quarta-feira, agosto 14, 2024

UCRÂNIA EM FORÇA PELA RÚSSIA ADENTRO


Uma semana depois de terem iniciado uma investida em larga escala nas regiões fronteiriças russas de Kursk e Belgorod, e com mil quilómetros quadrados e 74 localidades russas alegadamente sob a sua alçada, as autoridades ucranianas asseguraram que “quanto mais depressa a Rússia aceitar restabelecer uma paz justa (...) mais depressa cessarão as incursões das forças de defesa ucranianas em território russo”, segundo disse o porta-voz da diplomacia ucraniana, citado pela Lusa.
Georgii Tykhii explicava em conferência de imprensa as manobras militares ucranianas na Rússia, “acções absolutamente legítimas por parte da Ucrânia, em particular no âmbito do direito à legítima defesa previsto na Carta das Nações Unidas”.
O representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano sublinhou, por outro lado, que o Exército de Kyiv “respeita totalmente as leis e costumes de guerra e o direito humanitário internacional”, limitando-se a atingir alvos “militares”.
Tykhii frisou, ainda, que a Ucrânia não pretende, com os ataques transfronteiriços, anexar territórios russos. “Ao contrário da Rússia, a Ucrânia não precisa da propriedade de outras pessoas”, provocou o responsável.
As movimentações militares ucranianas têm sido interpretadas como uma forma de dispersar as forças russas, que nos últimos meses se tinham concentrado, maioritariamente, em manter e alargar as suas posições nas frentes nordeste e leste do país. Mas há também quem veja a entrada da Ucrânia na Rússia como uma demonstração de força das tropas de Kyiv ao Ocidente, designadamente da sua capacidade ofensiva, que nos últimos meses tem sido ofuscada pelas suas necessidades defensivas.
A ofensiva transfronteiriça parece ser, igualmente, uma forma de pressionar os aliados da Ucrânia a autorizar a utilização de armas ocidentais para atingir alvos militares e estratégicos no interior do território russo, medida que tem sido significativamente restringida no decurso da guerra. Georgii Tykhii assinalou, a este respeito, que a incursão ucraniana em Kursk seria “menos necessária” se Kyiv pudesse “utilizar plenamente as [suas] capacidades de longo alcance” na Rússia, de acordo com o ‘The Kyiv Independent’.
O responsável ucraniano revelou que estão a decorrer conversações no sentido de flexibilizar os limites de alvos para as forças de Kyiv, que vêem nesta possibilidade um passo de “desescalada” que “contribuirá para a segurança”.
Na Lues à noite, o Presidente da Ucrânia vincou, no seu discurso habitual, que a prioridade de Kyiv em solo russo é “a libertação da zona fronteiriça dos militares russos”, de maneira a travar os ataques do inimigo realizados a partir de Kursk para a região vizinha de Sumy. Contudo, a estratégia de Kyiv não estará, para já, a ter o efeito esperado, tendo a Rússia lançado uma enxurrada de mísseis durante a noite de Lues, relatou o ‘POLITICO’.
Para Moscovo, as ordens dadas pelo chefe de Estado ucraniano constituem “medidas loucas que ameaçam [precipitar] uma escalada muito para além da Ucrânia”, referiu o gabinete de imprensa dos serviços secretos da Rússia, citado pela agência estatal russa RIA.
A Rússia disse, esta Martes, ter “impedido” novos ataques ucranianos em Kursk, evitando que as forças ucranianas se inserissem “profundamente em território russo”, lê-se no comunicado do Ministério da Defesa, citado pela Lusa.
O governador da região de Kursk, Alexei Simirnov, tinha informado, na Lues, que as tropas ucranianas tinham avançado em cerca de 12 quilómetros de profundidade e 40 quilómetros de largura, segundo a imprensa estatal russa. Todavia, nota o ‘POLITICO’, relatos de bloggers militares russos indicam que esta será uma estimativa inferior aos números reais.

⇒ O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA comentou a incursão ucraniana em território russo, afirmando que “se [a situação em Kursk] estiver a deixar [Putin] um pouco desconfortável, há uma solução fácil: ele pode simplesmente sair da Ucrânia e dar o assunto por encerrado”. Em declarações aos jornalistas, reproduzidas pelo ‘The Kyiv Independent’, John Kirby salientou que “esta guerra é de Putin contra a Rússia”.
⇒ Os senadores norte-americanos Lindsey Graham e Richard Blumenthal, que se encontraram na segunda-feira com o Presidente Zelensky, elogiaram a ofensiva surpresa de Kyiv na Rússia, noticiou a Associated Press. Graham descreveu a decisão como “ousada e brilhante”. “Levar esta guerra a Putin, fazê-lo compreender [o que está a fazer] e pagar um preço é a atitude correta”, sublinhou.
⇒ Não foi possível determinar a causa do incêndio ocorrido no fim de semana na central nuclear de Zaporíjia, informou a Agência Internacional da Energia Atómica (IAEA, na sigla em Inglês). Segundo o ‘The Guardian’, representantes do organismo inspecionaram uma torre de arrefecimento danificada no fogo, mas não conseguiram identificar a sua origem. Tal como noutras ocasiões, Ucrânia e Rússia trocaram acusações sobre a autoria do ataque à infraestrutura nuclear.

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Fonte: https://expresso.pt/internacional/guerra-na-ucrania/2024-08-13-kiev-suspendera-ofensiva-em-territorio-russo-quando-moscovo-aceitar-uma-paz-justa--guerra-dia-902--adcab7b9

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É bom sinal, até ver, que, finalmente, a Ucrânia esteja na ofensiva, avançando já em território russo, por pouco que seja. Isto mostra que o apoio ocidental aos Ucranianos está a resultar bem, ao contrário do que os «subtilmente» pró-russos tentaram fazer crer, para convencer as populações ocidentais a preferirem deixar que Kyiv caísse...
Agora, mais que nunca, tem de persistir, podendo até aumentar, o fornecimento de armas e meios diversos por parte do Ocidente à resistência da Nação do Tridente de Oiro Sobre Azul...

9 Comments:

Blogger Lol said...

a russia devia usar nukes taticas

14 de agosto de 2024 às 14:28:00 WEST  
Blogger mensagensnanett said...

VOCÊS
(vulgo: a parasitagem os 500 anos de neo-cidadanismo de Roma)
ANDARAM A GOZAR COM A CARA DOS PARVOS-BÉLICOS
(vulgo: ucranianos mainstream):
--->>>  a existência duma 'guerra rápida'!...
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Pois é, foi 'vendido' aos ucranianos (mainstream) a existência duma 'guerra rápida' (a guerra rápida 'nove em cada dez'); resultado:
1- centenas de milhares de parvos-bélicos (vulgo ucranianos mainstream) mortos e amputados.
2- riquezas da Ucrânia nas mãos de 'construtores de caravelas' (BlackRock, Soros, etc):  na previsão do senador republicano Lindsey Graham são 10 a 12 triliões em riquezas naturais...
3- e uma substituição populacional na forja:
- «Se necesita capital humano para reconstruir el país y para la inversión, ¿quién va a abrir una nueva empresa o un nuevo banco en un país con tan poca población?", observó.
Cualquier gobierno de posguerra tendrá que abrir de par en par sus fronteras para que entren nuevos inmigrantes si quiere que el país se recupere, afirmó.
"Políticamente, Ucrania tiene que estar dispuesta a aceptar esta realidad y ser muy inteligente en su política migratoria. Tendremos que atraer a muchos emigrantes de otros países»
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Sim, pois foi:
---> nove, em cada dez, dos mais variados analistas ocidentais garantiam:
- «armas da NATO na Ucrânia... juntamente com sanções económicas à Russia,
...e...
a Russia seria conduzida ao caos: tal seria uma oportunidade de ouro: iria proporcionar um saque de riquezas da Russia muito muito superior ao saque de riquezas que ocorreu no 'caos-Ieltsin' na década de 1990».
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P.S.
A parasitagem do neo-cidadanismo de Roma continu com o mesmo discurso de há 500 anos:
1- «a nossa economia precisa de outros como fornecedores de abundância de mão-de-obra servil».
2- «a nossa economia precisa dos negócios dos '''construtores de caravelas'''».
--->>> Consequência: há 500 anos que este pessoal está em conluio com negócios que envolvem roubo/pilhagem de riquezas... e com negócios que envolvem substituições populacionais...

14 de agosto de 2024 às 16:16:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Mas quais «parvos bélicos»? Os russos que vão na conversa de Putin ou os ocidentais que miseravelmente simpatizam com a agressão putinesca?

Mas qual «guerra rápida«? Só se for aquela que o Putin e seus putinetes achavam que iam fazer num ápice, chegando a Kyiv em três tempos e afinal falhando à grande essa promessa?

Mas qual guerra «vendida» aos Ucranianos? Então os Russos É QUE INVADEM É QUE INVADEM É QUE INVADEM É QUE CARALHAMENTE INVADEM, e os Ucranianos é que têm a culpa de serem invadidos? Porquê, deveriam ter-se rendido de imediato e reconhecer Putin como o indisputado boss mafioso de toda a Europa de leste, que é a filhadaputice invertebrada que anda a ser proposta aos Europeus por parte dos putineiros ocidentais: «deixem lá a Ucrânia cair de vez, assim poupam-se as chatices e não se obriga os coitadinhos dos russos a massacrar e a mutilar mais população ucraniana...» Conversa de gangster a convencer os lojistas do bairro a aceitarem a sua «protecção» paga, comprova-se, ou de marido psicopata que dá porrada de três em pipa na esposa para depois lhe dizer «estás a ver o que me obrigas a fazer?» Não admira que certos sectores da sociedade mais grosseira da Europa tenham simpatia pela agressão putínica, ao fim ao cabo a violência domestica ainda por aí existe...

Mas quais riquezas ucranianas nas mãos dos construtores de caravelas? O que é preciso é dá-las todas aos oligarcas russos, corruptos até à medula, e ao próprio Putin, a ver se faz um novo Versalhes moscovita, isso é que é de truz...

Mas qual substituição populacional na forja? Talvez aquela que Putin se prepara para fazer, importando milhões de asiáticos e até de africanos, os quais já estão a ser usados para invadir a Ucrânia, tudo isto porque Putin e quejandos não aceita perder o território imperial que herdou... todos os impérios são isto e nenhum nacionalista que se preze com isto pactua.

14 de agosto de 2024 às 17:36:00 WEST  
Blogger mensagensnanett said...

Centenas de milhares de parvos-bélicos (vulgo ucranianos mainstream) mortos e amputados... e... MUITOS UCRANIANOS a borrifarem-se para isso! Sim:
- os ucranianos mainstream (vulgo parvos bélicos) são perfeitamente conhecidos: qualquer ucraniano (fora do sistema) que dissesse o óbvio:
- «é necessário boa vizinhança com os russos»;
- «os ocidentais (BLACKROCK, ETC) querem instalar um caos... para depois se apoderarem das riquezas da Ucrânia»
era considerado pelos parvos-bélicos (ucranianos mainstream) um alvo a abater...

14 de agosto de 2024 às 18:28:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Grande Caturo, mais um estouro nos universalistas amantes do Putin, amam o tipo mas não vão viver para lá, nem para as Venezuelas ou Cubas, sabem eles sequer que as tropas do mesmo Putin andam a reerguer os bustos a Lenine e Estaline nas zonas que ocupam e que os nacionalistas ucranianos tinham derrubado.

15 de agosto de 2024 às 00:18:00 WEST  
Blogger mensagensnanett said...

CÚMPLICES DA ESQUERDALHA
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Quando, em 2024, na cidade de Odessa
[nota: nesta cidade foram queimados vivos (Odessa 2 de maio de 2014) ucranianos que defendiam a necessidade de uma boa vizinhança com os vizinhos russos]
existe a aplicação de força policial contra manifestantes que se manifestam contra a incorporação forçada (para a guerra) de um jovem:
-> a esquerdalha não solta um pio!...
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Quando num bairro social existe a aplicação de força policial contra manifestantes que se manifestam contra a detenção de um criminoso de delito comum:
-> a esquerdalha manifesta-se contra a "brutalidade policial".
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«...o tipo mas não vão viver para lá, nem para as Venezuelas ou Cubas...»
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OS IDENTITÁRIOS REIVINDICAM, ISSO SIM, É LIBERDADE/DISTÂNCIA/SEPARATISMO DA PARASITAGEM DA SUA LAIA!
[sim: a História não começou há 500 anos!]
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A parasitagem da sua laia está perfeitamente identificada há 500 anos:
1- «a nossa economia precisa de outros como fornecedores de abundância de mão-de-obra servil».
2- «a nossa economia precisa dos negócios dos '''construtores de caravelas'''».
Consequência: há 500 anos que a parasitagem da sua laia está em conluio com negócios que envolvem roubo/pilhagem de riquezas... e com negócios que envolvem substituições populacionais.

15 de agosto de 2024 às 06:09:00 WEST  
Blogger Lol said...

pvnam kk

16 de agosto de 2024 às 21:41:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Quando, em 2024, na cidade de Odessa
[nota: nesta cidade foram queimados vivos (Odessa 2 de maio de 2014) ucranianos que defendiam a necessidade de uma boa vizinhança»

Aldrabice. Aldrabice que já foi desmontada mais de uma vez: https://cepa.org/article/russias-lie-machine-fans-flames-of-odessa-massacre/
Foram os pró-russos que tomaram A INICIATIVA de atacar os ucranianos, depois houve cocktails Molotov de parte a parte. Entretanto, vários pró-russos morreram, azar, quem vai à guerra já sabe como é. De resto, quem antes tinha sido queimado vivo foram os pró-independência durante os protestos de Maidan.


«OS IDENTITÁRIOS REIVINDICAM, ISSO SIM, É LIBERDADE/DISTÂNCIA/SEPARATISMO»

Esses «identitários» exigem é que um império possa IMPUNEMENTE esmagar uma Nação, o que é DESPURODAMENTE o OPOSTO de toda e qualquer LIBERDADE, DISTÂNCIA E SEPARATISMO. É preciso não ter um pingo de vergonha nas trombas para dizer uma merda dessas.

«sim: a História não começou há 500 anos!]»

Nem começou a dez ou há vinte. Já no século XIX o império russo PROIBIA que se falasse Ucraniano NA UCRÂNIA. Quem se põe ao lado do império russo e ainda assim se reivindica «identitário» e quer «liberdade/separatismo» etc., é actor voluntário numa das mais grotescas palhaçadas de que há memória na história da Europa.

«1- «a nossa economia precisa de outros como fornecedores de abundância»

Economia o caralho. Putin está bem nutrido economicamente e é ele que quer deitar a imunda e KGBada pata aos recursos da Ucrânia. Depois ainda há uns labrostes no Ocidente que o defendem, porque têm os cornos bem enterrados na lama da lei do mais forte.

9 de setembro de 2024 às 17:39:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Só se fosse para tas meter na peida.

19 de setembro de 2024 às 05:59:00 WEST  

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