terça-feira, janeiro 21, 2025

EUA - LÍDER HÚNGARO NÃO CONVIDADO, OU TAlVEZ SIM, MAS NÃO DEMASIADO...

“Vamos esclarecer os factos: nenhum funcionário do governo húngaro – ou qualquer líder estrangeiro – recebeu convite “oficial” para a tomada de posse do próximo Presidente dos EUA, a 20 de Janeiro”, escreveu Zoltán Kovács, secretário de Estado para a Comunicação Internacional, no Facebook. Segundo ele, a equipa do Presidente Trump – de acordo com a tradição – não convidou nenhum chefe de Estado ou de governo estrangeiro. Kovács acrescentou que a tomada de posse do Presidente dos EUA é "tradicionalmente um evento que celebra a transferência pacífica de poder, e não uma reunião de dignitários estrangeiros".
Kovács publicou a sua postagem na Mércores, depois de terem começado as especulações sobre se o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, tinha sido convidado para a cerimónia de posse ou não, já que a equipa de Trump convidou vários líderes estrangeiros – de acordo com a postagem de Kovács, no entanto, estes não são "convites oficiais".
De qualquer forma, o gabinete do presidente argentino, Javier Milei, confirmou em Dezembro passado que o político tinha recebido um convite. Numa conferência de imprensa no dia 9 de Janeiro, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni confirmou que tinha sido convidada para o evento e planeava participar na inauguração. Vários políticos de Extrema-Direita de toda a Europa também anunciaram a sua presença, incluindo o britânico Nigel Farage, o francês Eric Zemmour, o holandês Geert Wilders e o belga Tom Van Grieken.
"Qualquer pessoa que participe fá-lo a convite pessoal ou de pessoal, e não a título oficial, uma vez que não se trata de uma ocasião para conversações ou reuniões formais, mas serve um propósito totalmente diferente" – escreveu o secretário de Estado, acrescentando que Viktor Orbán não comparecerá ao evento.
O Ministro Gergely Gulyás também foi questionado sobre isso em entrevista mais longa ao atv.hu, na qual disse: "Só faz sentido que o chefe do governo vá a Washington se puder encetar conversações substantivas com a nova administração dos EUA. O dia da tomada de posse certamente não é esse dia, é principalmente um evento da política interna dos EUA. Viktor Orbán tem sido um aliado de Donald Trump por tempo suficiente para não precisar de se acotovelar entre os milhares de presentes na posse para demonstrar a sua própria importância ou a sua proximidade com o novo presidente."
Em resposta a uma pergunta do Telex na Mércores, o chefe de imprensa do primeiro-ministro, Bertalan Havasi, disse que Viktor Orbán faria um discurso numa conferência sobre a avaliação dos resultados da Presidência húngara da UE, em Budapeste, no dia 20 de Janeiro.
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Fonte: https://telex.hu/english/2025/01/16/orban-was-not-invited-to-trumps-inauguration-ceremony-and-neither-was-any-other-member-of-the-hungarian-government

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É estranho que Orbán ou não tenha sido convidado ou então tenha sido convidado (à última da hora), como diz outra fonte mais recente, https://www.politico.eu/article/donald-trump-inauguration-far-right-populists-giorgia-meloni-javier-milei/, se calhar para salvar faces, mas não tenha podido ir... terá a ver com a sua proximidade para com Putin?... Ou quererá Trump fazer parecer que não o tem como aliado enquanto nos bastidores há outros contactos?
O facto de Marine Le Pen não ter sido convidada não parece bom sinal, em «seu lugar» esteve o civilizado rival judeu Eric Zemmour, mas por outro lado o convite a Meloni afigura-se boa promessa de colaboração nacionalista entre ambos os lados do Atlântico Norte ou Atlântico branco. Logo se vê...