sexta-feira, maio 03, 2013

EXTREMA-DIREITA FRANCESA CELEBRA EM GRANDE O PRIMEIRO DE MAIO

À frente do Presidente François Hollande nas mais recentes sondagens, que a colocam em segundo lugar a seguir ao ex-presidente, Nicolas Sarkozy, a líder da Frente Nacional (FN), Marine Le Pen, desfilou esta manhã [anteontem] com milhares de militantes no bairro da Ópera, na capital francesa.Com a palavra de ordem "O povo em primeiro", a chefe da extrema-direita francesa patenteava euforia e, aos jornalistas, dizia ter "toda a legitimidade" para manifestar no dia do trabalhador: "Segundo as sondagens, a FN representa 40 por cento dos operários franceses!".
Num discurso marcadamente nacionalista, em frente ao edifício da Ópera Garnier, Marine Le Pen atacou a "mundialização selvagem" e disse: "A França afunda-se na Europa tenebrosa do ultra-liberalismo e da austeridade e os povos europeus igualmente". Defensora do regresso "à Pátria soberana", contra a União Europeia, disse que "não existe um povo europeu", pediu a realização de um referendo para a saída da França da UE e pelo fim do euro e voltou ao tema da "preferência nacional" que segundo ela deve ser dada, em França, aos franceses em prejuízo dos imigrantes estrangeiros.
Muito optimista em relação ao futuro do seu partido, Marine Le Pen exigiu "uma lei eleitoral justa com proporcionalidade integral". Com mais de 17 por cento dos votos nas recentes presidenciais temos dois deputados, e os Verdes, com apenas 2 por cento têm 18!", exclamou. Numa recente entrevista ao Expresso (versão impressa), a chefe dos nacionalistas franceses deu a entender que a FN pode vencer as eleições autárquicas e europeias de 2014. Depois da manifestação dos nacionalistas da FN, decorrerão esta tarde, em Paris e noutras cidades francesas, diversas manifestações sindicais. Mas, tal como em Portugal, as principais confederações sindicais manifestarão em separado.  


Salta à vista, mais uma vez, que quanto mais os Nacionalistas falam em discurso directo ao Povo, mais o Povo vota nos Nacionalistas - e, para travar o voto nacionalista, a elite político-cultural reinante precisa de se socorrer de truques para falsificar a Democracia, como acima se lê.