terça-feira, dezembro 02, 2014

QUEM TEM DE FACTO A CULPA DA CRISE, QUEM ANDOU A GASTAR ACIMA DAS SUAS POSSIBILIDADES - E QUEM NÃO SE REVOLTA



Paulo Morais ironiza que os políticos andam a contaminar a opinião pública com a falsa ideia de que "os portugueses são um bando de malucos, que andaram a comprar telemóveis e a gozar férias", e que por esse "abuso", terão de ser castigados, e esse castigo é a austeridade... 
 Infelizmente muitos portugueses aderiram em massa a este espírito de sacrifício. Aceitam muitos dos castigos, pois foram mentalizados, de que os merecem. 

Mas Paulo Morais garante:
 - Os portugueses não andaram a gastar acima das suas possibilidades
 - Os portugueses não devem ser castigados
 - Os portugueses não devem esperar que a austeridade seja a solução. 
 - A crise foi provocada por décadas de corrupção e de roubos. 

A austeridade será um "castigo" inútil, apenas aguentará o barco por mais uns anos. Serviu para forçar os portugueses a ficar mais pobres para sustentarem os corruptos e os ricos. Que são cada vez em maior número, roubam cada vez em maior quantidade e cada vez têm menos vergonha. Os portugueses devem mentalizar-se que a crise tem apenas uma causa... a corrupção de que somos vitimas, há 20 e tal anos. 

A divida está dividida em divida pública e divida privada. 
15% da divida poderá ser atribuída ao consumo dos portugueses, mas 85% da divida é certamente devido à corrupção. 

A divida Pública foi gerada por que factores?
 - Criaram albergues de boys que nascem por todo o lado, repleto de incompetentes, que gerem mal o dinheiro público e ainda têm que ser pagos.
 - Criaram-se fundações, institutos, empresas municipais, observatórios, que albergam milhares e milhares de pessoas que custam muito dinheiro.
 - Depois temos a corrupção que tem sido um fartar de vilanagem e de roubos e mais roubos, do dinheiro dos portugueses. 

O caso da Expo 98, como é possível que um projecto que gerou milhões e mais milhões em mais valias, possa ter dado prejuízos? Mas este foi apenas o primeiro escoador de dinheiro público. 
Seguiu-se a Ponte Vasco da Gama.
E muitos outros projectos onde claramente se nota que houve corrupção e roubo. E é óbvio que tanta gente a roubar ao longo de tantos anos, inevitavelmente as contas tinham que chegar a este estado. A divida privada é outro embuste, e nada teve a ver com os portugueses comprarem telemóveis e férias, como nos fazem crer, pois 70% da divida privada era imobiliária, ou seja compra da casa. Tudo pela especulação que os envolvidos criaram no sector imobiliário, mais uma vez de forma corrupta, como explica Paulo Morais. Chama-lhe mesmo "tríades de mafiosos", compostas por promotores imobiliários, banqueiros e autarcas que em compadrio descarado actuaram em beneficio privado e contra os interesses nacionais. E grande parte do empréstimo da TROIKA vai servir precisamente para tapar esta bolha imobiliária, que afecta os bancos. Outros exemplos de corrupção praticados todos os dias no parlamento, e que permitem que os dinheiros públicos sirvam interesses privados, é o caso do presidente da comissão parlamentar que controla o ministério do trabalho e a SS, deputado José Manuel Canavarro, é também esse mesmo senhor, que exerce o cargo de consultor do Montepio Geral, um banco que tem actividades na área da Segurança Social. Ou seja como deputado é ele que fiscaliza a legalidade e a quantidade da atribuição de subsídios e benesses, que atribui a ele mesmo, como consultor do Montepio. Isto é o que se passa com muitos deputados, e muitos sectores económicos e sociais. A sua função é claramente corrupção, mais que qualquer outra. Este é apenas um exemplo, mas Paulo Morais já fez referência a outros deputados nas mesmas circunstancias promiscuas. Paulo Morais diz que não percebe como é que estas pessoas não têm vergonha.
* * *
A impunidade é mesmo assim. Já dizia o rei D. Carlos que «isto» é um Povo de bananas governado por sacanas. De facto só um povo de bananas é que depois de ouvir isto não monta imediatamente cerco à Assembleia da República até as coisas se resolverem a sério.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Tu que gostas tanto da India e do hinduismo diz-nos lá o que pensas disto.

http://observador.pt/2014/12/02/festival-no-nepal-impiedosa-matanca-de-animais-que-esta-chocar-o-mundo/

2 de dezembro de 2014 às 14:57:00 WET  
Blogger Afonso de Portugal said...

Paulo Morais disse...
«Os portugueses devem mentalizar-se que a crise tem apenas uma causa... a corrupção de que somos vitimas, há 20 e tal anos.»

Não há hipótese. Eu já perdi a esperança. Cada vez que olho para uma sondagem, vejo sempre os partidos do arco da tragédia destacados no topo das intenções de voto.

«Ou seja como deputado é ele que fiscaliza a legalidade e a quantidade da atribuição de subsídios e benesses, que atribui a ele mesmo, como consultor do Montepio.»

É por isso que quem governa ou faz oposição não devia poder fazer mais nada para além de governar e fazer oposição.

Mas a nossa Democracia ainda não tem maturidade suficiente para que as pessoas exijam isso.

2 de dezembro de 2014 às 15:51:00 WET  
Blogger Caturo said...

Pois o problema maior está precisamente nisso - na falta de civismo democrático da população.

2 de dezembro de 2014 às 18:00:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Cada vez que olho para uma sondagem, vejo sempre os partidos do arco da tragédia destacados no topo das intenções de voto.»

Nada dura para sempre. Destaco que é raro ouvir alguém falar bem do PSD ou do PS. As pessoas votam nesses partidos porque acham que mais nenhum pode chegar ao poder e não entendem que nada as obriga a votar em quem desprezam e que é bonito votar num partido por uma questão de ética, independentemente dos resultados desse partido.

2 de dezembro de 2014 às 18:02:00 WET  
Blogger Caturo said...

«diz-nos lá o que pensas disto.»

Acho mal. Como também acho mal a matança do porco nas aldeias portuguesas, é um espectáculo horrendo e ainda bem que foi proibido, embora continue infelizmente a ser praticado por aí.
Ainda bem que na Índia também há quem se recuse a matar animais... e isto há milhares de anos.

2 de dezembro de 2014 às 18:03:00 WET  

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