quarta-feira, junho 11, 2014

ONU PROTESTA CONTRA RESULTADO DA DEMOCRACIA NA EUROPA - A ASCENSÃO DO NACIONALISMO

Fontes: http://www.ionline.pt/artigos/mundo/onu-alerta-aumento-extremismo-racismo-na-europa

“Estou preocupada com o aumento recente no espectro político em vários Estados da Europa Ocidental de um discurso marcado por um sentimento racista e pela intolerância religiosa”, afirmou Pillay.
A responsável das Nações Unidas para os direitos humanos, Navi Pillay, manifestou-se hoje preocupada com o aumento do extremismo e do racismo retórico na Europa, avisando que a contestação à origem dos imigrantes pode conduzir ao abuso de direitos.
“Estou preocupada com o aumento recente no espectro político em vários Estados da Europa Ocidental de um discurso marcado por um sentimento racista e pela intolerância religiosa”, afirmou Pillay perante os diplomatas presentes num encontro do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.
Lembrando a vitória recente dos euro-cépticos e dos discursos anti-imigração e xenófobos proferidos no último mês por alguns partidos durante as eleições para o Parlamento Europeu, a responsável manifestou-se preocupada perante o facto de os políticos que fizeram declarações perturbantes figurarem entre os decisores europeus.
“O novo Parlamento Europeu vai incluir um líder do partido alemão que afirmou: ‘a Europa é o Continente das pessoas brancas e deve permanecer como tal’”, referiu Pillay, numa referência a Udo Voigt do Partido Nacional Democrático alemão (NPD).
A comissária da ONU para os Direitos Humanos realçou ainda que Marine Le Pen, que lidera a Frente Nacional francesa (FN), vai sentar-se no Parlamento Europeu, apesar dos comentários em que comparava “as orações pacíficas dos muçulmanos nas ruas à ocupação militar do seu país pelos nazis”.
Pillay, que durante seis anos ocupou o cargo de responsável da ONU para os direitos humanos, vai ser substituída no cargo pelo embaixador da Jordânia para as Nações Unidas, Prince Zeid al-Hussein, a 01 de Setembro.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa mas foi corrigido neste blogue à luz da ortografia portuguesa.


Curiosa e significativamente, a senhora Pillay não teve uma palavra a dizer sobre a rejeição declarada pela África do Sul por motivos explicitamente raciais de receber Americanos brancos no caso da erupção de um vulcão que poderia matar incontáveis milhões de pessoas. Portanto, um europeu limita-se a dizer que a Europa é dos brancos e isso suscita escândalo da parte de uma representante da elite - paralelamente, o governo sul-africano declara que o seu país não receberá gente doutra raça nem em caso directo de vida ou de morte porque não quer que a África do Sul tenha brancos a mais no seu solo, e não merece nem um só comentário da parte das Pillays... nem essa declaração suscita comentário nem sequer a medida, já tomada, pelo mesmo governo sul-africano de não permitir que haja mais pilotos brancos na sua companhia aérea estatal. 
Assim se vê o material ético de que é feita a elite reinante...

De resto, Voigt tem toda a razão no que disse e criticá-lo por essa asserção é nada mais do que ser inimigo da Europa.