quarta-feira, janeiro 15, 2025

GRÃ-BRETANHA - ESTUDIOSOS AFIRMAM QUE STONEHENGE PODERÁ TER SIDO CONSTRUÍDO COMO SÍMBOLO DE UNIDADE DO POVO CONTRA CHEGADA DE ALÓGENOS...

Stonehenge pode ter sido construído como um símbolo de unidade para os antigos bretões em resposta ao fluxo de migrantes europeus, de acordo com uma nova pesquisa.
Especialistas acreditam que o icónico círculo de pedras foi construído deliberadamente usando rochas de toda a Grã-Bretanha para criar um monumento que uniria os Povos indígenas contra a chegada de estrangeiros.
A teoria surgiu após a descoberta de que a pedra do altar do local era originária do nordeste da Escócia, viajando cerca de 430 milhas para chegar a Wiltshire por volta de 2500 a.C.
As descobertas sugerem que a estrutura tinha um propósito político além do significado religioso, revelaram pesquisadores do Instituto de Arqueologia da University College London.
Acreditava-se que a pedra do altar, pesando seis toneladas, tivesse vindo do País de Gales, mas agora foi rastreada até à Bacia Orcadiana, na Escócia. Partilha semelhanças com pedras encontradas em círculos escoceses, onde a colocação horizontal foi intencional e não resultado de queda.
O monumento também apresenta 43 "pedras azuis" transportadas das colinas de Preseli, no País de Gales, a aproximadamente 225 quilómetros de distância.
Pedras maiores, chamadas de "sarsen", foram trazidas de pelo menos 24 quilómetros de distância e acredita-se que sejam originárias de West Woods.
"Stonehenge destaca-se por ser um microcosmo material e monumental de toda a extensão das Ilhas Britânicas", disse o professor Mike Parker Pearson.
O professor Parker Pearson acredita que o monumento tinha "um propósito político e religioso" como um símbolo de unificação dos Povos britânicos.
"Sabemos há algum tempo que pessoas vinham de muitas partes diferentes da Grã-Bretanha com seus porcos e gado para festejar em Durrington Walls", disse ele.
Quase metade dos enterrados em Stonehenge viviam fora de Salisbury Plain, de acordo com pesquisadores.
As semelhanças entre a arquitectura de Stonehenge e as estruturas do norte da Escócia "agora fazem mais sentido", dadas as novas descobertas sobre as origens da pedra do altar, acrescentou o professor Parker Pearson.
O momento da construção coincidiu com uma migração significativa de regiões hoje conhecidas como Alemanha e Holanda.
As pedras azuis galesas fizeram parte da primeira fase de construção de Stonehenge, com a segunda fase a ocorrer durante um período de maior contato entre a Grã-Bretanha e a Europa continental.
O professor Richard Bevins, da Universidade de Aberystwyth, comparou a pesquisa à ciência forense, envolvendo uma pequena equipa de cientistas da Terra: "Cada um trazendo sua própria área de especialização; é essa combinação de habilidades que nos permitiu identificar as fontes das pedras azuis e agora da pedra do altar", disse.
O Prof. Parker Pearson rejeita teorias antigas sobre o propósito de Stonehenge, afirmando: "Não é um templo - isto tem sido um grande obstáculo por centenas de anos. Não é um calendário e não é um observatório." "Acho que não estamos a olhar para Stonehenge da maneira correcta", acrescentou.
A pesquisa revela que, embora o monumento tivesse como objectivo unir os nativos britânicos, os europeus que chegaram acabaram por se tornar na população dominante. Os recém-chegados trouxeram avanços significativos, incluindo a metalurgia e a roda, substituindo gradualmente os indígenas britânicos ao longo de quatro séculos.
A pesquisa será publicada na Archaeology International.
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Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: 
https://www.gbnews.com/science/stonehenge-native-britons-built-influx-european-migrants

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Muito provavelmente, os «estrangeiros» referidos no artigo, os que estavam a chegar a partir da região que é hoje Holanda e Alemanha, foram os primeiros indo-europeus a pôr os pés na Grã-Bretanha.
É entretanto de notar que o termo «bretões» no texto é usado de forma puramente geográfica, ou seja, refere as populações da Grã-Bretanha, não o(s) Povos(s) ao(s) qual(is) se chama hoje Bretões.
Com efeito, os Bretões propriamente ditos são celtas, são celtas falantes do Celta P ou britónico (diferentes, portanto, dos celtas que falam o Celta Q ou Goidélico/Gaélico). 
Os Celtas descendem pois dos «estrangeiros» que o artigo refere como estando a chegar na altura da construção da estrutura...
Tanto quanto julgo saber, o complexo megalítico de Stonehenge - cujo nome é curiosamente análogo ao do português Carenque e ao do arménio Carhunge - começou a ser edificado antes de 3000 a.c., enquanto a chegada dos Indo-Europeus à Grã-Bretanha terá tido lugar por volta de 2500 a.c., mas enfim, as datações são complicadas...

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Exactamente, o Stonehenge foi erguido pelos agricultores do neolítico, que em Inglaterra ou Portugal, França e França ergueram os monumentos megalíticos. Os Celtas vieram depois, já eram a junção dos agricultores do neolítico com os proto.indo-europeus.

16 de janeiro de 2025 às 00:52:00 WET  
Blogger Caturo said...

Geneticamente, sim... não sabemos é se se consideravam simplesmente a junção
ou em vez disso
se afirmavam como os autóctones que entretanto receberam um Povo estrangeiro
ou se, terceira alternativa,
se consideravam a si mesmos como os que vieram e que entretanto encontraram os nativos no caminho...

O que é um Povo? A genética, a cultura (língua e religião) ou ambas as coisas?

Os registos mitológicos irlandeses, ou seja, os da ilha ao lado, igualmente de raiz céltica, indicam que a terceira alternativa seria a mais provável, dado que os Irlandeses pareciam considerar-se como descendentes da quinta «raça» invasora, a dos Mileadh ou Filhos de Mil, os Goidélicos propriamente ditos, oriundos da Ibéria, mas estes da Ibéria eram por sua vez mais remotamente oriundos da «Cítia», ou seja, esta narrativa mitológica bate perfeitamente certo com a actual teoria dominante sobre a origem dos Indo-Europeus nas estepes euro-asiáticas.
Das «raças» anteriores, só uma parece por vezes, por vezes, saliento, ser autóctone, precisamente a dos «maus da fita», a dos monstruosos Fomoros ou Fomoire...
os seguintes são, primeiro, o Povo da rainha Cessair, oriundo da Grécia (que faleceu em massa devido a uma peste), depois os Filhos de Nemed (oriundos, também, da Cítia, tal como os Filhos de Mil), a seguir os Firbolg (da Dinamarca?, da Holanda?), seguidos dos Tuatha dei Danann, a estirpe sobrenatural por excelência, a dos principais Deuses irlandeses, vencedora contra os Firbolg e depois contra os Fomoire, mas esta Grei («Tuatha») de Danann tinha vindo de umas misteriosas ilhas a noroeste da Irlanda, ilhas essas nas quais os Filhos de Nemed se tinham refugiado quando foram expulsos pelos Fomoire...

Ora se estes Fomoire são pronunciadamente feios, das duas uma, ou eram mesmo criaturas repulsivas ou então quem escreveu a história foram os vencedores, os quais seriam os tais invasores, porventura mais esbeltos e claros de pele, sabe-se lá... mal comparado, o historiador José Mattoso diz, na sua obra «Identificação de um País», que havia no Portugal dos primeiros tempos uma rivalidadezita entre os cavaleiros da nobreza, representados como altos, elegantes, claros, e os cavaleiros-vilãos, ou homens da plebe com dinheiro para comprar cavalos, pois estes cavaleiros-vilãos teriam cabelo mui preto e precocemente embranquecido, pele morena, estatura baixa e larga, odor corporal pronunciado...

Independentemente das associações históricas, urge deixar claro, antes de mais nada, que o conceito de estirpe poderosa inimiga dos Deuses é comum a vários panteãos de origem indo-europeia. Assim, os Fomoire seriam os equivalentes irlandeses dos Titãs da Grécia e dos Jotuns da Escandinávia, talvez mesmo dos Vanir escandinavos também, e dos Devas da mitologia zoroástrica do Irão, e dos Asuras da Índia posterior, e, mal comparado, dos Kauravas do Mahabharata...

A mitologia irlandesa que se conhece foi registada por escrito pela mão de clérigos cristãos irlandeses. Ainda hoje não se sabe se o fizeram só pelo gosto de contar histórias, ou se quiseram ridicularizar esses mitos, ou se, em vez disso, eram pagãos disfarçados de cristãos e quiseram deixar para a posteridade toda a herança religiosa que conseguissem salvar... A cristianização foi também por isto um sarilho, pois que, de facto, quebrou uma cadeia de transmissão na qual se podia confiar praticamente sem grandes reservas.

Em suma, uma coisa é certa - sem esta migração indo-europeia, não havia nem Celtas propriamente ditos nem a esmagadora maioria da línguas europeias actuais, incluindo o Português, isto está claro.

16 de janeiro de 2025 às 10:15:00 WET  
Blogger emenda um anti despotismo woke said...

quando os arianos eram alogenos kk

16 de janeiro de 2025 às 11:59:00 WET  

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