sexta-feira, junho 13, 2014

EM LOCALIDADE SUÍÇA - BANDEIRA NACIONAL POSTA DE PARTE PARA NÃO OFENDER CRIANÇAS DE ORIGEM ALÓGENA

Fonte: http://www.lematin.ch/suisse/croix-suisse-bannie-ecole-emmen/story/17569129

Esta é a história de uma bandeira suíça pintada no muro de concreto de uma escola em Emmen, no cantão de Lucerna. Uma bandeira suíça em que a cruz é substituída pela Trompa dos Alpes. O trabalho desagradou à direcção da escola, diz o Blick.
O sucedido partiu de uma iniciativa de Peter Jans, cuja Associação (Emmen cor) Emmenfarbig (Emmen A Cores) é responsável por embelezar as paredes da cidade. Mais de mil pessoas participaram, ao longo dos últimos sete anos, nesta iniciativa.
Esperava-se que os estudantes pintassem na parede instrumentos musicais. "As crianças tiveram a ideia de pintar uma bandeira suíça com a Trompa Alpina", diz Peter Jans à imprensa. Um estudante preferiu desenhar na bandeira um instrumento musical albanês juntamente com o símbolo, igualmente albanês, da águia de duas cabeças.
Outros, então, pediram para pintar a bandeira do seu país de origem. A escola tem alunos de 28 nacionalidades e a direcção decidiu suspender o projecto "para não penalizar as crianças."
Peter Jans também foi solicitado para cobrir as bandeiras existentes, mas ele procurou primeiro o conselho do conselho local para ver se, no futuro, ainda poderia pintar a bandeira suíça.
Se as reacções são díspares entre alunos, pais e professores, o presidente da comuna Rolf Born (PLR, de centro-direita, liberal) procura acalmar os espíritos. "Pessoalmente, não vejo nenhum problema com a cruz suíça ou a águia albanesa no terreno da escola." Também acredita que a lei que proíbe qualquer desenho político, racista ou que apele à violência não foi violada. Uma reunião com o director deverá agora decidir sobre o seguimento desta questão.

E com este tipo de despreocupação se vai esbatendo a respeitabilidade incontestável que por natureza é devida aos símbolos pátrios - e em nome do multiculturalismo, entenda-se, uma nova versão do universalismo.
Ironicamente, o axis crucis do problema é a cruz, que historicamente representou precisamente a religião do universalismo por excelência, que é o Cristianismo, e agora está a ser afastada, aqui e ali, por ser considerada contrária ao multiculturalismo. Quase se poderia aplicar aqui a máxima cristã «quem com ferros mata, com ferros morre...» 

Por outro lado a Trompa Alpina não deixa de fazer pensar de algum modo numa ancestralidade pré-cristã, mesmo que não haja provas definitivas da sua origem em tempos de Romanidade...

Claro que o sinal presente é mau, é de cedência, mas com o tempo e o avanço gradual do Nacionalismo pode ser que a coisa se arranje.