FILME «PROMETHEUS»
Não está mau de todo, este «Prometheus» de Ridley Scott. Afigura-se assim uma espécie de «Aliens» aperfeiçoado e com mais variedade de inimigos, e sobretudo mais conteúdo de ordem filosófico-existencial, apresenta uns quantos lugar-comuns que em nada o favorecem, como a insistência no aspecto repelente e viscoso dos monstros ets., a inclusão de um andróide entre os tripulantes da nave da Terra, o horripilante de ter um monstro alógeno a crescer dentro do corpo, a sobrevivência da heroína no final, a fuga num módulo da nave, além da sega-rega de a tripulação da nave ter de ser, à maneira americano-multiculturalista, composta de um gajo de cada raça, e depois o mais heróico de todos é, por coincidência, o negro, que é o capitão da nave, gajo «cool», porreiro e fodilhão da branca loira e inacessível, imaginam-se os guinchos exaltados nas plateias dos cinemas de certos subúrbios mal frequentados ao verem disto; e depois o tanso isolado num planeta e podre de medo que de repente perde o mais elementar e prudente receio e resolve brincar com uma cobra desconhecida para rapidamente morrer de maneira banalmente pavorosa e nojenta q.b.. Os casos de salvação in extremis de uma ou outra personagem também não são poucos, o que banaliza ainda mais a coisa. Por outro lado há pormenores que, não tendo grande importância, incomodam ligeiramente, que é a inverosimilhança de quase no século XXII haver ainda quem use óculos...
Ainda assim, espero com alguma curiosidade o segundo filme da saga, para fazer o que este não fez, que é desenvolver o potencial da história: com base na ideia, oriunda da moda da Historiografia Fantástica dos anos cinquenta-sessenta do século XX, de que a humanidade descende de extraterrestes, ou foi por eles produzida, uma nau sideral é num futuro relativamente próximo lançada pelo cosmos fora em direcção ao planeta de onde terão vindo esses criadores-antepassados, que no filme se considera estarem mitologizados na figura helénica de Prometeu, o titã que deu o fogo aos homens (portanto, que os evoluiu). Só que, para infelicidade e surpreso cagaço dos humanos que vão ao seu encontro, estes criadores-antepassados resolveram dar cabo da humanidade. Porquê, não se sabe. A magra sugestão de um dos tripulantes, a de que para criar algo novo é preciso destruir o anterior, não convence nem faz luz que chegue. As considerações filosóficas, religiosas até, que se fazem de quando em vez, são escassamente insuficientes para fazer deste um filme francamente bom. Precisava-se ali de menos acção e mais conversa - muito mais conversa. Palavras, diálogos, ideias. Claro que tentar imaginar, com qualidade e maturidade, o que diria um criador extraterreste à sua criação humana antes de lhe dar cabo do coiro, afigura-se coisa trabalhosa, mas é mesmo para assistir ao bom trabalho artístico que se pagam bilhetes de espectáculos.
14 Comments:
Uma treta criacionista em 3 D...
o
negro, que é o capitão
da nave, gajo «cool»,
porreiro e fodilhão da
branca loira e
inacessível
pagar pra ver mais marxismo cultural mediocre?..isso só é ligar a tv pra ver..
Eu também gostei do filme, mas achei que o filme não faz sentido do ponto vista científico.
P.S.: claro que o multiculturalismo e anti-racismo do filme também me fizeram impressão.
Uma treta criacionista em 3 D...
isso explica os desvalores aliens do filme..o director tambem é kosher..
P.S.: claro que o multiculturalismo e anti-racismo do filme também me fizeram impressão.
5 de Julho de 2012 15:53:00 WEST
é a macula mor do filme..
Anónimo disse...
Eu também gostei do filme, mas achei que o filme não faz sentido do ponto vista científico.
novidade..tem um filme em que colocaram o cotista pra ser o "hottest" do filme e eles iam até o nucleo da terra por que o haarp destruiu as superplumas e correntes de magma..vc acha mesmo que isso é realista naquela pressão?..lol
Gostária muito de saber a opinião do Gaturo sobre este filme. Mas tive que parar de ler o texto quando ele começou a revelar o final do filme.
"vc acha mesmo que isso é realista naquela pressão?"
Eu já não me lembro bem desse filme, mas na altura lembro-me de aceitar a explicação de ficção científica para o facto da nave poder aguentar as pressões do interior da terra como plausível. Mas este filme é outro assunto, pois pouco faz sentido mesmo do ponto vista de ficção científica.
Eu já não me lembro bem desse filme, mas na altura lembro-me de aceitar a explicação de ficção científica para o facto da nave poder aguentar as pressões do interior da terra como plausível. Mas este filme é outro assunto, pois pouco faz sentido mesmo do ponto vista de ficção científica.
cotista, ficção pseudocientifica e mesmas apelações do zog de sempre me fez lembrar desse filme..se não me engano o nome era "nucleo"; aqui no lixil..levei uns amigos e amigas pra assistir no cinema na epoca..teve um que detestou os efeitos especiais..
«(...) e depois o mais heróico de todos é, por coincidência, o negro, que é o capitão da nave, gajo «cool», porreiro e fodilhão da branca loira e inacessível»
Só por isso, já vou passar. Os símios que o vejam, já que é a eles que o filme presta homenagem.
*uma
Só por isso, já vou passar. Os símios que o vejam, já que é a eles que o filme presta homenagem.
pois, se é feito pela fundação ford as nossas custas em culto a eles, que eles sustentem a bilheteria então as custas do que nos assaltam todos os dias..
"à maneira americano-multiculturalista, composta de um gajo de cada raça, e depois o mais heróico de todos é, por coincidência, o negro, que é o capitão da nave, gajo «cool», porreiro e fodilhão"
Lol. Isso se realmente ainda houver brancos no futuro...
Lol. Isso se realmente ainda houver brancos no futuro...
pois, igual a matrix e outros em que os brancos não foram absorvidos pelos sub-mongoloides "multikulti"..jeje
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