A Câmara Municipal de Valongo confirmou que vai atribuir, “muito em breve”, uma habitação social a Andreia Pereira e à filha, de 13 anos, encerrando assim uma situação de vulnerabilidade extrema que se arrastava há meses e que ganhou destaque nacional após uma reportagem emitida no canal Now. Paralelamente, já foram angariados cerca de 17 mil euros através de uma campanha na plataforma GoFundMe, destinada a apoiar provisoriamente esta família até que o novo lar esteja disponível.
De acordo com comunicado emitido pela Junta de Freguesia de Ermesinde, a situação de Andreia — actualmente com 45 anos e reformada por invalidez — tem sido acompanhada “desde a primeira hora”. A autarquia local destaca que, embora não tenha competência legal directa em matérias de habitação ou segurança social, tem actuado junto de diversas entidades para resolver o problema que afecta esta família residente em Ermesinde desde 2019.
A Junta refere que, logo em Setembro de 2024, deu início a várias diligências, entre as quais:
- Contacto com a empresa gestora da água, BEWATER, para clarificar uma dívida avultada e verificar eventuais anomalias técnicas;
- Encaminhamento para apoios sociais e jurídicos, através da Segurança Social e do SAAS (Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social);
- Pedido formal de vistoria ao imóvel onde Andreia residia, a fim de avaliar as condições de salubridade;
- Encaminhamento para o Gabinete Primeiro Passo – Apoio à Vítima, onde Andreia e a filha receberam acompanhamento psicológico;
- Apoio no processo de candidatura à habitação social;
- Mediação junto da PSP, técnicos de acção social e Câmara Municipal de Valongo.
A Junta sublinha que “tudo o que estiver na nossa esfera de acção directa terá resposta”, acrescentando que continuará a fazer pressão e a colaborar com outras instituições para garantir soluções aos fregueses em contextos de risco.
Nova casa está por dias
A grande mudança, contudo, está iminente. A Câmara Municipal de Valongo informou que foi libertada recentemente uma habitação social com a tipologia adequada para o agregado familiar de Andreia, que se encontra agora na fase final de requalificação. O município garantiu que o realojamento será “prioritário” e concretizado “logo que possível”.
Em declarações oficiais, a autarquia explicou que Andreia está devidamente inscrita para a atribuição de habitação em regime de arrendamento apoiado. A confirmação surge como resposta à onda de solidariedade que se gerou após a exposição mediática do caso.
Ameaças, insalubridade e fuga forçada
Andreia e a filha foram forçadas a abandonar a sua casa devido a ameaças e agressões verbais alegadamente protagonizadas por vizinhos do rés do chão, identificados como pertencentes à comunidade cigana. A mulher relata ter vivido cinco anos em constante perturbação, com episódios de ruído extremo, intimidações constantes e, mais recentemente, privação de água — causada, segundo afirma, por desvios ilegais do contador de água por parte dos mesmos vizinhos.
“Faltam dois meses para a menina acabar o ano lectivo, e acho muito injusto andarmos fugidas”, desabafa Andreia, visivelmente indignada. A mulher e a filha encontram-se actualmente acolhidas por uma família solidária, após terem sido obrigadas a abandonar o lar por falta de segurança. “Parece que roubei e matei, para andar a fugir. E é muito difícil, para uma criança, pegar nos seus pertences e fugir de casa. Nós não somos criminosas”, lamenta.
Face às situações de ameaça e coacção que têm vivido, Andreia foi reconhecida como vítima, estatuto atribuído oficialmente pela PSP em Dezembro de 2024.
Campanha solidária já angariou 17 mil euros
Enquanto aguardam pelo realojamento prometido pela Câmara, Andreia e a filha estão a ser apoiadas por uma campanha de angariação de fundos lançada online. Através da plataforma GoFundMe, sob o título Doe para ajudar esta família a ter uma casa digna, já foram angariados cerca de 17 mil euros até à data.
O objectivo da campanha passa por garantir condições mínimas de estabilidade até à mudança definitiva para a nova habitação e, se possível, assegurar um arrendamento transitório que permita à jovem concluir o ano letivo sem mais perturbações.
O link para contribuir está disponível em: www.gofundme.com/f/doe-para-ajudar-esta-familia-a-ter-casa.
A onda de solidariedade não se limita ao digital. Estão previstas duas vigílias públicas em apoio a Andreia e à filha. A primeira decorre esta Mércores, organizada pelo partido Alternativa Democrática Nacional (ADN), liderado por Joana Amaral Dias. A segunda, de carácter apartidário, terá lugar na Vernes, 25 de Abril, no Parque Urbano de Ermesinde, a partir das 18 horas.
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Fonte: https://executivedigest.sapo.pt/noticias/camara-de-valongo-garante-muito-em-breve-casa-a-mae-e-filha-que-viviam-aterrorizadas-por-vizinhos-ja-foram-angariados-17-mil-euros-em-donativos/
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É mais um caso que ajuda a perceber porque é que muitas vezes as mulheres agredidas pelos maridos não abandonam o lar... sabem que nada lhes garante segurança, nem sequer o mais elementar sentido de justiça e de protecção de inocentes...
É, também, mais um caso em que a ciganada faz o que lhe apetece, oprimindo impunemente gente portuguesa, até que finalmente uma força política de Ultra-Direita se põe em movimento, encabeçada pela psicóloga ex-bloquista Joana Amaral Dias a cavalgar agora a onda nacionalista, e com mérito, pelos vistos, pelo menos neste caso... É mesmo assim que a Democracia funciona - Democracia, Demo (Povo) + Cracia (Poder): com movimentação popular para impor a justiça, de uma maneira ou doutra. A Democracia não estava de facto completa sem a presença da Ultra-Direita, pelo que o Povo não estava nada devidamente defendido...
1 Comments:
pcd pra trampar ja pra abrir perna criar filha
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