segunda-feira, novembro 05, 2018

QUAL A BLASFÉMIA DE QUE É ACUSADA A CRISTÃ PAQUISTANESA ASIA BIBI?

O que aconteceu ao certo no caso de Asia Bibi? Ela contou a sua versão em Agosto de 2013:
«Eu, Asia Bibi, foi sentenciada à morte porque estava com sede. Sou prisioneira porque usei o mesmo copo que as mulheres muçulmanas, porque a água servida a uma mulher cristã é considerada impura pelas minhas estúpidas colegas na recolha da fruta.»
Ao colher fruta com um grupo de muçulmanas, foi-lhe ordenado que lhes fosse levar água. Ela resolveu beber um pouco dessa água, debaixo de intenso calor. Uma muçulmana repreendeu-a por ter feito isso, dizendo-lhe: «Oiçam todas, esta cristã poluiu a nossa água do poço ao beber do nosso copo e voltando a mergulhar o copo na água diversas vezes. Agora a água está impura e não podemos dela beber! Por causa dela!»
Bibi respondeu-lhe: «Penso que Jesus não veria isso do mesmo modo que Maomé.» Elas gritaram-lhe «Como te atreves a pensar pelo profeta, seu animal nojento! É o que tu és, só uma cristã nojenta! Contaminaste a nossa água e agora atreves-te a falar pelo profeta! Cabra estúpida, Jesus nem sequer teve um pai a sério, era um bastardo, não sabes isso. Devias converter-te ao Islão para te redimires da tua religião nojenta.» Asia Bibi respondeu «Não me vou converter. Acredito na minha religião e em Jesus Cristo, que morreu na cruz pelos pecados da humanidade. O que fez o vosso profeta Maomé para salvar a humanidade? E porque é que devia ser eu a converter-me e não vocês?»

Foi condenada à morte por causa disto.

Ontem ou anteontem, um novelista paquistanês, Hanif, escreveu no jornal de referência New York Times, que, passo a citar, «Há muitas versões do que se passou, mas tudo tem a ver com uma altercação verbal com vizinhas muçulmanas no Punjab, província oriental, sobre beber água do mesmo recipiente. Alguns muçulmanos não partilham utensílios com não mululmanos, uma crença que tem mais a ver com o sistema de castas (hindu) do que com a escritura (islâmica).»
Hanif diz também «Nunca poderemos saber o que é que ela disse ou deixou de dizer, porque repetir uma blasfémia também é blasfémia, e escrevê-lo pode ser uma blasfémia ainda maior. Portanto não vamos por aí.»

Ora conforme conta o Jihad Watch, houve mesmo um jornal americano que escreveu a versão de Asia Bibi, que se pode ler mais acima, foi o New York Post. 
O Jihad Watch diz também que, ao contrário do que Hanif alega, a escritura islâmica considera realmente como impuros os utensílios usados pelos infiéis:
«Ó fiéis, em verdade os idólatras são impuros. Que depois deste seu ano não se aproximem da Sagrada Mesquita! E se temeis a pobreza, sabei que se a Deus aprouver, enriquecer-vos-á com Sua bondade, porque é Sapiente, Prudentíssimo.» (Alcorão 9:28)
Há também o que está escrito neste hadice: «Foi narrado que Abu Tha’labah Al-Khushani disse: "Vim ao mensageiro de Alá e disse: 'Ó mensageiro de Alá, vivemos numa terra de Pessoas do Livro e comemos dos seus recipientes. E vivemos numa terra (onde há) caça, portanto eu caço com o meu arco e com o meu cão treinado e com o meu cão não treinado.' O mensageiro de Alá disse: 'No que respeita ao que dizes sobre viver na mesma terra que um Povo do Livro, não comas dos seus recipientes a menos que não possas encontrar alternativa. Se não tiveres alternativa, então lava-os e come deles... '"» (Sunan Ibn Majah 3328)

Entretanto, o New York Times escreve isto assim... e não informa os leitores sobre essa tal «blasfémia»? Será que também aceita, este jornal esquerdista, a proibição de blasfemar imposta pelo Islão?, é a pergunta que o Jihad Watch faz, mui pertinente, sem dúvida alguma...
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Fonte: https://www.jihadwatch.org/2018/11/new-york-times-refuses-to-repeat-what-asia-bibi-said-because-repeating-blasphemy-is-also-blasphemy?fbclid=IwAR2WWCiNsstQRj4WxTEe11mf_O7n0d9ZZa5SPvzavnoBaTlR0jsyn47L_Ho

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Pode haver exagero da parte do Jihad Watch, mas pessoalmente não me surpreenderia muito se esse escrúpulo dimiesco já existisse nas cabecinhas «pensadoras» da grande imprensa «mainstream» esquerdista... já se sabe que para esse pessoal, «nada é sagrado!» e a irreverência dá um g'anda estilo, mas só se for a irreverência fácil contra os valores tradicionais europeus, porque ser irreverente para com valores do Amado Outro (muçulmano), isso é um grandessíssimo pecado, de acordo com a Boa e Sã Doutrina da Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente...
Aliás, não li nenhum pormenor sobre a alegada blasfémia em nenhum jornal cá do burgo. Pode ser só por coincidência, claro...