EUA - VICE-PRESIDENTE DENUNCIA APOIO FINANCEIRO DA USAID E DA ADMINISTRAÇÃO BIDEN AO ATEÍSMO NO NEPAL
O vice-presidente JD Vance criticou duramente a burocracia dos EUA que "corrompeu" programas de ajuda a Nações estrangeiras durante a investigação do governo Trump sobre o desperdício da USAID, direccionando a sua ira a uma revelação recente de que o governo tinha financiado um programa para promover o ateísmo — ou descrença em Deus ou Deuses — no Nepal.
"Nos últimos anos, com muita frequência o engajamento internacional da nossa Nação em questões de liberdade religiosa foi corrompido e distorcido ao ponto do absurdo", disse Vance, que é católico, na Cúpula Internacional de Liberdade Religiosa em Washington, DC, na Mércores. "Pense nisso: como chegou a América a um ponto em que estamos a enviar centenas de milhares de dólares dos contribuintes para o exterior para ONGs que se dedicam a espalhar o ateísmo por todo o mundo? Não é com isto que a liderança na protecção dos direitos dos fiéis se parece."
Vance não mencionou a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) pelo nome no seu discurso ao público religioso e àqueles que trabalham para defender a liberdade religiosa nos EUA e ao redor do mundo.
O fórum foi realizado no momento em que a USAID enfrenta um aparente desmantelamento, enquanto Elon Musk e sua equipa no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) analisam os registos financeiros da agência para investigar gastos excessivos e corrupção do governo.
O site da USAID foi fechado no início de Fevereiro, substituído por uma mensagem na Martes à noite descrevendo como o "pessoal contratado directamente" será colocado em licença na Vernes, excepto aqueles em "funções de missão crítica, liderança central e programas especialmente designados".
O comentário de Vance focando em organizações não governamentais usando fundos de contribuintes para promover o ateísmo ao redor do globo provavelmente está-se a referir a uma doação de US$500.000 solicitada pelo Departamento de Estado em 2021, sob a administração Biden. A doação chegou ao radar da Nação em 2024, quando os legisladores republicanos da Câmara soaram o alarme de que o Departamento de Estado estava a participar num "padrão de ofuscação e negação" relacionado com os esforços para promover o ateísmo no cenário mundial.
Os representantes Michael McCaul, republicano do Texas, Chris Smith, RN.J., e Brian Mast, republicano da Flórida, escreveram em carta enviada ao então secretário adjunto do Departamento de Estado, Richard Verma, em Maio de 2024: "Escrevemos para abordar o que o Departamento agora reconheceu como sendo as suas deturpações feitas ao Congresso sobre o escopo e a natureza da programação que — pela primeira vez na história diplomática dos EUA — buscou promover o ateísmo no exterior sob o pretexto de 'liberdade religiosa'."
Os legisladores estavam-se a referir à doação de US$500.000 do Bureau de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho do Departamento de Estado, intitulada "Promovendo e defendendo a liberdade religiosa, inclusive de indivíduos ateus, humanistas, não praticantes e não afiliados". A Fox News Digital analisou um link da web arquivado para a doação na Joves, que detalhou que os EUA estavam a trabalhar para "apoiar a liberdade religiosa globalmente", inclusive para "combater a discriminação, o assédio e os abusos contra indivíduos ateus, humanistas, não praticantes e não afiliados de todas as comunidades religiosas".
O anúncio do Departamento de Estado para a bolsa diz: "O objectivo do DRL é garantir que todos desfrutem de liberdade religiosa, incluindo a liberdade de discordar de crenças religiosas e de não praticar ou aderir a nenhuma religião. Ao não aderir a uma tradição religiosa predominante, muitos indivíduos enfrentam discriminação no emprego, moradia, em processos civis e criminais e outras áreas, especialmente no contexto de identidades interseccionais."
A bolsa foi concedida à Humanists International, grupo sediado no Reino Unido que trabalha para promover o secularismo e o humanismo, uma filosofia que não inclui a crença em Deus.
O anúncio de financiamento do Departamento de Estado detalhou como o programa deveria aumentar "a capacidade entre membros de indivíduos ateus e heterodoxos de formar ou ingressar em redes ou organizações".
A Fox News Digital entrou em contacto com a Humanists International na manhã de Joves sobre a doação e os comentários de Vance, mas não recebeu uma resposta imediata.
" Mas esta administração tem a intenção não apenas de restaurar, mas de expandir as conquistas dos primeiros quatro anos, e certamente nas últimas duas semanas", continuou. "E neste curto período, o presidente emitiu ordens para acabar com a armamentização do governo federal contra os americanos religiosos."
"Perdoe os manifestantes pró-vida que foram injustamente presos sob a última administração", disse. "E, mais importante, pare a censura federal usada para impedir que os Americanos expressem a sua consciência e digam o que pensam, seja nas suas comunidades, seja online." "Agora, a nossa administração acredita que devemos defender a liberdade religiosa, não apenas como princípio legal, por mais importante que seja, mas como realidade vivida dentro das nossas próprias fronteiras e especialmente fora delas", continuou.
O discurso de Vance foi seguido por um discurso virtual do actor Rainn Wilson, que interpretou Dwight Schrute em "The Office", para discutir a sua fé Bahá'í e a perseguição de outros adeptos no Irão.
O financiamento governamental direccionado a iniciativas de Esquerda por meio de agências como a USAID ou o Departamento de Estado ficou recentemente sob o microscópio, já que o DOGE iniciou investigações para cortar a gordura do governo. O secretário de Estado Marco Rubio assumiu o cargo de director interino da USAID na Lues, dizendo aos média que a agência precisa de se alinhar às políticas "America First" de Trump, que incluem usar fundos do contribuinte para fortalecer comunidades dos EUA em vez de enviar dinheiro para o estrangeiro.
Os democratas ficaram furiosos com o trabalho do DOGE, realizando protestos em frente a escritórios do governo em Washington, DC, e em todo o país para declarar que lutarão contra os esforços com unhas e dentes. "O que estamos aqui a testemunhar é o maior assalto da história americana", disse o senador Chris Van Hollen, democrata de Maryland, na Martes, durante um comício. "Este é o acordo mais corrupto que já vimos na história americana: Elon Musk dá US$250 milhões para eleger Donald Trump, e Donald Trump entrega as chaves do governo dos Estados Unidos para Elon Musk e seus amigos bilionários e seus comparsas", continuou Van Hollen nos seus comentários do lado de fora do Departamento do Tesouro. "Temos que lutar contra isso nos tribunais, temos que lutar contra isso no Congresso, temos que lutar contra isso nas ruas. Precisamos lutar contra isso em toda a América."
A deputada LaMonica McIver, DN.J., acrescentou: "Fechem a cidade! Estamos em guerra!"
A deputada Ilhan Omar, democrata de Minnesota, disse durante uma entrevista à imprensa sobre o trabalho do DOGE na USAID: "O nível de desrespeito é realmente criminoso, porque há equipas de resposta a crises espalhadas pelo mundo que realmente dependem de ter acesso aos seus e-mails, de ter acesso a aplicativos que podem utilizar se houver perigo para elas".
Os manifestantes criticaram Musk como um "fascista" que não foi eleito para um cargo federal, mas ainda mantém influência na Casa Branca em seu papel no DOGE.
Musk provocou democratas e funcionários do governo durante os protestos na Mércores, quando mudou a sua biografia X para declarar que está a trabalhar como "Suporte Técnico da Casa Branca" enquanto a sua equipa DOGE analisa os vários sistemas de computador do governo federal.
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Fontes:
https://www.foxnews.com/politics/spreading-atheism-vance-warns-religious-efforts-abroad-corrupted-us-bureaucracy-amid-usaid-controversy?fbclid=IwY2xjawIfb11leHRuA2FlbQIxMQABHSEpj91bG3qHcHzJCp8H42mYEFX1wYJdBqezp4E9vEomxHsHg3yihItefg_aem_1vzRLf9scoFMjoO05mQqjw
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Pareceu-me que poderia haver exagero propagandístico da parte do vice-presidente americano, que, por acaso, tem toda a pinta de ser uma espécie de cristão cultural, fenómeno típico de uma certa «Direita dos valores», a saber, militantes que querem ser cristãos por motivos político-civilizacionais - porque consideram o Cristianismo como um dos pilares do Ocidente - pois de facto querem ser cristãos mas não conseguem, nem sequer se convencem de que há Deus (pudera, ninguém pode escolher acreditar, ao contrário do que está na moda dizer-se), e, vai daí, insistem em ser cristãos à mesma, por conseguinte dizem-se «cristãos culturais»; Vance era, há relativamente pouco tempo, um ateu, antes de, mais recentemente, se tornar católico.
Pensei, efectivamente, que o católico ex-ateu se estava a esticar numa boca propagandística. Entretanto, li mais qualquer coisa, aqui e ali, e ouvi, e cada vez me parece mais credível que, de facto, alguma esquerda ianque empoleirada na administração Biden estava a apoiar o combate à Religião num país de mais de trinta milhões junto à fronteira do maior país quase oficialmente ateu do mundo, a China, e que recentemente teve uma guerra civil que incluiu confrontação por motivos religiosos levada a cabo por ateístas maoístas, apoiados por Pequim...
Os nacionalistas do Nepal, entretanto, querem que o seu país deixe de ser oficialmente laico e volte a ser oficialmente hindu, fazem eles bem, digo eu.
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