segunda-feira, junho 16, 2014

NO ESTADO PAPAL - ENCONTRO INTER-RELIGIOSO EM NOME DA PAZ TERMINA COM MUÇULMANO A ORAR PELO TRIUNFO SOBRE OS INFIÉIS...

Fontes: 
http://portocanal.sapo.pt/noticia/28082/
http://www.alertadigital.com/2014/06/15/la-ultima-del-francisco-el-papa-permite-que-un-imam-rece-por-la-victoria-de-los-musulmanes-sobre-los-infieles-dentro-del-vaticano/

O papa Francisco apelou no dia 8 de Junho à "coragem" para fazer a paz, numa oração conjunta com os presidentes israelita e palestiniano, que decorreu nos Jardins do Vaticano, pela paz no Médio Oriente.
"Fazer a paz implica coragem, muito mais do que a guerra", disse o papa, acrescentando uma prece a Deus: "Coloca nos nossos corações a coragem para dar passos concretos para alcançar a paz".
O papa elogiou a presença dos dois presidentes, que considerou "um grande sinal de fraternidade, que fazem como os filhos de Abraão, e expressão concreta de confiança em Deus, Senhor da História, que hoje nos olha como irmãos, e deseja conduzir-nos pelos seus caminhos".
Francisco relembrou que o encontro foi "acompanhado pela oração de muitas pessoas, de diferentes culturas, nações, línguas e religiões".
(...)
No regresso de uma peregrinação à Terra Santa, no final de Maio, Francisco fez questão de esclarecer, junto dos jornalistas, a ideia de uma oração a três, à medida que cresciam as especulações sobre uma possível mediação do Vaticano.
"Talvez me tenha explicado mal... Este encontro para uma oração não vai ser uma mediação ou para encontrar soluções. Vamos estar juntos para rezar, é tudo. E depois, regressa cada um a sua casa", disse o papa.
O objetivo do papa é mostrar que as três religiões monoteístas têm raízes comuns e devem entender-se sobre a paz numa terra sagrada para as três. Por isso, Francisco deixou a oração do "Pai Nosso" no Muro das Lamentações, onde abraçou um rabino e um professor muçulmano.

O que o texto não diz é que a seguir deu-se um escandalozito assaz significativo. O imã convidado para o evento resolveu rezar para que o seu «Deus», Alá, desse aos muçulmanos a vitória sobre os infiéis, como a seguir se lê, no Alerta Digital:

«(...) inesperadamente incluiu na sua recitação, porventura em Árabe, as últimas palavras da segunda sura: "Tu és o nosso amo, dá-nos a vitória sobre os povos infiéis."
Este detalhe, que aparentemente passou despercebido pela maioria, foi detectado por um escritor de origem egípcia a viver na Alemanha, Hamed Abdel-Samad, que o difundiu pela imprensa. Vários média franceses deram a notícia.
(...)  A segunda sura é uma espécie de resumo heteróclito do Alcorão e da charia ou lei islâmica. Predica a jihad ou guerra santa. Nesta sura encontra-se o versículo 191 que diz «Matai-os onde quer que os encontreis (...) A associação [de figuras a «Deus», ou seja, a trindade católica] é mais grave do que o assassínio. Combatei-os até que não mais haja associação e a religião seja só para Alá.»
Hamed Abdel-Samad escreveu por isso na sua página de Facebook: "Nos jardins do Vaticano, o clérigo muçulmano conclui a sua oração com o versículo: 'Que Alá nos ajude a alcançar a vitória contra os infiéis!' É a isto que se chama uma oração pela paz! Resta dizer que essa chamada à vitória sobre os povos infiéis não estava nos textos das orações publicadas em distintos idiomas, e esse versículo não estava na oração muçulmana. É o representante muçulmano quem à última da hora decide adicioná-lo para ser um bom muçulmano.»
Das três orações dos distintos representantes religiosos do encontro, a página oficial do Vaticano só tem as palavras do papa Francisco. As outras duas foram retiradas.»

Faz lembrar a história da rã e do escorpião... o escorpião pediu à rã para o deixar ir em cima dela até à outra margem do rio. A rã começou por recusar, dizendo que assim que o escorpião lhe subisse para cima a picaria mortalmente com o seu ferrão, ao que o escorpião respondeu «não sejas parva, não vês que eu não teria interesse nenhum nisso?, se eu te picasse íamos os dois ao fundo e eu morreria também, o teu receio não tem lógica nenhuma.» A rã lá se convenceu e deixou que o escorpião fosse à boleia em cima dela - de facto o que o escorpião dissera parecia do mais lógico e racional. A meio do trajecto o escorpião picou mortalmente a rã, que, moribunda, lhe disse «Não percebo, então porque é que me picaste?, agora também vais morrer... que estupidez, não faz sentido...» O escorpião retrucou: «Sim, tens razão, mas isto foi mais forte que eu. É a minha natureza...»

Ou então, ou então, enfim, o imã até nem é mau rapaz e com isto só quis mostrar aos mais radicais de entre os islamistas que não é um vendido ao Ocidente e tal. Esta é a melhor das hipóteses. Mas mesmo nesta, a melhor das hipóteses, não há dúvida de que as palavras ficam ditas e que se constata, mais uma vez, a componente naturalmente hostil do Islão relativamente a tudo o que não seja muçulmano ou não lhe esteja submetido. Nesta intolerância que não admite compromissos é essencialmente semelhante ao Cristianismo, seu «pai» ou «irmão mais velho», embora possa actualmente demonstrar muito mais intransigência do que este último que, por ter a sua sede oficial no Ocidente, acabou por ter de se moderar, não deixando, ainda assim, de constituir um credo essencialmente intolerante.