sexta-feira, fevereiro 02, 2018

SOBRE A CRESCENTE VIOLÊNCIA ISLÂMICA NAS PRISÕES FRANCESAS

Os carcereiros franceses estão em greve. Num espaço de tempo de menos de 10 dias, inúmeros carcereiros em diversas prisões foram atacados e feridos, na maioria das vezes por islamistas encarcerados por crimes relacionados com terrorismo ou crimes de delito comum, ao que tudo indica, a caminho de se tornarem islamistas radicais. Reagindo, os guardas obstruíram o habitual funcionamento na maioria das prisões.
A onda de ataques começou em 11 de Janeiro de 2018. Três guardas da prisão de Vendin-le-Vieil, situada no norte de França, foram levemente feridos num ataque à facada cometido por Christian Gantzarski, alemão convertido ao Islão que se juntou à Al Qaeda e planeou o atentado à bomba contra uma sinagoga em Djerba, na Tunísia em 2002.
Em 15 de Janeiro de 2018 sete guardas foram atacados e feridos por um presidiário "radicalizado" na Prisão Mont-de-Marsan, no sul de França.
Em 16 de Janeiro um guarda da prisão de Grenoble-Varces quase perdeu um olho em consequência de um ataque. Antes de entrar na cela, olhou através do olho mágico, quando de repente um presidiário tentou furar o seu olho ao enfiar um lápis através do olho mágico. Felizmente o carcereiro não ficou ferido.
No mesmo dia, um presidiário de 28 anos no Presídio de Tarascon esbofeteou uma supervisora no rosto. Preso por roubo, o encarcerado é suspeito de ser islamista submetido à radicalização.
Em 17 de Janeiro um guarda da prisão de Grenoble-Varces foi atacado por um presidiário que queria ir à enfermaria da prisão sem consulta médica marcada. Os boletins de notícias não disseram se ele era ou não islamista.
Em 19 de Janeiro dois guardas foram atacados por quatro presidiários islamistas na Prisão de Borgo na Córsega, uma ilha francesa no Mar Mediterrâneo. Os guardas foram levados ao hospital em estado grave. Segundo o promotor, "não é possível afirmar que se trata de um ataque terrorista islamista".
Em 21 de Janeiro dois guardas,um homem e uma mulher, na Penitenciária de Longuenesse, foram brutalmente espancados por um presidiário armado com uma barra de ferro no norte de França. Ambos foram hospitalizados.
Em 21 de Janeiro, um total de 123 presidiários da penitenciária de Fleury-Mérogis, num subúrbio de Paris, recusaram-se a retornar às celas no final do período de exercícios. Tropas de choque foram chamadas para impedir tumultos.
Em 22 de Janeiro, guardas da Penitenciária de Craquelin em Chateauroux (na região central de França) desarmaram um presidiário que gritava "Allahu Akbar" ("Deus é Grande"), enquanto ameaçava os demais com uma faca. Antes que os guardas conseguissem neutralizá-lo, ele conseguiu atirar uma cadeira para cima dos agentes de segurança, ferindo levemente um deles.
Em 22 de Janeiro, de acordo com o Ministério da Justiça, 27 prisões foram completamente bloqueadas por guardas em greve. De acordo com os sindicatos, de 120 a 130 estabelecimentos prisionais, de um total de 188, ficaram parcial ou totalmente paralisados. Também segundo os sindicatos, a maioria dos 28 mil guardas em greve assinalaram que a greve não terminará até que o governo forneça recursos suficientes para garantir a segurança deles.
Assim como a polícia e os bombeiros, os carcereiros de França dizem que vivem num permanente clima de violência e medo. E a exasperação deles está-se a avolumar. "Bernard", guarda da prisão que pediu para permanecer no anonimato, comentou: "anteriormente, todas as manhãs, eu tinha medo de encontrar um tipo enforcado na cela. Sabe do que é eu tenho medo hoje? De ser assassinado, despido, esfaqueado pelas costas. Em nome do Islão e do ISIL. Todos os dias, enquanto estou a caminho do trabalho, sinto esse frio na barriga".
"O que os carcereiros estão expondo é a sensação de abandono"salienta o jornal Le Monde.
Socos no rosto, entorses e luxações: Anthony, supervisor da prisão de Baumettes em Marselha, afirma ter sofrido quatro ataques físicos nos últimos três anos. A cada ataque ele registava queixa, mas todas estão sob sigilo a mando do promotor. "Estamos a pleitear potencial humano, é verdade", afirmou ele, "mas também que os juízes tenham condições de trabalhar porque a violência física está-se a tornar cada vez mais comum".
O terrorismo e o islamismo mudaram a história da prisão. Segundo Joaquim Pueyo, ex-director do estabelecimento prisional de Fleury-Mérogis, hoje Membro do Parlamento, a situação é muito simples: "nos velhos tempos, o comportamento agressivo estava ligado às dificuldades do dia a dia. Agora, o ódio e a violência são desencadeados (pelos islamistas) contra a nossa autoridade, a nossa sociedade e os seus valores. Não causa estranheza que os guardas, ameaçados pela radicalização dos presos, se tornem alvos".
De acordo com as estatísticas oficiais do Ministério da Justiça, em 1º de Dezembro de 2017, pouco menos de 80 mil pessoas estavam atrás das grades em França. Quantos muçulmanos estão presos em França? É difícil saber, porque a lei proíbe o registo de quaisquer dados com base em raça, religião ou origem. Em 2015, um levantamento oficial emitido por Jean-René Lecerf, membro do senado, citou um estudo a dizer que, nas quatro maiores prisões francesas, mais de 50% dos presidiários são muçulmanos. De acordo com o Ministério da Justiça, 500 muçulmanos estão actualmente encarcerados por crime de terrorismo e outros 1.200 são criminosos comuns que estão a ser monitorizados como islamistas radicais.
A greve dos carcereiros revela muito sobre as consequências de políticas inadequadas adoptadas até agora em questões penais e carcerárias. Os guardas prisionais não mais estão dispostos a tolerar a violência e o risco de morte nas mãos de islamistas e de outros radicais que ameaçam as suas vidas nas prisões.
Em vez de considerar que o islamismo, ao que tudo indica, mudou fundamentalmente o problema da política criminal, o Ministério da Justiça continua a achar que os principais problemas são a superlotação carcerária e as precárias condições nas prisões. É óbvio que problemas de superlotação e condições precárias nas prisões são questões importantes. Mas a inércia administrativa, em conjunção com a permanente negação política de que os islamistas estão em guerra com a França, tornam os políticos e funcionários públicos cegos diante do carácter obstrutivo do islamismo nas prisões.
Em vez de repensar todas as políticas em relação às penitenciárias vistas da perspectiva do perigo islamista, o risco dos carcereiros serem assassinados e o risco dos presidiários muçulmanos, que são maioria entre os 70 mil presidiários, serem transformados em autênticos jihadistas, o governo tenta comprar a paz dos guardas com alguns aumentos salariais e "experiências" para "reintegrar" os islamistas numa "vida normal" na "sociedade normal".
Em vez de compreenderem que os famosos centros de des-radicalização, muitas vezes castelos medievais remodelados, não adiantaram nada porque a des-radicalização não aconteceu, os estrategistas políticos de França insistem em acreditar que a solução para a guerra islamista está no apaziguamento. Todas as novas experiências vão na mesma direcção, atrás da fantasia: "se formos bonzinhos com os jihadistas, eles serão bonzinhos com a gente".
O cenário é o de um beco sem saída devido à recusa em formular o problema de forma realista. Enquanto os estrategistas políticos não considerarem o islamismo o problema número 1, problema que requer que a política prisional seja repensada, os guardas prisionais de França continuarão a pagar com sofrimentos e um dia com as suas vidas.
Depois dos guardas prisionais, será a nossa vez. No final de 2020, 60% dos jihadistas condenados serão soltos, ou seja, em menos de três anos.
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Yves Mamou, escritor e jornalista, radicado na França, trabalhou por duas décadas como jornalista para o Le Monde. Ele está na fase final do livro "Colaboradores e idiotas úteis do islamismo na França", que será publicado em 2018.
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Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/11827/franca-prisao-terrorismo-islamismo

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O que acima se lê é tão somente uma série de dados registados que mais não fazem do que confirmar o que já se previa há anos - as prisões em solo europeu afiguram-se como fontes de uma eventual islamização da Europa por vias violentas, entre o terrorismo e o controlo dos bairros por parte de gangues islamistas. A demografia muçulmana terá obviamente a parte de leão em matéria de relevância, mas o potencial de agressão de toneladas de jovens mouros e negros muçulmanos promete ajudar essa tomada de poder. 
Os estabelecimentos prisionais na Europa que recebe imigrantes em catadupa - tanto de fora, na imigração propriamente dita, como de dentro, na «imigração» interna, ou seja, a alta taxa de natalidade de famílias muçulmanas e de indivíduos que, mercê da sua identidade étnica não europeia, têm alto potencial para a conversão ao Islão, devido ao ressentimento anti-colonial/terceiro-mundista - estes estabelecimentos prisionais prometem assim vir a ser na Europa futura o que as catacumbas romanas foram para a Europa de há dois milénios quando estas paragens subterrâneas foram antro de cristãos que mais tarde vieram a dominar a sociedade romana e, a partir daí, todo o Ocidente. Tanto num caso como noutro, a ameaça espiritualmente totalitária e, desta vez, também etnicamente identitária, volta a provir das profundezas mais degradadas de uma sociedade desatenta ou ingénua, para não dizer tolerante, e não o digo porque a tolerância em si não implica relaxamento suicidário das fronteiras.