«THOR - O MUNDO DAS TREVAS»

 

Mais um filme em torno da adaptação que a Marvel fez da mitologia nórdica, tendo por centro a figura de Thor, Deus do Trovão e Campeão dos Deuses, Protector do Povo. Tudo muito à grande, localizado no patamar da destruição do próprio Universo com base num paradigma ontológico que se lhe opõe, a ideia é gira e nem está mal abordada de todo.

 

Quanto ao Thor da Marvel, já sabem, os apreciadores, que difere significativamente do Deus Tor - este é um ferrabrás grosseiro, barbudo e ruivo, sanguinário mas ingénuo e bom; o Thor Marvel é mais do tipo príncipe galante, mas conservando ainda alguma da brutalidade ingénua do seu modelo mitológico. Enfim, não se torna menos europeu por isso. O chato mesmo chato é a cedência à politiquice correcta no que respeita ao «casting», com a insistência em pôr um negro a interpretar o papel do chamado «Deus Branco», Heimdall de Seu nome, guardião da ponte do Arco-Íris, Bifrost, que liga a Terra ao mundo dos Deuses, guardião também do palácio dos Deuses, Asgard. Como se não bastasse também do lados dos «maus», os Elfos negros, há um africano, claro, deve ser da quota... é a maltinha que toma opções destas que se calhar fica muito escandalizada quando há filmes de estética e tema europeus só com brancos, como o Senhor dos Anéis... acha melhor assim, intrometer faces negroides nos últimos bastiões da brancura europeia na cena pública...

 

De bom fica o exemplo que o Tor da mitologia sempre deu, e o da Marvel também, de nunca desistir, mesmo contra todas as evidências de derrota. Não deixa de constituir bom modelo para os petizes.