quarta-feira, maio 08, 2013

LÍNGUAS DE PORTUGAL À SIBÉRIA COM ORIGEM COMUM NO SUL DA EUROPA



Agradecimentos a quem aqui trouxe esta intrigante notícia: http://expresso.sapo.pt/linguas-de-portugal-a-siberia-tem-origem-comum=f805483#ixzz2SiBRtsdZ (texto da notícia a itálico, comentários do blogueiro a escrita normal)
Uma equipa de cientistas britânicos e neozelandeses descobriu que as línguas hoje faladas por 2,6 mil milhões de habitantes da Europa e da Ásia (37% da população mundial), numa vasta região que vai de Portugal à Sibéria, tem origem numa única língua falada no sul da Europa há 15 mil anos, no final da última era glaciar.
Até agora sabia-se que existia uma raiz comum para as chamadas línguas indo-europeias, faladas no norte e centro da Índia, Bangladesh, Nepal, quase todo o Afeganistão e Paquistão, Irão, leste da Turquia (Curdistão) e em toda a Europa, à excepção da Hungria, Finlândia, Geórgia e várias regiões do norte da Rússia.
Mas as conclusões dos cientistas vão agora muito mais longe: para além das línguas indo-europeias, existem mais seis famílias linguísticas euroasiáticas que têm a mesma origem (altaica, dravidiana, caucasiana meridional, urálica, chukchee-kamchatkan e inuíte-yupik), abrangendo aqueles três países europeus, uma vasta área da Sibéria, a maior parte da Turquia, os quatro países turcófonos da Ásia Central, o sul da Índia, a Mongólia, o Alasca e mesmo algumas regiões da China.
Num artigo publicado na revista científica de referência internacional "Proceedings of the National Academy of Sciences", os investigadores das universidades de Reading (Reino Unido), Auckland e Waikato (Nova Zelândia) sublinham que "algumas das palavras hoje mais usadas mantiveram-se sob várias formas desde o final da última era glaciar, há 15 mil anos".
Esta conclusão é fundamental, porque a ideia de uma gigantesca família de línguas euroasiáticas é polémica, já que muitas palavras evoluem demasiado depressa para preservarem as suas raízes ancestrais.
Como refere o jornal britânico The Guardian, "a maior parte das palavras tem 50% de hipóteses de ser substituída por outras não relacionadas em cada período de 2000 a 4000 anos".
Mark Pagel, um biólogo da evolução da Universidade de Reading envolvido na descoberta, afirma que "o facto de se poderem identificar palavras que retêm traços da sua profunda ancestralidade, revela-nos que temos a capacidade de transmitir oralmente informação muito complexa e precisa ao longo de dezenas de milhares de anos".
Esta informação, contida nas palavras, é preservada em grandes espaços geográficos e durante um largo período de tempo, apesar de os cientistas terem concluído que a língua comum existente há 15 mil anos se desdobrou em línguas separadas nos cinco mil anos seguintes.
Pagel usou um modelo de computador para prever quais as palavras hoje frequentemente usadas que mudaram muito pouco e identificou 23, entre as quais "eu", "nós", "homem", "mãe", o verbo "espetar", "casca" e "minhoca".  

Falta aí a referência a idiomas não indo-europeus cujos Povos se situam na Europa, a saber, o Basco e o Estónio. Este último pertence à família urálica, tal como o Finlandês. Quanto ao primeiro, o dos Bascos, continua ao que parece a ser uma incógnita no que à sua origem e classificação diz respeito, o que só por si não justifica a sua ausência no mapa acima, e no texto do Expresso, embora o artigo original o refira: http://www.pnas.org/content/early/2013/05/01/1218726110.full.pdf+html

Teorias que buscam raizes comuns para as diferentes famílias linguísticas não são raras, já há muito se esboçam. Todavia, julgo que entre tais teorias se assinalava a eventualidade de o Indo-Europeu e o Semita terem a mesma origem num hipótetico antepassado comum, o chamado Nostrático (http://en.wikipedia.org/wiki/Nostratic_languages): aí incluir-se-ia, a par do Indo-Europeu, também a famílias das línguas ditas Afroasiáticas: Semita, Berbere, Cuchita, Egípcio antigo, Chádico e Omótico (http://en.wikipedia.org/wiki/Afroasiatic_languages). Afinal toda esta malta afroasiática está (ainda) mais distante do Indo-Europeu do que o Húngaro e o Dravídico, por exemplo, reforçando, entretanto, a teoria segundo a qual este último, o dos Drávidas, ser fundamentalmente caucasóide.

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Isto implica em dizer que a língua mais antiga, a língua mãe, é proveniente da Europa e não da India? Tendo se espalhado da Europa para a India e não o contrário?

8 de maio de 2013 às 19:44:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Assim parece, se for confirmada a veracidade desta teoria.

8 de maio de 2013 às 22:09:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Todos falam que o grego, o latim, o sumério, etc... derivam do sanscrito. Isto ai está informando que é o contrário, sendo que o sanscrito é mais complexo que estas outras línguas.

9 de maio de 2013 às 00:52:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Isto implica em dizer que a língua mais antiga, a língua mãe, é proveniente da Europa e não da India? Tendo se espalhado da Europa para a India e não o contrário?

no mapa do dienekens o homeland não parece ser o sul da europa; minhas outras refutações sobre a meia duzia de ex-berberes e ex-semitas engolidos no ne do congo, tal como o anacronismo ex-dravida; nada tem a ver aquela estatua de harappa com estes do pos-rotas..a estatua até tinha um toque de munda pre-lixo nos olhos, mas no resto parecia ter base caucasoide no dna, cranio. mandibula e cia..e sabendo que a cultura do arroz do leste da asia chegou ali..

9 de maio de 2013 às 02:22:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Assim parece, se for confirmada a veracidade desta teoria.

não é improvavel que todos os europideos tenham origem no centro-leste da europa, dada a geodesia da asia proxima, costa norte do saara, asia central, sul da siberia e cia, agora obviamente que quanto mais vc se afasta geodesicamente do banco de gens original, mais vc fica perto de outros bancos de gens e mais exposto a eles via rotas podres e cia; daí o padrão da degeneração maior dos "residuos" nos europideos fora da europa, que na maior parte coincide com não-aryas e aryas meridionais extra-europeus a leste de kurgan

9 de maio de 2013 às 02:25:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

da Europa e não da India?

kkk, nunca se colocou o homeland proto-arya ou proto-nostratico em nenhum dos dois casos no indo-ganges; mesmo a indo-arya/indo-iraniana ficava na asia central; não apenas pelo padrão geodesico que explica melhor tal bifurcação divergente a nivel do r1a-sul e j-norte, como tambem pela zona arqueologica bmac, que ficava na proto-bactria/margiana

9 de maio de 2013 às 02:32:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Esse mapa contem erros:

- o Arzebaijão é mostrado como indo-europeu;

- o mapa da Estonia deveria estar em azul tb igual a Finlandia e a Hungria;

- o mapa da Moldávia deveria está em amarelo pois lá eles falam romeno.

9 de maio de 2013 às 10:54:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Esse mapa contem erros:

- o Arzebaijão é mostrado como indo-europeu;

- o mapa da Estonia deveria estar em azul tb igual a Finlandia e a Hungria;

- o mapa da Moldávia deveria está em amarelo pois lá eles falam romeno."


e esqueceram-se do País Basco.

9 de maio de 2013 às 18:55:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

e esqueceram-se do País Basco.

todos estes mapas sempre contem erros

10 de maio de 2013 às 16:04:00 WEST  

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