segunda-feira, julho 04, 2011

QUEM SERÁ QUE ANDA A INFERNIZAR A VIDA DOS CHINESES EM PARIS?...

Na capital francesa, registou-se recentemente uma notória manifestação de imigrantes chineses contra os níveis de violência e crime de que têm sido vítimas. Eu vi um vídeo da coisa e constatei que os manifestantes se mostravam fartos e indignados, mas nem assim ousaram chamar os nomes aos bois, ou seja, não disseram quem é que os agride praticamente todos os dias por dá cá aquela palha - ficaram-se pela referência à violência constante, quotidiana, e pronto... o que, visto por quem não sabe o que é aquilo por lá, servirá simplesmente para culpar «a sociedade francesa» e acabou-se...
O caso atingiu já um grau de gravidade suficiente para que o ministro do Interior francês visitasse há poucos dias Belleville, a área de Paris onde os chineses se manifestaram.
Mas enfim, a voz do povinho é lixada e às vezes diz coisas, à surrelfa, que a Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente não admite que se diga em público. E, assim, um blogueiro conta o seguinte: «Andando por ali, conheci Xavier, de cerca de trinta anos, que vive em Belleville há dez anos. Perguntei-lhe se ele sente uma tensão crescente na zona. "Aqui é sempre tenso, mas é verdade que tem andado mais tenso do que o normal. Os chineses estão cada vez mais desconfiados e tenho a impressão de que se estão a esconder em si mesmos" diz ele. "A retirar-se para o comunitarismo?", pergunto-lhe. "Bem, é isso, há muito comunitarismo aqui. As pessoas não se juntam muito. Os chineses estão na sua, os norte-africanos também, os negros idem. E é uma vergonha que a única interacção entre comunidades aconteça através de ataques. Digo-o sem racismo, sabes, mas tem de ser dito, tu nunca vês uma «mama» africana a ter o seu colar agarrado. São sempre os mesmos a serem atacados e sempre os mesmos a atacar. Portanto, inevitavelmente, isso cria uma imagem de tensão comunitária e as pessoas fecham-se em si próprias

Ah bom, assim já se percebe do que é que os chineses estavam realmente a falar...
Claro que os «racistas» já sabiam bem do que é que se tratavam, ou por serem adivinhos ou pura e simplesmente por já terem percebido qual é o real resultado do multiculturalismo - todo e qualquer multiculturalismo, seja o de modelo francês ou o de modelo anglo-saxónico, quer dê livre trânsito a todas as culturas por igual ou em vez disso obrigue toda a gente a adaptar-se à cultura nacional, tanto faz. A coexistência multirracial é sempre um desastre, em todos os sentidos - e o mais abjecto é que nada a justifica, ou, pior ainda, os motivos que a querem justificar constituem, em si mesmos, e independentemente dos resultados, a pior aberração doutrinária que alguma vez existiu à face da terra. O universalismo militante (fraternalismo organizado, anti-racismo, etc.) é efectivamente um veneno e não há maior inimigo da Europa, e de todas as Identidades, do que tal monstruosidade. E, doutrinalmente, só o Nacionalismo a combate.


6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Kafka was born a Jew and remained a Jew all his life, although he frequently tried to play down Judaism's influence on him. "What do I have in common with the Jews?" he asked in his diary. "I don't have anything in common with myself, and would be content to stand quietly alone in a corner, satisfied that I can breathe." Nevertheless, his friends were almost all Jewish, as were all but a couple of his girlfriends. Judaism plays a key though usually hidden role in many of his stories, such as in "Josephine the Singer, or the Mouse Folk," the "mouse folk" presumably being the Jews, who are depicted as widely scattered, hard-working, facing great dangers they always manage to overcome, and, interestingly, unartistic.

The situation for Jews in Bohemia at the turn of the century seems to have been one of somewhat suspicious tolerance most of the time, with exceptions such as the 1899 anti-Semitic riots in Prague, which wiped out many stores owned by Jewish shopkeepers. Kafka's father, who himself owned a shop, had registered his family as Czech nationals, and so escaped destruction. Jews were resented by the Czech-speaking majority as being part of the German-speaking elite, who made up a bit less than 10% of the population in Prague, yet had most of the power, wealth and prestige. In point of fact, better than half of the German-speaking population in Prague was in fact Jewish, although they mostly belonged to the middle, not the upper classes. The German elites in power in the Austro-Hungarian Empire also distrusted the Jews, one reason being that their political views tended to be more liberal than the German nationalism favored by the elites. And of course the insidious stereotypes of the Jews as shifty, conniving, physically weak, money-grubbing, etc., etc. were still widely held by most—so insidious that even some of the Jews themselves began to believe they were true.

For centuries Jews had been living in the old ghetto in Prague, the Josefstadt, which had been one of the most important in Europe. By the 19th century most German Jews had decided to assimilate themselves to the prevailing culture around them, hoping that in this way they would no longer be seen as "outsiders" and hence would gain rights traditionally denied to them. They dropped the old clothes, the "exotic" behaviors, and the use of Yiddish. This proved successful in gaining them emancipation, which was completed in 1860, but along the way much of the centuries-old heritage and traditions were lost. Eastern Jews, the Ostjuden, living in countries like Poland, Russia, Ukraine, and other Eastern European nations did not try to assimilate, holding on to their old ways, and the leaders of their more "civilized" Jewish neighbors in Germany and Austria-Hungary considered them almost an embarassment. They wanted to steer clear of any reminder of their "barbaric" past, such as Hasidism. On the other hand, there was also an interest in the old ways shown by much of the population, and novels of ghetto life were very popular, as was the Yiddish theater.

4 de julho de 2011 às 11:31:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.youtube.com/watch?v=Nlz41dv4cz4&feature=related


Caturo, está familiarizado com o trabalho de pesquisa e recolha de cantares tradicionais Portugueses realizado por Michel Giacometti? O que acha deste vídeo? Aproveito a oportunidade para recomendar a todos vós, camaradas, uma visita ao Museu Giacometti em Setúbal, onde podereis encontrar um riquíssimo espólio de música ancestral nacional. Saúde!

4 de julho de 2011 às 12:53:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

É na tvi 24

4 de julho de 2011 às 14:30:00 WEST  
Blogger Rio sur Seine said...

Por voz dos representantes eles não chamam nomes aos bois, mas toda a gente sabe que quando se fala com outros eles desabafam claramente.

Já é a segunda manifestação, e tinham dito que se nada for feito eles iam voltar mais numerosos, pois foi a que aconteceu.

4 de julho de 2011 às 16:48:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«http://www.youtube.com/watch?v=Nlz41dv4cz4&feature=related»

Bom testemunho da tradição musical portuguesa. Do que ouvi a respeito de Giacometti, parece que foi talvez o grande guardião do folclore português, porque o estudou a fundo e registou-o tanto quanto pôde.

4 de julho de 2011 às 23:58:00 WEST  
Blogger Unknown said...

Não sei onde é que estaria o racismo se os chineses chamassem os bois pelos nomes. Afinal o racismo só existe quando é o branco que faz algo ao não-branco, nunca o contrário e muito menos quando não há branco nenhum envolvido. A não ser que o racismo só exista quando os visados são sempre da mesma cor e seita.

5 de julho de 2011 às 18:24:00 WEST  

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