Alsácia.
"Em quarenta anos, a França tornou-se a Nação da Europa Ocidental onde a população de origem muçulmana é a mais importante", escreveu a Rádio Vaticano"Não é difícil levantar a hipótese de que agora estamos perto de o Islão ultrapassar o Catolicismo." E se a ultrapassagem já aconteceu?
"A França já não é um país católico", escreve Frederic Lenoir, editor da revista L e Monde des ReligionsLe Figaro questionou se o Islão já pode ser considerado "a primeira religião de França". Estamos no país onde até 5000 igrejas correm o risco de demolição até 2030, observou Le Figaro no mês passado. Cinco mil igrejas correm o risco de desaparecer em oito anos, num país sem vontade política, religiosa e cultural para manter viva uma herança milenar que representa a alma mais profunda de França. Talvez o imã da Grande Mesquita de Paris tenha entendido o que estava a acontecer quando sugeriu usar igrejas abandonadas como mesquitas.
O escritor alemão Martin Mosebach observou que "a perda da religião desestabiliza um país". Quando uma sociedade já não sabe dar a si mesma uma razão de existir, outros encontram-na e o vazio deixado pelo Cristianismo é logo preenchido. Mesmo um ateu como Richard Dawkins reconheceu que "o som dos sinos [da igreja] é melhor do que a música do muezim [da mesquita]".
O Islão está a tomar conta das ruínas pós-cristãs da Europa. Estima-se que, hoje em França, existam três católicos praticantes para cada muçulmano praticante. Mas se se aprofundar esta análise, esta relação está prestes a ser revertida. Comparando apenas a frequência semanal das orações de sexta-feira na mesquita e da missa dominical na igreja, o futuro é claro: 65% dos católicos praticantes têm mais de 50 anos. Por outro lado, 73% dos muçulmanos praticantes têm menos de 50 anos.
Hakim El Karoui, conselheiro do presidente Emmanuel Macron sobre o Islão e pesquisador do Instituto Montaigne, afirma que o Islã é hoje a religião mais praticada em França. "Há mais muçulmanos praticantes, entre 2,5 e 3 milhões, do que católicos praticantes, 1,65 milhão".
O mesmo se aplica à construção de novos locais religiosos. Hoje, em França, existem 2400 mesquitas, contra 1500 em 2003: "Este é o sinal mais visível do rápido crescimento do Islão em França", observa o semanário Valeurs Actuelles.
Num ensaio sobre L'Incorrect, Frédéric Saint Clair, cientista político e analista, explica que "a marca de 10000 mesquitas, no ritmo actual, será alcançada por volta de 2100". Teremos 10000 mesquitas cheias e 10000 igrejas praticamente vazias?
A Igreja Católica construiu apenas 20 novas igrejas em França na última década, de acordo com pesquisa realizada por La CroixEdouard de Lamaze, presidente do Observatório do Património Religioso de Paris, a mais importante organização que monitoriza o estado dos locais de culto no país, revelou"Embora os monumentos católicos ainda estejam à frente, uma mesquita é erguida a cada 15 dias em França, enquanto um edifício cristão é destruído no mesmo ritmo... Cria um ponto de inflexão no território que deve ser levado em conta."
Annie Laurent, ensaísta e estudiosa autora de vários livros sobre o Islão, e a quem o Papa Bento XVI queria como especialista para o sínodo sobre o Médio Oriente, disse recentemente em entrevista publicada no Boulevard Voltaire"Apesar das repetidas garantias de firmeza do Estado em relação ao islamismo e sua rejeição de todo o separatismo, está a acontecer o contrário: o avanço da cultura muçulmana em diferentes formas. Um progresso que parece já não encontrar limites e obstáculos. Há a covardia de autoridades públicas que cedem a cálculos eleitorais ou clientes, e também a complacência de uma parte das nossas elites cuja militância está impregnada de ideologia progressista...
"Nas minhas primeiras viagens ao Médio Oriente, no início da década de 1980, não vi mulheres com véus e aos poucos o véu espalhou-se por toda parte. É o sinal da re-islamização das sociedades muçulmanas e, nesse sentido, assume um carácter dimensão política e geopolítica. Faz parte de uma estratégia de conquista...
"A França está em estado de auto-dhimmitude. O que é dhimmitude? É um estatuto legal e político aplicável a cidadãos não-muçulmanos em Estado governado pelo Islão de acordo com uma prescrição do Alcorão (9:29). [Dhimmis] não gozam de cidadania igual à dos 'verdadeiros crentes', que são muçulmanos. O dhimmi pode manter a sua identidade religiosa, mas deve passar por uma série de medidas discriminatórias que podem afectar todos os aspectos da vida, pública, social e privada. Nem em todos os Estados muçulmanos se aplicam hoje todas essas disposições, mas estão em vigor em alguns países; seja como for, o princípio permanece, pois é baseado numa ordem 'divina'.
"Os muçulmanos traduzem 'dhimmitude' com protecção, o que tende a tranquilizar-nos, mas a tradução mais apropriada é 'protecção-submissão': em troca das liberdades de culto ou outras liberdades mais ou menos concedidas, eles podem estar sujeitos a disposições, incluindo a charia, com o objectivo de torná-los conscientes da sua inferioridade.
"Se falo de auto-dhimmitude, é para expressar a ideia de que a França, por um complexo colonial e um sentimento de culpa, antecipa uma situação jurídica e política que (ainda) não lhe é imposta, mas que poderia ser um dia em que o Islão será maioria e, portanto, capaz de governar o nosso país. Deve-se notar também que o Islão vive da fraqueza das sociedades em que se instala".
Até onde iremos? "Não sei, mas a situação é realmente preocupante", conclui Laurent.
"Antes que se torne dramático, é urgente acabar com as concessões ao islamismo que estamos a multiplicar, escondendo-nos atrás dos nossos valores. Porque com isso apagamos a nossa própria civilização".
Apenas dois meses atrás, vimos as mesmas cenas no final do Ramadão. Seis mil fiéis festejaram no Estádio Delaune em Saint-Denis, nos arredores de Paris. "Allahu Akbar" ressoou dos altifalantes colocados nos quatro cantos do estádio. As mesmas cenas podem ser vistas em dezenas de outros estádios em toda a França e em cidades pequenas e médias: em Gargesem Montpellier (10000 fiéis em oração); em Vandœuvre-lès-Nancy, uma cidade de 30000 habitantes, 5000 reuniram-se em oração no estádio. A celebração também aconteceu em Gennevilliers.
Pode-se ver o mesmo avanço da descristianização e o crescimento do Islão, com diferentes intensidades, em toda a Europa.
Num dramático artigo no Frankfurter Allgemeine Zeitung, o ensaísta Markus Günther explica que o Cristianismo na Alemanha "parece estável, mas na realidade está à beira do colapso. Pastores e bispos, mas também muitos leigos activamente envolvidos, vêem paisagens florescentes onde na realidade não há nada além do deserto".
"Estamos a dar as costas à nossa cultura", escreve Volkert Resing na última edição da revista Cícero, falando do fim do Cristianismo na Alemanha. "Em 2021, uma média de 390 crianças foram baptizadas todos os dias na Alemanha. Há dez anos, havia 800 baptismos por dia. No ano passado, 359338 pessoas deixaram a Igreja Católica e 280000 pessoas deixaram a Igreja Protestante. Em ambos os casos, é um novo recorde. No ano passado, 21,6 milhões de pessoas pertenciam à Igreja Católica e 19,7 milhões eram protestantes. O número de cristãos na Alemanha que são membros de uma das duas maiores igrejas caiu abaixo da marca de 50 por cento pela primeira vez. A queda do Ocidente Cristão? E quem se importa".
"Pela primeira vez em séculos", segundo a revista alemã Stern, "a maioria das pessoas na Alemanha já não está nas duas grandes igrejas. Uma projecção supõe que em 2060 apenas 30% serão católicos ou protestantes". Para essa data, todas as denominações cristãs terão perdido metade dos seus membros actuais. E se em 1950 um em cada dois católicos participava nos cultos dominicais, observa o maior semanário alemão Die Zeit, hoje apenas uma em cada dez pessoas que se dizem cristãs participa em cultos religiosos.
"A importância do Islamismo na Alemanha aumentará e a do Cristianismo diminuirá", explica Detlef Pollack, professor de Sociologia da Religião na Universidade de Münster e principal especialista do país em tendências religiosas, no Neue Zürcher Zeitung"Em 2022, pela primeira vez, menos de metade dos Alemães pertencerá a uma das grandes igrejas. Há uma liquefacção. As comunidades muçulmanas na Alemanha são, sem dúvida, cheias de vitalidade em comparação com a maioria das comunidades cristãs. Em contraste, o Islão é uma religião altamente dinâmica que visa a visibilidade".
Desde há algum tempo que as escolas públicas alemãs oferecem aulas sobre o Islão.
Um estudo do Dresdner Bank em 2007 previu que "metade das igrejas no país fechará" e outra que metade de todos os cristãos no país desaparecerãoDentro de trinta anos, segundo o Pew Forum, haverá 17 milhões de muçulmanos na Alemanha, em comparação com 22 milhões de cristãos entre católicos e protestantes, muitos dos quais são apenas nominais (hoje um terço de todos os católicos está a pensar em deixar a igreja). Os fiéis muçulmanos estabelecidos na Alemanha serão iguais ao número total de católicos e protestantes.
Esta é uma tendência em todo o Ocidente. "Muçulmanos, os vencedores da mudança demográfica", titulava Die Welt"Pesquisadores americanos prevêem que pela primeira vez na história haverá mais muçulmanos do que cristãos. As sociedades mudam. Até a alemã".
Entre 1996 e 2016, a Alemanha perdeu mais de 3000 paróquias, passando de 13329 para 10280. Em Trier, na Alemanha, onde nasceu Karl Marx, a diocese anunciou um corte sem precedentes no número de paróquias que, nos próximos anos, serão reduzidas de 900 para 35. Em comparação com as suas contrapartes cristãs, os locais de culto islâmicos estão a crescer; nos últimos 40 anos, passaram de inexistentes para entre 2600 e 2700Percebemos como o nosso mundo mudou apenas no final de uma transformação histórica.
Praticamente todos os dias na imprensa alemã há artigos como este no Frankfurter Allgemeine Zeitung"Gerações de crentes casaram-se na Kreuzkirche, na área de Lamboy, em Hanau, baptizaram lá os seus filhos e lá choraram os mortos. A próxima venda é uma experiência amarga para Hanau. O culpado é o declínio contínuo do número de membros. Isto deve-se à mudança demográfica e o facto de existirem já numerosos moradores muçulmanos não dá uma base para uma comunidade cristã".
538 igrejas abandonadas e 49 recém-construídas: este é o triste balanço das igrejas católicas na Alemanha nos últimos 20 anos.
Em Bona, 270 igrejas serão abandonadas, algumas das quais já podem ser compradas no serviço online diocesano.
"A diocese do Ruhr quer manter apenas 84 igrejas e 160 terão de ser usadas para um novo propósito... Mainz e Hildesheim querem reduzir pela metade as suas igrejas. Aachen iniciou um processo de redução de prédios em 30%. também decidiu reduzir o número de igrejas em um quarto".
Da diocese de Münster este mês: "87 igrejas foram desconsagradas. Em vários locais, as igrejas são usadas como lares de idosos e idosos. Duas igrejas em Marl são usadas como locais de sepultamento. Apartamentos estão a ser construídos na igreja St. Mariä Himmelfahrt em Greven. Similar projetos já existem, por exemplo, em Dülmen, Gescher e Herten-Bertlich. A antiga igreja de Sant'Elisabetta agora serve como pavilhão desportivo".
Em toda a arquidiocese de Munique, cidade natal do ex-Papa Bento XVI, existem hoje apenas 37 seminaristas nas várias etapas da formação, em comparação com cerca de 1,7 milhão de católicos. Em comparação, a diocese americana de Lincoln, Nebraska, tem actualmente 49 seminaristas para cerca de 100000 católicos.
Você pode ver a mesma desintegração a acontecer em Espanha. "A Espanha é o terceiro país com maior abandono do Cristianismo na Europa", noticiou o principal jornal espanhol, El PaisO cardeal Juan José Omella, arcebispo de Barcelona, ​​enviou a todas as paróquias uma mensagem anunciando a supressão de 160 paróquias de Barcelona, ​​para que cada uma possa dar a sua própria contribuição antes que o plano seja implementado. Uma manchete do El Mundo diz: "Barcelona fecha paróquias devido à perda de fiéis... O arcebispado deixará apenas 48 dos 208".
Em 2015, havia 1334 mesquitas em Espanha - 21% do número total de todos os locais de culto no país. Durante um período de seis meses em 2018, 46 novas mesquitas foram construídas, elevando o número para 1632 mesquitas naquele ano. O número de mesquitas está a crescer a uma taxa de 20% ao ano. Em 2004, havia 139 mesquitas na Catalunha e em 2020 havia 284, ou 104% a mais, segundo o Departamento de Justiça da Catalunha.
Na Andaluzia, o número de mesquitas numa década aumentou de 27 para 201; em Valência, de 15 a 201 e em Madrid, de 40 a 116. A demografia é o motor da mudança cultural. "Até 2030", segundo o El Pais, "a população muçulmana em Espanha aumentará 82 por cento".
A mesma situação existe na Áustria. De acordo com o Die Welt"Na Áustria, a fé católica está em declínio, o Islamismo está em ascensão. Haverá muito menos católicos no futuro, enquanto o número de muçulmanos e não-confessionais aumentará significativamente, prevêem especialistas. Em 2046, um em cada cinco cidadãos será muçulmano. Em Viena, o Islão será a religião mais forte: em 30 anos, um em cada três vienenses será muçulmano. A percentagem de católicos será de apenas 42% no país, caindo para 22% em Viena”. Em 1971, os católicos representavam 78,6% da população de Viena; em 2001, pouco mais da metade; em 2011, 41,3% e em trinta anos os católicos serão apenas um terço do total”.
Enquanto as igrejas estão vazias, 3000 pessoas reúnem-se para as orações de sexta-feira em Floridsdorf, a primeira mesquita de Viena. A mesquita foi erguida oficialmente em 1979 na presença do então presidente Rudolf Kirchschläger, do chanceler Bruno Kreisky e do cardeal Franz König. Hoje o muezzin pode chamar três vezes ao dia para rezar.
O Cristianismo já não é a primeira religião; O Islão tomou o seu lugar. Esta mudança deve ser motivo de discussão, para não dizer de preocupação – certamente não de alegre indiferença.
L'Echo, o principal jornal económico belga, diz: "Bruxelas estava na vanguarda da secularização antes de enfrentar uma minoria muçulmana activa. A primeira religião em Bruxelas hoje é o islamismo".
O mensal Causeur lembra-nos que Le Vif-L'Express (o principal jornal de língua francesa) publicou uma capa provocativa intitulada "Bruxelas muçulmanas em 2030". O antropólogo belga Olivier Servais confirmou a presença muçulmana em Bruxelas em 33,5%, prevendo uma maioria em 2030.
Em Saint-Chamond, uma cidade francesa de 35000 habitantes, a câmara ordenou recentemente o descarte da principal igreja da cidade, Notre-Dame, construída no século XIX. Fechada ao culto desde 2004, privada das cruzes que orgulhosamente se erguiam sobre as suas torres, esta igreja, tendo em vista a sua transformação em projecto cultural, acaba de ser condenada à desconsagração. Enquanto isso, na semana passada, perto do que resta de Notre-Dame, o muezzin chamou pelos alto-falantes para que os fiéis muçulmanos rezassem.
-
Giulio Meotti, Editor Cultural do Il Foglio, é um jornalista e autor italiano.
*
Fonte: https://www.gatestoneinstitute.org/18786/europe-christianity-islam 

* * * 

Justiça poética... mas dolorosa, sem dúvida, a menos que, nesta «transmissão de testemunho», em que o Cristianismo «passa» a posse do território ao seu «irmão» abraâmico mais novo, o Islão, pois pode ser que a posse seja interceptada pelo acordar dos legítimos proprietários da terra, na medida em que o actual despertar europeu pela via do Nacionalismo permita que de uma só assentada se livre a Europa de ambos os credos totalitários. 
A Religião continuará a ser necessária, provavelmente, e felizmente, digo eu - e, aí, a ressacralização do espaço europeu deverá fazer-se em harmonia com a sua própria raiz étnica, o que condiz com o já visível, ainda incipiente mas progressivo movimento de retorno aos Deuses Nacionais das estirpes europeias.

IRÃO - GABAM-SE RESPONSÁVEIS DO PROJECTO NUCLEAR DE TEREM ENGANADO O OCIDENTE E ESTAREM PRESTES A PRODUZIR ARMAS NUCLEARES?

A Administração Biden gastou todo o capital político para ressuscitar o acordo nuclear, partindo do pressuposto de que perpetuar a ideia segundo a qual um acordo nuclear com o regime iraniano impedirá Teerão de obter armas nucleares. Desafortunadamente, acreditar que os mulás iranianos suspenderão o avanço às armas nucleares, por conta de um acordo, é simplesmente ridículo.
O regime iraniano ainda se gabou quanto à astuta política de enganar e induzir a erro a comunidade internacional durante a vigência do acordo nuclear anterior. Um dos termos do acordo nuclear de 2015, por exemplo, estipulava que o núcleo do reactor nuclear de Arak seria preenchido com concreto e desativado. O Irão, segundo a sua agência de notícias Fars, afirmou que introduziu o concreto e destruiu o núcleo do reactor. O Departamento de Estado dos EUA, durante o governo Obama/Biden, confirmou também a medida.
Mais tarde, no entanto, Ali Akbar Salehi, ex-chefe da Organização de Energia Atómica do Irão, admitiu abertamente em entrevista à televisão estatal iraniana que o governo não cumpriu esta parte do acordo, a bem da verdade, ludibriou a comunidade internacional: "durante três anos, afirmámos que não introduzimos cimento no reactor de água pesada de Arak". Ao ser indagado pelo apresentador na TV estatal sobre o vídeo que mostrava concreto a ser introduzido nas tubulações do reactor Arak, Salehi respondeu: "não nas tubulações que se pode ver aqui. Nós compraámos tubos parecidos, mas não podíamos admitir naquele momento. Somente uma pessoa sabe disto no Irão, a mais alta autoridade. Ninguém mais tinha conhecimento disto. Tínhamos de ser inteligentes. Além disso, para não destruir as pontes que deixámos para trás, também precisávamos de construir pontes, caso tivéssemos de voltar rapidamente."
Faz parte de outros casos de engodo a detecção de partículas radioactivas em Turquz Abad durante a vigência do acordo nuclear de 2015 e a relutância do Irão de responder a perguntas básicas feitas pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) sobre as instalações secretas, não declaradas por Teerão. Além disso, na vigência do negócio, inúmeros registos, posteriormente comprovados como exactos, alertaram que o Irão estava a realizar actividades nucleares secretas. Por exemplo, o então primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu, mostrou no seu discurso perante a Assembleia Geral da ONU em 2018, que o Irão possuía um "armazém secreto de material atómico onde armazenava uma enorme quantidade de equipamentos e materiais do programa secreto de armas nucleares do Irão".
Ao mesmo tempo, duas organizações apartidárias sediadas em Washington, DC, o Instituto para Ciência e Segurança Internacional (ISIS) e a Foundation for the Defense of Democracies (FDD), publicaram relatórios minuciosos quanto ao facto do Irão possuir instalações nucleares clandestinas, não declaradas durante a vigência do acordo nuclear.
O regime iraniano também deveria restringir a quantidade de materiais nucleares específicos que possuía durante a vigência do acordo nuclear. De acordo com um relatório da AIEA, no entanto, os mulás violaram o acordo ao armazenarem mais água pesada, usada para a produção de armas nucleares.
Agora, graças ao foco da Administração Biden em retomar o acordo nuclear e sua aparente incapacidade de enxergar qualquer coisa além do acordo nuclear, o regime iraniano ganhou tempo arrastando as negociações por tempo suficiente para atingir o limiar nuclear. Inúmeras autoridades iranianas do alto escalão, incluindo o chefe de energia atómica do Irão, estão fanfarronando que a República Islâmica já tem condições de construir uma bomba atómica. O Instituto de Ciência e Segurança Internacional divulgou um estudo confirmando a asserção: "o Irão possui suficiente hexafluoreto de urânio enriquecido (UF6) na forma de cerca de 20% e 60% de urânio enriquecido para produzir urânio suficiente apropriado para fabricação de armas nucleares, considerado aqui como 25 kg, para uma única arma nuclear em apenas três semanas. Portanto, o país tem condições de fabricar a bomba atómica sem ter de usar nenhum dos seus armazenamentos de urânio enriquecido de até 5% como matéria-prima. O crescimento dos stocks do Irão de cerca de 20% e 60% de urânio enriquecido reduziu perigosamente o limiar nuclear."
Lamentavelmente, ao que tudo indica, a Administração Biden e a Europa, por meio das suas intermináveis concessões e a impressionante falta de dissuasão, ainda estão a tentar enfiar goela abaixo um Irão hostil, armado com armas nucleares.
Os mulás governam um país que o Departamento de Estado dos EUA tem recorrentemente chamado de o maior, o líder ou o principal patrocinador do terrorismo de Estado (para acessar clique aquiaqui e aqui).
É que se imaginar que o governo Biden espera subornar os mulás com até um trilião de dólares para que não bombardeiem Israel enquanto ele for presidente. Quer dizer que depois, se melhorar, estraga?
Acordos como o nuclear de Biden ou de Obama não só falharam em impedir o regime predatório do Irão de adiantar o programa nuclear e obter armas nucleares, como também, na realidade facilitaram ao Irão a obtenção de armas atómicas quando legitimaram as suas armas.
-
Dr. Majid Rafizadeh é estudioso de Harvard, estrategista e consultor de negócios, cientista político, membro do conselho da Harvard International Review e presidente do International American Council on the Middle East. Ele escreveu vários livros sobre o Islão e a Política Externa dos EUA. Contacto: Dr.Rafizadeh@Post.Harvard.Eduu
*
Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/18836/ira-mulas-armas-nucleares

* * *

Mais um sustozito que o mundo talvez evitasse se os ianques não tivessem dado a vitória a Biden...

SOBRE O «QUIET QUITTING»

O contracto especifica que o horário de trabalho é das 9h00 às 18h00? Então às 18h00, desliga-se o computador. Tarefas atribuídas? Sim, mas essas e mais nenhuma e só até àquela hora. Estes podem ser, resumidamente, os princípios do “quiet quitting”, que começou a ganhar tracção na Internet depois de um utilizador, que agora responde por @zaidleppelin, ter publicado um vídeo no TikTok em que explicava que não se trata de uma demissão propriamente dita, mas uma demissão da ideia de ir mais além no trabalho.”Ainda cumpres os teus deveres mas já não subscreves a mentalidade de que o trabalho tem de ser a tua vida. Não é”, ouve-se.
Basicamente, trata-se de não executar tarefas para as quais não se recebe compensação financeira, ou, como resume o The Wall Street Journal, não fazer mais do que o necessário para manter o emprego.
No rescaldo pandémico, muitos começaram a dar outra importância ao bem-estar e à saúde mental, o que pode explicar esta tendência emergente nas gerações mais jovens, dispostas a dizer “não” ao burnout e a mudar o statu quo.
Do passa-a-palavra ao debate aceso na internet e na Imprensa internacional foi um ápice. O desprendimento emocional face ao trabalho tem agora um nome e um número crescente de adeptos, para quem não faz sentido vestir a camisola da organização para lá do estritamente necessário, com sacrifício de tempo e saúde e sem ganhos que o justifiquem.
Os resultados do relatório “State of the Global Workplace”, divulgado pela Gallup, sobre o local de trabalho e o bem-estar, parecem confirmar a tendência: o grau de envolvimento dos trabalhadores norte-americanos desceu para 32% no primeiro trimestre deste ano (era de 36% em 2020 e de 34% em 2021) e a percentagem de “não envolvidos” – que definem limites profissionais e cumprem os mínimos – aumentou para 17% (era de 14% em 2020 e de 16% em 2021). O coordenador do estudo, Jim Harter, afirmou ao The Wall Street Journal que mais de metade dos inquiridos deste grupo tinha idades iguais ou inferiores a 33 anos e a maioria cultivava a “desistência silenciosa”.
A causa pode estar na falta de entusiasmo e propósito, nas aspirações não atendidas pelos empregadores ou no facto de muitos terem percebido que trabalhar para aquecer não compensa, após verem familiares e amigos dispensados durante a pandemia, apesar dos seus esforços e da sua lealdade. As mensagens de Kahn no TikTok – “desfrutar a vida também é produtivo” – acabam por ser um abre-olhos para uma imensa minoria, gerando ondas de choque no meio corporativo.
“Tang ping”: a versão asiática (e prévia) do fenómeno
Curiosamente, esta postura face ao trabalho já estava a dar que falar desde o ano passado, na China, conhecida pela cultura materialista, de trabalho árduo, jornadas longas e salários baixos. Cansados da “corrida de ratos” em que as suas vidas estavam a tornar-se – e em protesto contra os valores que estavam na sua base – milhares de jovens chineses iniciaram uma forma de resistência insólita, passando a conduzir-se no registo “tang ping” (deitar-se ao comprido, ou, em língua inglesa, “lying flat”). Como a expressão sugere, a meta é não fazer nada, ou, se quisermos, atirar a toalha ao chão, virando costas aos ideais da cultura vigente: o carro, a casa, os filhos, o emprego e as horas extra (poupando-se ao lamento angustiante, tão bem retratado pela banda Talking Heads, na canção Once in a Lifetime, “Como é que eu cheguei aqui?”).
Radical? Talvez, ou nem por isso, se olharmos para este fenómeno como o contraponto da prosperidade económica e que não contempla, na perspectiva das gerações mais jovens, o que seriam os mínimos de bem-estar para se ter uma vida além da tal corrida laboral desenfreada. Não por acaso, o movimento nasceu num centro tecnológico em Shenzhen, no sudeste da China, onde impera a cultura “996” (trabalhar das 9h às 21h, seis dias por semana, num total de 72 horas, sem que seja garantido qualquer pagamento extra).
O “tang ping” tornou-se viral em Abril de 2021 e o impacto foi tal que, em Outubro, o presidente Xi Jinping emitiu um aviso aos jovens, num jornal do Partido Comunista Chinês. “Uma vida feliz alcança-se pela luta e a prosperidade depende do trabalho duro e da sabedoria”, assegurou, alertando para a necessidade de, entre outros, “formar um ambiente de desenvolvimento onde todos participem e evitar a ‘involução’ e o ‘deitar-se ao comprido’.”
Talvez não tenha sido suficiente para quebrar a resistência que, como seria expectável, se foi expandindo no mundo globalizado – da Austrália aos Estados Unidos e Europa – com cada vez mais jovens adultos a porem o dedo na ferida e a revoltarem-se contra a “asiatização” (precariedade) laboral e o desperdício de tempo de vida, que é só uma, em actividades não reconhecidas nem pagas.
“Já vais embora?”
“Hoje, nenhum jovem tem constrangimentos em desligar o computador e sair à hora”, assegura Vânia Borges, directora de recursos humanos da Adecco. “As pessoas não estão a desistir do trabalho, só deixaram de pô-lo em primeiro lugar, para se focarem no que é importante para elas.” Mesmo que prolonguem o tempo de trabalho numa situação pontual, “não ficam até mais tarde no emprego por sistema, para evitar comentários ou parecer bem”.
A prática do presentismo, “ainda enraizada entre nós e que não beneficia ninguém”, é malvista noutros países europeus, onde as leis têm vindo a contemplar, entre outros, o direito à desconexão no meio corporativo. Em Portugal, as alterações ao Código do Trabalho aprovadas no ano passado penalizam empregadores que contactem os funcionários em período de descanso, e as mensagens de correio electrónico “indevidas” trazem uma advertência, elucidando que o envio foi feito em horário inconveniente para o emissor e não requer resposta imediata.
“As pessoas não são máquinas”, observa António Moura Queirós, responsável de consultoria organizacional da empresa Alento. “Trabalhar sempre acima do grau em que é suposto, excedendo expectativas, passa uma mensagem errada ao empregador, porque depois não se consegue manter esse ritmo e há o risco de burnout”, esclarece. A alternativa seria fazer ajustes, mas “há muita falta de assertividade para pedir um programa de outplacement e fazer uma transição sustentável de carreira, por exemplo”.
O consultor adianta que o quiet quitting se assemelha à quebra do contrato psicológico (expectativas e promessas tácitas entre as partes), e encara-o como um mecanismo de sobrevivência em climas organizacionais não saudáveis: “Lideranças sem transparência, que monitorizam os trabalhadores, não confiam na sua autonomia e capacidade produtiva tendem a perder talentos e a ter colaboradores não comprometidos.”
Em Portugal, “temos um tecido empresarial pouco amadurecido, sem programas de acolhimento claros, mapeamento de competências, sistemas de incentivos e perspectivas de progressão”. Porém, notam-se sinais de mudança: “As empresas começam a investir na gestão de pessoas, mais pela necessidade de atrair candidatos do que por terem um laivo de consciência instantâneo.” 
Sem valores, nada feito
Hugo Bernardes, fundador e sócio-gerente da The Key Talent, entende que “a nossa cultura empresarial ainda não encara o envolvimento e a valorização do propósito de vida como um problema imediato”. O que pensar, então, do desabafo comum “Há muita gente que não quer trabalhar”? O psicólogo sublinha que “são as pessoas que escolhem as organizações e não o contrário”. E vê a escassez de colaboradores em certas áreas como um reflexo dos salários baixos: “Como diz uma famosa citação, se pagar em amendoins, terá macacos.”
As políticas de teletrabalho trouxeram novos desafios, na aculturação e no recrutamento: “A primeira coisa que pergunta quem concluiu o curso remotamente é qual a política de trabalho; se não for flexível, nem consideram a oportunidade.” O paradigma tem de mudar: “As organizações nem sempre são o que dizem ser; ou se alinham com os valores das pessoas e definem a sua proposta de valor ou nada feito.”
As novas gerações, influenciadas pela cultura Erasmus, “olham para os bens na perspectiva do uso e não da propriedade, querem ter experiências e tempo; o trabalho é uma componente da vida, nem sempre a principal”, afirma Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal, que aposta em medidas para cativar colaboradores, como a oferta de seguros de saúde, o trabalho híbrido – a pensar na redução de custos de deslocação e no aumento das taxas de juro –  e a criação de espaços para refeições e convívio.
Sobre a questão dos horários, Luís Miguel Ribeiro afirma tratar-se de um mito, até porque “ficar mais tempo no local de trabalho implica gastos extras, até de energia, e, caso aconteça, talvez seja preciso fazer ajustes”. No final de contas, “o bom senso e a razoabilidade resolvem grande parte dos desequilíbrios”.
*

* * *

Um sinal de progresso, sem dúvida, reacção saudável contra o capitalismo selvagem, que, desta vez, parece ter paralelo na Ásia, o que parece bom demais para ser verdade...

IMPRENSA OMITE IDENTIDADE ÉTNICA DE INDIVÍDUO DETIDO POR PERTENCER AO CALIFADO

"A Unidade Nacional Contra-terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ) deteve, no dia de hoje, um cidadão de 47 anos, para cumprimento de pena, pela prática de crimes de adesão, apoio a organização terrorista internacional e financiamento de terrorismo internacional", lê-se no comunicado enviado às redacções.
Segundo a PJ, o homem — que "vai ser conduzido ao estabelecimento prisional para cumprimento de pena" — já tinha sido condenado recentemente "numa pena única de oito anos e seis meses de prisão, com decisão transitada em julgado pelo Supremo Tribunal de Justiça".
"Estes agentes do crime de terrorismo apoiavam e suportavam, de distintas formas e em momentos diferentes, um conjunto de cidadãos nacionais, radicalizados em Londres e que posteriormente foram combater para a região sírio-iraquiana, onde são suspeitos de terem cometido inúmeros crimes de terrorismo e contra a humanidade. Um destes indivíduos foi recentemente condenado a uma pena de prisão aplicado pelas autoridades judiciárias iraquianas", adianta ainda a nota.
*
Fonte: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/policia-judiciaria-detem-homem-suspeito-de-pertencer-ao-estado-islamico?fbclid=IwAR0aw8odmICK8Ftp2xLiKMFtUp6Rlo0EMSzumEs7RbFSjIl7m2A0vwSy-rs

* * *

Ah, «conjunto de cidadãos nacionais radicalizados em Londres» - tudo «««jovens»»» da zona de Sintra, a área mais africanizada de Portugal. Todas as fotos deste pessoal que a imprensa popular mostrou são de negros. Só se desconhece a identidade étnica deste fulano de 47 anos...




MARROCOS - PRESIDENTE DE UNIÃO INTERNACIONAL DE ESTUDIOSOS MUÇULMANOS DIZ QUE NORMALIZAÇÃO DE RELAÇÕES COM ISRAEL É UMA «VERGONHA»

O estudioso islâmico marroquino Ahmad Al-Raysouni, presidente da União Internacional de Estudiosos Muçulmanos (IUMS), com sede no Qatar, disse em entrevista a 29 de Julho de 2022 na Blanca TV (Marrocos/Online) que a Mauritânia e a região do Saara Ocidental deveriam ser um parte de Marrocos, que a sua separação de Marrocos é uma "fabricação colonialista" e que uma marcha da Jihad deve ser organizada no Saara Ocidental e na cidade argelina de Tindouf, onde há grandes populações de refugiados do Saara Ocidental. Al-Raysouni também criticou o rei de Marrocos e o governo marroquino por normalizar as relações com Israel, dizendo que isto é uma "marca de vergonha". Afirmou que todos os benefícios da normalização das relações com Israel, que incluem benefícios económicos e reconhecimento internacional da soberania marroquina no Saara Ocidental, seria apenas temporário porque Israel deixará de existirAlém disso, Al-Raysouni disse que, devido à normalização com Israel, os judeus que deixaram Marrocos exigirão reparações mesmo tendo "contrabandeado dinheiro" de Marrocos e deixado o país como "traidores". Al-Raysouni recebeu muitas críticas no mundo árabe após esta entrevista, particularmente devido aos seus apelos para a marcha da Jihad no Saara Ocidental e Tindouf, na Argélia. A 28 de Agosto de 2022, Al-Raysouni renunciou ao cargo no IUMS. 

Ahmad Al-Raysouni: "Esta chamada normalização [com Israel] é, sem dúvida, uma marca de vergonha na história de Marrocos.

[...]

"Obviamente, esta normalização não vai durar. Pode durar alguns anos ou décadas, mas como dizem os Marroquinos, não se pode forçar o amor com a espada. Alguns marroquinos agora são forçados a demonstrar o seu amor a Israel e acolher os seus 'irmãos' judeus, que partiram e agora estão a voltar [como turistas]. Ou talvez sejam os seus filhos e netos que estão agora a chegar. [Dizem] que Marrocos se beneficiará disso e se tornará internacionalmente mais forte. Espera-se que os Marroquinos digam tudo isto, e as universidades, actores e empresários são obrigados a receber [os turistas israelitas]. Mas tudo isto é como forçar o amor com a espada. Não se pode forçar o amor com a espada. Portanto, esse amor artificial chegará ao fim Vai seguir o seu curso, o próprio Israel chegará ao fim e deixar-nos-á pendurados. Isto é realmente uma marca de vergonha. Marrocos não precisa disso.

[...]

"Marrocos é forte e não precisa de Israel. Não precisa de lavar as mãos da causa palestina dessa maneira e voltar-se contra a causa palestina dessa maneira. Como todos sabem, Marrocos enviou o seu exército [para combater Israel] na guerra de 1973. Participou na luta contra Israel. Israel pode exigir que Marrocos peça desculpas agora.

[...]

"Se Marrocos foi um agressor quando enviou o seu exército, eles vão exigir um pedido de desculpas depois de um tempo, e depois reparações. Eles também vão exigir reparações para os judeus que emigraram de Marrocos. Eles vão alegar que esses judeus deixaram casas e lojas para trás, enquanto a verdade é que eles contrabandearam dinheiro [para fora do país]. Eles saíram como traidores e agora estão a voltar. Isto é um grande problema. Um grande problema.

[...]

"Eu categoricamente não acredito na causa do Saara Ocidental. Pessoalmente, sigo a ideologia do [falecido político marroquino] Allal Al-Fassi. Eu disse antes que a existência da Mauritânia é um erro - para não mencionar o Saara Ocidental. Marrocos deve retornar ao que era antes da invasão europeia. A Mauritânia costumava fazer parte de... A nossa prova de que o Saara Ocidental faz parte de Marrocos é a promessa de fidelidade do seu Povo ao trono marroquino, mas os dignitários e estudiosos islâmicos do que é chamado de 'Mauritânia' – a terra de Chinguetti é o que realmente é... O juramento de fidelidade também está em vigor. Portanto, a causa do Saara Ocidental é uma invenção colonialista, assim como a Mauritânia. Em qualquer caso, Marrocos reconheceu a Mauritânia, ou foi deixada para o futuro ter a sua opinião. No entanto, desde que Marrocos ficou preso ao Sara, pelo menos, podemos dizer que o problema do Sahara Ocidental é uma invenção colonialista.

[...]

Não nos vamos contentar com uma marcha para Laâyoune. Haverá também uma marcha para Tindouf. Infelizmente, em vez de confiar no povo, o Estado decidiu confiar em Israel. Desejo que o Estado perceba que isso é uma mera ilusão e confie no povo novamente."

                                                       *

Fonte: https://www.memri.org/tv/morocco-islamic-scholar-raysouni-jihad-west-sahara-normalization-israel-shame-jews-traitors
https://www.jihadwatch.org/2022/08/islamic-scholar-moroccos-normalization-with-israel-is-mark-of-shame-if-king-called-for-jihad-we-are-ready

* * *

Um especialista da religião da paz a pregar o ódio a um Estado democrático? Quem diria...




ESPOSA DE JOGADOR ARGENTINO NÃO GOSTA DE VER GENTE MUITO BRANCA

Jorgelina Cardoso, em declarações recolhidas em 2020, contou a um programa argentino o "pesadelo" que foi viver em Manchester durante a passagem para esquecer do extremo argentino pelos red devils.
Na Martes, a Imprensa britânica colocou em destaque um vídeo gravado em 2020, em directo para o programa argentino LAM, no qual Jorgelina Cardoso, mulher de Ángel Di María, contou como foi a experiência de viver em Manchester enquanto o extremo argentino representou os red devils, na temporada 2014/15.
"Horrível... Manchester é péssimo, não tem nada de bom. Víviamos em Madrid e Ángel jogava pela melhor equipa do mundo, que é o Real Madrid. Estávamos perfeitos, com tempo perfeito, boa comida... e depois chega aquela proposta de Manchester. Eu disse-lhe: 'Nem pensar. Vais para lá sozinho'", começou por relatar.
Jorgelina Cardoso prosseguiu, revelando que a razão que levou o antigo extremo do Benfica para Old Trafford foi puramente económica, aspeto que chegou a ser muito criticado pelos adeptos merengues, que acusaram o extremo, na altura, de ser um mercenário.
"Trabalhas para uma empresa e a concorrência chega ao pé de ti e oferece o dobro do teu salário... Não aceitarias?", questionou, antes de explicar porque é que guarda tão más memórias da cidade inglesa.
"Não gostei de nada. As pessoas são todas branquinhas, simples e estranhas... Eles passam por ti e tu não sabes se te vão matar ou não. A comida é horrível e as mulheres parecem porcelana", considerou.
A mulher de Di María esclareceu no entanto que, nos momentos mais difíceis em Manchester, o casal apoiou-se mutuamente. É de referir que o extremo argentino teve uma passagem para esquecer nos red devils, saindo do clube ao fim de um ano.
"Eu nunca lhe disse: 'É por tua culpa que estamos em Manchester'. Eu dizia-lhe: 'Amor, quero matar-me... são duas da tarde e é de noite'", concluiu Cardoso.

*
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: https://www.ojogo.pt/internacional/noticias/esposa-de-di-maria-recorda-manchester-comida-horrivel-as-mulheres-pareciam-porcelana-15111520.html

* * *

Como bem disse o camarada que aqui trouxe a notícia, imagine-se o que era a senhora falar assim de, por exemplo, uma cidade carregada de negros e outras escuridões humanas: «Não gostei de nada. As pessoas são todas escuras, simples e estranhas... Eles passam por ti e tu não sabes se te vão matar ou não. A comida é horrível e as mulheres parecem feitas de carvão"...
Entretanto... quantas vezes terá a moça sido assaltada por gente branquinha... não referiu nenhuma... se calhar tem visto muitos filmes de zombies todos branquinhos, ou de fantasmas... de qualquer modo, deve preferir ir viver numa sociedade mais multirracial para ter menos medo... pode também ser verdade que o facto de ela ser argentina ainda a faça sentir hostilidade para com os Britânicos, depois da derrota nas Falkland ou Malvinas...
Enfim, ainda se tudo o que é não europeu pensasse isto da Europa com intensidade suficiente para se ir embora em vez de ficar para tentar a conquista...
De qualquer forma, que Manchester possa dar esta impressão a quem é de fora não é mau de todo, pelo menos parece indicar que ainda há por lá o que de melhor se pode ver na Europa e no mundo, as peles de porcelana, valha isso. 

ALEMANHA - JORNALISTA DOS «VERDES» CRITICA APOIO A IRANIANA QUE ATACA O VÉU ISLÂMICO

Masih Alinejad

O artigo no alemão “Tageszeitung (TAZ)” apareceu exactamente um dia antes do ataque com faca a Salman Rushdie. 
Tratou da questão de saber se a jornalista iraniano-americana Masih Alinejad foi legitimado para lutar contra o regime mulá em Teerão. A partir do seu exílio em Nova Iorque, Alinejad pede às mulheres iranianas que tirem os seus véus – para protestar contra a opressão religiosa e patriarcal no Irão.
A resposta dos média líderes da Esquerda verde foi: Não, Alinejad não tem esse direito. É verdade que milhares de mulheres seguem as suas ligações e postam fotos nas redes sociais. Mas isso, como a autora de “TAZ” Julia Neumann, especializada em “justiça social”, nos ensina, não é bom – mas “muito perigoso”. Neumann não está preocupada com as mulheres iranianas que aceitam espancamentos e prisões pela sua liberdade. Ela está mais preocupada com o facto de Alinejad estar a usar a narrativa da era colonial do Islão retrógrado para apoiar as ideologias ocidentais.
Sugere “que os homens brancos podem proteger as mulheres de cor dos homens de cor” e “que as mulheres devem ser libertadas do véu e, portanto, do Islão”. Se se quer realmente ajudar as mulheres no Irão e em qualquer outro lugar do mundo, conclui Neumann, é preciso lutar contra o patriarcado global, essa “construção de política global, grandes negócios, poder político e instituições”.
Se os mulás em Teerão tivessem lido o artigo, poderiam ter aplaudido tanto quanto no dia seguinte. Masih Alinejad, como Salman Rushdie, é uma das inimigas mortais do regime. A activista anti-lenço na cabeça deve temer ataques tanto quanto o escritor. Segundo o FBI, agentes iranianos planearam um sequestro para levar Alinejad a julgamento na sua antiga terra natal. Os jornais iranianos também publicaram fotos dela com uma corda no pescoço.
Mas como é que um jornal supostamente comprometido com a emancipação das mulheres como o “TAZ” chega a denegrir uma activista crítica do regime como um fantoche de homens brancos malvados e banalizar um regime que despreza as mulheres? No Ocidente, Julia Neumann sugere, as mulheres são tão oprimidas quanto no Irão. Além disso, os homens também precisam cumprir os códigos de vestimenta e cobrir os joelhos e os ombros. E alguém no Ocidente pensaria em isentar as freiras do véu para ajudar todas as mulheres? Claro que não.
Pode-se descartar o artigo do “TAZ” como um lapso, como uma aberração ideológica de um jornal que também equiparou as mulheres da polícia a lixo. Mas trata-se de um fenómeno generalizado. Como nos seminários universitários pós-coloniais, tornou-se moda nos média “desconstruir” críticas a Estados, símbolos e ideologias islamistas – como narrativas brancas e racistas. Estas “narrativas”, sugere-se ao público, são baseadas no preconceito e servem apenas para legitimar a dominação masculina branca.
A crítica ao lenço de cabeça, que as meninas da escola primária (têm que) usar hoje mesmo em cidades como Zurique e Berlim, é nessa lógica um ataque racista a uma minoria colectiva e globalmente oprimida. Alguns jornalistas, académicos e políticos ocidentais, portanto, difamam todos os críticos do Islão como lacaios de reaccionários de Direita, mesmo que, como Masih Alinejad, tenham experimentado em primeira mão a opressão motivada pela religião.
Os apologistas do islamismo conservador ao radical, por outro lado, são cortejados e celebrados pelo seu activismo. Por exemplo, o Conselho da Europa, em cooperação com organizações islâmicas como a Femyso, lançou uma campanha do véu financiado pelos contribuintes sob o slogan “A liberdade está no hijab”. A mesma mensagem também foi divulgada pelas emissoras alemãs ARD e ZDF no início deste ano. O programa juvenil “Funk” apresentou ao público jovens mulheres que anunciavam as suas roupas religiosas com slogans como “Meu lenço, minha escolha”. O hijab, diziam, representava dignidade, anti-racismo, disciplina e feminismo, contrariando todos os preconceitos racistas.
Não houve vozes discordantes, embora as emissoras públicas sejam obrigadas a ser equilibradas. A contribuição parece ainda mais estranha porque a ARD e a ZDF relatam criticamente os códigos de vestimenta em outros programas.
O programa (publicitário) foi produzido pelo grupo “Datteltäter”. O grupo visa combater satiricamente os preconceitos contra os muçulmanos, mas os membros individuais têm repetidamente atraído a atenção por causa da sua completa falta de ironia e proximidade com o meio islâmico. A ex-activista “Datteltäter” e ex-candidata ao cargo de apresentadora do WDR Naomi El-Hassan, por exemplo, participou na marcha anti-semita Al-Kuds e frequentou uma mesquita em Hamburgo que, segundo os serviços secretos, é subordinado ao regime iraniano. Outro ” Datteltäter” e actual colaboradora do “Süddeutsche”, Nour Khelifi, foi homenageada com prémios pela cena dos média. Entre outras coisas, porque ela ridicularizou as influências islâmicas em jardins de infância austríacos que haviam sido identificadas por um educador religioso.
Comentando sobre o ataque de assassinato a Salman Rushdie, Khelifi disse: “Salman Rushdie foi esfaqueado até a morte em palco aberto e as pessoas no Twitter consideram isso uma chance bem-vinda de trazer à tona o seu racismo anti-muçulmano mais repugnante”. O tweet foi apagado desde então, mas segue o mesmo padrão do post “TAZ” contra Masih Alinejad: o que é escandaloso não é a violência islâmica. O que é escandaloso são as “narrativas” racistas no Ocidente.
Masih Alinejad e Salman Rushdie alertaram repetidamente contra este duplo padrão supostamente anti-racista. No entanto, é cada vez mais prevalente. O acerto de contas de Julia Neumann com Masih Alinejad caiu mal na comunidade “TAZ”. A equipe editorial sentiu-se compelida a publicar um contra-artigo da autora e cientista política nascida no Irão Gilda Sahebi. As relativizações de Neumann, as suas comparações de freiras e suas banalizações, escreve Sahebi, são difíceis de aceitar – e muito perigosas.
*
Fonte: https://www.jihadwatch.org/2022/08/germany-leftist-newspaper-says?fbclid=IwAR0FgIP-0S1xbcfSEmtFUTCQpqzPMNwnlP9gfkQiZUhHYOOw9OxYBaxBj9M

* * *

Nada de novo, Julia Neumann só diz o que o resto da elite universalista pensa - tudo o que se refira à religião do Sagrado Alógeno é também sagrado, tal como as relíquias dos santos da Idade Média, santificava-se até um tecido ou um osso do mindinho de um apóstolo, de um mártir ou de outro santo qualquer...
Na hierarquia da Inquisição Anti-Racista, o feminismo é muito respeitado!, mas está evidentemente bem abaixo do próprio anti-racismo, pelo que os direitos das mulheres só podem ser protegidos contra o heteropatriarcado europeu!, porque quando o opressor é o heteropatriarcado muçulmano, há que meter a viola no saco, charápe... Por isto mesmo é que a inquisidora alemã que faz de jornalista diz que é preciso focar a atenção no «heteropatriarcado global», para depois bater no capitalismo dirigido pelo grande capital... o grande capital... o grande capital (alegadamente) dirigido pelo homem branco, olha que coincidência... Para isso, a fulana nem tem o mais pequeno pudor em atirar uma mulher para debaixo do comboio do heteropatriarcado muçulmano, porque a esta activista antirra não cabe na cabeça a situação em que uma iraniana precisa do ocidental para se defender do «escuro», isto não bate nada bem com a narrativa antirra, ainda que aparecesse em cena um negro a defender as mulheres brancas contra o patriarcado branco, isso sim!, isso é que era falar!!, agora desta maneira, francamente, não pode mesmo ser, não pode porque não pode, porque é pecado, por isso a anti-racista não vai de modas, condena a iraniana e acabou, nem lhe custa nada, porque vergonha não há nenhuma...