O PORTUGUÊS MAIS MAL PAGO VAI PODER BEBER MAIS UM CAFÉ POR DIA!
Ah, o progresso, a prosperidade...
O provável aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) dará apenas para um café por dia tendo em conta a perspectiva mais optimista: esta remuneração passar para os 405 euros mensais. O aumento é pouco significativo para os quatro por cento da população activa que aufere este rendimento, mas faz os patrões temerem “um problema mais sério”.
E que «problema sério» será este?...
Vejamos:
O aumento pode parecer pouco significativo, mas as confederações patronais temem as suas implicações. Contactados pelo Correio da Manhã, José António Silva, da Confederação do Comércio de Portugal (CCP), e Francisco van Zeller, da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), estão preocupados com a situação financeira de muitas empresas que possam não conseguir sustentar os aumentos. “Historicamente, o aumento do salário mínimo tem servido de referência para o aumento dos restantes salários. Logo, se o primeiro for exagerado poderemos vir a estar perante um problema muito sério”, considerou José António Silva, frisando que muitos sectores do comércio português enfrentam actualmente grandes dificuldades e não poderão suportar a situação. Já Van Zeller lembrou que “automaticamente a subida do SMN empurrará todo os outros salários para cima” e frisou que muitas empresas poderão ver-se obrigadas a fechar (...)
Mas quem é que os obriga a aumentar os restantes salários?
Será possível que não se compreenda a necessidade de combater os desníveis salariais de maneira a que este País não continue a caminhar para uma situação terceiro-mundista, com uma minoria de ricos cada vez mais apodrecidos de riqueza e uma esmagadora maioria de pobres cada vez mais desgraçadamente miseráveis?
É em coisas destas que se vê o atraso dum País - quando as próprias «elites» ou classes dirigentes não percebem que todo o Povo tem iguais direitos ao consumo e ao bem-estar.
Na mesma notícia, leia-se um pouco mais abaixo a confirmação da vergonha:
SALÁRIO MÉDIO
O salário médio de base em Portugal ronda os 804,22 euros, o valor mais baixo da UE a 15 membros. Na União Europeia alargada, novos membros como a Eslovénia ou Malta têm remunerações superiores à nacional.
Ora a Eslovénia saiu do miserável bloco de leste há relativamente poucos anos.
Onde é que está afinal aquela treta de «Portugal ao nível da Grécia e da Irlanda»?
Veja-se a lista dos salário mínimos mensais de diversos países (em euros):
Luxemburgo: 1369
Holanda: 1249
Bélgica: 1163
França: 1154
Reino Unido: 1105
Irlanda: 1073
Estados Unidos: 877
Grécia: 605
Malta: 535
Espanha: 526
Eslovénia: 451
Portugal: 416
Hungria: 212
Polónia: 201
República Tcheca: 199
Estónia: 138
Lituânia: 125
Eslováquia: 118
Letónia: 116
Turquia: 89
Roménia: 73
Bulgária: 56
(Quelle: Eurostat, dados de janeiro de 2003)
O provável aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) dará apenas para um café por dia tendo em conta a perspectiva mais optimista: esta remuneração passar para os 405 euros mensais. O aumento é pouco significativo para os quatro por cento da população activa que aufere este rendimento, mas faz os patrões temerem “um problema mais sério”.
E que «problema sério» será este?...
Vejamos:
O aumento pode parecer pouco significativo, mas as confederações patronais temem as suas implicações. Contactados pelo Correio da Manhã, José António Silva, da Confederação do Comércio de Portugal (CCP), e Francisco van Zeller, da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), estão preocupados com a situação financeira de muitas empresas que possam não conseguir sustentar os aumentos. “Historicamente, o aumento do salário mínimo tem servido de referência para o aumento dos restantes salários. Logo, se o primeiro for exagerado poderemos vir a estar perante um problema muito sério”, considerou José António Silva, frisando que muitos sectores do comércio português enfrentam actualmente grandes dificuldades e não poderão suportar a situação. Já Van Zeller lembrou que “automaticamente a subida do SMN empurrará todo os outros salários para cima” e frisou que muitas empresas poderão ver-se obrigadas a fechar (...)
Mas quem é que os obriga a aumentar os restantes salários?
Será possível que não se compreenda a necessidade de combater os desníveis salariais de maneira a que este País não continue a caminhar para uma situação terceiro-mundista, com uma minoria de ricos cada vez mais apodrecidos de riqueza e uma esmagadora maioria de pobres cada vez mais desgraçadamente miseráveis?
É em coisas destas que se vê o atraso dum País - quando as próprias «elites» ou classes dirigentes não percebem que todo o Povo tem iguais direitos ao consumo e ao bem-estar.
Na mesma notícia, leia-se um pouco mais abaixo a confirmação da vergonha:
SALÁRIO MÉDIO
O salário médio de base em Portugal ronda os 804,22 euros, o valor mais baixo da UE a 15 membros. Na União Europeia alargada, novos membros como a Eslovénia ou Malta têm remunerações superiores à nacional.
Ora a Eslovénia saiu do miserável bloco de leste há relativamente poucos anos.
Onde é que está afinal aquela treta de «Portugal ao nível da Grécia e da Irlanda»?
Veja-se a lista dos salário mínimos mensais de diversos países (em euros):
Luxemburgo: 1369
Holanda: 1249
Bélgica: 1163
França: 1154
Reino Unido: 1105
Irlanda: 1073
Estados Unidos: 877
Grécia: 605
Malta: 535
Espanha: 526
Eslovénia: 451
Portugal: 416
Hungria: 212
Polónia: 201
República Tcheca: 199
Estónia: 138
Lituânia: 125
Eslováquia: 118
Letónia: 116
Turquia: 89
Roménia: 73
Bulgária: 56
(Quelle: Eurostat, dados de janeiro de 2003)
posted by Caturo at terça-feira, novembro 14, 2006
5 Comments:
"...quando as próprias «elites» ou classes dirigentes não percebem que todo o Povo tem iguais direitos ao consumo e ao bem-estar"
Qual é a diferença entre vocês e os comunas? Os comunas também acreditam que o Estado deve providenciar o bem-estar do Povo.
Não suporto o capitalismo salvagem americano, mas a verdade é que o nosso povo não gosta muito de trabalhar, e muitos são parasitas. Ora, porque raio é que todos deverão ter os mesmos direitos de bem-estar?
Qual é a diferença entre vocês e os comunas? Os comunas também acreditam que o Estado deve providenciar o bem-estar do Povo
Sim, o Estado deve providenciar o bem-estar do Povo, até porque é mesmo para isso que ele serve, a seguir à função de salvaguardar a existência da Nação.
Não suporto o capitalismo salvagem americano, mas a verdade é que o nosso povo não gosta muito de trabalhar, e muitos são parasitas.
Não é isso que está em causa. Fala-se aqui daqueles que trabalham - que trabalham e são mal pagos. Isso é inadmissível e envergonha Portugal no contexto europeu.
Ora, porque raio é que todos deverão ter os mesmos direitos de bem-estar?
Porque o trabalhador braçal tem tanto direito como o grande empresário estatal a usufruir dos seus prazeres e a gozar tranquilamente o seu fim de semana sem estar a pensar como é que vai viver na segunda parte do mês.
"Qual é a diferença entre vocês e os comunas? Os comunas também acreditam que o Estado deve providenciar o bem-estar do Povo"
O Estado existe para servir os interesses da comunidade..não é a comunidade que tem que servir o Estado.
"Não suporto o capitalismo salvagem americano, mas a verdade é que o nosso povo não gosta muito de trabalhar, e muitos são parasitas. Ora, porque raio é que todos deverão ter os mesmos direitos de bem-estar? "
Não. Todos têm direito a um padrão mínimo de bem-estar...não é um padrão igual para todos.
este pais esta cada vez pior, o nivel e poder de compra descem dia apos dia. Ainda me lembro ha 10 anos, os meus pais tinham muito maior poder de compra que hoje.
Agora eu nem emprego consigo..
mesmo que consiga, terei uma vida miseravel.. mal conseguirei comer.. mal conseguirei poupar para investir e poder ter uma vida melhor... enfim tou mesmo lixado
A unica salvaçao é mesmo ir po estrangeiro, mas actualmente tb é fodido, mto desemprego por la tambem.
enfim tou fodido :(
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