DEFENDER O PAGANISMO NA EUROPA E NA ÍNDIA (PARTE II)

Publica-se hoje a segunda parte (a itálico) do colossal «Defender o Paganismo na Europa e na Índia», do militante hindu S. P. Attri. Relembro que não concordo necessariamente com tudo o que o dito autor afirma, nomeadamente no que à origem árica dos Drávidas, Bascos, Finlandeses e Húngaros (e Estónios, que Attri não refere) diz respeito, mas o dinamismo e o cerne da sua mensagem devem ser divulgados no seio das hostes nacionalistas, tanto na Europa como na Índia.

Cá vai então mais uma das partes em que (arbitrariamente) dividi o artigo (a primeira parte está aqui):

Apesar da pele escura de alguns hindus (por causa da mutação/modulação climática) mascarar a nossa proximidade racial com os povos de pele mais clara (também por causa da mutação/modulação climática) da Europa, não se anula a existência desta proximidade, que pode ser lida com observação atenta.

10 - Então porque é que os Americanos e os Europeus se consideram a si mesmos caucasóides, quando este termo não corresponde à verdade? Eles (Americanos e Europeus) usam este termo falacioso porque não conhecem nenhum melhor. É a única nomenclatura que ouviram, aceitaram-na, nunca questionaram a sua veracidade. O termo «caucasóide» aplicado à raça branca é uma falsidade, tal como o termo «futebol» para o jogo americano. O futebol americano não é de todo futebol, é Kabaddi. Mas os mitos só tardiamente morrem, e o Kabaddi americano continua sob o nome de futebol, e os Indo-Europeus Americanos dizem-se caucasóides americanos. Tal é o poder dos mitos.

11 - Tive conversas com pagãos da maioria dos países europeus, incluindo Alemães, Italianos, Gregos, Franceses, Polacos, Lituanos, Letões, Húngaros, Checoslovacos, Noruegueses, Suecos, Dinamarqueses, Russos, Ingleses, Irlandeses, Islandeses, entre outros. Cada um destes europeus disse-me que a sua mitologia pagã é similar à mitologia hindu. A existência desta enorme comunidade entre os Europeus e o Povo Hindu, foi desconcertante, mas maravilhou-me absolutamente, quando os Islandeses (a Islândia é um país escandinavo, localizado entre a Noruega e a Gronelândia) me fizeram a revelação bombástica de que compararam exaustivamente (do topo à raiz) a sua mitologia islandesa com todas as outras mitologias do mundo e descobriram que a mitologia que mais se aproximava da deles era a hindu. Não se imagina o quão grande foi a minha surpresa, tirou-me o fôlego. No entanto, esta estimulante perspectiva da natureza ubíqua da raiz comum dos Europeus e dos Hindus, ensinou-me uma grande lição - finalmente, tive uma visão clara do que se tem passado ao longo destes milhares de anos, fez-me pensar que o movimento de pessoas tem sido de sul para norte (e ocidente) e não de norte para sul, não da Europa para a Índia, como a teoria da invasão ariana sugere. Já tinha especulado e ponderado muitas vezes sobre a minha teoria da migração, mas esta revelação pela «Escola dos Mestres do Estrangeiro (os pagãos europeus)» deu um toque final extraordinário à minha teoria da migração.

12 - O que propõe a minha teoria da migração? Realça que o movimento do Povo Indo-Europeu tem sido das montanhas do noroeste da Índia para a Europa, não ao contrário, como a teoria da invasão ariana (I.A.) sugere.
Porque esta teoria da migração seja flagrantemente diferente da teoria da invasão ariana da Índia, estou provavelmente a disferir um rude golpe aos defensores/promotores da teoria da I.A., visto que estou a lançar a minha teoria contra essa, de facto estou a virar ao contrário a teoria da I.A.. Porque a realidade da migração de sul para norte do Povo Indo-Europeu foi suprimida durante demasiado tempo, é apenas uma questão de bom senso trazê-la à luz do dia. Não há razão em proteger uma teoria da I.A. já fora de prazo.

13 - Estarei a ignorar as evidências do ADN, que o apoiante da teoria da I.A. estão a usar para fortalecerem a sua barraca? De modo algum. Os dados do ADN que estão a revelar, apoiam inteiramente a minha teoria da migração (estes dados nem provam nem sugerem que a invasão ariana da Índia aconteceu). Estes dados do ADN não dizem nada de novo, nada que já não soubéssemos. Um biólogo russo disse-nos há aproximadamente dez ou doze anos que comparou as características genéticas do povo da Índia com as da Rússia, do sul da Rússia até Leninegrado. Este cientista descobriu que a genética do povo da Índia era IDÊNTICA ao do povo da Rússia, em todas as áreas deste país.

Qual é então o problema com os dados do DNA que os proponentes da teoria da I.A. recentemente apresentaram? Não há problema com estes dados, os proponentes estão simplesmente a lê-los mal. Muitas vezes, os dados apresentam problemas de interpretação, isto é, de determinação do que significam realmente estes dados, e este caso é um exemplo perfeito do problema de interpretação. É muito possível que os reveladores destes dados tenham já chegado a conclusões de apoio à teoria da I.A., antes de questionarem estes dados, e depois usaram esta informação para fortalecer a sua posição já afirmada.

Também parecem estar a equacionar o nosso sistema de castas com o sistema racial da Raça Branca, coisa que o nosso sistema de castas não é certamente. Se os «Guerreiros da Teoria da Invasão Ariana» tivessem mesmo querido investigar o nosso sistema de castas duma maneira científica, teriam comparado o ADN das quatro castas, não dividiram arbitrariamente a nossa população em castas superiores e castas inferiores, cristalizadas na sua imaginação como pertencentes respectivamente aos alegados segmentos Invasor (Ariano) e Invadido (Drávida) da nossa população.

14 - E no que respeita aos elementos de outras raças asiáticas que eles (os guerreiros da teoria da I.A.) encontraram no DNA das nossas castas mais baixas, estarei eu a ignorá-las? De modo algum. Não é segredo que nós hindus somos racialmente misturados, apesar de sermos grandemente indo-europeus, temos em nós traços da raça mongolóide e também da negróide na nossa formação racial, não somos puros nem temos pretensão de o ser. Similarmente, os Europeus também são racialmente misturados, embora não tanto como nós hindus somos.

Além disso, as pessoas de tipo indo-europeu (ou os chamados Arianos) são visíveis em toda a Índia, não apenas no norte, mas em todo o caminho até ao sul, e os chamados Drávidas do sul da Índia, são também de tipo indo-europeu (embora numa mutação de algum modo escurecida) e encontram-se por toda a Índia, não apenas no sul, mas até ao norte. A verdade é que a nossa população é móvel, sempre o foi. Há muito poucas pessoas na Índia que possam ser consideradas cem por cento drávidas (indo-europeu meridional) ou cem por cento indo-europeias (indo-europeu setentrional). O mesmo se passa com o problema do nosso sistema de castas, dificilmente se encontra alguma pureza de casta na Índia. As nossas várias castas (mais elevadas e mais baixas) estão já misturadas. Esta mistura de castas tem de ser reconhecida, quanto mais cedo a entendermos e aceitarmos, melhor estaremos.

Além disso, as pessoas que usam os termos «Drávida« e «Ariano», usam-nos como se de duas raças diferentes se tratassem, e isso não é verdade. Há apenas três raças no mundo: Caucasóide, Mongolóide e Negróide. Os Drávidas não são negróides, não são certamente mongolóides. Portanto, o que são? São caucasóides ou indo-europeus, e, embora mais escuros, não são racialmente diferentes das pessoas do norte da Índia, não mais do que os indianos do norte de pele escura são racialmente diferentes dos Indo-Europeus da Europa de pele mais clara. Estas mutações climáticas não podem ser confundidas com diferenças raciais.
A verdade é que não há muita gente no mundo que seja de raça pura, a maior parte das pessoas do planeta são de tipo misturado. É a Predominância de um tipo (raça) sobre outros tipos numa pessoa que indica a sua raça, mas isso não significa que ele não tenha elementos de outros tipos (raças) na sua formação genética.

15 - Não Paralelismo Ocasional de Raça e Língua na Europa e na Índia.
Mesmo que todos os Europeus pertençam à raça indo-europeia, e praticamente todas as línguas europeias pertençam ao grupo linguístico indo-europeu, esta congruência entre raça e grupo linguístico quebra-se ocasionalmente, como é o caso dos Finlandeses, dos Húngaros e dos Bascos de Espanha.

O Povo Basco vive na província basca de Espanha, constitui vinte e cinco por cento da população de Espanha, é racialmente indo-europeu, mas fala o Euskara, que é uma língua não indo-europeia. Similarmente, os Finlandeses e os Húngaros são racialmente indo-europeus, mas as suas línguas não são indo-europeias, estes idiomas pertencem ao grupo linguístico fino-úgrico.

No que respeita à Índia, observamos o mesmo tipo de não paralelismo. A maioria das línguas indianas pertence ao grupo linguístico indo-europeu (ou grupo do Sânscrito), mas duas línguas do sul da Índia, o Tamil e o Telgu, parecem estar fora do grupo indo-europeu. Mas isto não faz dos sul-indianos (geralmente referidos como Drávidas) racialmente diferentes dos norte-indianos, tal como as línguas não-europeias dos Finlandeses, dos Húngaros e dos Bascos não fazem deles não indo-europeus racialmente. Além disso, pelo menos trinta por cento das palavras tanto em Tamil como em Telgu são sânscritas. Isto é uma percentagem significativa para sugerir que as diferenças entre as línguas do norte e do sul da Índia nem são rígidas nem são assim tão grandes.

16 - Sei que o Dr. Rajaram questiona fortemente estas inferências da chamada teoria da Invasão Ariana, mas tanto quanto sei, não se opõe à ideia da migração de pessoas da Índia (montanhas do noroeste da Índia) em várias direcções do continente europeu. Parece que foi exactamente isso que aconteceu há muitos milhares de anos. Todavia, reconheço que a minha teoria da migração é apenas uma teoria, e, tal como outras teorias, está também sujeita a correcção, com provas adequadas, se forem fornecidas.

(Continua)