FRANÇA - FRANCESA MORRE DEPOIS DE PONTAPEADA PELO SEU MARIDO DE NOME ÁRABE

Uma mãe de 43 anos de Martigues, perto de Marselha, morreu após o que a sua família e advogados descreveram como uma série de "falhas catastróficas" dos serviços de emergência franceses. A mulher, identificada como Sylvia Iannello, sucumbiu a uma hemorragia interna horas depois de ter sido violentamente pontapeada no estômago pelo seu companheiro, Samir M., durante uma discussão na noite de 2 de Agosto.

Apesar de ter feito nove ligações para os serviços de emergência da França entre 2h30 e 6h da manhã, Sylvia teve o pedido de ajuda negado e foi orientada pelos atendentes a "apanhar um táxi" ou "consultar um psiquiatra".

Segundo o Le Figaro, os socorristas foram inicialmente a casa dela depois de ela relatar ter sido agredida, mas quando Sylvia recusou ser levada ao hospital — dizendo que desejava registar uma queixa no dia seguinte — a equipa foi embora. Em poucas horas, o seu estado de saúde deteriorou-se drasticamente devido a uma ruptura do baço e uma hemorragia interna maciça.

Gravações obtidas por investigadores da Divisão Territorial de Crimes de Marselha revelam que, quando Sylvia ligou novamente pedindo ajuda, uma atendente a acusou de estar "a brincar" e disse para ela "pensar bem antes de falar". Outra atendente teria dito: "Já viemos uma vez, você acha que somos táxis?". Um médico na linha sugeriu que ela estivesse com problemas psiquiátricos e minimizou os seus sintomas. As últimas palavras de Sylvia foram fracas: "Estou exausta, não me consigo levantar". Ela foi encontrada morta na sua varanda por um vizinho.

“Não encontro palavras. É inimaginável”, disse o pai dela, Pierre, ao Le Figaro. “A minha filha ainda estaria viva se os serviços de emergência tivessem feito o seu trabalho com seriedade.”

A família de Sylvia apresentou uma queixa-crime por "omissão de socorro a pessoa em perigo", acusação que está a ser investigada pela promotoria de Aix-en-Provence. O seu pai, a sua mãe e o seu irmão afirmam que tanto os bombeiros quanto os paramédicos ignoraram sinais claros de trauma com risco de vida. "Eles são salvadores de vidas, não pessoas que matam", disse a sua mãe, Angèle Formoso.

“Essa omissão em prestar assistência provavelmente privou Sylvia Iannello de uma chance de sobrevivência e contribuiu para a sua morte em circunstâncias particularmente sórdidas e inaceitáveis”, disse o advogado Julien Plouton, que representa a família.

Samir M. foi preso dias depois e acusado de "violência que resultou em morte sem intenção de causá-la". Inicialmente, foi hospitalizado em instituição psiquiátrica antes de ser colocado em prisão preventiva.

O pai de Sylvia revelou que a sua filha conheceu Samir há cerca de 18 meses e que o comportamento abusivo era evidente desde o início: “Duas ou três vezes, a minha filha ligou-me a meio da noite para dizer que ele não queria sair da casa dela. Eu disse a ela que ela tinha que deixá-lo, que não deveria deixá-lo voltar para casa, mas acho que ela estava apaixonada por ele”, disse ele, conforme citado pela BFMTV. O pai relatou o seu primeiro encontro com Samir. "Desde o início, achei-o estranho. Ele bebia muito. Disse à minha filha que não confiava nele", disse ele, acrescentando que o novo namorado da filha tinha problemas com álcool e drogas.

Nenhum meio de comunicação publicou mais informações sobre Samir — um nome árabe típico — que optou por não divulgar o seu estatuto imigratório ou país de origem.

Uma campanha de financiamento colectivo foi lançada pelos familiares de Sylvia para apoiar os seus dois filhos e entrar com uma acção judicial contra aqueles que, na sua opinião, a negligenciaram.

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Fonte: https://rmx.news/article/do-you-think-were-a-taxi-service-french-woman-dies-after-pleading-for-help-nine-times-as-emergency-services-dismissed-her-calls-following-domestic-assault/