OS MOTIVOS DO RECONHECIMENTO DO KOSOVO POR PARTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA
Lisboa, 07 Out (Lusa) - O governo português decidiu reconhecer formalmente a independência do Kosovo, anunciou hoje no Parlamento o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Vejamos porquê:
"É do interesse do Estado português proceder hoje ao reconhecimento do Kosovo", disse o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, na comissão de negócios estrangeiros da Assembleia da República.
O ministro apontou quatro razões que levaram a esta tomada de decisão: a primeira das quais é "a situação de facto", uma vez que, depois da independência ter sido reconhecida por um total de 47 países, 21 deles membros da União Europeia e 21 membros da NATO, "é convicção do governo português que a independência do Kosovo se tornou um facto irreversível (...) e não se vislumbra qualquer outro tipo de solução realista".»
Ou seja, o Estado governado por socialistas adopta mais uma vez o princípio bandalho do «facto consumado», borrifando-se para a Justiça - seja o que for que esteja feito, qualquer que tenha sido o crime cometido, está feito está feito, mais vale aceitar a vontade triunfante do agressor...
Vejamos porquê:
"É do interesse do Estado português proceder hoje ao reconhecimento do Kosovo", disse o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, na comissão de negócios estrangeiros da Assembleia da República.
O ministro apontou quatro razões que levaram a esta tomada de decisão: a primeira das quais é "a situação de facto", uma vez que, depois da independência ter sido reconhecida por um total de 47 países, 21 deles membros da União Europeia e 21 membros da NATO, "é convicção do governo português que a independência do Kosovo se tornou um facto irreversível (...) e não se vislumbra qualquer outro tipo de solução realista".»
Ou seja, o Estado governado por socialistas adopta mais uma vez o princípio bandalho do «facto consumado», borrifando-se para a Justiça - seja o que for que esteja feito, qualquer que tenha sido o crime cometido, está feito está feito, mais vale aceitar a vontade triunfante do agressor...
A isto, junta a igualmente bastarda ovinice de ter de ir atrás dos outros porque sim, como aliás já tinha feito no caso do Dalai Lama - justificação governamental portuguesa para não receber oficialmente o líder tibetano: «ah, os governos anteriores também não o receberam oficialmente». Pois é, quem cresce num sistema de bandalheira ética instituída, sem responsabilidade nem personalidade, acha bem responder assim. Como agravante, a França e a Alemanha, logo dois dos mais poderosos países do continente, receberam oficialmente o líder espiritual do Tibete...
Moral da história: a Tugalândia é seguidista dos outros países europeus sim, mas só quando for para pior, para mais rasca e rasteiro.
Mas há mais...
Amado sublinhou, no entanto, que "não sendo um problema jurídico tem uma dimensão jurídica de enorme complexidade", pelo que "o governo português sempre apoiou a intenção sérvia de apresentar a questão ao Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas".
Ou seja - os Sérvios até podiam ter apresentado a questão ao Tribunal Internacional, mas as coisas evoluíram doutra maneira e tal e coisa a modos que, mas façam lá isso depressa que temos de ir embora mais cedinho, e olha, já está já está, ficamos assim. Só falta António Guterres para concluir majestosamente com o seu proverbial lema, e cito: «é a vida...».
E depois no fim ainda há tempo para uma descarada inversão dos factos:
Não podemos ignorar a mudança que estes desenvolvimentos implicam nomeadamente nas relações bilaterais entre a União Europeia e a Rússia", disse Amado, referindo que no momento em que Moscovo reconheceu a Abkházia e a Ossétia do Sul "reconheceu também implicitamente a legalidade do Kosovo".
Claro que o pormenor de ter sido a UE a tomar a iniciativa de dar independência a um pequeno Estado roubado a outro, e de a Rússia só ter agido do modo como agiu em contrapartida, quase defensivamente, é coisa de somenos importância...
Neste sentido, o ministro afirmou que o governo português vai defender, no contexto da renegociação do acordo de parceria da UE com a Rússia, "um conjunto de questões fundamentais para a estabilidade europeia (...) designadamente a revisitação da arquitectura de segurança e defesa da Europa no quadro das relações com a Rússia".
Leia-se esta autêntica cereja no topo do bolo - hostiliza-se ainda mais a Rússia, deste modo alargando um fosso entre nações europeias.
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