NEERLÂNDIA - LÍDER NACIONALISTA EXIGE QUE COLIGAÇÃO GOVERNAMENTAL NÃO TRAVAR A ENTRADA DE ALÓGENOS
O líder de Direita holandês Geert Wilders emitiu um ultimato severo à coligação governante do país, ameaçando retirar o apoio ao governo dentro de algumas semanas se este não impuser um congelamento rigoroso dos pedidos de asilo. “Caso contrário, sairemos”, declarou o líder do Partido para a Liberdade (PVV) em conferência de imprensa na Lues, durante a qual apresentou um plano de linha dura de 10 pontos com o objectivo de conter radicalmente a imigração e desmantelar as políticas de asilo existentes. As propostas de Wilders incluem o fechamento das fronteiras para todos os requerentes de asilo, o envio de militares para reforçar os controles de fronteira, a interrupção da reunificação familiar de refugiados reconhecidos e a deportação de dezenas de milhares de sírios com estatuto de protecção temporária. Também pediu o fechamento de centros de acolhimento de requerentes de asilo, a revogação rápida da Lei de Dispersão, que distribui os requerentes de asilo entre os municípios, e a retirada da prioridade de moradia para os titulares do estatuto.
"A nossa paciência acabou", disse Wilders, afirmando que o seu partido tem sido "muito razoável e muito paciente" ao longo do último ano, enquanto aguarda políticas imigratórias mais rigorosas. Invocou o Artigo 72 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE), que permite aos Estados-membros agirem unilateralmente em questões de segurança interna, para justificar o fechamento total das fronteiras para requerentes de asilo.
“O meu limite, e o limite de muitos holandeses, foi atingido”, disse ele a jornalistas, citado pela TPO. “A Holanda precisa de voltar a ser Holanda. O PVV não vai esperar mais.”
Uma das propostas mais radicais é o retorno forçado de cerca de 60000 sírios para o que Wilders afirma serem agora áreas "seguras" da Síria após a queda do ex-presidente sírio deposto, Bashar al-Assad. "A UE e os EUA suspenderam recentemente as sanções à Síria. Então, é hora de voltar!", disse.
O plano exige ainda a deportação imediata de requerentes de asilo e cidadãos com dupla nacionalidade condenados por crimes violentos ou sexuais. Para cidadãos com dupla nacionalidade, Wilders propõe a retirada da nacionalidade holandesa e a sua expulsão do país, mesmo que isso signifique a saída unilateral da Convenção Europeia da Nacionalidade.
Também criticou a liderança policial holandesa e as autoridades locais pelo que considera uma falha em manter a ordem durante os distúrbios públicos. Citando os tumultos em Scheveningen e as manifestações pró-Palestina, Wilders exigiu uma intervenção policial mais dura e disse que os autarcas que se opuserem deveriam ser suspensos. "Se um autarca não deixa a polícia fazer o seu trabalho e, quando necessário, usar a violência, deve fazer as malas", disse ele.
O ultimato de Wilders pressiona ainda mais o frágil governo de coligação de quatro partidos, liderado pelo primeiro-ministro independente Dick Schoof. Embora o PVV tenha conquistado uma vitória histórica nas eleições parlamentares de 2023, tornando-se o maior partido da Holanda, Wilders foi impedido de se tornar primeiro-ministro pelo ex-líder do Novo Contrato Social (NSC), Pieter Omtzigt, e pelo líder do VVD, Dilan Yeşilgöz. "Omtzigt e Dilan não me permitiram ser primeiro-ministro, então houve um gabinete Schoof I", disse Wilders. "Mas se esse gabinete se comportar como Rutte V e não mudar, ou não mudar o suficiente, estamos perdidos."
O NSC, um dos partidos da coligação, minimizou as ameaças de Wilders e enfatizou que o acordo de coligação já contém medidas robustas de imigração aguardando implementação pelo parlamento.
Conforme relatado pela VRT, os partidos de oposição também rejeitaram o plano de Wilders, descrevendo-o como um "show político" e uma "táctica diversionária". O sindicato de defesa holandês VBM criticou o apelo para mobilizar os militares nas fronteiras, afirmando que isso é responsabilidade da Royal Netherlands Marechaussee, que já não tem pessoal suficiente para monitorizar todas as 840 travessias de fronteira.
Apesar das críticas, Wilders insiste que o PVV está simplesmente a exigir que o governo aja de acordo com o que os eleitores determinaram nas eleições de 2023. "A paisagem urbana das nossas cidades e bairros mudou irreconhecivelmente devido à imigração em massa e à islamização", disse ele. "Temos muitos estrangeiros, muito islamismo, há uma falta de respeito pela nossa cultura e pelo nosso Povo."
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Fonte: https://rmx.news/article/wilders-threatens-collapse-of-dutch-coalition-if-asylum-freeze-is-not-implemented-within-weeks/
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Só a Democracia dá a um líder nacionalista poder suficiente para pôr um governo em causa e fazer exigências legítimas às elites que têm andado a contornar a vontade popular...
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