PNR CRITICA RESPONSÁVEIS PELA EVENTUALIDADE DA ENTRADA DO FMI EM PORTUGAL

O líder do Partido Nacional Renovador (PNR), Pinto Coelho, disse esta quarta-feira à Lusa que se o Fundo Monetário Internacional (FMI) for chamado a intervir em Portugal será "uma humilhação e uma escravatura nacional".

Segundo o dirigente, os rumos que o país tem tomado, nomeadamente com "a destruição do tecido produtivo", estão errados e têm levado "à perda de independência e soberania".

"Temos mais um orçamento do Estado que é refém da ditadura de Bruxelas e do PEC", considerou hoje em Paredes o líder dos nacionalistas, à margem da inauguração da sede local do partido.

À Agência Lusa, Pinto Coelho sublinhou que o seu partido advoga "um mercado proteccionista e a aposta claríssima na produção nacional, no trabalho e na riqueza para os portugueses".

Nesta cidade do Vale do Sousa, Pinto Coelho e outros militantes, incluindo o dirigente local do PNR, Sérgio Silva, antigo militante do PSD, participaram numa sessão de esclarecimento à qual assistiram algumas dezenas de pessoas.

Para assinalar o dia 01 de Dezembro, os militantes também depuseram uma coroa de flores junto ao monumento à padroeira de Portugal, junto aos paços do concelho.

Na mensagem que deixou aos militantes e simpatizantes locais, defendeu que "num momento trágico da nossa história urge que se proceda a uma nova restauração da independência e soberania nacionais, que estão em claríssimo perigo".

Segundo vincou, "urge uma verdadeira refundação nacional", considerando que essa "não se poderá fazer através dos responsáveis pelo estado em que nos encontramos, porque não é neles que serão encontradas soluções".

Para Pinto Coelho, "é preciso mudar as mentalidades, os rumos, os paradigmas e o regime".

"Isso passa por sangue renovado como o nosso que traz nos seus genes a nossa identidade. É isso que queremos transmitir num dia como este que nós assinalamos", observou.

O líder do PNR também criticou "os partidos que têm dado cabo da soberania e independência", por não assinalarem o dia da Restauração da Independência e por até haver quem defenda nesses partidos a eliminação deste feriado.

Não tenho pessoalmente conhecimento de que haja em Portugal quem tenha o despudor ofensivo de querer acabar com o feriado da Restauração da Independência, mas desde que num programa de grande audiência do principal canal televisivo do Estado (RTP1) ouvi a apresentadora a dizer, na véspera do Primeiro de Dezembro que, «amanhã, como sabem, é um dia muito importante, é o Dia Mundial da Sida», e a não fazer sequer qualquer referência à Restauração, nem tampouco mencionou a razão do feriado, desde aí já acredito em tudo...