CHÉQUIA - OPOSIÇÃO CRITICA FEROZMENTE O PRESIDENTE POR TER APARENTADO MUDADO DE IDEIA E ACEITADO A IMPOSIÇÃO DE IMIGRANTES LEGISLADA POR BRUXELAS

Membros da oposição checa solicitaram uma sessão extraordinária no parlamento para se opor à votação do ministro do Interior, Vít Rakušan, por meio do esquema de realocação obrigatória de imigrantes planeado pela UE.
Tanto o líder da ANO, Andrej Babiš, quanto o líder do SPD, Tomio Okamura, criticaram o governo checo por aprovar as reformas migratórias propostas por Bruxelas, considerando-as uma traição ao País.
A República Checa fazia parte de um grupo de nações da UE que buscam bloquear os planos radicais que significarão que os Estados membros devem aceitar a sua parcela justa de imigrantes que entram no bloco ou enfrentar uma multa pesada por cada indivíduo com acesso recusado.
No entanto, juntamente com a Itália e vários outros adversários, Rakušan recuou da sua posição inicial e acenou com os planos após conversações ao fim da noite no Luxemburgo, na Joves. Apenas a Polónia e a Hungria se mantiveram firmes na sua oposição às reformas, enquanto a Bulgária, Malta, Lituânia e Eslováquia se abstiveram.
“Negociámos uma solução conjunta justa, que buscámos e promovemos activamente. Sem quotas, mas ajuda financeira aos países membros mais sobrecarregados, que a República Checa tem vindo a implementar há muito tempo por meio dos programas do Ministério do Interior”, disse Rakušan em comunicado à imprensa na Vernes.
Entende-se que a República Checa será temporariamente excluída do esquema obrigatório de realocação de imigrantes devido à sua resposta humanitária durante o conflito na Ucrânia e ao afluxo de refugiados que recebeu.
O movimento de oposição ANO, no entanto, criticou Rakušan por recuar na sua posição.
“Há seis anos rejeitámos quotas para a redistribuição de imigrantes. Foram muitas horas de trabalho duro, mas conseguimos. Agora o ministro passou por cima dessa luta vitoriosa”, twittou Mračková Vildumetzová, o ministro do interior sombra na Vernes.
Babiš foi mais longe, chamando-lhe "uma traição incrível, um fracasso incrível do nosso governo, que é servil a Bruxelas".
“A República Checa deve decidir por si quem vai nela viver”, acrescentou, alertando que o seu partido não se esquecerá do assunto e sugerindo que será uma munição eficaz para as eleições europeias do próximo ano.
Okamura disse aos colegas que Rakušan “não tinha o menor mandato para aprovar secretamente este compromisso fundamental e de longo prazo para a República Checa” e afirmou que o assunto não tinha sido discutido com antecedência no parlamento ou com a oposição parlamentar.
Os governos húngaro e polaco criticaram as reformas na Vernes, com o primeiro-ministro polaco Mateusz Morawiecki a prometer não pagar nenhuma penalidade financeira imposta ao seu país por Bruxelas, e o líder húngaro Viktor Orbán a acusar a Comissão Europeia de querer “transformar a Hungria em centro de imigração” pela força.”

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Fonte: https://rmx.news/czech-republic/unbelievable-betrayal-czech-opposition-calls-for-extraordinary-meeting-after-government-approves-eu-migration-reform/