BATALHA DE STIKLARSTADIR - VITÓRIA MEDIEVAL DA PAGANIDADE SOBRE A CRISTANDADE NO EXTREMO NORTE EUROPEU
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Representação medieval do embate entre tropas em que o herói do povo pagão, Thore Hund, mata o grande cristianizador da Noruega, rei Olavo II |
A Batalha de Stiklestad (Stiklarstaðir, na língua norueguesa antiga) ocorreu em 1030 e foi um dos confrontos mais célebres da história da Noruega. As causas dessa batalha assentam na rivalidade entre duas religiões, Pagã e Cristã. Neste momento a religião cristã espalhava-se por todo o mundo e, ao chegar à Noruega não foi muito bem aceite, acabando por gerar conflitos. Nessa batalha, o rei Olavo II da Noruega (Óláfr Haraldsson), que comandava as tropas, foi morto pelo Exército Camponês, em maior número. Mais tarde, Olavo seria canonizado, tornando-se santo patrono da Noruega e Rex perpetuum Norvegiae (o rei eterno da Noruega). (...) As antigas crenças pagãs continuaram a viver sob a superfície do Cristianismo e muitos desses elementos pré-cristãos mesclaram-se com as práticas cristãs.
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Stiklestad
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Um embate histórico em que ficou especialmente evidente o modo como as tradições étnicas, nacionais, tiveram no povo comum o seu defensor natural, contra as conveniências de uma elite aristocrática sequiosa de poder e talvez por isso mesmo, bem como pela sua convivência natural com elites aristocráticas doutras paragens, talvez por isso mesmo, dizia, tendencialmente mais adepta de um credo de índole internacional e, em concreto, universalista.
Algo de mais ou menos semelhante tinha-se verificado no caso do confronto de Carlos Magno com os Saxões, no seio dos quais eram precisamente as classes populares que mais lealdade manifestavam aos seus Deuses Nacionais.
Efectivamente, a cristianização do grosso da Europa fez-se «de cima» para «baixo», ou seja, operou-se por meio da imposição por parte dos monarcas, convertidos por motivos eventualmente políticos, às massas populares, as quais por norma continuaram durante algum tempo a praticar os seus antigos gestos pagãos até que a Igreja, querendo abafar-lhes a índole pagã, os cristianizou.
É assim patente, mais uma vez, o carácter eminentemente etnicista, tradicionalista, da massa popular, diante dos planos e exigências frequentemente transfonteiriças das elites.
Uma Europa mais verdadeiramente europeia será portanto uma Europa mais democrática, ou seja, mais determinada nas suas escolhas pela vontade popular, e mais voltada para a restauração integral da sua herança etno-religiosa pré-cristã, processo que está já em andamento.
7 Comments:
eu ja notei que os europeus sao os unicos que conseguiram prosperar como teistas e como ateus como capitalistas e ate sob gulags geraram uma potencia mas fico pensando que antes da modernidade protestante do norte a europa era atrasada
ja fazia coisas notaveis como catedrais goticas aquedutos coisas que vc nao ve mesmo em zonas avançadas de outras zonas tipo incas etc mas high idh so vieram sob alguns valores semitas
Atrasada? Então a Grécia antiga, e a antiga Roma, eram «atrasadas»?
veja eram avançadas mas esses valores de vida digna pro comum veio da ethos pos semita a elite pre semita era elitista nao ligava pro comum
veja que ainda no tardio seculo xix etc muitos luxemburguenses pobres ainda iam pro brasil a elite euro so se preocupou com o comum muito tarde
e sob valores pre cristaos duvido que a elite iria democratizar direitos civis basicos a sociedade pre crista parecia uma selva era imperador matando imperador pelo poder nao dizendo claro que a humanidade seja boa ou que cristo por si so civiliza sem dna vide sudacas e afros
«mas esses valores de vida digna pro comum veio da ethos pos semita a elite»
Não, veio precisamente do ethos pré-semita, ou, mais concretamente, do mais genuíno ethos helénico e romano. A Democracia ateniense consistia precisamente em Isegoria, ou Igualdade na liberdade de expressão, Isonomia, ou Igualdade no direito à nomeação para cargos, e Isocracia, ou Igualdade no poder. Bem antes de Cristo houve em Roma revoltas plebeias, revoltas vitoriosas, note-se.
Claro que Roma e Pavia não se fizeram num dia - mas começaram a fazer-se na Antiguidade... e, mesmo no tempo do Império Romano, o imperador Marco Aurélio orgulhava-se de ser um democrata, atenção a isto...
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