domingo, setembro 20, 2009

SEPARAÇÃO ENTRE ESTADO E IGREJA, SEMPRE! MAS COM UMA EXCEPÇÃOZITA PARA OS MUÇULMANOS...

Na localidade britânica de Camden, norte de Londres, um grupo cristão em campanha foi proibido de afixar propaganda em bibliotecas e em centros comunitários a anunciar os seus encontros porque estes anúncios referem Deus e o Cristianismo. O conselho de Camden é contra a promoção de ideias religiosas. Trata-se pois de um caso de laicismo militante.

A Igreja católica local até pode por exemplo noticiar um evento sobre Ecologia, mas sem fazer qualquer referência, no panfleto de promoção, à Religião.
Tem havido um número crescente de incidentes entre as autoridades locais e o Cristianismo organizado - recusa de reconhecimento do Natal, acção disciplinar contra professores e freiras que tornam pública a sua confissão cristã, etc..

Laicismo militante, de facto. Mas... mas com limites... limites ditados pelo chamado «respeitinho», aquele que «é muito bonito»...

Porque o mesmo conselho dá a quem quiser detalhes informativos sobre pelo menos treze mesquitas, grupos de estudo muçulmanos e grupos sociais islâmicos. Está neste momento a propagandear o trabalho com «jovens muçulmanos» e o website da câmara até publica notícias de que «o conselho de Camden estimula o conhecimento do Islão», assegurando um anterior líder do conselho que «trabalhamos para disseminar uma imagem verdadeira do Islão e da fé islâmica», isto em nome da «mútua compreensão» entre as diferentes comunidades etno-religiosas, claro...
E porquê?
Porque a Esquerda é realmente laica, mas a religião «do outro» tem direitos especiais: o Islão é religião à mesma, mas, como pertence ao alienígena, ao estrangeiro escuro de pele, merece só por isso um tratamento privilegiado, porque a religião anti-racista da elite dominante no Ocidente tem como supremo mandamento o amor e a abertura de braços e pernas ao não branco...