segunda-feira, março 03, 2014

LIGAÇÕES ENTRE A EXTREMA-DIREITA UCRANIANA E OS EUA...

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia, que no essencial ainda vai muito a tempo: http://outraspalavras.net/capa/ucrania-o-lacos-discretos-entre-eua-e-neo-nazistas/
Obcecada com vitória geopolítica na Europa Oriental, Washington envolveu-se com grupos que defendem “supremacia branca” e atacam comunistas, anarquistas e judeus.
Quando os protestos na capital da Ucrânia chegaram a desfecho, este fim-de-semana, as demonstrações de extremistas fascistas e neo-nazis assumidos tornaram-se evidentes demais para serem ignoradas. Desde o início dos protestos, quando manifestantes lotaram a praça central para combater a polícia ucraniana e exigir a expulsão do corrupto presidente pró-russia Viktor Yanukovich, as ruas estavam cheias de pelotões de extrema-direita, prometendo defender a pureza étnica de seu país.
Estandartes dos partidários da “supremacia branca” e bandeiras dos confederados norte-americanos [escravocratas] foram fixadas dentro da câmara municipal de Kiev ocupada. Manifestantes içaram bandeiras da SS nazi e símbolos do poder branco sobre a estátua tombada de Lenin. Depois de Yanukovich ter fugido do palácio estatal de helicóptero, os manifestantes destruíram a estátua dos ucranianos que morreram lutando contra a ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial. Saudações nazis e o símbolo do Wolfsangel tornaram-se cada vez mais comuns na praça Maiden. Forças neo-nazis estableceram “zonas autonómas” em torno de Kiev.
Um grupo anarquista chamado União Ucraniana Antifascista tentou juntar-se aos manifestantes de Maiden, mas encontrou dificuldades, com ameaças de violência das gangs neo-nazis itinerantes da praça. “Eles disseram que os anarquistas são gente como judeus, pretos e comunistas. E nem havia comunistas entre nós, foi um insulto”, ”, disse um integrante do grupo.
“Está cheio de nacionalistas aqui — incluindo nazis”, continuou o antifascista. “Vieram de toda Ucrânia, e são cerca de 30% dos manifestantes.”
Um dos “três grandes” partidos políticos por detrás dos protestos é o ultra-nacionalista Svoboda, liderado por Oleh Tyahnybok, que clama pela “libertação” de seu país da “máfia judaico-moscovita”. Após a condenação, em 2010, de John Demjanjuk, um vigilante dos campos de extermínio que teria participado da morte de 30 mil pessoas no campo de extermínio nazista de Sobibor, Tyahnybok propôs à Alemanha  declará-lo um herói que “lutou pela verdade”. No parlamento ucraniano, onde o Svoboda detém inéditos 37 assentos, o vice de Tyahnybok, Yuiy Mykhalchyshyn, cita com frequência Joseph Hoebbels. Ele próprio fundou um thinktank originalmente chamado de Centro de Pesquisa Política Goebbels. Segundo Per Anders Rudling, académico especialista em movimentos neofascistas na Europa, o auto-intitulado “nacional socialista” Mykhalchyshyn é o principal elo entre a ala oficial do partido Svoboda e as milícias neonazis, como o Right Sector. Right Sector é um grupo nebuloso, que se auto-intitula “nacionalista autónomo”. Seus membros são identificados pelo modo skinhead de trajar, estilo de vida ascético e fascínio pela violência nas ruas. Armado com escudos e clavas, o grupo ocupou as linhas de frente das batalhas nas manifestações deste mês, enchendo o ar com seu tradicional canto: “A Ucrânia acima de tudo!”. Num vídeo-propaganda recente [veja abaixo], o grupo prometeu lutar “contra a degeneração e o liberalismo totalitário, pela tradição moral nacional e os valores familiares.” Com o Svoboda ligado a uma constelação de partidos neofascistas internacionais por meio da Aliança dos Movimentos Nacionais Europeus, o Right Sector promete levar seu exército de jovens desiludidos a “uma grande Reconquista Europeia”.

As políticas abertamente pró-nazis do Svoboda não impediram o senador americano John McCain, de falar num comício do partido, ao lado de Tyahnybok; nem evitaram que a secretária-assistente do Estado, Victoria Nuland, desfrutasse de um encontro amigável com o líder do Svoboda, em Fevereiro. Ansioso por se defender de acusações de anti-semitismo, o dirigente hospedou recentemente o embaixador israelita da Ucrânia. “Eu gostaria de pedir aos israelitas que respeitassem também nossos sentimentos patriotas”, Tyahnybok observou. “Provavelmente, todos os partidos do Knesset [parlamento de Israel] são nacionalistas. Com a ajuda de Deus, deixe-nos ser assim também.” 
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Duas semanas depois, 15 mil membros do Svoboda realizaram uma cerimónia com tochas na cidade de Lviv, em homenagem a Stepan Bandera, colaborador nazista da Segunda Guerra Mundial e então líder da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN-B), pró-fascista. 
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Muitos membros sobreviventes da OUN-B fugiram para a Europa Ocidental e para os EUA – por vezes, com ajuda da CIA –, onde forjaram silenciosamente alianças políticas com elementos da direita. “Você tem que entender, somos uma organização subterrânea. Passámos anos em silêncio, alcançando posições de influência”, disse um membro ao jornalista Russ Bellant, que documentou o ressurgimento do grupo nos Estados Unidos, no seu livro de 1988, Velhos nazis, Nova Direita, e o Partido Republicano.
Em Washington, a OUN-B reconstitui-se sob a bandeira do Comité do Congresso Ucraniano para os EUA [Ukrainian Congress Committee of America (UCCA)], uma organização composta por “frentes 100% OUN-B”, segundo Bellant. Em meados da década de 1980, o governo Reagan ligou-se a membros da UCCA. O líder do grupo, Lev Dobriansky, serviu como embaixador nas Bahamas, e sua filha, Paula, teve um posto no Conselho de Segurança Nacional. Reagan recebeu pessoalmente Stetsko, o líder banderista que supervisionou o massacre de 7 mil judeus em Lviv, na Casa Branca, em 1983.
“Seus problemas são nossos problemas”, disse Reagan para o colaborador nazi. “Seu sonho é o nosso sonho.”
Em 1985, quando o Departamento de Justiça lançou a cruzada para capturar e processar os criminosos de guerra nazis, a UCCA agiu rapidamente, pressionando o Congresso a travar a inciativa. “A UCCA também tem desempenhado um papel de liderança na oposição de investigações federais dos supostos criminosos de guerra nazis, desde o início da relação entre as entidades, no final dos anos 1970″, escreveu Bellant. “Alguns membros da UCCA têm muitas razões para se preocupar. Elas remontam a 1930.”
Ainda hoje uma força lobista activa e influente em Washington, a UCCA não parece ter abandonado sua reverência pelo nacionalismo banderista. Em 2009, no 50º aniversário da morte de Bandera, o grupo proclamou-o “um símbolo de força e justiça para seus seguidores”, que “continua inspirando a Ucrânia hoje em dia”. Um ano depois, o grupo homenageou o 60º aniversário da morte de Roman Shukhevych, o comandante do Batalhão Nachtigall da OUN-B, que massacrou judeus em Lviv e Belarus, chamando-o “herói” que “lutou pela honra e justiça…”
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Após a derrubada de Yanukovich neste mês, a UCCA ajudou a organizar comícios em todas as cidades dos EUA, em apoio dos manifestantes. Quando centenas destes marchavam pelo centro de Chicago, alguns agitavam bandeiras da Ucrânia, enquanto outros orgulhosamente carregavam as bandeiras vermelhas e pretas da UPA e OUN-B. “Os EUA apoiam a Ucrânia!” gritavam.

Como já Alexandre del Valle escrevia em 1999, no seu «Guerras Contra a Europa», os EUA dão tudo por tudo para abaterem o poder russo, se for preciso aliam-se até ao que consideram ser o (ou um...) diabo... e isso parece estar acima de quaisquer valores em defesa dos valores ditos humanos ou dos Judeus ou seja do que for.


4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Traidor dos ucranianos! Vai dar tua bunda para os teus donos - judaizada/russarada (teus patroes)! Um verdadeiro nacionalista está com o povo ucraniano q foi massacrado pelos russos = tártaros = mongóis! Os verdadeiros eslavos sao os ucranianos. Eles ainda mantem seu sangue limpo da salganhada étnica que hoje é a Rússia. Russos amarelos asiáticos misturados! Vou escrever para todos os meus amigos ucranianos em Portugal falando sobre ti, espero que te arrebentam tua fuça ó visesgoto romanaizado e depois mourifica/islamizado e ainda judaizado e atualmente cristianizado de novo!

4 de março de 2014 às 00:42:00 WET  
Blogger Caturo said...

Sim, animal, faz lá isso, é que até hoje já muita saloiada como tu aqui veio tecer ameaças mas nunca ninguém me apareceu à frente... já agora olha que também há russos aqui no país, e eu conheço gente cá dessa nacionalidade, que se for preciso também te fazem uma visitazita aí à favela onde moras para te porem de joelhos a renunciar para sempre à Ucrânia e a jurar fidelidade canina à Rússia...

Só os atrofiados da tua laia é que sem saberem corno de coisa nenhuma, muito menos da Ucrânia, se radicalizam assim tanto por uma causa que mal conhecem. Eu não tomei partido por nenhum dos lados nem tomo tão depressa. Há demasiados adolescentes palermas como tu nas fileiras do Nacionalismo, percebe-se assim porque é que o partido dos Democratas Suecos quis e quer afastar a ideia de bando de «homens brancos jovens irados».

5 de março de 2014 às 01:51:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Não sei até que ponto essa hipótese de que os EUA estarem a apoiar os nacionalistas para enfraquecerem a Rússia tem sustentação. Para as elites políticas dos EUA enfraquecer a Rússia é prioridade sobre combater a "heresia" extremo-direitista, o maior e mais perverso de todos os pecados? Desde quando? Não é a extrema-direita, por tudo aquilo que ela representa, por se opor a TUDO o que a elite actual tem por mais querido e necessário, o arqui-inimigo dessa elite?

Se é tudo uma questão de enfraquecer o poder russo, se até se aliam a quem consideram o diabo, como tu disseste, para enfraquecer esse poder, então porque os EUA não apoiaram o apartheid sabendo-se que a União Soviética se opunha a ele? Se é tudo uma questão de ultrapassar a Rússia e enfraquecê-la porque então os EUA apoiaram os movimentos de libertação das nossas ex-colónias africanas sabendo-se muito bem que a União Soviética estava também por trás deles?


Não me parece portanto que este apoio seja assim tão facilmente explicado....

5 de março de 2014 às 21:59:00 WET  
Blogger Unknown said...

Estados Unidos são traidores aliados ao comunismo internacional!

22 de dezembro de 2014 às 23:40:00 WET  

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