MIL DIAS DE AGRESSÃO IMPERIALISTA PUTÍNICA A UMA NAÇÃO EUROPEIA
Deixar que Putin e seus putinetes vençam a Ucrânia é deixar que o mais forte imponha a sua lei ao mais fraco. Isso é a lei «da rua», da pildra, do recreio escolar - não é seguramente a lei de uma sociedade civilizada.
Aqui tem em primeiro lugar de haver prudência - se a Ucrânia não tivesse devolvido as armas nucleares a Moscovo na condição de nunca ser invadida (é no que dá confiar em imperialistas), se Biden não tivesse dado provas de fraqueza com o mega-desastre que foi a vergonhosa retirada do Afeganistão e, depois, com a sua ridícula ameaça de «sanções» nas vésperas da invasão de 2022, se a OTAN tivesse desde o início adoptado uma posição de força, talvez o rufia do KGB não tivesse tido o atrevimento que teve, e que entretanto pode voltar a ter, nomeadamente contra a Estónia. Se Putin perceber que as populações ocidentais não estão dispostas a lutar de maneira nenhuma pela Europa unida, nem sequer a suportar ameaças nucleares de bullies, vai ser fácil, a Estónia nem um dia de batalha suporta. Nem a Estónia, nem a Lituânia, nem a Letónia. Num instante está o Putiname às portas de Varsóvia. Nessa altura já começa a ser realmente difícil que não haja jovens europeus a serem enviados para uma frente leste onde pululem não apenas soldados russos mas também norte-coreanos, que, segundo se noticia, poderão vir aos cem mil para solo europeu. Não é nada impossível que, entretanto, Marrocos, observando o estado de fraqueza da UE incluindo a Espanha nas mãos de um governo de Esquerda, aproveite para entrar em Perejil, etc....
3 Comments:
É surreal a inoperância das elites ocidentais, estamos na face de um império que quer erguer as botas da União Soviética, tanto que até tem erguido vários estátuas a nomes como Estaline e Lenine: https://www.politico.eu/article/back-to-the-future-russia-unveil-new-stalin-statue/ num saudosismo desses tempos tenebrosos. E a ultra-direita na Europa, apesar de a maioria apoiar a Ucrânia, casos dos Vox, Le Pen, Meloni, Chega etc e ao contrário do que dizem até mesmo o Salvini, que ainda não foi há muito tempo (4-5 meses) chamou o Putin de criminoso de guerra: https://youtube.com/watch?v=IsDD5_JHiRs
Ainda há gente supostamente da nossa área, e que os há, que ou não sabem o que são nações, ou de facto são é imperialistas que defendem sempre o mais forte, falta de valores enorme e incoerência atroz.
Sim, na boca desse pessoal a conversa do Nacionalismo, e de que «Nacionalismo não é odiar os outros, é amar os nossos!», era tudo lérias ou, aliás, subtexto para agredir. Assim que vêem um exército grande, com gajos grandes parecidos com eles próprios fisicamente, ou com o que eles queriam ser, a marchar por cima de tudo e todos, ficam logo todos contentes. A vivência de rua ou dos amigalhaços de bairro vem-lhes ao de cima, a lei do mais forte équé boa. Se lá no bairro há um gajo que dá mais porrada que os outros, é preciso é ser amigo dele, e nem pensar em chamar a bófia, aquilo é para ficar entre o pessoal do bairro - ou seja, a hierarquia da força é para «respeitar» (submeter-se a, mas «com estilo», como homenzarrões que obedecem a outros homenzarrões...). Já ouvi da boca de um militante, aqui há duas décadas, que, relativamente a um gajo qualquer poderoso, este militante dizia «eu respeito-o, porque tem poder para me fazer mal». Felizmente que o pessoal civilizado como Marine Le Pen e Meloni é maioritário nestas hostes.
Claro que, literalmente falando, a incoerência é muita; convém, no entanto, ouvir e perceber o que se diz, desde sempre, nas entrelinhas. Nesse sentido, talvez nem sejam realmente incoerentes porque o que sempre quiseram realmente da ideia de Nação foi a supremacia, não uma salvaguarda propriamente identitária. Faz lembrar um filme de Woody Allen em que um diálogo de um casal à mesa tem legendas no original em Inglês para explicar o que é que os interlocutores estão realmente a querer dizer: https://pt.pinterest.com/pin/113927065559747921/ (a itálico lê-se o que eles estavam realmente a querer dizer ou a pensar).
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