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quarta-feira, outubro 02, 2024

BANGLADESH - MUÇULMANOS ATACAM E QUEIMAM CENTENAS DE PROPRIEDADES DE HINDUS E DE BUDISTAS

Não satisfeitos com os 205 ataques contra hindus perpetrados desde 5 de Agosto para marcar o fim do governo da deposta primeira-ministra Sheikh Hasina, alguns muçulmanos de Bangladesh clamam agora pelo sangue de tribais e budistas.
Multidões muçulmanas lançaram ataques direccionados a budistas e hindus tripuris (tribais não muçulmanos) na Joves, 19 de Setembro, em Dighinala e Khagrachhari Sadar na Divisão de Chittagong de Bangladesh. Membros do “Bengali Chhatra Parishad” (Bengali Students Union) começaram a agitação em resposta à morte de um criminoso muçulmano local chamado Mohammed Mamun. Mamum era um ladrão conhecido com 17 casos registados contra ele, e foi apanhado a roubar uma motocicleta no dia anterior. O sindicato estudantil organizou uma procissão no dia 19 para protestar contra a morte de Mamum, e então utilizou esse incidente para atacar os grupos étnicos.
Relatos sugerem que a multidão ateou fogo em mais de 200 casas e empresas pertencentes às comunidades minoritárias. Invadiu um templo budista e realizou ataques incendiários em toda a região, resultando na morte de vários moradores. De acordo com os relatórios iniciais, o número de mortos foi de três, embora moradores de Chittagong tenham atestado que os relatórios oficiais eram enganosos e o número real de mortos foi muito maior. Dezassete outros também sofreram ferimentos graves. Os falecidos foram identificados como Dhananjoy Chakma, de 50 anos, Rubel Tripura, de 25 anos, e Junan Chakma, de 20 anos, todos vindos de comunidades indígenas minoritárias. Embora a carnificina no primeiro dia tenha sido controlada até certo ponto no final da noite, a multidão invadiu novamente na manhã seguinte e continuou com a violência durante todo o dia na Vernes, 20 de Setembro.
Pouco depois, uma mesquita local começou a utilizar os seus altifalantes para espalhar uma falsa alegação sobre os ataques tribais aos bengalis. A alegação levou mais muçulmanos a juntarem-se à multidão enfurecida para cometer destruição em larga escala e destruir tudo o que as pessoas étnicas possuíam.
As áreas afectadas fazem parte do Chittagong Hill Tracts, que abriga comunidades indígenas, incluindo os Chakma, Tripuri, Marma, Chak, Bom, Khumi e Lushei, bem como alguns outros grupos tribais. As pessoas que vivem neste terreno acidentado têm condições desafiadoras e quase nenhuma oportunidade de emprego. A maioria administra pequenas lojas que vendem itens diversos para colocar duas refeições na mesa. Vive em casas pequenas e frágeis. Todas elas foram consumidas pelo fogo. Havia fumaça por todo lado. Falando ao Daily Star, uma vítima chamada Insta Chakma relata: “Como muitos, fugimos daquela área e não tínhamos abrigo na floresta. Fogo e fumaça podiam ser vistos da floresta.”
Os recentes pogroms minoritários realizados em Bangladesh demonstraram que tais massacres irrompem em local remoto e se espalham como fogo por todo o Bangladesh. Então, o que começou em Khagrachari não demorou muito para se espalhar para o distrito adjacente de Rangamati. Houve relatos de mesquitas locais a incitar os seus seguidores a atacar os grupos minoritários no distrito.
No meio de todos esses avanços perturbadores na região, o director do Rights & Risks Analysis Group (RRAG), Suhas Chakma, fez uma acusação chocante contra o exército de Bangladesh. Ele alegou que o “Exército de Bangladesh apoiou a queima das lojas e casas de Chakmas em Dighinala Sadar hoje. Consequentemente, já não há Chakmas na área de Dighinala Sadar.” Acrescentou: “Tal acto de violência ressalta a crescente insegurança enfrentada pelas comunidades indígenas nos CHTs. A questão da falta de segurança para os Chakmas será levantada perante órgãos internacionais, incluindo o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.” A administração local concordou em agir somente após a maior parte dos danos ter sido feita, e impôs um toque de recolher em Rangamati a partir das 13h30 em diante na Vernes.
Os média também estão a trabalhar de mãos dadas com os jihadistas, e tentam pintar todo o massacre como um choque entre os tribais e os bengalis (isto é, como na população de língua bengali, independentemente da identidade religiosa). Mas esta foi apenas mais uma tentativa nefasta dos média de Bangladesh de proteger os muçulmanos do país, e durou pouco: vítimas e testemunhas confirmaram o facto de que apenas muçulmanos participaram no ataque contra os Tripuris e os Chakmas (tribais) que seguem o Budismo ou o Hinduísmo. Novamente, a multidão que incendiou o templo budista também era composta exclusivamente por muçulmanos. O conflito entre muçulmanos e a comunidade tribal está em andamento há décadas. A agressão de grupos muçulmanos em relação aos grupos étnicos tem sido tão feroz quanto a sua intolerância em relação aos Hindus. Tentaram repetidamente converter os Chakmas, Tripuris e outras tribos ao Islamismo. Pessoas desses grupos étnicos vivem em pobreza abjecta e, para capitalizar a sua situação, grupos islâmicos convidam-nos frequentemente a juntarem-se ao rebanho islâmico em troca de ofertas lucrativas; intimidam e ameaçam essas pessoas quando estas recusam a sua oferta.
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Fonte: https://jihadwatch.org/2024/09/bangladesh-muslims-attack-buddhists-and-tribals-three-people-killed-200-properties-burned-down

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Passa-se isto em território que já foi de maioria hindu, antes da invasão islâmica... ou não fosse o abraamismo universalista inimigo mortal de todo e qualquer credo religioso, especialmente das religiões pagãs ou étnicas...


12 comentários:

  1. Um bom vídeo para ti, ó Caturo:

    https://youtu.be/QggNe29ppT0?si=Re3zr4xY9STttGZ9

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    1. Começo por discordar do Metraton quando diz que os Romanos consideravam os seus Deuses como superiores aos dos Gauleses. Ora os Romanos consideravam que algumas práticas religiosas dos Gauleses eram hórridas, sim, tal como os sacrifícios humanos a Esus (enforcamento), Taranis (combustão) e Teutates (afogamento), e proibiram esta prática em concreto, mas isso não significa necessariamente que considerassem os Deuses gauleses como inferiores. Aliás, genericamente até achavam que eram os mesmos Deuses mas com nomes «bárbaros», sobretudo pelo que se lê em Júlio César («A Guerra das Gálias» ou «De Bello Gallico»).

      Discordo também quando Metraton diz que, da perspectiva imperial romana, os cristãos eram preferíveis aos Judeus. Não eram. A verdade histórica foi exactamente ao contrário. Os Judeus só foram expulsos de Roma três vezes, a primeira em 139 a.c., por proselitismo religioso, mas depois lá aprenderam o seu lugar e foram readmitidos em Roma, tendo aliás um relacionamento amigável com Júlio César, segundo consta. As revoltas judaicas na Judeia são um caso à parte - e foram permanentemente sanadas. Os Judeus puderam até não prestar culto nem ao imperador nem a nenhum Deus romano, conquanto pagassem os devidos impostos. Sucede simplesmente que os Judeus eram um grupo étnico específico e que, por isso, a sua religião era etnicamente situável e assim ficava contida nas fronteiras da estirpe judaica. Com os cristãos era diferente. Os cristãos não respeitavam quaisquer fronteiras precisamente porque o Cristianismo pretende afirmar-se por cima de todas as fronteiras e contra todos os Deuses. Com os cristãos não podia pois haver negociação. Por isso é que o último imperador pagão de Roma, Juliano, criticava os cristãos e chegou a mandar encerrar uma catedral cristã em represália de um incêndio num templo de Apolo, enquanto ao mesmo tempo quis auxiliar a reconstrução do templo judaico de Jerusalém. Antes disso, no princípio do século II, Celso fazia notar a diferença entre os Judeus e os cristãos, preferindo criticar mais arduamente estes últimos: «É uma obrigação incumbida a todos os homens viver de acordo com os costumes do seu país, caso em que escaparão da censura; enquanto os cristãos, que abandonaram os seus costumes nativos, e que não são uma Nação como os Judeus, devem ser culpados por dar sua adesão ao ensinamento de Jesus. Se, então, nesses aspectos os Judeus deveriam preservar cuidadosamente a sua própria lei, eles não devem ser culpados por isso, mas sim aquelas pessoas que abandonaram os seus próprios costumes e adoptaram os dos Judeus.»

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    2. Quanto ao argumento do professor Aldrete para que os imperadores começassem a favorecer o Cristianismo, parece-me pertinente e acho que o Metraton se centra num literalismo que não corresponde ao cerne do que o prof. Aldrete estava a querer dizer. É verdade que alguns politeísmos também sacralizavam líderes supremos (sobretudo os orientais ou orientalizados de algum modo, acrescento), mas isso não impede o reconhecimento de que uma religião monoteísta como o Cristianismo, em que há uma total centralização do divino, reforça grandemente a ideia de um só líder supremo, o que só pode contribuir para reforçar o poder imperial. No Judaísmo havia já algo parecido: um Deus, um Povo Eleito. Mil e setecentos anos depois, Hitler percebeu isso e tentou-o na Alemanha, embora em versão laica (como convinha no século XX): «Ein Volk, ein Reich, ein Führer!» Ainda hoje há cristãos a dizer «Um só Deus, um só mundo, uma só humanidade». Como bem observou o grande e geralmente ignoto J. Andrade Saraiva em 1932, «os unificadores da humanidade (cosmopolitas, imperialistas e centralistas) são os maiores inimigos da paz universal e tranquilidade das nações. Todos os grandes conquistadores e tiranos têm procedido em nome da "unificação dos povos". Alexandre, César, Mahomet, Gengis-Khan, Napoleão e outros guerreiros destruíram e oprimiram muitos povos a pretexto de os "unificar" e "pacificar".
      E ainda recentemente o Kaiser desencadeou a grande guerra para "unificar" a Humanidade sob a égide do "povo eleito" da Germânia.
      Todo o unificador é um imperialista, um opressor.
      A concepção babélica da Humanidade, sem diferenciação de raças e de nações, é absurda e contra a natureza.»

      Quanto ao que o professor diz no fim a respeito da promessa da vida além-morte, acho que aí falha em cheio. A descrição dos Campos Elíseos é universalmente atraente, digo eu, e não apenas para um antigo romano, acrescento... eram simplesmente os cristãos que diziam que os pagãos não teriam esperança além-morte, generalizando a partir do cepticismo de meia dúzia de intelectuais cépticos da romanidade, pois que o grosso de todas as populações antigas dava real valor à vida para lá do túmulo, e de que maneira.

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  2. Achas que viver no paraíso juntamente com os teus antepassados e Deus não é preferível a viver nos campos Elíseos? E isto só derivado às tuas boas acções. A ainda estou para perceber como é que um romano achava que ia para os tais campos.

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    1. Nos Campos Elíseos também estariam os teus antepassados... quem ia para os Elíseos eram os virtuosos, isto é, os bons. Quanto à a ligação aos ancestrais, é muito típica de todos os Paganismos e foi o Cristianismo que, no Ocidente, veio separar os pais dos filhos, o que incluiu a proibição, sob penas pesadas, de prestar culto aos espíritos da família e do lar.
      Entretanto, é bem conhecida a emblemática cena do anunciado baptismo do rei frísio Radbad. O soberano, quando estava prestes a ser baptizado, perguntou ao padre que o ia baptizar onde estavam os seus próprios, do rei, ancestrais, ao que o missionário respondeu «Estão no inferno, eram pagãos». Radbad deu então um passo atrás e declarou «Pois nesse caso prefiro ir para junto dos meus ancestrais no inferno do que para junto de miseráveis cristãos no paraíso.»

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    2. Provavelmente, eles não se lembrariam de mim e eu deles pois seríamos obrigados a beber do rio Lete. E de certeza que não estaríamos na companhia do deus do submundo.
      Quem era virtuoso segundo os deuses romanos? Quem lê a História dos romanos vê-se pouco interesse em se ser virtuoso. O próprio Metraton, que é um grande dos romanos, fala das atrocidades cometidas pelo grande Julio César...

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    3. Os pormenores são variáveis e mesmo assim atenção que só se bebia do Letes depois de se querer sair dos Elísios para voltar a este mundo, não para lá permanecer. Portanto, fica-se nos Elísios pelo menos mil anos com quem se quiser...
      Porque é que de certeza que não estaríamos na companhia do Deus do Inframundo se, de acordo com algumas versões, é mesmo Ele quem lá reina?... Noutra versão, é Saturno, o Deus do Natal e da Idade de Oiro...

      Em Roma as virtudes chegavam a ser vistas como divinas e algumas receberam culto religioso. Algumas das virtudes eram Virtus, Fides (Fidelidade), Honos (Honra), Pietas... até a compaixão conheciam. O Metraton é cristão e os Romanos eram, no seu tempo, os menos violentos e cruéis, há que dizê-lo.

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    4. Recordo, já agora, que quem acabou com os sacrifícios humanos no Ocidente foram os Romanos.

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  3. Se os judeus eram preferíveis aos cristãos, então porque estes últimos foram bastantes importantes nas campanhas do pagão Constantino de tal modo que este converteu-se ao cristianismo?

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    1. Porque o próprio Constantino tinha particular simpatia pelos cristãos desde cedo, o que o levou a juntar-se-lhes...


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    2. O mais lógico era ele ter uma grande simpatia pelos judeus já que estes eram preferíveis aos cristãos.

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    3. A questão é que a mãe de Constantino fora convertida ao Cristianismo por obra de um escravo cristão...

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