LEVANTADA A IMUNIDADE À LÍDER DA FRENTE NACIONAL FRANCESA

Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia/parlamento-europeu-retira-imunidade-a-marine-le-pen-1598973

A maioria dos deputados do Parlamento Europeu aprovou esta terça-feira o levantamento da imunidade a Marine Le Pen, que pode agora ser julgada em França por incitamento ao ódio racial.

A Procuradoria de Lyon acusou Le Pen há três anos, depois de a líder da Frente Nacional ter comparado as orações de rua dos muçulmanos à ocupação nazi do seu país durante a Segunda Guerra Mundial. Seguiu-se o pedido de levantamento da imunidade para Estrasburgo, agora aprovado.

"Sim, isto acontece porque eu sou uma dissidente", comentou Marine Le Pen. "Não temo absolutamente nada", acrescentou.

Se for considerada culpada, a política de extrema-direita pode ser condenada a um ano de prisão e ao pagamento de uma multa de 45 mil euros.

De mais longo prazo poderão ser as consequências políticas de um julgamento público, num momento em que a Frente Nacional tenta aproveitar a crescentemente popularidade de Le Pen para ganhar votos à direita e ao Partido Socialista do Presidente nas próximas eleições europeias, em 2014.

Uma sondagem de Junho do instituto YouGov antecipa 18% de votos para o partido, à frente dos socialistas e atrás da UMP, o maior partido de direita. Quando Le Pen foi eleita para o Parlamento Europeu, em 2009, a Frente Nacional obteve 6,3%.

E tudo por culpa do povinho, que não há maneira de perceber que é pecado votar nos Nacionalistas «racistas xenófobos!!!!!!!», vai daí a elitezinha que manda vê-se «obrigada» a usar truques desesperados e vastamente canalhas, a ver se faz pela lei o que não consegue fazer pela via democrática.

Mais uma vez, o povo quer uma coisa, a elite quer outra.

Por outro lado, confirma-se o que já aqui se tinha observado - a tão polémica imunidade parlamentar só serve para proteger a classe política em matéria de delito comum e falcatruas diversas. Não serve, em contrapartida, para defender a liberdade de expressão, antes pelo contrário, como agora se constata, uma vez que de nada vale essa imunidade parlamentar quando o político cometer um crime de delito de opinião.

Porque é realmente de delito de opinião que se trata, mesmo que a elite lhe chame «incitação ao ódio racial». Com efeito, incitação é acto de incitar, isto é, consciente e voluntariamente influenciar ou tentar influenciar alguém para agir de determinado modo. Ora um adulto normal não age ou deixa de agir de determinado modo só porque outrem diz que gosta ou não gosta disto ou daquilo. Um adulto normal não mata seja quem for só porque outrem diz «eu acho que fulano x é mau». O descaramento totalitário da elite é todavia suficiente para que tão óbvia diferença entre opinião e incitação seja completamente ignorada e se metam ambas as coisas no mesmo saco, para que a partir daí se possa fazer uma lei a criminalizar qualquer opinião contra x como sendo automaticamente uma incitação contra x. Contra x, ponto e vírgula - contra o alógeno. Porque no Ocidente só não se pode é falar mal do alógeno. Ninguém é preso ou sequer ameaçado pela lei se disser que os «fascistas» são horríveis e merecem a morte, por exemplo. A elite pura e simplesmente não quer que o povinho possa resistir à iminvasão que a elite quer impingir por todo o Ocidente e vai daí não tem mãos a medir, pura e simplesmente usa a lei para amordaçar e manietar quem queira resistir e acabou. O Europeu fica assim mutilado na sua liberdade de expressão para que a partir daí a sua identidade étnica possa também vir a ser mutilada e destruída.

E um crime destes contra a Liberdade e contra a Identidade europeia não pode, jamais, ser perdoado, passe o tempo que passar.