terça-feira, maio 21, 2013

ESTUDO REVELA RAIZES GENÉTICAS DA EUROPA - INDO-EUROPEUS E PORTUGAL EM DESTAQUE?




Uma equipa internacional de cientistas analisou ao longo dos últimos sete ou oito anos o material genético de esqueletos recuperados no centro da Alemanha de até há sete mil e quinhentos anos atrás para reconstruir a história genética da Europa. O estudo, publicado na revista «Nature Communications», revela acontecimentos tais como migrações a partir da Eurásia e outros eventos como sinais de fracturação sem explicação genética ocorrida há quatro ou cinco mil anos. Trata-se do primeiro trabalho de tal magnitude a estudar os genomas de esqueletos antigos e que utiliza a análise do ADN mitocondrial (parte da célula que se transmite pela via materna).
A investigação realizou-se no Centro de Estudos sobre ADN Antigo da Universidade do centro australiano de Adelaide para o ADN Antigo (ACAD) e contou com a contribuição de uma equipa da Universidade alemã de Mainz e do Projecto Geográfico da National Geographic Society.
O estudo sequenciou um grupo de linhagens genéticas maternas, o haplogrupo H, que dirá respeito a quarenta e cinco por cento dos Europeus.
Um dos autores do estudo, Paul Brotherton, afirma que «o registo do grupo genético herdado da mãe mostra que os primeiros agricultores da Europa central são o resultado do contributo cultural e genético por migração a partir da Turquia e do Próximo Oriente, onde se originou a agricultura, e a sua chegada à Alemanha data de há cerca de sete mil e quinhentos anos
Um dos mistérios ainda por resolver é o que terá acontecido há cerca de quatro mil e quinhentos anos, quando as características genéticas das populações europeias foram repentinamente substituídas: diz Alan Cooper, um dos investigadores, que «o que é interessante é que os marcadores genéticos desta primeira cultura pan-europeia, que foi claramente um grande êxito, foram rapidamente substituídas há cerca de quatro mil e quinhentos anos e não sabemos porquê. Algo importante aconteceu. Algum grande evento teve lugar e agora temos de averiguar qual foi
Escreve o principal autor do estudo, Wolfgang Haak: «estabelecemos que as bases genéticas da Europa moderna só se estabeleceram no Neolítico Médio, depois desta transição importante da genética há cerca de quatro mil anos. A diversidade genética foi logo modificada entretanto por uma série de elementos e pelas culturas que se expandiam da Ibéria à Europa de leste através do Neolítico Tardio.»
Brotherton cita a expansão da cultura campaniforme, que define como evento chave, ocorrido por volta de dois mil e oitocentos antes de Cristo na Ibéria e que chegou à Alemanha vários séculos mais tarde. E diz mais: «este é um grupo muito interessante, já que foi relacionado com a expansão das línguas célticas ao longo da costa atlântica e no centro da Europa
 
Ora o que é a cultura do vaso campaniforme? A Wikipédia portuguesa é desta feita informativa e sucinta:
A Cultura do Vaso Campaniforme ou simplesmente Campaniforme (em inglês Bell-Beaker culture, em alemão Glockenbecherkultur) é uma cultura do terceiro milénio a.C. com origem no Castro do Zambujal, estremadura portuguesa, e que se difundiu pelo continente europeu.
O Campaniforme deve o seu nome ao facto de os vasos de cerâmica decorados encontrados em contexto funerário terem a forma de um sino invertido. (...) Como afirmou o arqueólogo Michael Kunst durante um encontro de arqueólogos em Torres Vedras "Havia muito marfim na península ibérica que se julga ser proveniente de elefantes indianos e de conchas do mar vermelho.»
 
Para mais informações sobre o Campaniforme, ler aqui:
http://en.wikipedia.org/wiki/Beaker_culture#Physical_.26_Genetic_Anthropology que contém informações sobre a genética e o tipo físico dominante associado ao campaniforme, que é de gente sólida e braquicéfala.
 
 
O que Brotherton diz acima a respeito do eventual relacionamento do campaniforme com as línguas célticas é excepcionalmente interessante na medida em que parece poder dar validade, no essencial, às teorias que indicam ser na faixa ocidental ibérica que se localiza a raiz dos povos célticos, que daí partiram para as costas do Atlântico norte europeu e para a Europa Central.
O estudo parece indicar também que é no elemento céltico, e indo-europeu em geral, que se encontra a chave da grande alteração genética do Neolítico que está na base dos Europeus actuais, uma vez que a datação referida, dois mil a dois mil e oitocentos a.c., é a da expansão dos Indo-Europeus na Europa, segundo a teoria tradicional da ciência oficial.
Vaso campaniforme encontrado em Casal do Pardo, Palmela, datado do Calcolítico.
Fonte e mais detalhes: http://www.mnarqueologia-ipmuseus.pt/?a=3&x=1&i=418

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...


Festival Islâmico. Mértola tornou- -se uma cidade marroquina, mas sem camelos
http://www.ionline.pt/artigos/boa-vida/festival-islamico-mertola-tornou-se-uma-cidade-marroquina-sem-camelos








21 de maio de 2013 às 17:27:00 WEST  
Anonymous Visto de França said...

Uma tragica noticia...
O suicidio de Dominique Venner em Notre Dame de Paris para denunciar a islamizaçao de Europa
RIP
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=653162&tm=7&layout=121&visual=49

21 de maio de 2013 às 17:38:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Right-wing historian shoots himself in Notre Dame cathedral 'in protest at gay marriage'
http://www.dailymail.co.uk/news/article-2328502/Dominique-Venner-Right-wing-historian-shoots-Notre-Dame-cathedral-protest-gay-marriage.html?ico=home%5Eheadlines

O escritor francês Dominique Venner foi o homem que se suicidou hoje, na catedral da Nossa Senhora de Paris.
Ler mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2013_05_21/escritor-dominique-venner-foi-o-suicida-na-catedral-da-nossa-senhora-de-paris/

21 de maio de 2013 às 18:07:00 WEST  
Blogger legião 1143 said...

O partido de extrema-direita grego Aurora Dourada ameaçou, esta segunda-feira, mobilizar cem mil pessoas contra a construção de uma mesquita em Atenas

http://www.noticiasaominuto.com/mundo/74907/partido-de-extrema-direita-amea%C3%A7a-mu%C3%A7ulmanos-na-gr%C3%A9cia


enquanto isso na Noruega ,O primeiro-ministro , Jens Stoltenberg, nomeou a muçulmana Hadia Tajik, ministra da Cultura

http://portuguese.ruvr.ru/2012_09_22/hadia-tajik-nova-primeira-ministra-da-cultura-na-noruega/

No mesmo dia, na Noruega tiveram lugar grandes protestos de muçulmanos contra o filme anti-islâmico

21 de maio de 2013 às 18:16:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

a datação parece interessante, mas não faz sentido; se o homeland arya fica no centro-leste e o oeste era habitado por iberos, no maximo essa foi a ultima cultura iberia antes da chegada dos aryas; veja que esse manufaturado é pre-idade dos metais e é inferior a ceramica marajoara sub-inca

21 de maio de 2013 às 19:03:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Right-wing historian shoots himself in Notre Dame cathedral 'in protest at gay marriage'

ué, o outro não disse que era anti-islamização?o casamento gay é defendido pela sharia onde?kkk

21 de maio de 2013 às 19:06:00 WEST  
Blogger Caturo said...

« se o homeland arya fica no centro-leste e o oeste era habitado por iberos, no maximo essa foi a ultima cultura iberia antes da chegada dos aryas;»

E depois? A chegada indo-europeia pode preceder isso nalguns séculos e ter-se desenvolvido de certa maneira na Ibéria, independentemente dos Iberos. Faço notar que a origem da cultura do vaso campaniforme se situa numa área que não era dos Iberos.

21 de maio de 2013 às 19:16:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Uma área que, em tempos romanos, fazia indubitavelmente parte da Hispânia indo-europeia.

21 de maio de 2013 às 19:17:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

*íbera

21 de maio de 2013 às 19:41:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

E depois? A chegada indo-europeia pode preceder isso nalguns séculos e ter-se desenvolvido de certa maneira na Ibéria, independentemente dos Iberos. Faço notar que a origem da cultura do vaso campaniforme se situa numa área que não era dos Iberos.

vc é anacronico; os primeiros mapas etnicos se situam numa era tardia quando os gregos por ai passaram; só usando occam ja se nota que iberos e bascos deviam ocupar toda a iberia antes dos kalaikoi; os lusitanis então são outra incognita por que seu idioma não é kalaikoi e nem apenas fusão de kalaikoi com ibero; tem ate indo-arya como se fosse antigo o suficiente pra preservar elementos proto-aryas do periodo pre-celtico; os alanos chegaram tarde demais pra explicar quando os lusitanis ja haviam se pos-romanizado

21 de maio de 2013 às 19:44:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Uma área que, em tempos romanos, fazia indubitavelmente parte da Hispânia indo-europeia.

tempos romanos = milhares de anos depois disso..anacronismo

21 de maio de 2013 às 19:45:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não é anacronismo coisíssima nenhuma. É perceber que a única identificação étnica que há dessa região é indo-europeia.

22 de maio de 2013 às 17:39:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«vc é anacronico; os primeiros mapas etnicos se situam numa era tardia quando os gregos por ai passaram; só usando occam ja se nota que iberos e bascos deviam ocupar toda a iberia antes dos kalaikoi; os lusitanis então são outra incognita por que seu idioma não é kalaikoi »

Não disseste nada de jeito. Os primeiros mapas étnicos são os únicos que temos e presumir que antes desses mapas a situação era diferente não tem quaisquer bases. Não há, de resto, absolutamente nada que indique que os Iberos e os Bascos chegaram a ocupar toda a Ibéria.
Quanto aos Lusitanos, o seu idioma pouco difere do Galaico, se diferir. A tal ponto que muitas vezes os Lusitano e o Galaico são agrupados num só conjunto étnico.


22 de maio de 2013 às 17:43:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

e tanto que o r ja existia antes dos aryas; eles apenas surgiram dentro da zona r1a e talvez fizeram ela ficar bem maior que o era antes deles; essa de r1b celta sempre desconfiei e agora só parece cada vez mais irreal

22 de maio de 2013 às 18:55:00 WEST  

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