quarta-feira, dezembro 16, 2015

FINLÂNDIA PODERÁ PÔR REFUGIADOS A TRABALHAR EM TROCA DA SUA ESTADIA NO PAÍS

Fonte: http://zap.aeiou.pt/finlandia-vai-obrigar-os-migrantes-trabalhar-sem-salario-92796
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O governo da Finlândia avisa que vai endurecer as suas políticas no capítulo da imigração com vista a reduzir o elevado número de migrantes que têm procurado o país nos últimos tempos.
O primeiro-ministro finlandês, Juha Sipila, anunciou que o seu governo vai implantar um “novo pacote de medidas” para “apertar as práticas e eliminar possíveis factores de atracção”, de acordo com as declarações divulgadas pelo jornal The Telegraph.
Entre estas medidas estará a atribuição de trabalho, que pode não ser pago, aos migrantes que queiram permanecer na Finlândia.
“Não é necessariamente trabalho remunerado, pode ser algo ao ar livre, algum trabalho de manutenção no centro de acolhimento”, sublinha o ministro do Emprego, Jari Lindstrom, também citado pelo mesmo jornal.
“Quanto mais tempo as pessoas estão desocupadas, mais frustradas ficam”, acrescenta este governante como justificação para a ideia de colocar migrantes a trabalharem sem salário.
Além disso, a Finlândia vai exigir aos migrantes que aprendam os costumes e as tradições do país, nomeadamente quanto aos direitos das mulheres.
O governo finlandês vai ainda proceder à avaliação regular da situação política e de segurança nos países de origem dos migrantes para apressar o seu regresso aos mesmos, quando as circunstâncias para o pedido de asilo já não se verifiquem.
A Finlândia recebeu este ano cerca de 32 mil migrantes, um número que ultrapassa largamente os 3.600 de 2014.
Com a economia do país em clima de recessão, os sentimentos contra os imigrantes têm crescido na sociedade finlandesa, o que ajuda a justificar estas medidas do governo.

Não há pois nada como a opinião popular para exigir o que é de direito e pôr a classe política na ordem... é isto, a real democracia - cada vez mais a dar razão aos Nacionalistas.


3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não há pois nada como a opinião popular para exigir o que é de direito e pôr a classe política na ordem... é isto, a real democracia - cada vez mais a dar razão aos Nacionalistas.

É claro que podes defender o que quiseres, incluindo a existência do Pai Natal. A verdade é que o Nacionalismo é o inimigo da democracia por uma razão simples. O Nacionalismo assenta na ideia da Nação e não no indíviduo. As liberdades do indíviduo - de poder orar a Alá, ao judeu morto na cruz ou de associar-se a quem se quiser - não são bem vistas pelos Nacionalistas que impõe aos individuos da Nação uma identidade arbitrária: uma raça, uma cultura, uma religião (ou ausência dela). So numa sociedade plural e liberal, é que pode haver mesmo a defesa do individuo.

E é por isso que o Hitler acabou com a democracia quando lá chegou ao poder.

17 de dezembro de 2015 às 13:29:00 WET  
Blogger Caturo said...

Podes continuar a negar o óbvio que se revela com todos os números e letras à frente da cara que nada disso te ajuda. Não há de facto nenhuma contradição entre o Nacionalismo e a Democracia por uma razão muito simples: toda e qualquer sociedade humana é feita de colectivo; o Nacionalismo põe o colectivo «Nós» acima do outro - e a Democracia é somente isto: o Nós a governar-se a si mesmo como entidade soberana. Isto é que é a Democracia - a soberania do povo; e não há povo sem identidade étnica. Por conseguinte, a Democracia é a soberania de uma entidade étnica enquanto tal. Mas mais: completamente ao contrário do que estás a dizer, o Nacionalismo não impõe nenhum conceito «arbitrário» coisíssima nenhuma, e só pode afirmar o que estás a afirmar quem seja doutrinalmente um produto quase de laboratório do pensamento universalista militante, completa e visceralmente desenraizador. Com efeito, o Nacionalismo não impõe coisa nenhuma - o Nacionalismo começa é precisamente pelo que a própria natureza impõe em termos de identidade étnica. Esta é a verdadeira identidade humana - a identidade étnica. Esta é a verdadeira identidade humana em todas as épocas da Humanidade conhecida. Tudo, mas absolutamente tudo o resto, incluindo religiões universalistas, vem depois e frequentemente entra em choque com o que já existe. Não é preciso explicar ao taxista, à peixeira, à porteira, à criança de seis anos, o que é um português e o que é um europeu. Está tudo bem à vista - é um dado adquirido desde o nascimento, aliás, desde antes do nascimento. O arbitrário vem depois - são as ideias que a tua elite quer impingir ao povo, ou as «problematizações» mais ou menos «complexas» da treta sobre a identidade como processo em construção e quejanda merda. A identidade não se constrói. Ou é ou não é, e isto define-se antes da nascença. Até um recém-nascido a percebe, como se tem provado através de estudos que mostram o «racismo» dos bebés. A raça está bem à vista e é precisamente isto que incomoda os teus donos - é que podem vergar tudo o resto, a saber, religião, cultura, educação, cidadania, mas o raio dos genes é que (ainda) não há maneira de conseguirem dominar de maneira a destruírem as fronteiras,

por isso e só por isso

é que encetaram uma guerra de morte ao «racismo», porque sabem que a Raça é a última e grande fronteira, que não obedece às vossas engenharias sociais mutiladoras.

E a Nação não é nada mais que um grau da mesma natureza que a Raça, uma vez que Raça, Nação e Família são nada mais do que diferentes graus de uma só coisa, a Estirpe - a ligação pelo sangue. A Nação, em concreto, não se vê sempre a olho nu (quer dizer, se numa praça da Lisboa velha estiver uma peixeira portuguesa rodeada de peixeiras negras e de mulheres ciganas, qualquer um vê quem é a portuguesa), mas revela-se na voz e reconhece-se de imediato. Não é preciso dizer a nenhum analfabeto ou petiz que foge à escola que «olha, se for branco e não disser "djia" e "fêstivau", é português», ele percebe isso mesmo automaticamente e nenhum Estado tem de lho explicar. Esta é a realidade primeira no Nacionalismo: a Nação propriamente dita. No Nacionalismo, a Política faz-se a partir daí, e não a partir de projectos de elites.

A partir daqui, o indivíduo pode escolher o que entender - desde que com isso não infrinja os direitos dos outros, de continuarem a ter aquilo que têm, obviamente. O Nacionalismo diz respeito a algo que o indivíduo não pode escolher, porque o precede - a Estirpe. Um fulano que queira ser um candeeiro não passa por isso a sê-lo, nem um nigeriano que queira ser chinês passa por esse motivo a ter tanto direito a passear em Pequim como um nativo da China, era o que mais faltava. Isto não são direitos do indivíduo, porque nenhum indivíduo tem o direito de me entrar pela casa adentro e dizer que agora a minha casa é tanto dele como minha porque ele resolveu dizer que a «sente» como sua.

17 de dezembro de 2015 às 21:59:00 WET  
Blogger Caturo said...

E a verdade verdadeira é que a prática confirma o que digo - quanto mais os indivíduos ocidentais podem escolher por si próprios, mais escolhem a favor desse conceito que tu dizes ser «arbitrário»: em França, na Suíça, na Suécia, na Dinamarca, na Áustria, até já na Alemanha, ele há com cada coincidência que fachavor...
Hitler acabou com a Democracia mas foi a Democracia que lhe deu o poder e isso jamais deixará de vos inquietar. E acabou com a Democracia por tacanhez - e porque o projecto dele não era simplesmente nacionalista mas sim totalitário, e isso é já outra coisa, bem diferente. Que demasiados nacionalistas não tenham percebido que uma coisa é a Nação em si, outra as ideias que eles associam ao Nacionalismo porque histórica e circunstancialmente estiveram ligadas, é outro problema, mas um problema cada vez menor, à medida que as diversas formações nacionalistas europeias vão alijando a carga que traziam e que alguns costumavam dar como inseparável do Nacionalismo.
Por essas e por outras é que Le Pen teve o sucesso que teve e chegou onde chegou ou levou o partido a desenvolver-se nesse sentido, antes de eventualmente ser ultrapassado - recordo-me bem de uma entrevista na qual explicava porque é que não era fascista: «os fascistas querem criar o homem novo, como os comunistas; eu não». A ideia de criação do homem novo é uma ideia de engenharia social e essa sim, exige a repressão dos direitos individuais, porque se entende que o cidadão nacional, além de ser feito de partilha de sangue e cultura étnica (princípio do Nacionalismo, chegou aí e parou), também tem de ser feito de partilha das mesmas opiniões sobre tudo o resto, a que são capazes de chamar por exemplo «comunhão da Ideia», «defesa dos valores» ou merda assim (princípio do totalitarismo).

Por conseguinte, nada opõe o Nacionalismo à sociedade plural e livre - nada de nada.

17 de dezembro de 2015 às 21:59:00 WET  

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