SOBRE MAIS UMA PEÇA DE PROPAGANDA OFICIAL DO REGIME A CONVENCER O POVINHO QUE É BOM DEIXAR-SE INVADIR POR QUEM A ELITE LHE QUISER METER EM CASA

Foi aqui trazida esta notícia, que, em termos de propaganda oficial da elite reinante, é mais do mesmo, como a seguir se pode ler (texto da notícia a itálico, comentários a escrita normal):

"Os imigrantes que chegam a Portugal podem ajudar a atenuar o processo de envelhecimento demográfico", disse a directora do projecto Pordata, uma base de dados sobre Portugal.

Areia para os olhos da população, para que se não perceba que, na verdade, a imigração não traz qualquer atenuamento do envelhecimento demográfico, mas sim uma substituição demográfica - porque se uma população indígena conta com, por exemplo, cem jovens e quarenta idosos, e repentinamente recebe um afluxo de quinhentos jovens alógenos, isso não faz com que os cem jovens indígenas se vejam aumentados em número, mas tão somente sobrepujados em número na sua própria terra.

Sucede que as elites acham que, abaixo de si, é tudo igual, é tudo «povinho», e para construir as pontes ou para lavar as escadas do seu escritório, tanto faz um Zé Manel do Montijo como um Obikwelo da Nigéria. Até porque um Obikwelo da Nigéria trabalha por qualquer salário que se ofereça na Europa, e se o Zé Manel do Montijo não quiser aceitar o baixo salário que se lhe oferece, o Obikwelo da Nigéria toma conta do recado... e assim o Zé Manel da próxima vez que se candidatar a um posto de trabalho tem que se aguentar com qualquer merda de vencimento que se lhe ofereça, é pegar ou largar... Além disso, os Obikwelos da Nigéria até podem eventualmente ser grandes atletas, e depois é só dar-lhes os papéis da nacionalidade e a seguir propagandear em todos os mérdia os sucessos desportivos dos Obikwelos, que é para os Zé Manéis se irem habituando a que a terra não é só dos indígenas (não é porque a elite diz que não), e ai do Zé Manel que se atreva a dizer que o Obikwelo das medalhas não é português, que isso até lhe pode ser atirado à cara como «traição»!, racismo e etc., «e o Obikwelo é muito mais português do que tu e faz mais por Portugal do que tu!!!» e outras desonestidades mentecaptas como esta, «lições» de moral barata dadas por quem nem sequer merece o ar que respira (e que, em certos casos, pode um dia deixar, definitivamente, de o poder respirar) - tudo para manter o Zé Manel caladinho e moralmente de mãos atadas enquanto a elite lhe continua a encher a casa de Obikwelos.

Claro que entretanto os Obikwelos poderão ter quarenta e sete filhos cada um, que serão, em boa parte senão na sua maioria, membros de gangues que assaltarão e infernizarão as vidas dos poucos filhos dos Zé Manéis, mas isso não é, seguramente, um problema da elite, e não é porque a elite tem os filhinhos a salvo em colégios privados e vive em condomínios fechados, e não é, também, porque os Zé Manéis não se revoltam em grupo e em massa... e qualquer veleidade dos Zé Manéis se organizarem politicamente para disputarem o poder à elite que os governa e porem cobro ao processo iminvasório, está permanentemente em risco de ser punida com pena de cadeia que pode ir até dez anos. Num regime onde, para cúmulo do descaramento REVOLTANTE, se guincha aos quatro ventos que «não há presos políticos»...

E a notícia continua:

No ano de 2009, só o fluxo de imigrantes impediu a população portuguesa de diminuir, uma vez que o saldo natural - a diferença entre o número de nascimentos e mortes - foi negativo, uma situação que só aconteceu duas vezes nos últimos noventa anos, em 2007 e em 1918, devido à gripe pneumónica.

Ah. E em 1918, foi necessário mandar entrar toneladas de imigrantes?...

O saldo natural é "cada vez mais ténue" para garantir o crescimento da população.

Mas até que número é que a população precisa de crescer?

Se, como é constantemente martelado nos mérdia, a segurança social precisa do trabalho dos imigrantes para pagar as reformas, significará isso que a população terá sempre de crescer, de geração em geração? Até quando, até que meta? E os recursos, e o território para albergar mais e mais gente, também está a crescer?

Porque será que perguntas elementares como estas nunca são colocadas em lado absolutamente nenhum da comunicação sucial?

Os imigrantes que vêm para Portugal "chegam nas idades activas e também mais férteis, tendem a ter aqui os filhos", referiu, acrescentando que "10 por cento da população activa" é imigrante e que "cerca de 10 por cento dos nascidos em Portugal são filhos de mães estrangeiras". Esta "migração laboral" é também importante em termos demográficos porque "diminui o peso das pessoas nas idades mais avançadas".

Portanto, aviso «à navegação» - o País está a ser iminvadido, não já apenas por fora, mas também por dentro.

Desde 1993 que Portugal "passou, de forma consistente, a ter um saldo migratório positivo, porque entram mais pessoas do que as que saem, o que significa que é um país com uma atractividade especial". De acordo com os dados da Pordata, em 2009 a população estrangeira em Portugal cifrava-se nos 4,3 por cento, muito acima dos 0,5 referenciados em 1980. "Quando olhamos para outros países da União Europeia com os quais gostamos tanto de nos comparar, o que os torna interessantes é também o facto de serem ambicionados por pessoas que vivem em outros países", referiu.

O ridículo desta afirmação é de um primarismo que só pode ser protagonizado por quem acredita piamente que está a falar para quem já foi vítima em estado avançado, quiçá terminal, de lavagem cerebral anti-racista - porque, de facto, o que torna interessantes os países que mais atraem imigração, não é o facto de atraírem imigração, mas sim aquilo que faz com que atraiam imigração: a riqueza, a segurança, o bem-estar criado pelos indígenas desses países.

Maria João Valente Rosa não tem dúvidas de que os portugueses "estão mais enriquecidos do que há décadas atrás" por conviverem com "cada vez mais pessoas de origens diferenciadas".

Bem, aqui depende dos portugueses aos quais se refere Maria João Valente Rosa: os portugueses das elites, que pagam salários baixíssimos aos empregados e que conseguem que as suas empresas façam mais obras em menos tempo, e que depois têm dinheiro para comprar Ferraris e moradias de luxo, esses portugueses sim, «estão mais enriquecidos do que há décadas atrás» por conviverem com «cada vez mais pessoas de origens diferenciadas».

Agora, os portugueses que têm sido assaltados, espancados, insultados, por «cada vez mais pessoas de origens diferenciadas», esses não estarão propriamente «mais enriquecidos do que há décadas atrás», a não ser talvez em determinação e cautela...