terça-feira, agosto 05, 2014

FÍSICOS RUSSOS PROMETEM TELETRANSPORTE NUM FUTURO PRÓXIMO

O teletransporte deixa de ser um tema peculiar da ficção científica, afirmam cientistas russos do Instituto de Física de Moscovo. No futuro próximo, será possível deslocar-se a grandes distâncias sem aplicar um esforço físico e permanecer simultaneamente em dois lugares.
Não se exclui uma hipótese de teletransporte no espaço. É que existe um efeito físico chamado “confusão quântica”, ou seja, a capacidade de objectos quânticos de se distanciar e, ao mesmo tempo, não se dividir. 
Tal efeito não existe na física clássica. Mas os cientistas russos encontraram um método de conservar a “confusão quântica” durante a transmissão de informações em grandes distâncias. Tal fenómeno chama-se teletransporte, disse à Voz da Rússia um dos autores do projecto, Serguei Filipov: 
“Não gostamos de ver novelos em desordem, quando a linha se confunde. Mas os físicos adoram confusões de vária índole. Nesses estados há uma correlação – o que acontece a um extremo da linha relaciona-se com a outra extremidade. Essas correlações podem ser enviadas. Neste caso, as pessoas “distanciadas” serão correlacionadas, não tendo um comportamento independente”. 
Inicialmente, as pesquisas centravam-se no estudo da qualidade de transmissão de sinais através da fibra óptica, sendo essa uma “comunicação quântica secreta”. Os cientistas descobriram um algoritmo que permita elevar ainda mais o nível de secretismo. Quanto ao teletransporte, este tornou-se um efeito secundário. Por meio desse efeito será possível deslocar objectos e pessoas: 
”Por exemplo, você quer teletransportar uma pessoa. Mas para tal não é preciso transmitir os seus átomos. Você tem uns 20 kg de oxigénio, 10 kg de carbono, um determinado volume de hidrogénio e toma tudo isso no outro extremo. Depois transmite a informação sobre a sua união e a composição gravada nos átomos. Do outro lado da linha, a partir dessa matéria recompõe aquela mesma pessoa”. 
Tal “montagem” é semelhante à holografia quando, mediante um laser, se registam e depois se reproduzem imagens de objectos tridimensionais, similares aos verdadeiros. 
Ora, não se trata de uma técnica especial de fotografar, mas sim de reprodução de um homem “em carne e osso”, com todos os traços específicos e características. Claro que a ciência ainda não alcançou tal patamar de desenvolvimento. 
Mas os cientistas apreenderam a teletransportar os fotões que desempenham um papel de “portadores” de informações transmitidas. Numa ponta do fio, os especialistas souberam criar um estado de micro objecto, idêntico ao existente do outro lado. Agora, será preciso empregar este princípio em sistemas mais complicados. 
Todavia, esta é uma tarefa difícil: quando o sistema cresce em volume, vai aumentando em flecha a complexidade de teletransporte. “É duas vezes mais complicado teletransportar dois átomos do que um, é oito vezes mais difícil teletransportar três átomos. Se queremos avaliar a possibilidade de teletransporte de um homem, devemos entender que o homem consiste de múltiplos átomos (10 elevado à vigésima quarta potência).
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Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_07_16/Fisicos-russos-fazem-teleporte-uma-realidade-1563/